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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4
HISTÓRICO DO CÂNCER ........................................................................................... 5
INICIO DA QUIMIOTERAPIA ..................................................................................... 7
INCIDÊNCIA ................................................................................................................. 8
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO ...................... 8
RADIOTERAPIA ......................................................................................................... 16
Considerações Físicas Conceito.................................................................................... 17
Radiações Ionizantes..................................................................................................... 17
Ionização e Excitação ................................................................................................... 18
Conceitos em Radioterapia ........................................................................................... 19
Teleterapia..................................................................................................................... 19
Braquiterapia................................................................................................................. 21
Implicações Biológicas da Radioterapia ....................................................................... 22
Radio biologia celular ................................................................................................... 22
Radio sensibilidade ....................................................................................................... 23
Radio curabilidade ........................................................................................................ 23
Efeitos Radio biológicos e Fracionamento ................................................................... 23
Finalidades da Radioterapia .......................................................................................... 24
Curativa......................................................................................................................... 24
Paliativa ........................................................................................................................ 24
Descrição do Tratamento .............................................................................................. 25
Radio toxicidade ........................................................................................................... 26
Ações de Enfermagem em Radioterapia ....................................................................... 26
Mucosites ...................................................................................................................... 27
Náuseas e vômitos ........................................................................................................ 28
Inapetência .................................................................................................................... 30
Alopecia ........................................................................................................................ 31
Ações de Enfermagem no Tratamento de Radioterapia Pediátrica ............................... 31
Ações de Enfermagem na Radio moldagem Genital .................................................... 34
Tratamento Quimioterápico .......................................................................................... 39
Finalidades da Quimioterapia ....................................................................................... 42
TRATAMENTO CIRÚRGICO ..................................................................................... 43
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 45
INTRODUÇÃO
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HISTÓRICO DO CÂNCER
Fonte: http://www.adesg.net.br/noticias/coc-e-inca-lancam-site-sobre-a-
historia-do-cancer
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Durante o período bizantino (450 a 1500 d.C.) introduziu-se o uso do arsênico
no tratamento dos cânceres. Entre o século 13 e o século 15 houve um importante
desenvolvimento técnico cirúrgico, principalmente na França, com indicação de
intervenção precoce e retirada radical da parte afetada pelo câncer, utilizando do bisturi
para remoção do tumor e o uso de substancia caustica a base de arsênico para
cicatrização dos tecidos. (MUKHERJEE, 2010).
O estudo da radioterapia começam em 1895, ano em que o raio-X foi descoberto
pelo físico alemão Wilhelm Conrad Rontgen, onde observou-se que a exposição mais
intensa causava a destruição dos tecidos e de lesões cancerígenas, então começou a ser
utilizado o uso de raios X para tratar tumores. Paralelamente com a descoberta de novos
elementos químicos com alta potencialidade de radiação como o Radio e o Polônio
possibilitou utilizar o poder do elemento para destruir células malformadas e destruir
tumores malignos. Em 29 de janeiro de 1896 foi tratado o primeiro paciente com
radiação e em 1899 o primeiro caso de câncer: um epitelioma de células basais foi
curado com radiação. (TEXEIRA, FONCECA, 2007)
O início da radioterapia no Brasil foi em 1901, no Rio Grande do Sul, com o
médico Dr. Becker Pinto, o primeiro a utilizar um aparelho de raios-X para tratamento
de um tumor de pele. A partir daí a radioterapia se dividiu em terapias de contato,
inicialmente com exposição de materiais radioativos (césio, cobalto etc.) e,
posteriormente, com o surgimento dos aceleradores lineares, a radioterapia à distância.
Isso basicamente nos levou a duas áreas de pesquisa durante esse século de existência.
A primeira deu origem ao que hoje chama-se de braquiterapia, e a segunda, à teleterapia
com os aceleradores lineares que existem hoje. (SALVAJOLI; SALVAJOLI, 2012)
O grande passo seguinte no avanço da radioterapia veio com o surgimento de
novos métodos de imagens, principalmente a tomografia computadorizada, descoberta
em 1972 por Hounsfiled. Até então, todo o planejamento da radioterapia era feito
usando-se imagens rudimentares de raio-X convencional e cálculos manuais pouco
precisos. A incorporação de imagens tridimensionais ao planejamento do tratamento foi,
provavelmente, o avanço mais importante da radioterapia durante sua história.
(SALVAJOLI; SALVAJOLI, 2012)
Isso tornou possível identificar de forma muito mais precisa o volume a ser
tratado e as estruturas normais a serem protegidas e, mais importante que isso,
possibilitou que os computadores pudessem calcular, a partir da escala de cinza de
Hounsfiled, quanto de radiação cada local receberia baseado na densidade dos tecidos e
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matérias. Assim, os cálculos deixaram de ser aproximados, tornaram-se mais precisos e
permitiram análises qualitativas e quantitativas do planejamento. (SALVAJOLI;
SALVAJOLI, 2012)
INICIO DA QUIMIOTERAPIA
Fonte: https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/07/cancer-quando-
quimioterapia-prejudica-mais-do-que-ajuda-pacientes-terminais.html
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mama. (CÂNCER, 2015)
INCIDÊNCIA
Em termos globais, o câncer é a doença que mais mata no mundo, depois apenas
das doenças coronarianas. A abrangência dessa doença que atinge pessoas de todas as
nacionalidades, idades, raças e classes sociais, fez com que ela se popularizasse como
nenhuma outra durante o século XX e XXI. (INCA, 2014)
Estudo do INCA (Instituto Nacional do Câncer) mostra o aumento do número de
casos novos de câncer em todo o mundo e também no Brasil, bem como o número de
óbitos. Em função envelhecimento populacional, onde a população atual vem sofrendo
mudanças em seu perfil demográfico, consequência, entre outros fatores, do processo de
urbanização, industrialização e dos avanços da ciência e da tecnologia. (INCA, 2014)
Essas novas características da sociedade unem-se a novos estilos de vida e a
exposição, ainda mais intensa a fatores de risco do mundo contemporâneo. Como as
pessoas estão vivendo mais e as causas de óbitos anteriores, por doenças infecciosas,
vêm caindo, devido a tratamentos mais efetivos, logo levando a um aumento no número
de óbitos por câncer. (INCA, 2014)
Os tipos de câncer mais incidentes no mundo foram pulmão (1,8 milhão), mama
(1,7 milhão), intestino (1,4 milhão) e próstata (1,1 milhão). Nos homens, os mais
frequentes são de câncer de pulmão (16,7%), próstata (15,0%), intestino (10,0%),
estômago (8,5%) e fígado (7,5%). Em mulheres, as maiores frequências encontradas são
de câncer de mama (25,2%), intestino (9,2%), pulmão (8,7%), colo do útero (7,9%) e
estômago (4,8%). (INCA, 2015)
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Fonte: http://drfelipeades.com/2016/02/22/conheca-o-papel-fundamental-
do-enfermeiro-especialista-em-oncologia-no-tratamento-dos-pacientes-com-cancer/
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esclarecimento do próprio paciente e de seus familiares. Ele permite reforçar e garantir
acesso fácil às orientações fornecidas durante a consulta de enfermagem. Ressalta-se
também a importância do preparo do enfermeiro na orientação e oferecimento de
cuidados específicos às pacientes com câncer. (FRIGATO, HOLA, 2003).
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INTEGRIDADE DA PELE 1.Nas áreas eritematosas: Evita o uso de sabões, talcos
PREJUDICADA; a.evitar o uso de sabões, e outros cosméticos no local
REAÇÕES DE cosméticos, perfumes talcos, da radioterapia.
DESCAMAÇÃO pomadas e desodorantes. Exibe alteração mínima na
ERITEMATOSA E b.usar apenas agua morna pele.
ÚMIDA Á para lavar a área. Evita trauma na
RADIOTERAPIA. c.evitar esfregar ou arranhar região
a região. cutânea afetada.
d.evitar raspar a região com Relata alteração de pele de
barbeador comum. imediato.
e. evitar expor a região a luz Demostra o cuidado
solar ou a clima frio. adequado das áreas
f.evitar roupas apertadas na com
região. bolhas ou abertas.
2.Quando ocorrer Exibe ausência de infecção
a das áreas com bolhas ou
descamação úmida: abertas.
a.Não romper
nenhuma
bolhar que se forme.
b.evitar lavagem
frequente
do local.
c. Relatar qualquer formação
de bolha.
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MUCOSA ORAL 1.Avaliar diariamente Identifica os sinais
ALTERADA: a e
ESTOMATITE. cavidade oral. sintomas da estomatite que
2.Instruir o paciente a relatar devem ser relatados
a sensação de queimação na para
boca, áreas de rubor, lesões enfermeiro ou medico.
abertas nos lábios, Participa do regime
dor de
associada a deglutição, ou higiene oral recomendado
tolerância diminuída Escova os dentes e a boca
aos com escova de cerdas macias
extremos de temperatura dos Usa lubrificante para manter
alimentos. os lábios hidratados.
3.Incentivar e ajudar Evita alimentos
na duros,
higiene oral. condimentados e quentes.
Não exibe ulcerações nem
infecções da cavidade oral.
Não exibe evidencias
de
sangramento.
Exibe ausência
de
desidratação e de perda de
peso.
1. Discutir a perda de cabelos Identifica a alopecia como um
potencial e o crescimento efeito colateral do tratamento.
posterior com o paciente e a Identifica os sentimentos
família. positivos e negativos e as
INTEGRIDADE TISSULAR 2. Explorar o impacto ameaças a autoimagem.
PREJUDICADA: potencial da perda de cabelo Verbaliza o significado que os
ALOPECIA sobre a autoimagem, relações cabelos ou a sua possível perda
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interpessoais e sexualidade. tem para si.
3.Evitar e minimizar a queda Usa xampu e condicionador
dos cabelos. brandos.
4. Evitar trauma do couro Evitar o secador de cabelos,
cabeludo. ferros e outros estresses sobre
5. Orientar o paciente a usar os cabelos e o couro cabeludo.
filtro solar ou boné quando ao Diz que a necessidade de
sol. peruca a perda dos cabelos são
temporários.
1. Avaliar as experiências Identifica os deflagradores
previas e as expectativas do anteriores das náuseas e
paciente sobres as náuseas e vômitos.
vômitos, incluindo as causas e Exibe apreensão e ansiedade
intervenções empregadas. diminuídas.
2. Ajustar a dieta antes e Identifica as intervenções
depois da administração do previamente bem sucedidas
medicamento de acordo com a utilizadas para náuseas e
preferencia e tolerância do vômitos.
paciente. Relata diminuição das náuseas.
NUTRIÇÃO ALTERADA, 3. Evitar visões, odores e sons Relata diminuição da
MENOR QUE AS desagradáveis no ambiente incidência de vômitos.
DEMANDAS CORPORAIS, 4.usar a distração, Consome líquido e alimentos
RELACIONADO A musicoterapia, técnicas de adequados quando as náuseas
NÁUSEAS E VÔMITOS. relaxamento antes, no diminuem.
decorrer e depois da Demonstra o uso da distração e
quimioterapia. relaxamento quando indicados.
5. Administrar antieméticos, Exibe turgor cutâneo normal e
sedativos e corticosteroides as mucosas úmidas.
conforme prescrição antes da Não relata nenhuma perda de
quimioterapia e depois quando peso.
necessário.
6. assegurar a hidratação
adequada antes durante e
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depois da administração de
medicamentos.
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4.Incentivar o paciente a ingestão proteica e calórica
pedir a assistências dos recomendada.
outros nos afazeres Não relata falta de ar durante
necessários. as atividades.
5.Incentivar a ingestão Exibe equilíbrio
adequada de proteínas e hidroeletrolítico normal.
calorias.
6.Avaliar quanto os
distúrbios hidroeletrolíticos.
1.Usar escala de dor para Relata nível diminuído da
avaliar as características da dor e desconforto.
dor e desconforto: Relata menor interrupção
localização, duração, pela dor e desconforto.
frequência etc. Aceita analgesia conforme
DOR CRÔNICA 2.Garantir ao paciente que prescrição.
você sabe a dor real e que o Exibe sinais físicos e
ajudara na sua redução. comportamentais de dor e
3.Administrar os analgésicos desconforto na dor aguda.
para promover o alivio da Assume um papel ativo na
dor dentro dos limites da administração de analgesia
prescrição medica. Utiliza adequadamente as
4.Avaliar as respostas estratégias alternativas de
comportamentais do paciente alivio da dor.
a dor e a resposta dolorosa. Relata o uso efetivo de novas
5.Ensinar o paciente novas estratégias alternativas de
estratégias para aliviar a dor alivio da dor.
e o desconforto: distração, Relata que o nível diminuído
relaxamento, estimulação de dor permite participação
cutânea etc. em outras atividades.
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PESAR ANTECIPADO 1.Incentivar verbalização dos O paciente e a família
RELACIONADO COM A medos, preocupações e progridem através das fases
PERDA; PAPEL questões relacionadas com a do pesar, conforme
ALTERADO DE doença tratamento e futuras evidenciado pela
ATUAÇÃO. implicações. verbalização e expressão de
2.Incentivar a participação pesar aumentados.
ativa do paciente ou da O paciente e a família
família no cuidado e nas identificam os recursos
decisões do tratamento. disponíveis para ajudar nas
3.incentivar a ventilação dos estratégias de enfrentamento
sentimentos negativos, durante o pesar.
inclusive raiva e a hostilidade O paciente e a família
projetadas, dentro dos limites discutem abertamente o
aceitáveis. futuro e os sentimentos entre
4.Envolver o conselheiro si.
espiritual, quando desejado O paciente e a família usam
RADIOTERAPIA
Fonte: https://www.tuasaude.com/radioterapia/
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As duas últimas décadas testemunharam um considerável avanço no tratamento
do câncer, tendo-se a cura como objetivo terapêutico real em 50% dos tumores
diagnosticados. A radioterapia é um tratamento de ampla utilização, visto que mais de
60% de todos os tumores malignos terão indicação de irradiação no curso de sua
evolução.
O enfermeiro que trabalha em radioterapia deve buscar conhecimentos teóricos e
práticos sobre o tratamento em teleterapia, braquiterapia e em radioproteção, através de
cursos de atualização, reuniões científicas do serviço e participação nos programas de
controle de qualidade.
Cabe ao enfermeiro especialista, ainda, traçar metas que assegurem uma
assistência de qualidade ao cliente oncológico atuando na prevenção, trata- mento,
orientação e reabilitação nos procedimentos radioterápicos, através da sistematização da
consulta de enfermagem. O enfermeiro deve promover parcerias com toda a equipe de
radioterapia, viabilizando o cumprimento das normas de radioproteção, e garantir
participação ativa nos programas de pesquisa, contribuindo portanto para uma exata
aplicação da dose prescrita pelo Radioterapeuta no volume-alvo e realizando um
cuidado seguro e humanizado.
Radiações Ionizantes
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Ionização e Excitação
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ondas não possuem nem massa nem carga elétrica e podem ser divididas em:
Conceitos em Radioterapia
Teleterapia
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cerca de 5 cm de profundidade.
- Cobalto-60 - Fontes de cobalto-60 liberam fótons sob forma de raios
com energias de 1,17 MeV e 1,33 MeV. Como a fonte é radioativa, a emissão de fótons
é contínua, ou seja, a fonte não para de emitir fótons. Quando a máquina está desligada,
a fonte permanece guardada numa blindagem adequada que bloqueia a saída dos raios.
Alguns serviços mais antigos, ainda usam fontes de césio-137, o que não é mais
recomendado devido á baixa penetração de seu feixe.
Como consequência do decaimento radioativo, as fontes de alta atividade
(centenas de Giga Bekuerel - GBq) dos aparelhos de cobalto-60 diminuem de
intensidade na taxa de 1,1% ao mês. Depois de 5,27 anos, que é o valor de uma meia-
vida, a exposição do paciente ao feixe demora o dobro do tempo em relação ao inicial
para que seja atingida a mesma dose. Isto acarreta uma chance maior do paciente
mover-se, principalmente quando sente dores intensas, fazendo com que o tumor fique
fora do campo de irradiação e não seja adequadamente tratado e também que partes
sadias entrem no campo e sejam lesadas.
Desse modo, uma fonte de cobalto-60 de teleterapia deve ser trocada pelo menos
a cada 8 anos. Entretanto, deve ser dito que aparelhos de cobalto-60.
Aceleradores Lineares
Estes aparelhos usam micro-ondas para acelerar elétrons a grandes velocidades
em um tubo com vácuo. Numa extremidade do tubo, os elétrons muito velozes chocam-
se com um alvo metálico de alto número atômico. Na colisão com os núcleos dos
átomos do alvo, os elétrons são subitamente desacelerados e liberam a energia relativa a
esta perda de velocidade. Parte desta energia é transformada em raios X de freiamento,
que tem energia variável na faixa de 1 MeV até a energia máxima do elétron no
momento do choque. Por exemplo, um acelerador linear que acelera elétrons até 10
MeV, produz raios X com energias entre 1 e 10 MeV.
Os aceleradores lineares podem gerar fótons de energia muito maior que os do
cobalto-60. Fótons de alta energia liberam menor dose na pele e nos tecidos sadios do
paciente. Entretanto, os aceleradores lineares requerem potencial elétrico bastante
estável, mais manutenção e pessoal mais habilitado para o seu funcionamento.
Alguns aceleradores lineares, como mencionado anteriormente, permitem que os
elétrons atinjam diretamente o paciente, retirando-se o alvo de átomos pesados da frente
do feixe. Os elétrons não penetram profundamente no tecido, liberando sua dose num
intervalo que vai da pele até uma profundidade em torno de 5cm, com uma queda
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acentuada após esta profundidade. Os tratamentos com elétrons são adequados quando o
órgão alvo é superficial com estruturas radio sensíveis ao seu redor, como, por exemplo,
os linfonodos cervicais que têm a medula espinhal logo atrás e lesões infiltrativas de
pele.
Braquiterapia
Fonte: http://portaldaradiologia.com/?p=3401
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Método de Implantação de fontes
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que sua função seja mantida. Alguns destes tecidos são: a pele e seus anexos, a mucosa
gastrintestinal, a medula óssea e os tecidos reprodutores.
A tolerância do organismo ou de seus componentes teciduais normais à radiação
varia de acordo com os seguintes parâmetros de natureza física: dose, duração do
tratamento (tempo), volume tecidual e qualidade da radiação. Segundo esses
parâmetros, define-se qual a sensibilidade e curabilidade de um tumor pela radioterapia.
Radio sensibilidade
Radio curabilidade
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Finalidades da Radioterapia
Curativa
Paliativa
É um tratamento a curto ou longo prazo, que busca a remissão de sinto- mas para
diminuir o sangramento, aliviar a dor, obstruções e compressão neurológica, levando a
uma melhora da qualidade de vida do paciente.
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tumor e aplica um tratamento fracionado preciso, poupando ao máximo os tecidos
normais ao redor do tumor. A radio cirurgia estereotáxica aplica uma dose de radiação
única a um pequeno tumor intracraniano (de até 5cm) e evita a aplicação de doses altas
de radiação nos tecidos normais vizinhos ao tumor. É utilizada no tratamento das
malformações arteriovenosas e nos tumores intracranianos.
Descrição do Tratamento
Teleterapia
É necessário realizar um planejamento a partir da primeira consulta com o radio
terapeuta, seguindo as seguintes etapas:
• Consulta de primeira vez;
• decisão do tratamento;
• definição do volume alvo;
• escolha da energia ideal (elétrons ou fótons);
• dose (única ou fracionada);
• distribuição de campos;
• conferência dos cálculos (físico e radio terapeuta);
• acompanhamento médico e de enfermagem durante o tratamento;
• encaminhamento para clínica de origem.
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O paciente permanecerá sozinho na sala de tratamento, porém será observado
pelo técnico de radioterapia através de um circuito interno de TV na sala de controle.
Radio toxicidade
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Neste momento, ele estabelecerá o primeiro contato com o paciente, devendo interessar-
se por suas ansiedades, esclarecer dúvidas e, então, orientá-lo sobre os efeitos colaterais
do tratamento, no intuito de reforçar as recomendações fornecidas pelo médico e
complementá-las. Nesta etapa, poderá haver a necessidade da interação com outros
profissionais, tais como nutricionista, assistente social, psicólogo, fisioterapeuta,
fonoaudiólogo etc., vi- sando a um atendimento integral do paciente.
O enfermeiro esclarecerá ao paciente que o planejamento terapêutico deve ser
feito para que possam ser definidos, pelo médico, o local, o número e a frequência das
aplicações.
De acordo com o local a ser irradiado será feito o planejamento num simulador,
onde serão realizadas radiografias para a confirmação exata do campo a ser irradiado.
Após a confirmação do campo, o local deverá então ser demarcado com uma tinta à
base de fuccina (temporário) ou tatuados os limites do campo com nankin (permanente).
Orientar o paciente que o posicionamento durante o planejamento será repetido
quando ele estiver sob o aparelho e que a aplicação é rápida (questão de segundos, se o
aparelho for o acelerador linear), indolor e silenciosa, devendo permanecer imóvel.
Explicar que ficará sozinho, porém será acompanhado pelo técnico durante as
aplicações, por um monitor de TV. E que é imperativo que ninguém fique na sala com
ele, para que não se exponha desnecessariamente à radiação, o que seria arriscado,
principalmente para profissionais que lidam com vários pacientes por dia em um serviço
de Radioterapia.
A seguir, orientam-se as ações de enfermagem para os efeitos colaterais agudos
e subagudos mais comumente observados em teleterapia:
Mucosites
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• evitar alimentos quentes ou frios e sólidos (preferir dietas líquidas ou
pastosas, ricas em proteínas e à temperatura ambiente;
• retirar próteses dentárias móveis, se existentes;
• utilizar borrifos na cavidade bucal e orofaringe de anestésico local antes
da refeição, em caso de dor à deglutição; e outros cuidados necessários ao caso.
Náuseas e vômitos
Diarreia
Fadiga
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As intervenções de Enfermagem devem incluir monitorização das dosagens
séricas, reposição nutricional, estímulo ao repouso e ao relaxamento. Nesta fase, há
necessidade de apoio emocional para reforçar a importância da continuidade do
tratamento, explicando-se também que a fadiga é temporária.
Reação de pele
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pele irradiada.
• Evitar o contato de tecidos sintéticos com a área tratada; o algodão é
menos irritante e mais confortável.
• Não esfregar, coçar, arranhar ou escovar a pele irradiada.
• Nas áreas pilosas, não usar lâmina de barbear, nem navalha. Usar
barbeador elétrico durante o tratamento.
• Proteger a área de tratamento da exposição solar com uso de filtro solar
nº 30. Continuar a tomar precauções durante seis meses a um ano após o tratamento.
Devido ao risco de que sejam causados danos severos à pele, inclusive tumores
malignos.
• Estimular ingesta hídrica de 2 a 3 litros de líquido por dia (água, suco,
água de coco).
• Manter a pele do campo de tratamento hidratada, seguindo o protocolo
de prevenção de radioepitelite da instituição, com o uso de Aloe Vera ou Ácidos Graxos
Essenciais (AGE) no campo demarcado.
• Comparecer semanalmente à revisão médica e de enfermagem.
Inapetência
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deverá dar preferência à qualidade dos alimentos ingeridos e não à quantidade. O
encaminhamento ao nutricionista também poderá ser necessário, nos casos mais agudos
ou graves.
Alopecia
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da radioterapia.
• Orientar o familiar sobre a importância de NÃO INTERROMPER O
TRATAMENTO, só em caso de indicação médica.
• Realizar a consulta de enfermagem no primeiro dia após encaminha-
mento do médico ao aparelho. Identificar as necessidades individuais de cada criança,
objetivando traçar um plano assistencial para o trata- mento.
• Avaliar o grau de compreensão do familiar e da criança na consulta de
revisão médica, onde serão solicitados exames hematológicos, investigando possíveis
efeitos colaterais associados ao tratamento: anemia, leucopenia, deficiência visual
neurológica e sensório-motora, náuseas, vômitos, reações da pele, associando ou não
medicamentos à dor.
• Mostrar o aparelho de radioterapia. Explicar o material utilizado para
demarcação na pele, os sinais luminosos e sonoros. Informar que a marca na pele com
tinta vermelha ficará somente durante o tratamento.
• A criança que se recusar a permanecer no aparelho, ou ficar parada
durante a aplicação deverá ser anestesiada. Neste caso virá ao Hospital em jejum.
• Orientar a criança que durante a aplicação ninguém irá tocá-la e não
sentirá dor. Posicionar a criança na mesa do aparelho de forma a reduzir o desconforto,
acomodando-a, com o auxílio de suporte de gesso, isopor, confeccionado na Oficina de
Moldes.
• Deve existir uma sala de recuperação pós-anestésica com todos os
equipamentos e materiais necessários a ressuscitação cardiopulmonar, principalmente
para atender a crianças submetidas à anestesia.
• Aliviar a ansiedade da criança oferecendo um ambiente colorido,
tranquilo, acolhedor, com vários brinquedos, jogos, revistas e televisão a sua escolha
para atender a suas necessidades básicas de carinho, atenção, com o objetivo de que a
criança venha à Instituição feliz, sem medos, e sabendo que encontrará um ambiente
semelhante a sua casa.
• Reforçar junto à criança que todas as vezes que ela apresentar um
comportamento positivo e de cooperação durante o tratamento, receberá um elogio
verbal ou um pequeno brinde ou um selo de carinhas mostrando como foi o seu
comportamento.
Ações de Enfermagem ao paciente submetido a Braquiterapia de alta taxa de
dose.
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• Realizar consulta de Enfermagem no mesmo dia em que for realizada a
consulta com o radio terapeuta
• O agendamento das consultas subsequentes é de acordo com o tipo de
tratamento para cada paciente, e deve ser com hora marcada para que o paciente não
fique muito tempo esperando.
• Nesta consulta deve ser enfatizada a avaliação física do paciente; e o
manejo dos efeitos colaterais (náuseas, complicações intestinais, desconforto durante o
tratamento).
• O paciente deve ser orientado para:
- Vir com a tricotomia realizada.
- Não ter relações sexuais na véspera do tratamento, em caso de
ginecológico.
- Que dependendo do tipo de aplicação, deverá fazer uso de sonda vesical
durante o tratamento.
- Que mesmo com a porta da sala de tratamento fechada durante a
aplicação, ele estará sendo observado por um circuito interno de TV.
- Que sua dieta deverá ser branda no caso de tratamento ginecológico,
jejum de doze horas se for um tratamento de esôfago, ou trata- mento com implantes
(neste caso o paciente deverá ser internado).
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Controlar todo material específico
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É de extrema importância a conscientização e o preparo emocional da paciente,
considerando-se que o tratamento exige isolamento e também a manutenção de um
mesmo decúbito para que não haja deslocamento dos aplicadores. O enfermeiro orienta
a paciente e familiares no que diz respeito a esses cuidados e também com relação aos
outros que receberá durante e após o tratamento.
Recomendações usuais
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• Informar a paciente que ela terá assistência durante todo o tempo de
internação, porém a assistência será limitada devido à radiação emitida (é necessário
pedir-lhe que evite chamar repetidamente o enfermeiro, evitando assim que ele se
exponha desnecessariamente à radiação, o que também é obtido com o rodízio da equipe
de enfermagem).
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Após o término do tempo programado pelo radio terapeuta, a carga e o aparelho
serão retirados pelo médico. A paciente será liberada para uma higienização completa e
deverá receber orientações, para alta, quanto ao retorno às atividades sexuais (conforme
a recomendação médica), a utilização de dilatadores vaginais após a braquiterapia e
desaparecimento da mucosite vulvo- vaginal.
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cintigrafia de corpo inteiro, que revelem metástases funcionantes.
Plano Terapêutico
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Inicialmente o paciente se submeterá à captação de 24 horas, cintilografia da
tireoide, dose de rastreamento com I-131 e cintilografia óssea. A partir dos resultados
dos exames será realizada uma avaliação clínica, e então determinado o valor da dose a
ser administrada. A seguir, será marcada a data de internação, bem como o dia de
suspensão da dose de hormônio administrada diariamente (por 15 ou 30 dias,
dependendo do hormônio).
Pacientes que recebam terapia com doses acima de 30 mCi de I-131, deverão ser
internados em quarto especial blindado (portas, paredes, teto e chão) com banheiro
completo, seguindo as normas da CNEN (COMISSÃO NACIO- NAL DE ENERGIA
NUCLEAR) e receber instruções quanto ao uso adequado das dependências e cuidados
de proteção radiológica.
Visando a minimizar a ansiedade, o stress e a solidão, esse quarto deve ser
equipado com TV, frigobar, telefone, painéis e mobiliário adequado.
Tratamento Quimioterápico
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O tumor maligno é constituído por três grupos de células: as que se dividem
ativamente nas fases Gl, S, G2 e M; as paradas na fase G0 ; e as que perdem sua
capacidade reprodutiva e estão morrendo ou já estão mortas. Os tumores menores
possuem maior porcentagem de células em reprodução. À medida que o tumor cresce,
ocorre uma competição entre as células em busca de nutrientes, oxigênio e espaço, e o
número de células ativas em reprodução diminui. As células que estão se reproduzindo
ativamente são as mais sensíveis à quimioterapia. Por isso, um dos conceitos para o
tratamento do câncer é o de "desavolumar" os tumores com a finalidade de reduzi-los a
um pequeno tamanho, situação em que sua velocidade de crescimento aumenta e as
células são mais suscetíveis à quimioterapia em decorrência de uma função de divisão
celular aumentada.
Uma segunda noção que pode ser observada, é que cada vez que a dose é
repetida, mantém-se a proporção de células mortas e não o número absoluto de células
são mortas.
Os citostáticos agem diretamente na célula, atuando nas diversas fases do ciclo
celular. Devido a essa característica é que se opta por usar, mais frequentemente, a poli
quimioterapia, na qual mais de dois tipos de medicamentos de classificações
farmacológicas diferentes são aplicados, buscando-se um efeito mais abrangente sobre
as células tumorais.
Na poli quimioterapia, é importante, sempre que possível, a associação de
drogas com diferentes toxicidades que permitam aumentar o efeito antitumoral sem
elevar a toxicidade.
A utilização adequada de drogas antineoplásicas, requer avaliação criteriosa das
doses a serem administradas, das vias de administração, dos efeitos colaterais de risco,
dos mecanismos de eliminação, do ajuste de doses adequadas em casos de insuficiência
de órgãos, e das interações com outras drogas.
A estratégia de administração dos medicamentos antineoplásicos consiste em
utilizá-los ciclicamente a intervalos suficientemente longos para que haja boa
recuperação medular, mas não o suficiente para permitir a recuperação tumoral entre os
ciclos.
Classificação dos Quimioterápicos Antineoplásicos
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A maioria dos agentes quimioterápicos pode ser agrupada de acordo com a
atuação no ciclo celular quer seja em fase de atividade ou de repouso.
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crescimento lento, com baixa fração de duplicação.
A farmacocinética desse grupo de drogas é semelhante à das drogas fase-
inespecíficas, sendo caracterizada principalmente pela linearidade da curva dose
resposta.
Quanto à estrutura química e função celular
Os quimioterápicos classificam-se em:
• Alquilantes - Ciclo-inespecíficos agem em todas as fases do ciclo
celular.
• Antimetabólicos - Ciclo-específicos, fase-específicos, agem na fase de
síntese.
• Alcalóides - Ciclo-específicos, fase-específicos, agem na fase da mitose.
• Antibióticos - Ciclo-específicos, fase inespecíficos, agem em várias
fases do ciclo celular.
• Miscelâneas - Medicamentos de composição química e mecanismos de
ação pouco conhecidos. Ex.: Hidroxiuréia, procarbazina Lasparaginase.
Finalidades da Quimioterapia
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eliminação da doença residual metastática potencial, indetectável, porém
presumidamente existente. Ex.: tumores de mama, ovário, cólon e reto.
- Neoadjuvante - Quando é administrada previamente ao tratamento
definitivo, quer seja cirúrgico ou radioterápico. Objetiva tanto a diminuição do volume
tumoral, quanto à eliminação de metástases não detectáveis clinicamente já existentes
ou eventualmente formadas no momento da manipulação cirúrgica. Ex.: sarcomas,
tumores de mama avançados.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Existem cuidados que são específicos para a cirurgia oncológica, tais como:
43
campo de radioterapia pós-operatória.
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REFERÊNCIAS
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Onco.Disponivel em:
http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=googl
e&base=LIL ACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=230384&indexSearch=ID.
SALVAJOLI, João Victor; SALVAJOLI, Bernardo Peres. O papel da
radioterapia no tratamento do câncer: avanços e desafios. Revista Onco, v. 13, p. 32-6,
2012. Disponível em:
<http://revistaonco.com.br/wp-
content/uploads/2012/09/Radioterapia.pdf>.SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Os
avanços no tratamento do câncer. Brasil Escola. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/saude/avancos-no-tratamento-cancer.htm>.
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