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CURSO DE ENFERMAGEM
Autor: XXXXXXXXXXX
Orientado: XXXXX
Orientadora: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda
pensou sobre aquilo que todo mundo vê”.
(Arthur Schopenhauer)
I
DEDICATÓRIA
Pais, suas palavras de incentivo foram um porto seguro perante cada obstáculo trilhado e
suas batalhas me deram inspiração e coragem para ir sempre adiante.
II
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo dom da vida, sem Ele não teria adentrado as portas da Escola de
Formação de Técnico de Saúde do Sequele. Obrigada, Pai pela conclusão dessa
importante etapa da minha vida.
Obrigada a todas as entrevistadas por aceitar participar desta pesquisa e dedicar seu tempo
para o andamento da mesma.
III
RESUMO
A população em estudo são mães com filhos até um ano de idade residente na
comuna da Funda, município de Cacuaco, em Luanda, da qual será considerada uma
amostra de 100 mulheres.
IV
ABSTRACT
O leite materno é o alimento mais completo para a criança nos primeiros meses de vida e
o ato de amamentar traz inúmeros benefícios para a criança, mãe e sociedade. As
orientações sobre o aleitamentomaternodevem ser abordadas durante todo o
acompanhamento pré-natal, pois a falta de conhecimento da mulher corresponde a um
importante fator para o desmame precoce, especialmente se esta for primípara. Este
estudo teve por objetivo identificar o conhecimento que as gestantes que realizam o pré-
natal possuem a respeito do aleitamento materno.
Dessa forma, a maior parte das gestantes (61%) respondeu corretamente apenas entre 1
a 4 questões sobre o tema, demonstrando um conhecimento insuficiente das gestantes
sobre o assunto e revelando uma fragilidade do pré-natal enquanto estratégia de
incentivo a amamentação. Portanto, os profissionais de saúde que acompanham o pré-
natal, têm fundamental importância no incentivo e sucesso da amamentação, visto que
quanto mais orientada e confiante estiver a mulher, maior será a duração do
aleitamento materno e seus benefícios.
V
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
MS - Ministério da Saúde
RN - Recém-Nascido
VI
ÍNDICE DAS TABELAS
VII
ÍNDICE
DEDICATÓRIA ............................................................................................................... II
RESUMO ....................................................................................................................... IV
ABSTRACT .....................................................................................................................V
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1
1.4.Justificativa ................................................................................................................. 2
VIII
2.7.Desmame .................................................................................................................. 13
2.8.1.A falta de informações das mães e dos profissionais da saúde enquanto fatores
causadores do desmame.................................................................................................. 16
3.2.Processo de amostragem........................................................................................... 21
3.3.População ................................................................................................................. 21
4.CONCLUSÃO ............................................................................................................. 28
5.REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 30
ANEXO .......................................................................................................................... 31
IX
1. INTRODUÇÃO
Como refere Giugliani (2000), entre os vários fatores envolvidos no não cumprimento da
duração do aleitamento recomendada estão o desconhecimento da importância do
aleitamento materno e a falta de confiança da mãe quanto a sua capacidade de amamentar
além de práticas inadequadas dos serviços e dos profissionais de saúde.
Como orientado pelo Ministério da Saúde o pré-natal é uma importante oportunidade para
o aconselhamento de gestantes e família sobre a amamentação, pois as orientações dadas
durante este período têm impacto positivo na duração do aleitamento materno,
principalmente entre as primíparas (BRASIL, 2015).
1
1.2. Formulação do Problema
1.4. Justificativa
2
contribui para o desmame e/ou a introdução de alimentos complementares de maneira
precoce e que, a orientação sobre estes assuntos deve ser abordada durante o pré-natal, a
hipótese do estudo é de que as gestantes ainda não estão sendo orientadas adequadamente
sobre o processo de amamentação durante o pré-natal e isto, além de outros fatores, está
favorecendo ao desmame precoce.
Espera-se que este estudo venha a contribuir para o conhecimento de como estão
sendo transmitidos as orientações durante o pré-natal, no que se refere ao aleitamento
materno, provocando reflexões e sensibilizando os profissionais que atuam diretamente
no acompanhamento pré-natal.
3
CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para Silva e Kimura (2001), a amamentação não é uma resultante exclusivamente biológica,
ela envolve as emoções da mulher e sua forma de encarar essa experiência em sua vida. As
diversas dimensões da mulher, expressas no desempenho dos diferentes papéis que está
assume em seu contexto social, também são elementos que interferem em sua tomada de decisão
quanto ao rumo da amamentação.
4
episódios de doenças nas crianças e, como consequência, as faltas ao trabalho
dos pais por doença da criança. (GIUGLIANI, 2002, p. 13).
5
ao redor da aréola surgem glândulas conhecidas como Montgomery, responsáveis pela
produção de substâncias que hidratam e protegem o mamilo de infecções. Desta forma,
não é necessário e contraindicado a colocação de outras substâncias para hidratar os
mamilos. (GERALD, 2002).
6
De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2015) a concentração de alguns
nutrientes também sofre variação durante uma mesma mamada. A quantidade de gordura
no leite, por exemplo, aumenta no decorrer de uma mamada. Além disso, a coloração
muda, sendo o leite do início (rico em anticorpos) mais parecido com água de coco, pois
possui maior teor de água, e o leite do final da mamada é mais amarelado pois possui
grande concentração de betacaroteno, proveniente da dieta da mãe. “[...] o leite do final
da mamada (chamado leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a
criança; daí a importância de a criança esvaziar bem a mama” (BRASIL, 2015, p.30).
7
sucção, são premissas para o sucesso do aleitamento materno” (Faleiros et al,
2011, p.28).
“Mulheres que amamentam plenamente, dia e noite, têm 98% de proteção contra
gravidez durante os primeiros seis meses após o parto”. (BRASIL, 1995, p. 8). Além
disso, “[...] têm menor risco de desenvolverem câncer de mama antes da menopausa, e
de ovário em qualquer idade, em relação às mulheres que nunca amamentaram”. A
proteção é maior, quanto mais longo for o tempo que a mulher amamentar. O aleitamento
materno logo após o nascimento do bebê, “[...] reduz o sangramento pós-parto e a
involução uterina torna-se mais rápida, o que contribui para que o corpo da mulher volte
com maior rapidez à forma física anterior”.
Giugliani (2004) esclarece que amamentar é muito mais que alimentar a criança.
Envolve uma interação complexa, multifatorial, entre duas pessoas, que interfere
no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em
sua fisiologia e em seu desenvolvimento cognitivo e emocional. Envolve também
aspectos relacionados à saúde física e psíquica da mãe.
O aleitamento permite que as mães fiquem mais saudáveis, permite uma proteção
contra outra gravidez, corte nos gastos permitindo a compra de melhores alimentos para
a família, além de proporcionar carinho, amor, afeto, interação mãe-filho. (BRASIL,
1989).
8
filho segundo (Cordero, citado por Cardoso, 2006). Nenhum alimento está mais adequado
a uma espécie, nem é melhor para a alimentação de um recém-nascido do que o leite da
própria espécie (Ciampo, 2004), além de que o leite humano é muito mais do que uma
mera fonte de nutrientes pois “proporciona proteção contra infeções e alergias, como
também estimula o desenvolvimento adequado do sistema imunológico e a maturação do
sistema digestivo e neurológico”. Salienta-se ainda o efeito protetor do leite humano
contra algumas doenças degenerativas da idade adulta tais como a obesidade, hipertensão
e diabetes (Rego, 2006, p.55).
9
desenvolvimento das bactérias que crescem nos intestinos do bebé e que impede a
proliferação de bactérias e organismos prejudiciais, ao contrário da digestão dos outros
açúcares que formam um meio alcalino potenciador do crescimento de organismos
invasores.
O conteúdo vitamínico do leite varia com a dieta materna, mas em termos gerais
têm a quantidade de vitaminas necessárias ao bebé. Existem dois tipos de vitaminas: as
solúveis em gordura e as hidrossolúveis. As vitaminas solúveis em gordura (A,E,D)
podem ser armazenadas no corpo e as que se dissolvem em água (C, complexo B) devem
ser fornecidas diariamente pela dieta. O leite materno contém grande quantidade de
vitamina A e E que tem origem no fígado da mãe mesmo quando a sua dieta não tem
qualquer teor destas vitaminas. A vitamina D é sintetizada pelo corpo quando exposto ao
sol, quer pela mãe quer pelo bebé. A vitamina C e o complexo B são fornecidos pela
dieta. O leite materno comparado com o leite de vaca tem dez vezes mais vitaminas
essenciais, sendo necessário que as crianças que não são amamentadas ao peito recebam
gotas suplementares de vitaminas. O teor de gordura do leite humano é maior que o do
leite de vaca sendo essa uma das razões porque o leite de vaca tem menos vitaminas
solúveis em gordura (Pryor, 1981). É importante orientar a nutrição materna para a
ingestão de vitaminas hidrossolúveis que são obtidas através da dieta.
10
de vaca, mas a “absorção é muito maior no leite humano. Cerca
de 70% do ferro do leite materno é absorvido, sendo 30% no
leite de vaca e 10% nos substitutos do leite humano” (Rego,
2006, p.63). Em lactentes alimentados exclusivamente com leite
materno até aos 6 a 8 meses é muito raro ocorrer a anemia por
privação de ferro, no entanto, a introdução precoce de outros
alimentos pode comprometer a absorção do ferro (Rego, 2006).
11
“A experiência emocional mais importante que o bebé vive no início da sua vida
(…) é a experiência de ser acolhido nas suas aflições (de fome, sede, frio, calor, dor,
desejos, …) e, mais do que isso de ser compreendido e identificado”. Os bebés que não
recebem cuidados e atenção, não se desenvolvem normalmente. “O contato físico com a
mãe é ainda mais importante do que a atenção social” e os bebés amamentados ao seio,
tornam-se “indivíduos mais seguros do que os bebés que recebem bastante atenção, mas
pouco contacto físico” (Ciampo et al, 2004, p.61).
12
2.7. Desmame
Saber quando terminar a amamentação não é uma questão que tenha uma resposta
certa. A WHO e a UNICEF (2003) recomendam a manutenção do leite materno com
complemento de outros alimentos até aos dois anos, mas embora haja consenso sobre o
aleitamento exclusivo materno até aos 6 meses, a partir daí as opiniões dividem-se,
embora afetadas mais por fatores de ordem sociocultural do que por benefícios ou
desvantagens, variando muito sobre o tempo durante o qual se deve manter a alimentação
complementar. Enquanto que certas etnias acham normal uma amamentação prolongada,
outras defendem que pode causar traumas e dependências nas crianças. Segundo Cardoso
(2006, p.51) existem “preconceitos (…) associados ao acto de amamentar em público,
sobretudo se o amamentado já tiver um ano ou mais. ”
A partir dos 6 meses de idade o leite materno não pode suprir as necessidades
nutricionais da criança e devem começar a ser oferecidos outros alimentos. Segundo Rego
(2006), devem ser oferecidos “alimentos com bom aporte energético e proteico, serem
ricos em micronutrientes (particularmente ferro, zinco, cálcio, vitaminas A e C e folatos)
sem contaminação (isentos de germes patogénicos, toxinas ou produtos químicos
prejudiciais) sem muito sal ou condimentos e em quantidades apropriadas” (357).
13
Na introdução de novos alimentos devem ser evitados alguns alimentos
considerados alergénicos, como o leite de vaca, o ovo, o amendoim, as nozes, o peixe e
o mel, que, segundo Rego (2006), só devem ser oferecidos após ao 9 a 12 meses de idade.
Assim, segundo as idades e por ordem crescente de alergenicidade, devem ser dadas
frutas, com exceção das laranjas e outros citrinos; vegetais, raízes e tubérculos; grãos,
principalmente arroz ou aveia; e carnes, iniciando por carne de vaca magra e galinha.
14
de suplementos (sejam substitutos do leite materno, sejam sólidos) foram o trabalho fora
do lar pelas mães, assim como nervosismo e conveniência.
a) Ausência de um modelo para seguir, ou seja, não ter visto outras mulheres
amamentarem como prática benéfica e natural;
b) Despreparo para o aleitamento pode torná-lo uma tarefa difícil e pesada;
c) Desconhecimento das causas do choro do bebê, achando que ele só chora de
fome;
d) Falta de conhecimento sobre aleitamento materno e sua importância;
e) e) preocupação com a estética: medo de as mamas ficarem flácidas e caírem;
f)
g) f) o fato da amamentação se tornar um ato doloroso caso a mulher sofra
de algum problema mamário como, por exemplo, fissuras e
ingurgitamentos que não foram tratados;
h) g) desejo materno de retomar as atividades fora do lar;
i)
j) h) impedimento temporário de desempenhar vários papéis ao mesmo tempo:
de mãe de outros filhos, mulher, dona-de-casa, profissional, estudante e
outros;
k) i) orientações recebidas incorretas;
l)
m) j) oferecimento de leite, em bico de borracha concomitantemente ao
aleitamento materno;
n) k) excesso de tarefas: falta de ajuda e suporte no lar e do serviço de saúde
para que a mãe possa cuidar de si e do recém-nascido, ausência de apoio de
companheiro, familiares ou amigos, fadiga física e psíquica;
15
o) l) autoconfiança em baixa: ter insegurança quanto ao seu desempenho
materno, confiar mais na mamadeira do que no próprio leite;
p) m) desejo consciente ou inconscientemente de não amamentar.
16
Estudos revelam situações em que, se as mães tivessem procurado ajuda
profissional logo após o aparecimento de dificuldades, poderiam ter continuado o
aleitamento materno exclusivo com sucesso. No entanto, ao contrário, preferiram
abandoná-lo diante das dificuldades. (PARIZOTTO; ZORZI, 2008).
Segundo esses mesmos autores, o fato de estar no mercado de trabalho não deve
impedir a mulher de viver o período da maternidade. A grande maioria de mulheres está
no mercado informal. Ou seja, uma forma atípica de relação de trabalho.
17
Somente a mulher empregada com contrato de trabalho formal tem direito aos
benefícios da legislação. As demais precisam provar a relação permanente de trabalho na
Justiça para tentar conseguir os benefícios.
Para Rea, Carvalho e Tamez (2002) é ainda controverso saber-se quanto tempo seria o
ideal para a licença-maternidade, e quando iniciá-la, do ponto de vista da saúde da mulher.
Segundo esses autores, no período pós-parto, hoje se sabe que os problemas para a
mulher podem variar desde a anemia, cansaço, infecções, dor perineal até depressão
puerperal. São questões que interferem com a capacidade de volta ao trabalho relacionadas
à própria mulher, sem levar em conta o fato de ela estar em período de lactação e ter,
portanto, um bebê que dela depende quanto ao melhor alimento, afeto e cuidado. Para este,
sabe-se que o período ideal para amamentação exclusiva é de seis meses, portanto seria um
período adequado de licença-maternidade.
De acordo com estudo realizado na Funda, 70% das entrevistadas não souberam a
diferença do leite do início e final da mamada, demonstrando resultados semelhantes ao
encontrado no presente estudo (MACIEL et al., 2013).
18
leite do final da mamada, chamado leite posterior, possui uma coloração mais amarelada
pela presença de betacaroteno em maior quantidade. Este último leite, mais rico em
gordura, é essencial para o ganho de peso do bebê (BRASIL, 2015). Em relação aos
benefícios do aleitamento materno constatou-se, no presente estudo que 98 (98%)
mulheres souberam citar algum benefício para a criança. Todavia, 61 (61%)
desconheciam benefícios do ato para a saúde da mulher. Resultado igualmente
preocupante ao encontrado na pesquisa foi relatado em estudo com gestantes da Funda,
onde apenas 40% das mulheres conheciam algum benefício da amamentação para a mãe
que amamenta, sendo os principais benefícios relatados a ajuda no emagrecimento e a
prevenção de doenças, o que demonstra que, a maioria das gestantes desconhecem as
inúmeras vantagens da amamentação para si próprias (XAVIER; NOBRE; AZEVEDO,
2015).
19
Como supracitado, a dor durante a amamentação, bem como os traumas mamilares e
o ingurgitamento mamário, são exemplos de problemas que podem vir a ocorrer durante
a amamentação. Estes problemas são causados principalmente pela pega incorreta.
Orientar as medidas de prevenção destes problemas é de grande importância, uma vez
que a gestante ganhará mais confiança e conhecerá o manejo adequado para a
amamentação, favorecendo sua aplicação na prática quando for a hora de amamentar.
20
CAPITULO II - METODOLOGIA DO ESTUDO
3. Tipo de Pesquisa
3.3. População
A população alvo foi mães de lactentes e mulheres entre 20 a 40 anos de idade, que
foram que vivem na comuna da Funda.
21
3.5. Critério de Exclusão
22
CAPITULO III - APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS
Analisando a distribuição da amostra de acordo com a idade (Tabela 1), observa-se que
houve predomínio de faixa etária de 20 a 30 anos, perfazendo um total de 45% da amostra.
Os demais dados apontam que 30% das mães entrevistadas possuem idades entre 31 e 35
anos; 15% têm entre 36 e 40 anos e 10%, apresentam idades superiores aos 41 anos.
23
O grau de instrução é fator que incide diretamente na compreensão das
orientações. Pois, quanto mais baixo a escolaridade, mais difícil torna-se
a compreensão sobre a importância do aleitamento materno exclusivo,
para o desenvolvimento saudável do bebê.
24
mortalidade infantil. A amamentação é importante para a criança, para a mãe, para a
família e para a sociedade em geral (MARQUES; LOPES; BRAGA, 2004).
A presente pesquisa revelou 40% das mães entrevistadas amamentaram (ou vem
alimentado) seus filhos por um período de seis a doze meses; 30% somente amamentaram
por apenas dois (02) meses; 25% por um período entre dois e seis meses. E, apenas 5%,
declaram que amamentaram seus bebês por mais de um ano.
25
Indagadas se sabem que o desmame precoce pode provocar problemas para a
saúde do bebê, 85% das mães que fizeram parte da amostra declaram que possuem
conhecimento sobre o fato. O restante (15%), alegaram que nada sabiam.
Apesar de contar hoje com variados tipos de leite artificial, mamadeiras etc., o
desmame precoce não é saudável para a mãe, e muito menos para o bebê, pois ambos têm
26
na amamentação o conforto para suprir o baque de terem sido separados abruptamente
por ocasião do parto. Do ponto de vista físico, a amamentação ajuda a volta do útero, no
pós-parto, às suas condições anteriores à gravidez, sem desprezar os aspectos
psicológicos.
Assim sendo, percebe-se que o leite materno é o modo mais seguro para alimentar
o lactente, devendo ser exclusivo até os seis meses. O mesmo proporciona benefícios
nutricionais, imunológicos, psicológicos e econômicos inquestionáveis. Tratando-se de
prematuros essas qualidades se tornam ainda mais significantes, devido a sua
vulnerabilidade.
27
4. CONCLUSÃO
28
Todas as mães entrevistas (100%) afirmaram que sabem que o aleitamento materno
é o que traz mais benefícios à saúde do bebê.
29
5. REFERÊNCIAS
ARAÚJO, S.M; SILVA, M.E.D; MORAES, R.C; ALVES, D.S. A importância do pré-
natal e a assistência de enfermagem. VEREDAS FAVIP- Revista Eletrônica de Ciências
– v.3, n.2- julho a dezembro de 2010
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de dois
anos: Bases técnico- científicas, diagnóstico alimentar e nutricional e recomendações.
Brasília, 2000.
PARAÍBA. Governo do Estado. Amamentação: mais saúde para a mãe e para o bebê.
João Pessoa: A União, 2006.
30
ANEXO
31
Questionário
4) É menino ou menina?
Masculino
Feminino
11) Nos primeiros seis meses de vida, como foi alimentado o seu filho?
Só com leite materno (sem mais nada, nem sequer água)
Leite materno e leite artificial [biberão]
Só com leite artificial
Outro. (Qual?) ______________________________________________
Não sei/não me recordo
12) [Se respondeu, na Q10, que deu só leite materno durante os 6 primeiros meses] Indique
durante quanto tempo mais amamentou só com leite materno até 1 ano?
Mais ___ meses [completar]
Sim, ainda estou a amamentar só com leite materno
13) [Se respondeu, na Q10, que deu só leite materno durante os 6 primeiros meses] Diga a sua
opinião como mãe: porque é que se deve dar só leite materno à criança até aos 6 meses?
[Pode dar mais do que uma resposta]
leite materno evita doenças na criança
O leite materno é mais barato
Amamentar com leite materno é mais cómodo
Amamentar com leite materno é mais higiénico
O leite materno evita doenças na criança
Aumenta a ligação entre a mãe e o bebé
O bebé cresce melhor
O médico aconselhou
A minha mãe e a minha avó também amamentaram ao peito os seus filhos
Gosto de amamentar ao peito
Outra razão (Qual ?)________________________________________
14) [Se respondeu, na Q10, que não deu só leite materno durante os 6 primeiros meses] Indique
quais as razões que a levaram a nunca fazer aleitamento materno exclusivo ou a interromper
o aleitamento materno exclusivo [só leite do peito] [Pode dar mais do que uma resposta]
Não gosto de amamentar ao peito
Transmite doenças da mãe para os filhos
Tinha pouco leite
a. bebé não pegou à mama
Tinha vergonha de alimentar em público
Tive de voltar ao trabalho
Contraindicação médica
O leite artificial oferece maior comodidade
Sentia-me muito cansada
Dores ou infeções no peito
O bebé não aumentava de peso
O meu leite não era bom
A criança já está muito grande
Outra razão (Qual ?)_______________________________________________
15) Teve aconselhamento, após o parto, por parte da equipa de saúde, sobre aleitamento?
Sim
Não
Não sei / Não me recordo
18) Na sua opinião porque é que as jovens mães angolanas não amamentam ou deixam de
amamentar muito cedo? [antes de um ano]
Amamentar ocupa muito tempo
A criança não cresce bem
Amamentar faz descair os seios
Porque têm de voltar ao trabalho/ escola
Amamentar transmite doenças
A criança chora muito com fome
A criança precisa de outros alimentos, o leite não chega
A alimentação artificial pode ser feita por qualquer pessoa
Outra. (Qual?) __________________________________________
20) Com que idade [meses] deu ao seu bebé, alimentação sólida pela primeira vez (por exemplo
papas de cereais, papas de fuba de milho e de bombo, funge, sopas ou fruta)?
____ meses completos [completar]
22) Deu outros alimentos além do leite materno antes dos 4 meses?
Sim
Não
_____ classe
______________________________________________________________________