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Macapá
2017
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Macapá
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BANCA EXAMINADORA
Macapá
2017
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AGRADECIMENTOS
A Olorum e a Deus por ter me dado saúde e força para superar as
dificuldades e as adversidades que passei.
In memoriam, aos meus avós Francisco, Carminha, Hesiodo e Paula, que não
puderam receber os cuidados profissionais de um neto, que mesmo distante de suas
vidas nunca deixou de amá-los e de relembrar na memória da infância humilde,
porém regada com muita felicidade, amor e carinho dado por eles a um neto.
Aos meus pais que mesmo com as dificuldades que essa sociedade impõem
a todos nós, me apoiaram e sempre tiveram a esperança de ver seu primogênito
com uma formação superior.
Agradeço a minha irmã Dayeny Araújo Batista, minha cunhada Fernanda
Marinho e minha sobrinha-filha Paolla Celyna, pelo apoio irrestrito.
Ao meu amigo Diego Quaresma Ferreira (Diego Mauér), que muito me
incentivou a cursar Enfermagem, onde no início do curso me orientou e até hoje
ainda me auxilia em algumas dúvidas.
Ao meu amigo Lidiex dos Santos Pantoja, que por seis anos em tratamento
ortopédico, muitas vezes foi minha cobaia para aferir pressão, administrar seus
medicamentos injetáveis, dar banho de leito, entre outras coisas brigar por melhores
condições de tratamento na área ortopédica do hospital referência no Estado do
Amapá.
A minha amiga Priscila que muito me auxiliou nas dúvidas que cresciam
durante a execução desse trabalho.
Ao meu namorado Fernando Henrique Fonseca Santana, que na semana pré-
apresentação do Projeto de TCC, teve a humildade de aguentar meu stress, minhas
crises de ansiedade e nervosismo, onde na noite que antecedia a manhã de
apresentação do meu Pré-projeto me demoveu da cabeça a idéia de desistir da
apresentação, devido terem deportado de casa a minha cadela de estimação
(Joquébede), pois apesar de ser bagunceira, ela era a única que me compreendia.
A esta Faculdade, seu corpo docente, direção e administração que
oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela
acendrada confiança no mérito e ética aqui presentes. Em especial as professoras
Lana Patrícia Santos de Oliveira e Edli de Araújo Pinheiro Carvalho, que nos meus
momentos de dúvida puderam me orientar no início deste trabalho.
Meu muito obrigado a todos os amigos e professores conhecidos na
Faculdade de Macapá, me ajudando a construir os alicerces de um futuro que
começa agora, após anos dedicados a uma paixão que surgiu por força do destino.
Vocês me ensinaram direta e indiretamente lições pra toda uma vida.
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RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................ 9
CAPÍTULO I: ADOLESCÊNCIA EM FOCO........................................................... 12
1.1 ALGUNS ASPECTOS SOBRE O CONCEITO DE ADOLESCÊNCIA.............. 12
1.2 PRINCIPAIS ETAPAS....................................................................................... 15
1.3 O ENTENDIMENTO DA SEXUALIDADE.......................................................... 18
CAPÍTULO 2: GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA.................................................. 21
2.1 PERSPECTIVAS............................................................................................... 21
2.2 O ATO DE PREVENIR...................................................................................... 24
2.3 GRAVIDEZ........................................................................................................ 25
CAPÍTULO: 3 ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM...................................................... 27
3.1 ATENÇÃO A SAÚDE DO ADOLESCENTE...................................................... 27
3.2 ENFERMAGEM E GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA...................................... 30
3.3 AÇÕES DE ENFERMAGEM: O PAPEL EDUCATIVO..................................... 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 35
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 37
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INTRODUÇÃO
Segundo Tiba (2015) as crianças hoje estão adolescendo, cada vez mais
cedo, e entrando na fase jovem - adulto ainda mais tarde. Essas expansões para
menos idade e mais idade são novidades psicológicas, familiares, culturais, sociais.
A maioria dessas crianças emancipadas para adolescência, ainda nem passaram
pela puberdade encontrando-se na faixa de 08 a 12 anos. O referido autor, ainda
descreve que esta fase é composta por três momentos, segundo Tiba (2015, p.123):
crescerem para a maturidade” Hall (apud SANTROCK, 2010, p. 3). É uma fase de
descobertas, com conflitos e oscilações de humor.
A transição inicia-se fisicamente com a puberdade, “[...] período do
desenvolvimento humano em que as características sexuais aparecem
gradativamente” (NOVELLO, 2010, p. 20); ”[...] idade em que surgem os pêlos
genitais; quando ocorrem modificações não só sexuais, mas também corporais e
psíquicas” (TIBA, 2015, p. 6). É quando se pode dizer que iniciou a adolescência.
Já para Papalia, Olds e Feldman (2006) a adolescência dura
aproximadamente 10 anos, dos 11 (onze) até pouco antes até depois dos 20 anos,
considerando o fato de que seu 12 início e término não podem ser claramente
definidos atualmente. No entanto, considera-se que o início do adolescer se dá com
a entrada na puberdade, processo que conduz a maturidade sexual ou fertilidade, ou
seja, a capacidade de reprodução. O cuidado com um delinear do início e término da
adolescência, pode ser bastante relevante, e até o século XX, as crianças das
culturas ocidentais se deparavam com o mundo adulto, quando amadureciam
fisicamente ou apenas quando iniciavam um aprendizado vocacional, e hoje, o
ingresso na idade adulta leva mais tempo. E em virtude disso, devem-se levar em
consideração o contexto que envolve o amadurecimento do adolescente sempre que
se fizer menção a sua durabilidade. (TIBA, 2015).
Autores como Papalia, Olds e Feldman (2006) enfatizam que uma das razões
da puberdade começar mais cedo do que antes, pode estar ligada a entrada na vida
profissional que tende a ocorrer mais tarde, por causa da sociedade que atualmente
exige períodos mais longos de educação ou treinamento profissional para que o
jovem possa assumir responsabilidades adultas. Assim sendo Bock, Furtado e
Teixeira (2012, p.294):
O autor afirma que o crescimento físico não ocorre ao mesmo tempo “em
todas as partes ósseas”. Inicialmente, crescem os pés e as mãos: com altura de
criança, o púbere calça sapatos e tem mãos de adulto; em seguida, os antebraços e
as pernas; depois as coxas e os braços, ficando com os membros muito compridos
em relação ao tronco; finalmente cresce a coluna vertebral, chegando à
proporcionalidade corporal adulta. As velocidades de crescimento das diversas
etapas são diferentes entre si. De modo que é comum os movimentos ficarem
desordenados, a coordenação estabanada, a voz, a foça física e a deambulação se
descontrolarem, apenas conseguindo o adolescente uma defesa regular quando
evita fazer qualquer movimento. (TIBA, 2015, p. 6).
No que diz respeito ao comportamento, na adolescência ocorrem as
mudanças de humor que estão coadunadas com esta fase. Essas alterações
humorísticas, Tiba (2015, p. 26) classifica como “onipotência pubertária”. O
adolescente passa a defender-se como pode diante de novas situações. O menino
tende a ficar mais bravo, mal-humorado, contestador, insatisfeito, agressivo,
impulsivo; a menina luta mais pelo que considera “seus pontos de vista” e fica
enfurecida contra injustiças, principalmente a colegas, a quem defende como ardor.
É uma severa vigilante dos castigos aos irmãos, fala muito e chora com facilidade.
2.1 PERSPECTIVAS
2.3 GRAVIDEZ
Para Motta e Silva (2014), a gravidez nos primeiros anos de vida reprodutiva
não constitui um fenômeno recente na história da humanidade. Na antiguidade os
contratos de casamento eram lavrados quando a adolescente se encontrava entre
os 13 e 14 anos de idade e, segundo registros históricos, provavelmente era esta a
faixa de idade da Virgem Maria quando deu a luz.
Motta e Silva (2014) ainda ressaltam que, entre 1594 e 1597, Willian
Shakespeare publicou a tragédia de Romeu e Julieta, na qual a heroína foi descrita
pelo pai Capuleto como uma garota que ainda não havia completado 14 anos de
idade, quando foi prometida em casamento ao nobre Paris. Embora de conteúdo
ficcional, é bastante provável que a obra retratasse os costumes da época.
Curiosamente até os dias atuais os matrimônios (consequentemente as gestações)
precoces são aceitos sem restrições em muitos países.
Ter o maior volume de informações disponível não impede a gravidez
precoce, talvez porque a relação sexual envolva muito mais afeto e sentimentos que
razão e conhecimento. No contexto da modernidade com alimentação e hábitos de
vida diferentes e, sobretudo com muito estímulo da mídia, os adolescentes estão
mesmo entrando mais cedo para a vida sexual, como afirma Santrock, (2003).
Acontece em todas as classes sociais, mas a incidência é maior e mais grave
em populações mais carentes. (Revista Viver Psicologia nº 102– Julho de 2001).
Segundo Lopes e Maia (2011) muitas vezes, a adolescente mantém relações
sexuais sem preservativo porque está apaixonada e tem medo de que o namorado a
rejeite se ela insistir. Até porque para as adolescentes, a sexualidade é a expressão
do desejo, da escolha, do amor, por isso a sexualidade se abre para a dimensão do
sexo propriamente dito.
Geralmente a primeira relação é carregada de expectativas e o jovem casal
tem receio de quebrar o romantismo do momento se parar e tirar um preservativo do
bolso ou da bolsa. A maioria das adolescentes vivencia essa trajetória do
desenvolvimento psicossexual de maneira insatisfatória com as pressões sociais e a
necessidade de desempenho, o que se constitui em fonte de ansiedade, angústia,
medo e culpa. (LOPES; MAIA 2011).
O comportamento sexual atual do adolescente é classificado, segundo o
senso comum, de acordo com o grau de seriedade. Vai desde o ficar até o namorar.
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Em bom número de vezes o casal começa ficando e evoluem para o namoro. Por
trás desse processo, pode existir uma aprendizagem para o amor, uma vez que o
namoro, a fidelidade é considerada muito importante.
Conforme Zagury (1999), impulsionados pela força de seus instintos,
juntamente com a necessidade de provar a si mesmo sua virilidade e sua
independente determinação em conquistar outra pessoa do sexo oposto, contrariam
com facilidade as normas tradicionais da sociedade e os aconselhamentos familiares
e com o exercício da sexualidade, muitas vezes precocemente, gera várias
consequências como decepções, frustrações, doenças sexualmente transmissíveis e
gravidez precoce.
Por isso, o mundo vem assistindo a uma crescente onda de adolescentes que
dão a luz numa época em que poderiam estar desenvolvendo projetos de acordo
com a idade em que se encontram, os períodos da adolescência são próprios para
viver a liberdade e idealizar sonhos antes de entrar na vida adulta.
Contudo, um número alarmante, mostra muitas adolescentes que acabam
tomando outro rumo e engravidam, iniciando aí, uma limitação de suas atividades no
campo do desenvolvimento escolar e profissional, sem generalizar, porque muitas
adolescentes encontram na gravidez o estímulo que precisavam para deslanchar na
vida.
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que impedem uma assistência à saúde adequada. Um dos fatores que contribui para
essa situação é a dificuldade de acesso de alguns grupos populacionais a esses
serviços.
Santos et.al. (2012) reforça o despreparo dos serviços de saúde em relação
às práticas de cuidado com os adolescentes, de forma a atender as suas
peculiaridades e complexidades, faltando espaços e suportes apropriados no âmbito
da orientação, proteção e recuperação da saúde.
A individualidade na atenção ao adolescente se apresenta como desafio para
o enfermeiro, podendo-se citar como obstáculos a serem superados a necessidade
de adequação do diálogo entre o profissional e o jovem adolescente. Mas, nesse
processo, deve-se considerar a forma como os adolescentes enxergam os
profissionais e os serviços de saúde, e suas reais necessidades.
De acordo com Bôas, Araújo e Timóteo (2008), diversas dificuldades são
apresentadas pelas equipes da ESF, sendo consideradas prioritárias as que dizem
respeito à estruturação da atenção básica, descontinuidades na implantação de
ações Inter setoriais e de promoção da saúde, bem como às relativas ao apoio
institucional e ao perfil de alguns profissionais. Estes impasses são apontados pelos
enfermeiros como fatores que limitam a autonomia, interferindo no processo de
trabalho.
Neste sentido, é cabível ressaltar que a elaboração de programas voltados
para a saúde do adolescente necessita de uma abordagem interdisciplinar e que
seja devidamente contextualizada, abrangendo significativos aspectos que devem
ser, consequentemente, relacionados ao cotidiano dos adolescentes e ao contexto
em que estão inseridos, buscando adequar os conteúdos dos projetos às diferentes
modalidades de demanda individual e coletiva. (HENRIQUES; ROCHA; MADEIRA,
2010).
Trabalhar no Programa Estratégia Saúde da Família (ESF) e, além de outras
atribuições, desenvolver, dentre outras questões, uma série de habilidades
relacionadas à saúde do adolescente, na perspectiva da promoção da saúde,
constitui um desafio para o enfermeiro, pois proporcionar a assistência ao
adolescente, que se encontra em pleno processo de transformação biopsicossocial,
e pautar o cuidado, levando em consideração as necessidades e singularidades
desse grupo, exige um processo de crescimento e de aquisição de novos
conhecimentos.
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a base da relação deve ser o diálogo sendo estabelecida na escuta livre de pré-
julgamentos. (GURGEL, et. al., 2010). Sendo assim Vieira (2011) diz que:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
LOPES, G.; MAIA, M. Conversando Com o Adolescente Sobre Sexo. Quem Vai
Responder? Belo Horizonte: Autêntica/Fumec. 2011
MOTTA, M.L.; SILVA, J.L.P. Gravidez entre adolescentes muito jovens. Janeiro.
Ed. Femina, 2014.