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ISPA - Instituto Superior Politécnico Atlântida

Faculdade de Ciências da Saúde

Curso de Enfermagem

O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM E A OBSTETRÍCIA

Ano: 1◦

Grupo numero 5

Docente

Suzete

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LUANDA

2024
Lista dos integrantes do grupo:

1. Antonica Vitorino
2. Balbina Calelua
3. Conceição Ventura
4. Domingos Tchilola Segunda
5. Elsa Lutendo
6. Helena Muto
7. Josimar Gomes
8. Jolie Mawengue
9. Juliana Jamba
10. Julieta Fortunato
11. Sara Tiago

LUANDA

2024
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradecemos a DEUS, todo-poderoso criador dos céus, da terra e todas
coisas visível e invisíveis, por nos proteger, capacitar e guardar até ao dia de hoje.
Agradecemos os nossos pais, irmãos e familiares pela educação, formação e por e por tudo
fazerem para realização dos nossos sonhos e desejos.
ÍNDICE

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................ 3

ÍNDICE ..................................................................................................................................... 4

1. CAPÍTULO: INTRODUÇÃO ......................................................................................... 5

1.1. Enfermagem obstétrica ................................................................................................... 5

2. CAPÍTULO: DESENVOLVIMENTO ........................................................................... 6

2.1. Importancia da enfermagem obstétrica ........................................................................... 6

2.2. Assistência no pré-natal de risco habitual:...................................................................... 6

2.3. Profissional de Enfermagem obstétrica .......................................................................... 7

2.4. Papel de enfermeiros obstetras........................................................................................ 8

2.5. Cuidados de enfermagem obstétrica ............................................................................... 9

2.6. Orientações para a atuação na enfermagem obstétrica ................................................. 11

CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 13


1. CAPÍTULO: INTRODUÇÃO

1.1.Enfermagem obstétrica

O parto dá-se uma vez que ocorre a expulsão do feto, a placenta e as membranas do corpo
materno (Gonzalez, 2001). E esse momento tende a ser marcante para um casal, pois o bebê
que era tão esperado vem ao mundo (Maldonado, Dickstein, 1997).

A enfermagem obstétrica é um segmento em constante crescimento no mundo. Ela é uma


especialização para quem é formado em enfermagem e quer atuar em um nicho específico para
dar suporte à mulher durante a gravidez, intervindo também nos cuidados com o recém-
nascido.

O enfermeiro obstetra oferece apoio profissional e em alguns momentos emocional, ajuda


no trabalho de parto, nos cuidados com o bebê, auxilia a mãe no pós-parto, presta todos os
atendimentos e sana as suas dúvidas, além de acompanhar a evolução e a amamentação.

A enfermagem obstétrica (EO) é uma profissão amparada legalmente para prestar


assistência à mulher no parto e no nascimento, em conformidade com a Lei 7.498 de 25 de
junho de 1986, que regulamenta a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem. Essa Lei
garante a autonomia para desenvolver a assistência às mulheres classificadas como risco
habitual quanto à gestação ou ao parto. Contudo, no cotidiano do trabalho obstétrico, a atuação
da EO sofre influência direta do modelo predominante e tradicional da assistência obstétrica
centrado no médico-obstetra, que promove barreiras ao pleno exercício da autonomia da
enfermagem obstétrica. (Jacob et al., 2020).

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2. CAPÍTULO: DESENVOLVIMENTO

2.1.Importancia da enfermagem obstétrica

A enfermagem obstétrica representa um componente essencial na garantia do acesso aos


serviços e da qualidade dos cuidados na área de saúde sexual, reprodutiva, materna, neonatal e
adolescente, principalmente na assistência e tratamento às mulheres durante a gravidez, parto,
pós-parto e ações de promoção, prevenção, enfrentamento de doenças sexualmente
transmissíveis e violência de gênero. Este infográfico apresenta como a força de trabalho de
enfermagem obstétrica é caracterizada no mundo, contribuindo para a compreensão de seus
desafios e permitindo assim aos gestores e formuladores de política a construção de estratégias
e políticas voltadas ao fortalecimento da enfermagem obstétrica no mundo.

2.2.Assistência no pré-natal de risco habitual:

O serviço do pré-natal se inicia antes mesmo do diagnóstico da gravidez, no período pré-


concepcional, onde a mulher realiza o planejamento familiar e recebe as suas primeiras
orientações quanto a suplementação alimentar, exames preventivos, utilização do ácido fólico
e a elaboração de intervenções para cada necessidade percebida na anamnese. O serviço no
risco habitual é fomentado pelas orientações do Caderno de Atenção Básica Pré-natal, acontece
nas Unidades Básicas de Saúde de cada Distrito Sanitário.

O Ministério da Saúde preconiza que aconteçam no mínimo 6 consultas de enfermagem


obstétrica durante a gestação de risco habitual, nas Unidades Básicas de Saúde. Além disso, é
necessária a continuidade do atendimento, na promoção de saúde e prevenção de agravos por
meio de actividades de educação em saúde ou rodas de conversa com as gestantes sobre as
modificações gravídicas.

Compreendem a consulta de enfermagem obstétrica no pré-natal:

• Anamnese completa: Queixas e questionamentos;


• Atualização da caderneta vacinal;
• Análise de exames anteriores, prescrição de novos exames e suplementação
(Sulfato ferroso e Ácido fólico);

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• Elaboração conjunta do Plano de parto (recomendado pela Organização Mundial
de Saúde desde 1986 e reafirmado pelo Ministério de Saúde por meio da Rede
Cegonha);
• Preenchimento da caderneta da gestante;
• Exame obstétrico (medida da altura de fundo uterino, ausculta dos batimentos
cardiofetais e realização das Manobras de Leopold).

Figura 1 - Execução de manobras de Leopold

2.3.Profissional de Enfermagem obstétrica

O enfermeiro generalista pode auxiliar a gestante em todas as fases da gravidez. Porém,


nas emergências ou cesarianas, o suporte de um profissional de enfermagem ginecológica e
obstétrica é muito mais recomendado, inclusive na condução do pós-parto.

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O enfermeiro obstetra além de cuidar e priorizar a saúde da mãe e do bebê, oferece uma
segurança maior na assistência pré-natal, onde são detectadas e tratadas possíveis situações de
risco.

Além disso, este especialista tem autonomia para a administração de anestesias locais,
para realização de alguns procedimentos, e também acompanha as transformações corporais e
as vulnerabilidades femininas. Podemos destacar, por exemplo, a experiência maior em relação
aos ciclos menstruais e à saúde das mamas.

Acolher a mulher, avaliar as condições de saúde da gestante e do feto, auxiliar no parto


normal, entre outras, são competências dos profissionais de enfermagem que trabalham em
algum Serviço de Obstetrícia. Cabe ao enfermeiro obstetra, identificar as distócias obstétricas
e a tomada de decisões necessárias até a chegada do médico, afim de manter a segurança da
mãe e do recém-nascido (Cofen, 2011).

Juntamente da equipe médica, pode realizar partos em hospitais e maternidades, mas


também pode trabalhar em postos de saúde e laboratórios. Outra atividade a se considerar é a
educacional, com programas para instrução da população. Há também, possibilidades na
carreira acadêmica como docente ou pesquisas em universidades.

2.4.Papel de enfermeiros obstetras

A actuação na enfermagem obstétrica, também chamada de perinatal, começa ainda no


atendimento de mulheres que desejam gestar e segue pelos períodos pré-natal e pós-parto. As
orientações variam de acordo com o planejamento familiar, a condição de saúde e o estágio da
gravidez.

A base do trabalho é, juntamente com o profissional de medicina, é auxiliar em partos


humanizados, analisando e identificando situações que possam afetar a saúde da mãe e da
criança, solucionando cada problema em tempo hábil e da maneira correta. Com base nisso,
enfermeiros e enfermeiras repassam informações sobre os cuidados durante a gravidez e
esclarecimentos sobre as possibilidades de parto, bem como de seus riscos.

O cuidado da enfermeira obstetra no processo de parto envolve factores relacionados ao


comprometimento profissional, o qual está vinculado ao empenho pela manutenção da
dignidade humana mesmo que existam situações caóticas nas rotinas do plantão. Este empenho

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da enfermeira obstetra por prestar o cuidado mais digno propicia envolvimento entre a
profissional e a mulher. A dignidade é inerente à essência das relações humanas, e encontra-se
associada a humanização das práticas obstétricas. Assim, a relação de disposição para o outro
facilita o desenvolvimento do cuidado humanizado, a partir da interação, a qual permite que o
cuidado se modele diante das adversidades entre os sujeitos e o meio em que se estabelece a
relação.

Essa interação se faz necessária tão quanto o conhecimento técnico, uma vez que este
orienta e impulsiona a ação da enfermagem obstétrica. A enfermeira obstetra, por sua vez ao
desempenhar o seu cuidado, considera a singularidade de cada mulher e acompanhante/família
e atrela os seus saberes técnicos-científicos. Essas características de cuidado da enfermeira
obstetra favorece a disposição para sua autonomia e atitude clínica, promovendo dessa forma
uma assistência qualificada que culminará no seu reconhecimento profissiona.

2.5.Cuidados de enfermagem obstétrica

A vivência da gestação ocorre de forma singular e inesquecível na vida de cada mulher


e de sua família, mas também pode ser um período de ansiedade e angústia. Neste sentido, as
práticas de educação em saúde devem ajudar a mulher a compreender a gravidez e o parto
como eventos fisiológicos, que podem ocasionar alterações físicas e emocionais. Assim, é
papel dos profissionais de saúde que prestam assistência ao pré-natal orientar a mulher e seus
familiares, além de esclarecer dúvidas, que devem contribuir para autonomia do cuidado.
(Quadros et al, 2016).

A consulta pré-natal se caracteriza como importante ferramenta para o acolhimento e o


vínculo entre o profissional e a gestante. É o momento em que o enfermeiro possui
conhecimento clínico, baseado nas evidências científicas, e a oportunidade para identificar e
explorar a singularidade de cada mulher. À medida que o vínculo é construído, percebem-se as
necessidades, as capacidades e/ou limitações da mulher em lidar com o processo gestacional e
do nascimento. Com isso, a atuação do enfermeiro deve proporcionar bem-estar e segurança.

Com o intuito de reduzir intervenções médicas desnecessárias durante o trabalho de


parto, foram determinadas diretrizes pela Organização Mundial de Saúde, a fim de definir
padrões de atendimento globais a mulheres grávidas saudáveis. É recomendado que em
situações de riscos habituais não haja interferência da equipe médica e de enfermagem para
acelerar o trabalho de parto. Cada mulher é única assim como o processo do parto, é necessário

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respeitar seu tempo e incluí-la na tomada de decisões sobre os cuidados que irá receber, mesmo
se houver necessidade de intervenções médicas. (Morais et al., 2022).

No entanto, tais práticas demandam uma atitude aberta e humanizada de todos os


profissionais da saúde, em uma perspectiva transformadora da prática obstétrica. Neste sentido,
os enfermeiros obstetras têm apresentado disposição em promover ações de humanização e
auxílio na desmedicalização do parto, atuando na área de gerência, ensino e cuidado. Esse
profissional realiza o cuidado de enfermagem à gestante, à parturiente, à puérpera e ao recém-
nascido; o acompanhamento da evolução do trabalho de parto; a utilização de métodos não
farmacológicos para alívio da dor; a execução e assistência obstétrica em situação de
emergência e assistência ao parto de risco obstétrico habitual; além do acompanhamento da
criança até 24 meses de vida. (Quadros et al, 2016).

A valorização do cuidado da enfermeira obstetra está ancorada na utilização das boas


práticas na atenção obstétrica fundamentadas nas relações de encontro com o outro (a mulher)
e suporte técnico, o que contribui para a participação das mulheres e redução das intervenções
desnecessárias. Esta característica do cuidado qualificada pela enfermeira obstetra perpassa por
melhorias nas condições de trabalho, a fim de que mais enfermeiras possam ser inseridas nas
instituições de saúde.

Esse cuidado auxilia na participação da mulher, na valorização do acompanhante, na


redução de intervenções desnecessárias, no aumento do número de partos por via vaginal e no
uso das tecnologias não invasivas de cuidado. Desta forma, os cuidados liderados por
enfermeiras obstetras asseguram uma atenção humanizada com adoção das boas práticas no
parto e nascimento, trazendo menores chances de ocorrências com procedimentos invasivos e
partos instrumentais, além de apresentarem mais probabilidades por partos vaginais
espontâneos.

Em razão disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimula a atuação das


enfermeiras obstetras, pois estas profissionais de saúde impactam diretamente na melhoria dos
indicadores obstétricos no cuidado à mulher no trabalho de parto e parto. A enfermagem
obstétrica tem se destacado no cenário de parto, como categoria profissional indispensável na
redução das taxas de morbimortalidade materna e neonatal, pois garante mais respeito a
fisiologia do parto e a participação da mulher no processo parturitivo. Diante disso, iniciativas
lançadas pela OMS e pelo Ministério da Saúde têm estimulado à inserção da enfermeira
obstetra no cuidado ao parto e nascimento.

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2.6.Orientações para a atuação na enfermagem obstétrica

Enfermeiros obstetrizes são responsáveis por monitorar o feto, o parto e o recém-nascido


nas primeiras horas de vida. Logo que a criança nasce, esses profissionais utilizam seus
conhecimentos para identificar possíveis riscos obstétricos e perinatais precocemente, de modo
a agir rapidamente caso necessário.

Os membros da equipe multidisciplinar ainda devem desenvolver e gerenciar trabalho


educativo, preventivo e assistencial em programas e serviços de atenção à mulher. Além disso,
o profissional deve prestar assistência à mulher puérpera e à família, esclarecendo dúvidas e
oferecendo os cuidados devidos dessa fase, em que são comuns o medo e o desconhecimento
sobre o que fazer e como cuidar de uma criança.

As Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal, definidas pelo Ministério da


Saúde (MS), indicam a necessidade de fortalecimento do trabalho de enfermeiros obstetrizes,
inclusive com esforços dos gestores de saúde para implementarem modelos de assistência que
incluam estes profissionais no atendimento de partos de baixo risco. As vantagens são a
redução de intervenções, em comparação com procedimentos realizados por médicos, e a maior
satisfação das parturientes.

Para a humanização do cuidado, é indispensável a participação ativa da mulher e sua


convicção de que é a protagonista durante o trabalho de parto, bem como o apoio emocional e
assistência holística, visando bom desenvolvimento do período gravídico-puerperal. O
enfermeiro obstetra deve proporcionar assistência qualificada durante todo esse ciclo, focando
no bem-estar do binômio mãe-bebê e para isso são utilizadas práticas humanizadoras como a
elaboração do plano de parto, no qual serão descritas as preferências da mulher e técnicas de
relaxamento como massagens, músicas e banhos quentes, de modo a substituir os
farmacológicos utilizados no alívio da dor.

“São esses procedimentos que geram resultados positivos na saúde da mulher, reduzindo
o número de cesáreas e de intervenções desnecessárias, assim como a taxa de
morbimortalidade materna e perinatal, possibilitando então gravidez, parto, e puerpério mais
saudáveis e seguros”. (Morais et al., 2022, p. 2708).

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CONCLUSÃO

Todo trabalho deve ser realizado com o objetivo de proporcionar benefícios ou


melhorias, com base nas variáveis que sustentam a sua elaboração.

Todavia para desempenhar um cuidado de qualidade, a enfermeira necessita de melhorias


nas condições de trabalho, as quais impactam diretamente na qualidade do cuidado prestado à
mulher no processo parturitivo. Tais condições estão relacionadas a infraestrutura, leitos
individualizados, disponibilidade de recursos materiais e humanos, além das questões de
gênero, e das relações interpessoais que vão diferir conforme o perfil apresentado nas
maternidades.

Diante desta realidade, entende-se a relevância da inserção da enfermeira obstetra e de


melhorias das condições de trabalho no cuidado à mulher em processo parturitivo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA

MORAIS. Thaís Costa de. BIMBATO. Angélica Maria Jabur. A atuação e importância
da enfermagem obstétrica na promoção do atendimento humanizado. Centro Universitário de
Votuporanga – UNIFEV. 2022.

COFEN - CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n. 7.498/1986, de 25


de junho de 1986. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/lei-n-749886-de-25- de-junho-de-
1986_4161.html>. Acesso em: 26 out. 2020.

JACOB. Tatianni de Nazaré Oliveira et al. A autonomia da enfermagem obstétrica na


assistência no Centro de Parto Normal. 2020.

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