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Assistente de Radiologia

A história da Radiologia no Brasil


Há 110 anos, foi registrada a criação de uma importante descoberta
médica, o primeiro aparelho de raios X, desenvolvido por Wilhelm
Conrad Roentgen, na Alemanha. Passados pouco mais de dois
anos, o médico brasileiro José Carlos Ferreira Pires já produzia as
primeiras radiografias com finalidades diagnósticas da América do
Sul, em Formiga, Minas Gerais.

O primeiro aparelho de raios X chegou ao País em 1897. Fabricado


pela Siemens, o aparelho era rudimentar, com bobinas de
Rhumkorff de 70 cm cada uma e tubos tipo Crookes. Naquela
época, a cidade de Formiga não contava com eletricidade e para
colocar o aparelho em funcionamento, era necessário alimentá-lo com baterias e pilhas Leclancher rudimentares
de 0,75 HP. Os resultados não foram satisfatórios e então Dr. Pires decidiu instalar um motor fixo de gasolina que
funcionava como um gerador elétrico.

Com ajuda da mulher, filhos, amigos e um manual de instruções, Dr. Pires colocou o aparelho em funcionamento
e, com chapas de vidro fotográfico, passou a produzir as primeiras radiografias.

A primeira chapa radiográfica, feita em 1898, foi de um corpo estranho na mão do então ministro Lauro Muller, um
de seus primeiros clientes. Entre 1899 e 1912, Dr. Pires adquiriu todos os tipos de tubos fabricados pela Siemens.

O tempo necessário para produzir a chapa radiográfica era longo. Uma radiografia de tórax levava cerca de 30
minutos e uma de crânio em torno de 45 minutos. O extenso período da exposição não permitia que o paciente
ficasse sem respirar, comprometendo a boa definição da imagem. Outro inconveniente era a intensa radiação que
se espalhava.

Na década de 50, após uma exposição do Departamento de Radiologia da


Associação Médica de Minas Gerais, o aparelho foi enviado para o
exterior, por falta de interesse das entidades governamentais em criar um
museu histórico no País, naquela ocasião. Atualmente, o primeiro
aparelho de raios X utilizado no Brasil encontra-se no International
Museum of Surgical Science, em Chicago, nos Estados Unidos.

As observações e pesquisas do Dr. Pires possibilitaram a publicação de


muitos trabalhos em revistas científicas e congressos médicos.

Contudo, foi na área de Radiologia e Radioterapia, por seu pioneirismo, em que publicou
seus melhores trabalhos:

Localização de corpos estranhos pelos raios X (final do século XIX);

Diagnóstico das aortites pelos raios X (1900);

Perigo da ação dos raios X sobre os tecidos (1901);

Possibilidade da ação profunda dos raios X (1902);

As radiotermites (1904);

Radioterapia do linfogranuloma (1906);

Técnica radiológica do tubo gastrointestinal com emprego de radiopacos (1911).

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Dotado de privilegiada inteligência e incrível conhecimento médico, Dr. Pires contribuiu e muito para o progresso
da ciência no Brasil e no exterior. Após seu falecimento, em 1912, seus familiares mantiveram intactos seus
consultórios com aparelhos de raios X e sua notável biblioteca.

Considerado um dos principais nomes da medicina brasileira, recebeu diversas homenagens. Em 1906, Dr. Pires
recebeu a medalha de 1a classe de mérito científico e humanitário, no XV Congresso Internacional de Medicina em
Lisboa, do qual foi membro. Recentemente, em 1998, em comemoração aos 100 anos da Radiologia Mineira, em
Belo Horizonte, o Congresso Brasileiro de Radiologia foi dedicado à sua homenagem.

Hoje, a Siemens está presente no dia-a-dia não só dos brasileiros, mas em todo o mundo, levando progressos em
energia, indústria, transporte, telecomunicações, medicina e iluminação. A Siemens foi a primeira empresa
eletrotécnica multinacional a se instalar no Brasil e contribui para o desenvolvimento da infra-estrutura do País,
desde o final do século XIX.

No século XXI, a Siemens continua a investir na sua força inovadora, competitividade global, foco no cliente e
solidez financeira, sem abrir mão do seu compromisso com o crescimento sustentável. Essa performance é
decorrente da competência e dedicação de seus oito mil colaboradores, que permitem que a empresa estabeleça
uma parceria de longo prazo com o Brasil, baseada em respeito, confiança e benefícios mútuos.

No final do século XIX, mais precisamente no dia 8 de novembro de 1895


foram descobertos os Raios X pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roetgen ao
ver sua mão projetada numa tela enquanto trabalhava com radiações. Por ser
muito perspicaz e inteligente imaginou que de um tubo em que ele trabalhava
deveria estar sendo emitido um tipo especial de onda que tinha a capacidade de
atravessar o corpo humano.

Como era uma radiação invisível, ele a chamou de Raios X. Sua descoberta valeu-
lhe o prêmio Nobel de Física em 1901.

Na época - começo do século XX - ocorreu uma revolução no meio médico, trazendo


um grande avanço no diagnóstico por imagem.

Desde esta época até os dias de hoje surgiram várias modificações nos aparelhos
iniciais a fim de se reduzir a radiação ionizante usada nos pacientes, pois acima de uma certa quantidade é
prejudicial à saúde. Assim foram surgindo tubos de Raios X, diafragmas para reduzir a quantidade de Raios X
assim diminuindo a radiação secundária que, além de prejudicar o paciente, piorava a imagem final.

Em abril de 1896, fez-se a primeira radiografia de um projétil de arma de fogo no interior do crânio de um paciente,
essa radiografia foi feita na Inglaterra pelo Dr. Nelson.

Em novembro de 1899, Oppenhein descreveu a destruição da sela túrcica por um tumor hipofisário.

Em março de 1911, Hensxhen radiografou o conduto auditivo interno alargado por um tumor do nervo acústico (VIII
par.).

Em novembro de 1912, Lackett e Stenvard descobriram ar nos Ventrículos ocasionados por uma fratura do crânio.

Um neurocirrugião de Baltimore, Dandy, em 1918, desenvolveu a ventriculografia cerebral, substituindo o líquor por
ar. Assim ele trouxe grande contribuição no diagnóstico dos tumores cerebrais.

Por volta de 1931, J. Licord desenvolveu a mielografia com a introdução de um produto radiopaco no espaço
suboracnóideo lombar.

Em julho de 1927, Egaz Moniz desenvolveu a angiografia cerebral pela introdução de contraste na artéria carótida
com punção cervical. Ao apresentar seu trabalho na Sociedade de Neurologia de Paris, ele disse: "Nós tinhamos
conquistado um pouco do desconhecido, aspiração suprema dos homens que trabalham e lutam no domínio da
investigação".

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A evolução dos equipamentos trouxe novos métodos. Assim surgiu a Planigrafia linear, depois a Politomografia
onde os tubos de Raios X realizavam movimentos complexos enquanto eram emitidos.

No Brasil, Manuel de Abreu desenvolveu a Abreugrafia, um método rápido de cadastramento de pacientes para se
fazer radiografias do tórax, tendo sido reconhecida mundialmente.

Em 1952, desenvolveu-se a técnica da angiografia da artéria vertebral por punção da artéria femoral na coxa
passando um cateter que ia até a região cervical, pela aorta.

Por volta de 1970 através de catéteres para angiografia, começou-se a ocluir os vasos tumorais surgindo assim a
radiologia intervencionista e terapêutica. Assim, nos dias de hoje, usam-se catéteres que dilatam e desobstruem
até coronárias, simplesmente passando-os pela artéria femoral do paciente, com anestesia local, evitando nesses
casos cirurgias extracorpóreas para desobstrução de artérias (famosas pontes de safena).

Também na década de 1970, um engenheiro inglês, J. Hounsfield, desenvolveu a Tomografia Computadorizada,


acoplando o Raio X a um computador. Ele ganhou o prêmio Nobel de Física e Medicina.

Até então as densidades conhecidas nos Raios X eram ossos, gorduras, líquidos e partes moles. Com esse
método, devido a sua alta sensibilidade foi possível separar as partes moles assim visualizando sem agredir o
paciente, o tecido cerebral demonstrando-se o liquor, a substância cinzenta e a substância branca. Até essa
época, as imagens do nosso corpo eram obtidas pela passagem do feixe de Raios X pelo corpo, que sofria
atenuação e precipitava os sais de prata numa película chamada filme radiográfico que era então processada.
Com essa nova técnica, o feixe de Raios X atenuado pelo corpo sensibilizava de maneiras diferentes os detectores
de radiação. Essas diferenças eram então analisadas pelo computador que fornecia uma imagem do corpo
humano em fatias transversais em um monitor e depois passada para um filme radiográfico.

A tomografia computadorizada revolucionou o diagnóstico por imagem, pois sem agressão alguma ao paciente,
obtemos imagens em secções transversais de todo o organismo. Hoje se pode diagnosticar em 10 minutos tumor
"in situ" de até 1mm de diâmetro localizado na intimidade do cérebro como por exemplo um microneurinoma no
interior do conduto auditivo interno e um micropinealoma na intimidade da glândula pineal.

O homem, não satisfeito ainda, descobriu e colocou em aplicação clínica a Ressonância Nuclear Magnética por
volta de 1980. Ela obtém imagens do nosso corpo similares às da tomografia computadorizada, só que com várias
vantagens adicionais. Não utiliza radiação ionizante, raramente necessita uso de contraste e são obtidas imagens
nos três planos: sagital, coronal e transversal.

A ressonância resulta da interação dos núcleos dos átomos, os prótons de Hidrogênio de número ímpar, com um
campo magnético intenso e ondas de radiofrequência. Sob a ação dessas duas energias, os prótons de hidrogênio
ficam altamente energizados e emitem um um sinal que apresenta uma diferença entre os tecidos normais e os
tecidos patológicos. Essa diferença de sinal é analisada por um computador que mostra uma imagem precisa em
secções nos três planos.

Efeitos da Radiação em Seres Vivos


As células quando expostas à radiação sofrem ação de fenômenos físicos, químicos e biológicos. A radiação
causa ionização dos átomos, que afeta moléculas, que poderão afetar células, que podem afetar tecidos, que
poderão afetar órgãos, que podem afetar a todo o corpo.

No entanto, tende-se a avaliar os efeitos da radiação em termos de efeitos sobre células, quando na verdade, a
radiação interage somente com os átomos presente nas células e a isto se denomina ionização. Assim, os danos
biológicos começam em conseqüência das interações ionizantes com os átomos formadores das células.

O corpo humano é constituído células, muitas das quais altamente especializadas para o desempenho de
determinadas funções. Quanto maior o grau de especialização, isto é, quanto mais diferenciada for a célula, mais
lentamente ela se dividirá. Uma exceção significativa a essa lei geral é dada pelos linfócitos, que, embora só se
dividam em condições excepcionais, são extremamente radiossensíveis.

Um organismo complexo exposto às radiações sofre determinados efeitos somáticos, que lhe são restritos e
outros, genéticos, transmissíveis às gerações posteriores. Os fenômenos físicos que intervêm são ionização e
excitação dos átomos. Estes são responsáveis pelo compartilhamento da energia da radiação entre as células.

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Os fenômenos químicos sucedem aos físicos e provocam rupturas de ligações entre os átomos formando radicais
livres num intervalo de tempo pequeno.

Os fenômenos biológicos da radiação são uma conseqüência dos fenômenos físicos e químicos. Alteram as
funções específicas das células e são responsáveis pela diminuição da atividade da substância viva, por exemplo:
perda das propriedades características dos músculos.

Estas constituem as primeiras reações do organismo à ação das radiações e surgem geralmente para doses
relativamente baixas.

Além destas alterações funcionais os efeitos biológicos caracterizam-se também pelas variações morfológicas.
Entende-se como variações morfológicas as alterações em certas funções essenciais ou a morte imediata da
célula, isto é, dano na estrutura celular. É assim que as funções metabólicas podem ser modificadas ao ponto da
célula perder sua capacidade de efetuar as sínteses necessárias à sua sobrevivência.

Como se proteger? Mantenha distância, exponha-se o mínimo de tempo e use blindagem para deter as radiações.
E em caso de acidente? Leia as informações da Defesa Civil.

Sensibilidade da Célula à Radiação


Nem todas as células vivas têm a mesma sensibilidade à radiação. As células que tem mais atividade são mais
sensíveis do que aquelas que não são, pois a divisão celular requer que o DNA seja corretamente reproduzido
para que a nova célula possa sobreviver. Assim são, por exemplo as da pele, do revestimento intestinal ou dos
órgãos hematopoiéticos. Uma interação direta da radiação pode resultar na morte ou mutação de tal célula,
enquanto que em outra célula o efeito pode ter menor consequência.

Assim, as células vivas podem ser classificadas segundo suas taxas de reprodução, que também indicam sua
relativa sensibilidade à radiação. Isto significa que diferentes sistemas celulares têm sensibilidades diferentes.

 Linfócitos (glóbulos brancos) e células que produzem sangue estão em constante reprodução e são as
mais sensíveis.
 Células reprodutivas e gastrointestinais não se reproduzem tão rápido, portanto, são menos sensíveis.
 Células nervosas e musculares são as mais lentas e, portanto, as menos sensíveis.

As células têm uma incrível capacidade de reparar danos. Por isto, nem todos os efeitos da radiação são
irreversíveis. Em muitos casos, as células são capazes de reparar qualquer dano e funcionarem normalmente.

Em alguns casos, no entanto, o dano é sério demais levando uma célula à morte. Em outros casos, a célula é
danificada, mas ainda assim consegue se reproduzir. As células filhas terão falta de algum componente e
morrerão. Finalmente, a célula pode ser afetada de tal forma que não morre e é modificada. As células modificadas
se reproduzem e perpetuam a mutação, o que poderá significar o começo de um tumor maligno.

Efeitos Biológicos
A radiação nuclear não é algo que passou a existir nos últimos 150 anos. Ela faz parte de nossa vida. A luz solar é
uma fonte natural radioativa. Está na areia da praia, na louça doméstica, nos alimentos, na televisão quando está
ligada. Por ano, um ser humano absorve entre 110 milirem a 150 milirem de radiação de fontes diversas.

Qualquer ser humano submetido a um exame de concentração de possíveis elementos radioativos em seu corpo,
obterá um resultado de concentração de potássio radioativo, que foi acumulado pelo consumo de batata. (O cigarro
apresenta chumbo e polônio radioativos.)

Em uma explosão nuclear ou em certos acidentes com fontes radioativas, as pessoas expostas recebem radiações
em todo o corpo, mas, as doses absorvidas podem ser diferentes em cada tecido. Cada órgão reage de uma certa
forma, apresentando tolerâncias diferenciadas em termos de exposição à radiação.

Os efeitos somáticos classificam-se em imediatos e retardados com base num limite, adotado por convenção, de
60 dias. O mais importante dos efeitos imediatos das radiações após exposição do corpo inteiro a doses
relativamente elevadas é a Síndrome Aguda de Radiação (SAR). O efeito retardado de maior relevância é a
cancerização radioinduzida, que só aparece vários anos após a irradiação.
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O quadro clínico apresentado por um irradiado em todo o corpo depende da dose de radiação absorvida. A
unidade para expressar a dose da radiação absorvida pela matéria é o Gray (Gy), definido como a quantidade de
radiação absorvida, correspondente a 1 Joule por quilograma de matéria.

Doses muito elevadas, da ordem de centenas de grays, provocam a morte em poucos minutos, possivelmente em
decorrência da destruição de macromoléculas e de estruturas celulares indispensáveis à manutenção de
processos vitais.

Doses da ordem de 100 Gy produzem falência do sistema nervoso central, de que resultam: desorientação
espaço-temporal, perda de coordenação motora, distúrbios respiratórios, convulsões, estado de coma e,
finalmente, morte, que ocorre algumas horas após a exposição ou, no máximo, um ou dois dias mais tarde.

Quando a dose absorvida numa exposição de corpo inteiro é de dezenas de grays, observa-se síndrome
gastrointestinal, caracterizada por náuseas, vômito, perda de apetite, diarréia intensa e apatia. Em seguida surgem
desidratação, perda de peso e infecções graves. A morte ocorre poucos dias mais tarde.

Doses da ordem de alguns grays acarretam a síndrome hematopoiética, decorrente da inativação das células
sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas) e, principalmente, dos tecidos responsáveis pela produção dessas
células (medula).

Para doses inferiores a 10 Gy, as possibilidades de uma assistência médica eficiente são maiores.

As radiações, como diversos agentes químicos, também têm efeito teratogênico, isto é, provocam alterações
significativas no desenvolvimento de mamíferos irradiados quando ainda no útero materno.

Inquestionavelmente, as radiações ionizantes são um agente mutagênico, conclusão válida para espécies animais
e vegetais, com base em resultados obtidos ao longo de seis décadas de experimentação.

Na espécie humana, a detecção de tais alterações é bastante difícil. Mesmo entre os sobreviventes de Hiroshima e
Nagasaki, a maior população irradiada até hoje e também a mais intensamente estudada, a ocorrência de
mutações radioinduzidas não foi satisfatoriamente demonstrada.

Descobriu-se uma bactéria que tem a capacidade de ser imune aos efeitos e o mapeamento de seu código
genético pode dar uma grande contribuição à medicina nuclear.

Sensibilidade Orgânica à Radiação

Fatores: Taxa de Reprodução, Suprimento de Oxigênio


A sensibilidade dos órgãos do corpo humano está relacionada ao tipo de células que os compõem. Por exemplo,
se as células formadoras do sangue são as mais sensíveis devido a sua taxa de reprodução ser rápida, os órgãos
formadores do sangue são os mais sensíveis à radiação. As células musculares e nervosas são relativamente mais
resistentes à radiação e, portanto, os músculos e o cérebro são menos afetados.

A taxa de reprodução das células que formam um órgão não é o único critério para determinar a sensibilidade
geral. A importância relativa do órgão para o bem estar do corpo também é importante.

Um exemplo de sistema celular muito sensível é um tumor maligno. A camada externa de células se reproduz
rapidamente e também tem um bom suprimento de sangue e oxigênio. As células são mais sensíveis quando
estão se reproduzindo e a presença de oxigênio aumenta a sensibilidade à radiação. Células com oxigênio
insuficiente tendem a ser inativas, tais como as células localizadas no interior do tumor maligno.

Quando o tumor é exposto à radiação, a camada externa de células que estão se dividindo é destruída, fazendo
com que o tumor diminua de tamanho. Se o tumor receber uma alta dose para destruí-lo completamente, o
paciente também poderá morrer. Assim, é aplicado uma dose baixa no tumor a cada dia, possibilitando que o
tecido são tenha chance de se recuperar de qualquer dano enquanto, gradualmente, diminui o tumor altamente
sensível.

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O embrião em desenvolvimento também é composto de células que se dividem muito rapidamente, com bom
suprimento de sangue e rico em oxigênio. Assim como a sensibilidade de um tumor, um embrião sofre
consequências com a exposição que diferem dramaticamente.

Sensibilidade à Radiação do Corpo Inteiro


A sensibilidade à radiação do corpo inteiro depende dos órgãos mais sensíveis, que por sua vez, depende das
células mais sensíveis. Como já visto, os órgãos mais sensíveis são aqueles envolvidos com a formação do
sangue e o sistema gastrointestinal.

Os efeitos biológicos no corpo inteiro dependerão de vários fatores, listados abaixo. Se uma pessoa já é suscetível
a uma infecção e receber uma alta dose de radiação pode ser mais afetado por ela do que uma pessoa saudável.

São estes os fatores: dose total, tipo de célula, tipo de radiação, idade do indivíduo, estágio da divisão celular,
parte do corpo exposto, estado geral da saúde, volume de tecido exposto e intervalo de tempo em que a dose é
recebida.

Níveis de Exposição
Os efeitos biológicos da radiação são divididos em duas categorias. A primeira categoria consiste de exposição à
altas doses de radiação em breve intervalos de tempo, produzindo efeitos agudos de curta duração. A segunda
categoria é formada pela exposição à baixas doses de radiação num período de tempo mais extenso, produzindo
efeitos crônicos ou de longa duração. As altas doses tendem a matar as células, enquanto as baixas doses tendem
a danificar ou modificá-las. As altas doses podem matar muitas células, danificando tecidos e órgãos. Isto pode
provocar uma resposta rápida do corpo, conhecida como Síndrome de Radiação Aguda. As baixas doses
recebidas num longo período não causam um problema imediato. Os efeitos de baixas doses ocorrem no nível
celular e os resultados podem ser observados depois de muitos anos passados.

Efeitos de Altas Doses


Toda exposição aguda não resulta em morte. Se um grupo de pessoas é exposto a doses de radiação, os efeitos
acima podem ser observados. A informação desta tabela foi retirada da NCRP Report No. 89, "Guidance on
Radiation Received in Space Activities," 1989. Na tabela, os valores de dose são o limiar para início do efeito
observado em pessoas mais sensíveis à exposição.

Efeitos de Altas Doses


Dose (Rad) Efeitos Observados
15--25 Mudança na contagem sanguínea do grupo
50 Mudança na contagem sanguínea de um indivíduo
100 Vômito (limiar)
150 Morte (limiar)
320--360 DL 50/30* com cuidado mínimo
480--540 DL 50/30* com cuidados médicos
1.100 DL 50/30* com cuidados médicos intensivos (transplante de medula)
*DL 50/30 é a dose letal em que 50% dos expostos àquela dose morrerão dentro de 30 dias.

Às vezes é difícil entender por que algumas pessoas morrem, enquanto outras sobrevivem depois de serem
expostas a mesma dose de radiação. A principal razão para isto é a saúde dos indivíduos quando expostos e quais
são suas capacidade individuais em combater os efeitos incidentais da exposição à radiação, bem como suas
sensibilidades à infecções.

Além da morte, há outros efeitos de dose de alta radiação.

 Perda de Cabelo (epilação) é similar aos efeitos na pele e ocorre depois de doses agudas de cerca de 500
Rad.
 Esterilidade pode ser temporária ou permanente em homens, dependendo da dose. Em mulheres, é
geralmente permanente, mas para isto requer-se doses altíssimas, da ordem de 400 Rad nas células
reprodutivas.
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 Cataratas (turvamento da lente do olho) surgem para um limiar de dose de 200 Rad. Os nêutrons são
especialmente relacionados com as cataratas, devido ao fato do olho conter água e esta ser absorvedora
de nêutrons.
 Síndrome Aguda de Radiação Se vários tecidos importantes e órgãos são danificados, pode-se produzir
uma reação aguda. Os sinais iniciais e sintomas de SAR são náusea, vômito, fadiga e perda de apetite.
Abaixo de 150 Rad, estes sintomas que são diferentes daqueles produzidos por uma infecção viral podem
ser a única indicação externa de exposição à radiação. Acima de 150 Rad, uma das três síndromes de
radiação se manifestam dependendo do nível da dose.

Síndrome Órgãos Afetados Sensibilidade


Hematopoiética Órgãos formadores do sangue Altamente sensível
Gastrointestinal Sistema Gastrointestinal Muito sensível
Sistema Nervoso Central Cérebro e Músculos Menos sensível

Resposta Biológica à Doses de Radiação


< 5 Rad Nenhum efeito imediato é observado
5--50 Rad Ligeira variação na contagem do sangue
50--150 Rad Ligeira variação na contagem do sangue e sintomas de náusea, vômito, fadiga, etc.
Severas mudanças no sangue serão notadas e os sintomas aparecem imediatamente.
Aproximadamente 2 semanas depois, algumas pessoas expostas morrem. Aqueles expostos
a 300-500 Rad, até a metade morrerão dentro de 30 dias sem tratamento médico intensivo. A
150--1.100 Rad morte ocorre devido a destruição dos órgãos formadores do sangue. Sem glóbulos brancos,
as infecções aparecem. Na margem inferior desta faixa de dose, o isolamento, antibióticos e
transfusões podem ajudar a medula a gerar novas células e o paciente poderá se recuperar
totalmente. Na margem superior desta faixa, é necessário um transplante de medula.
A probabilidade de morte aumenta para 100% dentro de 1 ou 2 semanas. Os sintomas iniciais
aparecem imediatamente. Poucos dias depois, há uma piora drástica, devido à destruição do
1.000--2.000 Rad
sistema gastrointestinal. Uma vez que o sistema gastrointestinal pára de funcionar, nada pode
ser feito e o tratamento médico é apenas um paliativo para a dor.
A morte é uma certeza. Em doses acima de 5.000 Rad, o sistema nervoso central (cérebro e
> 2.000 Rad músculos) não consegue mais controlar as funções corporais, como respiração e circulação
sanguínea. A morte ocorre dentro de dias ou horas. Nada pode ser feito.

Como visto, nada pode ser feito se a dose for muito alta e destruir o sistema gastrointestinal e o sistema nervoso
central. Por isto, nem sempre um transplante de medula é bem sucedido.

Determinação dos Efeitos Biológicos

Para qualquer agente biologicamente perigoso é muito difícil correlacionar a dose administrada com a resposta ou
o dano provocado. A quantidade de dano no caso da radiação pode ser a freqüência de uma dada anormalidade
na célula de um animal versus a dose recebida.

Há algumas evidências de que os efeitos genéticos da radiação constituem um fenômeno linear e uma das
suposições fundamentais no estabelecimento de normas de proteção radiológica e no controle da atividade da
radiação em programas de saúde pública tem sido levar em conta o efeito linear da radiação.

Portanto, é sempre suposto algum grau de dano quando a população é exposta a pequena quantidade de
radiação.

Esta suposição torna a tarefa de estabelecer normas de proteção à radiação muito ingrata.

Levando-se em conta que os seres vivos apresentam certo grau de radiossensiblidade ou radioresistência,
normalmente, tem-se trabalhado com uma curva de dose e resposta limiar, isto é, a partir de um determinado valor
de dose haverá um efeito associado, e não mais quando a radiação se torna infimamente presente.

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Modelo de Risco Linear

É de consenso geral entre especialistas que os riscos da radiação estão relacionados a um modelo linear
proporcional e não a um modelo limiar, que a partir de determinado valor comecem a aparecer os efeitos.

Tais estimativas de risco são estritamente aplicáveis a uma população irradiada e não a um indivíduo. Para
estimativas individuais, a Probabilidade de Causas (PC) é freqüentemente usada, levando-se em consideração não
apenas a dose, mas também fatores adicionais que podem influenciar o desenvolvimento de efeitos específicos em
determinado indivíduo.

A exposição à radiação não é garantia de males. Mas, devido a um modelo linear, quanto mais exposição, mais
risco e não há dose de radiação tão pequena que não produza um efeito colateral.

Efeitos da Exposição à Baixas Doses de Radiação

Há três categorias gerais para os efeitos resultantes à exposição à baixas doses de radiação.

Efeitos Genéticos --sofrido pelos descendentes da pessoa exposta

Efeitos Somáticos --primariamente sofrido pelo indivíduo exposto. Sendo o câncer o resultado primário, diz-se
muitas vezes Efeito Carcinogênico.

Efeitos In-Utero --Alguns erradamente consideram estes como uma conseqüência genética da exposição à
radiação, porque o efeito é observado após o nascimento, embora tenha ocorrido na fase embrionária/fetal. No
entanto, trata-se de um caso especial de efeito somático, porque o feto é exposto à radiação.

Efeitos Genéticos: mutação da células reprodutivas transmitidas aos descendentes de um indivíduo


exposto

Os efeitos genéticos atingem especificamente as células sexuais masculinas e femininas, espermatozóides e


óvulos. As mutações são transmitidas aos descendentes dos indivíduos expostos.

A radiação é um agente mutagênico físico. Há também agentes químicos, bem como agentes biológicos (vírus)
que causam mutações.

Um fato importante a lembrar é que a radiação aumenta a taxa de mutação espontânea, mas não produz
quaisquer novas mutações. Entretanto, uma possível razão para que os efeitos genéticos resultantes de exposição
a baixas taxas de dose não tenham sido observados é que as células reprodutivas podem espontaneamente
absorver ou eliminar estas mutações nos primeiros estágios da fertilização.

Nem todas as mutações são letais ou prejudicam o indivíduo, porém é mais prudente considerar que todas as
mutações são ruins, e assim, pela norma NRC (10 CFR Part 20), a exposição à radiação deve ser a mínima
absoluta ou As Low As Reasonably Achievable (ALARA). Isto é particularmente importante, pois qualquer que seja
a dose sempre haverá um efeito proporcional à ela, sem haver um limiar para início dos efeitos.

Efeitos Somáticos em Indivíduos Expostos

O resultado primário é o câncer.

Os efeitos somáticos (carcinogênicos) são, de uma perspectiva ocupacional de risco, os mais significativos,
principalmente para os trabalhadores da área que podem ter conseqüências na sua saúde, a saber, o câncer.

A radiação é um exemplo de agente físico carcinogênico, enquanto o cigarro é um exemplo de agente químico que
causa câncer e os vírus, agentes biológicos.

Diferente dos efeitos genéticos da radiação, o câncer radioinduzido é bem documentado. Muitos estudos foram
realizados que indicam a relação entre radiação e o câncer. Alguns indivíduos estudados e os cânceres induzidos:

 câncer de pulmão--trabalhadores de minas de urânio


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 câncer dos ossos--pintores de mostrador de relógio à base de rádio
 câncer de tiróide--pacientes em terapia
 câncer de seio--pacientes em terapia
 câncer de pele--radiologistas
 leucemia--sobreviventes de explosões de bombas, exposição intra-uterina, radiologistas, pacientes em
terapia

Efeitos In-Utero em Embriões/Fetos

Os efeitos podem ser

 morte intrauterina
 retardamento no crescimento
 desenvolvimento de anormalidades
 cânceres na infância

Os efeitos intrauterinos envolvem a produção de mal formações em embriões em desenvolvimento. A radiação é


um agente físico teratogênico. Há muitos agentes químicos (como a talidomida) e muitos agentes biológicos (como
os vírus que causam sarampo) que também podem produzir mal formações enquanto o bebê ainda está no estágio
de desenvolvimento embriônico ou fetal.

Os efeitos da exposição in-utero podem ser considerados como subconjunto de uma categoria geral de efeitos
somáticos. As mal formações produzidas não indicam um efeito genético, pois quem está sendo exposto é o
embrião e não as células reprodutivas dos pais.

Os efeitos da exposição intruterina dependerão do estágio de desenvolvimento fetal.

Semanas após a concepção Efeito


0-1 (pré-implantação) morte intrauterina
2-7 (organogênese) retardamento no crescimento/desenvolvimento de
anormalidades/câncer
8-40 (estágio fetal) o mesmo acima com menor risco, associado com
possíveis anomalias funcionais

Risco de Radiação

Há riscos associados com qualquer valor de exposição à radiação. Os riscos aproximados para as três categorias
de efeitos de exposição a baixos níveis de radiação são:

Efeito Casos de Excesso para 10.000 por Rad


Genético 1 para 2
Somático (câncer) 2 para 10
In-Utero (câncer) 2 para 6
In-Utero (todos os efeitos) 10 para 100

Genético

Os riscos de exposição a 1 Rem de radiação aos órgãos reprodutores são de aproximadamente 50 a 1.000 vezes
menor que o risco espontâneo para várias anomalias.

Somático

Para cânceres radioinduzidos, o risco estimado é pequeno se comparado a uma incidência normal de 1 a 4
chances de desenvolver qualquer tipo de câncer. No entanto, nem todos os cânceres estão associados à
exposição à radiação. O risco de morte devido a um câncer radioinduzido é a metade do risco de adquirir um
câncer.

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Assistente de Radiologia
In-Utero

Os riscos espontâneos de anormalidades fetais é de cerca de 5 a 30 vezes maior do que o risco de exposição a 1
Rem de radiação. No entanto, o risco de câncer em crianças devido à exposição in-utero é quase o mesmo que o
risco para adultos expostos à radiação.

Devido a sensibilidade intra-uterina, a NRC, em 10 CFR Part 20, requer que em mulheres grávidas, a dose de
radiação seja mantida abaixo ou igual a 0.5 Rem durante toda a gestação, o que é um décimo da dose anual
permitida para trabalhadores ocupacionais. Este limite se aplica para a trabalhadora que declarar por escrito seu
estado de gravidez, senão aplica-se os limites convencionais.

Obs.: Unidades de Atividade e Exposição

A atividade de uma amostra com átomos radioativos (ou fonte radioativa) é medida em:

1 Bq (Becquerel) = uma desintegração por segundo

10
1 Ci (Curie) = 3,7 x 10 Bq

1 Sievert = 100 rem

1 Gray = 100 rad

Fotos Câncer

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Assistente de Radiologia

Introdução à Anatomofisiologia
Anatomia é a ciência do corpo humano, enquanto a fisiologia estuda as funções do organismo ou como
suas partes funcionam. No individuo vivo, é impossivel estudar anatomia sem estudar também alguma
fisiologia. O estudo radiográfico do ser humano, entretanto, é basicamente um estudo da anatomia de
varios sistemas, com menor ênfase na fisiologia.

1. ORIGEM ETMOLÓGICA DA PALAVRA:

do grego ANA- em partes TOMIA- cortar

2. CONCEITO: estudo das partes que constituem o corpo.

3. FORMAS DE ESTUDO:

INSPEÇÃO RAIO X
PERCUSSÃO TOMOGRAFIA
MENSURAÇÃO ECOGRAFIA
PALPAÇÃO RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
AUSCULTAÇÃO
DISSECAÇÃO

4. DIFERENÇAS ANATÔMICAS OCORREM EM FUNÇÃO:

SEXO
IDADE
RAÇA

5. DIVISÕES DA ANATOMIA:

OSTEOLOGIA (Sistema Ósseo)


ARTROLOGIA (Sistema Articular)
MIOLOGIA (Sistema Muscular)
ANGIOLOGIA (Sistema Circulatório)
NEUROANATOMIA (Sistema Nervoso)
ESTESIOLOGIA (Sistema Sensorial)
TEGUMENTO COMUM (Sistema Tegumentar)
ESPLANCNOLOGIA (Sistema Visceral): Ventilatório
Digestório
Genital
Urinário
Endócrino

6. DIVISÕES DO CORPO HUMANO:


CABEÇA MEMBROS SUPERIORES
TRONCO MEMBROS INFERIORES

7. CAVIDADES DO CORPO:

VENTRAIS TORÁCICA
ABDOMINOPÉLVICA

DORSAIS CRANIANA
VERTEBRAL

8. POSIÇÕES DE ESTUDO = POSIÇÃO ANATÔMICA


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Assistente de Radiologia
“O corpo humano encontra-se ereto, com os pés juntos e a face, os olhos e as palmas das mãos dirigidos
para a frente” .

9. PLANOS DO CORPO

PLANO ANTERIOR
PLANO POSTERIOR
TANGENCIAIS PLANO SUPERIOR
PLANO INFERIOR
PLANO LATERAL

PLANO SAGITAL / PARASAGITAL


SECCIONAIS PLANO CORONAL OU FRONTAL
PLANO TRANSVERSAL OU HORIZONTAL
PLANO OBLÍQUO

FIG.1. Planos seccionais do corpo humano.


10. TERMOS ANATÔMICOS:

MEMBRO SUPERIOR braço / antebraço / mão


MEMBRO INFERIOR coxa / perna / pé
CRANIAL para cima, para o extremo cranial ou cefálico
CAUDAL para o extremo caudal do corpo ou inferior
DISTAL mais afastado do centro ou do ponto de origem
MEDIAL relativo ao meio ou centro, mais próximo ao plano mediano
VENTRAL anterior
DORSAL posterior
DECÚBITO DORSAL o corpo deitado de costas
DECÚBITO VENTRAL o corpo deitado com a face anterior para baixo
ÂNTERO-SUPERIOR na frente e em cima
ÂNTERO-INFERIOR na frente e embaixo
ÂNTERO-LATERAL na frente e do lado externo
ÂNTERO-MEDIAL na frente e do lado interno
PÓSTERO-SUPERIOR situado atrás e na parte de cima (cranial)
PÓSTERO-INFERIOR atrás e embaixo (caudal)
PÓSTERO-MEDIAL atrás e do lado interno
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Assistente de Radiologia
IPSILATERAL do mesmo lado
CONTRA-LATERAL do lado oposto lateralmente

OSTEOLOGIA

1. COMPOSIÇÃO ÓSSEA:
 mucopolissacarídeos
 sais (cálcio predominantemente)
 células ósseas:
OSTEOBLASTOS – envolvidos na formação óssea, secretam mucopolissacarídeos e fosfatase
alcalina.
OSTEOCLASTOS – células ricas em fosfatase ácida que promovem a reabsorção óssea.
OSTEÓCITOS- participam da reabsorção óssea quando estimuladas pela atividade da glândula
paratireóide.

2. REVESTIMENTO ÓSSEO:
EXTERNO – PERIÓSTEO = lâmina fibrosa que reveste o osso e subdivide-se em:
camada externa (celular e vascularizada) e
camada interna (função osteogênica no desenvolvimento da espessura do osso.
INTERNO- ENDÓSTEO = camada que reveste as cavidades dos ossos e tem funções hematopoéticas e
osteogênicas.

3. FUNÇÕES:
 Sustentação do corpo
 Proteção das partes moles
 Locomoção
 Depósito de cálcio
 Hematopoética – determinada pela medula óssea que tem a capacidade de produzir vários elementos do
sangue. Existem dois tipos de medula óssea:
RUBRA- produz células sangüíneas
FLAVA- tecido adiposo (“tutano”)

4. MORFOLOGIA DO ESQUELETO HUMANO:

cabeça
ESQUELETO AXIAL tórax
coluna vertebral

ESQUELETO APENDICULAR ossos do membro superior


ossos do membro inferior

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Assistente de Radiologia
5. APARÊNCIA MACROSCÓPICA DA SUPERFÍCIE CORTADA

 OSSO COMPACTO: a camada mais externa do osso maduro; as lamelas de agregam e se fundem
dando rigidez.

 OSSO ESPONJOSO: a camada mais interna do osso maduro (também denominado trabecular); as
lamelas dispõem-se em lacunas com algum espaço entre um e outro, por isto é mais frágil.

6. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS:

OSSOS LONGOS
 Comprimento maior que a largura e a espessura.
 Apresenta canal medular.
 Possuem um corpo (diáfise) e duas extremidades (epífises).
 Metáfise: é a parte da diáfise perto da cartilagem de crescimento; é rica em suprimento sangüíneo.
Quando cessa o crescimento ósseo, o disco epifisário desaparece e as epífises se fundem com a diáfise.
 Exemplos: FÊMUR, ÚMERO, TÍBIA, FÍBULA, RÁDIO, ULNA.

OSSOS CURTOS
 Espessura, largura e comprimento aproximadamente iguais.
 Exemplos: OSSOS DO CARPO e do TARSO.

OSSOS SESAMÓIDES
 São pequenos ossos que podem se desenvolver em certos tendões.

OSSOS PLANOS
 Ossos finos e normalmente mais recurvados e torcidos.
 Exs.: ESTERNO, COSTELA, ABÓBODA CRANIANA, ESCÁPULA.

OSSOS IRREGULARES
 Ossos que não possuem características regulares.
 Exemplo: VÉRTEBRAS e OSSOS DO QUADRIL.

7. ESTRUTURA ÓSSEA E ANORMALIDADES

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Assistente de Radiologia
1. OSTEOPOROSE : baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo (aumento da
fragilidade óssea e suceptibilidade a fraturas).
2. RAQUITISMO: carência de vitamina D (que ajuda no processo de ossificação através da fixação do
cálcio) no período da infância, podendo causar deformação óssea e atraso no crescimento.
3. OSTEOMALACIA: “raquitismo no adulto”. Carência de vitamina D na dieta alimentar do adulto.
4. HIPERTOFIA ÓSSEA: a atividade física matém o conteúdo mineral do organismo, pois os ossos de
indivíduos ativos são mais densos e mineralizados do que os dos sedentários. Alguns esportes causam estresse
em certas regiões, ocasionando hipertrofia óssea nas mesmas.
5. HIPOTROFIA ÓSSEA: diminuição da massa óssea. Os ossos atrofiam ou param de crescer quando as
forças musculares são anuladas. Exs.: idosos, repouso prolongado na cama e astronautas.

8. FRATURAS
FRATURA: interrupção parcial ou completa na continuidade de um osso causadas por projéteis, golpes, quedas ou
contrações musculares violentas.

PRINCIPAIS CAUSAS:
TRAUMA DIRETO: contusão direta sobre o membro afetado
TRAUMA INDIRETO: não há contusão direta sobre o membro afetado. Exemplo: quando o rádio é afetado
pela queda sobre a mão espalmada.

9. TERMINOLOGIA DAS SUPERFÍCIES ÓSSEAS


SUPERFÍCIES ÓSSEAS ARTICULARES
CABEÇA : geralmente a extremidade de um osso longo, frequentemente separada do corpo por um
colo estreitado.
CÔNDILO: uma proeminência arredondada que se articula com outro osso.
FACE: uma superfície articular quase achatada, lisa.

SUPERFÍCIES ÓSSEAS NÃO-ARTICULARES

CRISTA: uma linha óssea proeminente, aguçada.


ESPINHA: uma projeção afilada.
EPICÔNDILO: uma pequena projeção localizada acima do côndilo.
LINHAS: uma margem óssea suave.
PROCESSO: uma proeminência ou projeção.
TROCÂNTER: um processo globoso, grande.
TUBEROSIDADE: um processo amplo, maior que o tubérculo.
TUBÉRCULO: um nódulo ou um pequeno processo arredondado.

Depressões, cavidades e aberturas:


FORAME: um buraco
FOSSA: uma depressão freqüentemente utilizada como superfície articular

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Assistente de Radiologia
FÓVEA: uma cova, geralmente usada como uma fixação
MEATO: um canal
SEIO: um espaço ósseo interno
SULCO: uma goteira
CAVIDADE ARTICULAR: uma depressão óssea mais profunda

FIG. 2. Esqueleto do corpo humano (Tortora).

OSSOS DOS MEMBROS SUPERIORES

CINTURA ESCAPULAR CLAVÍCULA


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Assistente de Radiologia
ESCÁPULA

BRAÇO ÚMERO

ANTEBRAÇO RADIO (lateral)


ULNA (medial)
MÃO

I METACARPIANO
METACARPO II METACARPIANO
(5 ossos) III METACARPIANO
IV METACARPIANO
V METACARPIANO

FALANGES PROXIMAIS
FALANGES FALANGES MEDIAIS
FALANGES DISTAIS

Ossos da mão

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CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR

CLAVÍCULA- osso longo, pode ser palpado. Articula-se:


medialmente ao esterno e lateralmente ao acrômio.
ESCÁPULA- osso achatado e triangular (plano). Articula-se:
lateralmente ao úmero.
Acrômio: é a continuação da espinha da escápula

Acidentes anatômicos:
Ângulo superior e inferior da escápula
Margem lateral e medial da escápula
Espinha escapular
Cavidade glenóide
Processo coracóide
Acrômio

BRAÇO
ÚMERO- osso do braço e do ombro. Articula-se:
 proximalmente (ombro) à escápula e
 distalmente (cotovelo) ao rádio e à ulna.

ANTEBRAÇO
RÁDIO- posiciona-se na parte lateral do antebraço. Articula-se:
 proximalmente ao úmero;
 distalmente ao carpo;
 medialmente à ulna.
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Assistente de Radiologia

ULNA- osso mais longo do antebraço, posiciona-se na porção medial. Articula-se:


 proximalmente ao úmero;
 distalmente ao disco intercalar;
 lateralmente ao rádio.
 COTOVELO: formado principalmente pelo olécrano da ulna.

PUNHO : composto pelos carpos (8 ossos).

MÃO: composta por metacarpos (5 ossos) e falanges (proximais, distais e mediais).


Obs.: o polegar apresenta somente falange distal e proximal.

OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES

CINTURA PÉLVICA OSSOS DO QUADRIL (pelve)

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COXA FÊMUR
PATELA

PERNA TÍBIA (medial)


FÍBULA (lateral)
Fileira posterior (proximal)

TARSO CALCÂNEO
TALUS

PÉ intermédio

medial

METATARSO I, II, III ,IV, V


(5 ossos) METATARSIANOS

proximal
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DEDOS FALANGES (14 falanges) média
distal


METATARSOS – 5 ossos. Unem aos ossos tarsos aos dedos (falanges).
FALANGES- organizadas semelhantemente as falanges da mão.
 HÁLUX: “dedão do pé” .

Ossos do pé

CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR

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OSSO DO QUADRIL (PELVE) – une o sacro ao fêmur, forma a conexão óssea entre o tronco e o membro
inferior. Porções do osso do quadril: ÍLIO, ÍSQUIO e PUBE.
Acetábulo: grande cavidade onde se articula a cabeça do fêmur.
Acidentes anatômicos:
Crista ilíaca
Tuberosidade isquiática
Face sinfisial
Acetábulo
Forame obturado
Fossa ilíaca

COXA
FÊMUR- mais longo e mais pesado osso do corpo. Articula-se:
 proximalmente ao acetábulo;
 distalmente com a tíbia.
JOELHO
PATELA – osso triangular. Articula-se na face patelar do fêmur.

PERNA
TÍBIA- osso da “canela”. Segundo osso mais longo e mais pesado do corpo. Localiza-se na parte
anterior e medial da perna. Articula-se:
 superiormente ao fêmur e a patela;
 medialmente à fíbula;
 inferiormente aos tarsos.
Os ossos das pernas e dos braços compõem os membros inferiores e superiores , respectivamente,
compreendendo o esqueleto apendicular. Os ossos dos membros inferiores são: Femur (osso da coxa); tíbia;
fíbula; patela (osso do joelho, também chamado de rótula, não mostrado na figura) e os ossos do pé (tarso,
metatarso e falanges). Os ossos dos membros superiores são: Úmero; rádio; ulna e os ossos da mão (carpo,
metacarpo e falanges)

Ossos do braço e da perna

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FÍBULA – localiza-se na porção lateral da perna. Articula-se:
 superiormente à tíbia;
 inferiormente ao tálus.

CALCANHAR
TARSOS- normalmente formado por 7 ossos.

ESQUELETO DO TÓRAX

Formado pelos seguintes ossos: ESTERNO, COSTELAS e VÉRTEBRAS TORÁCICAS.

ESTERNO – osso plano. Possui 3 partes: manúbrio, corpo e processo xifóide.

MANÚBRIO- Possui:
Incisuras claviculares, onde se insere a clavícula.
a
Incisura costal, onde se insere a 1 cartilagem costal.
Ângulo esternal, onde o manúbrio se une com o corpo do esterno
a
(também onde se localiza a 2 incisura costal).

a a a a
CORPO- lateralmente apresenta as incisuras articulares da 3 , 4 , 5 e 6 cartilagem costal.
a
Juntura xifoesternal: une o corpo ao processo xifóide (onde se localiza a incisura articular da 7
cartilagem costal).

PROCESSO XIFÓIDE- menor porção do esterno. Na parte anterior existe uma depressão
chamada de fossa epigástrica (“boca do estômago”).

COSTELAS
São 12 pares que protegem estruturas torácicas como os pulmões e o coração.
COSTELAS VERDADEIRAS ( 7 primeiros pares)
Ligam-se diretamente ao esterno através de suas cartilagens costais.

a a a
COSTELAS FALSAS (8 , 9 e 10 costela)
a
Ligam-se ao esterno através da cartilagem costal da 7 costela.
a a
COSTELAS FLUTUANTES (11 e 12 costela)
Todas as costelas articulam-se posteriormente com as vértebras torácicas da coluna vertebral.

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FIG. 3. Vista anterior e lateral do esterno.

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Assistente de Radiologia

COLUNA VERTEBRAL

 A coluna vertebral compõe o esqueleto axial e é formada por uma série de 33 vértebras, separadas
uma das outras por discos de tecido fibrocartilaginoso e unidas por fortes ligamentos.
 As vértebras são distribuídas em cinco regiões:
CERVICAL – 7 vértebras
TORÁCICA- 12 vértebras

LOMBAR- 5 vértebras

SACRAL- 5 vértebras fundidas

COCCÍGEA- 4 vértebras

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Assistente de Radiologia

FIG. 4. Coluna
vertebral.
 Principais funções da coluna: protege a medula espinhal; serve como eixo de sustentação do corpo;
sustenta o peso da cabeça, tronco e membros; serve de ponto de apoio para a maioria das vísceras tóraco-
abdominais e executa movimentos através do empilhamento das vértebras.

 Algumas alterações angulares na coluna vertebral:


CIFOSE – curvatura acentuada da região cervical e torácica.
LORDOSE- curvatura acentuada da região lombar.
ESCOLIOSE- curvaturas laterais da coluna.

VÉRTEBRAS

 PARTES DE UMA VÉRTEBRA TÍPICA


corpo forame vertebral
arco vertebral faces articulares
2 processos transversos pedículo
1 processo espinhoso lâmina

 VÉRTEBRAS CERVICAIS
VÉRTEBRAS CERVICAIS TÍPICAS
- Corpo pequeno e largo.
- Forame vertebral triangular.

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Assistente de Radiologia
- Processos espinhosos curtos e bífidos.
- Nos processos transversais há um forame que dá passagem à artéria vertebral (forame do
processo transverso).

VÉRTEBRAS CERVICAIS ESPECIAIS

a
- 1 vértebra (na qual repousa o crânio)
- NÃO possui processo espinhoso, nem corpo
ATLAS - apresenta arco anterior e posterior
- no arco anterior localiza-se a fóvea dentis, local onde se articula o processo
a
odontóide da 2 vértebra.

a
- 2 vértebra cervical
ÁXIS - apresenta um processo odontóide (dente) que se articula com a vértebra atlas.

a
7 VÉRTEBRA CERVICAL - possui processo espinhoso em proeminente.

 VÉRTEBRAS TORÁCICAS
- Suportam as costelas.
- As primeiras 8 vértebras torácicas possuem duas fóveas costais: fóveas costais dos processos
transversos e fóveas costais superiores.
a a a a
- A 9 , 10 , 11 e 12 vértebras possuem apenas fóveas costais dos processos transversos.
- Processos espinhosos longos e inclinados para baixo.
- As últimas vértebras torácicas assemelham-se às vértebras lombares (vértebras de transição).

FIG. 5. Vista lateral da décima segunda vértebra torácica.

 VÉRTEBRAS LOMBARES

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- Corpo volumoso.
- Forame vertebral triangular.
- Ausência de fóveas costais e forames transversos
- Processos espinhosos longos, largos, horizontais e achatados lateralmente.
 SACRO
- É um osso em forma de cunha formado por 5 vértebras fundidas (no adulto).
- Articula-se superiormente com a L5, lateralmente com os ossos do quadril e inferiormente com o cóccix.
- Apresenta 3 faces: pelvina, dorsal e laterais.
- A base superior saliente do sacro é chamada PROMONTÓRIO.

 CÓCCIX
-Localiza-se logo acima do ânus.
-Tem forma de cunha e é formado normalmente por 4 vértebras fundidas.

CABEÇA (CRÂNIO E FACE)

ÍMPARES
FRONTAL
OCCIPTAL
ETMÓIDE
NEUROCRÂNIO ESFENÓIDE
(8 ossos)
PARES
TEMPORAIS
PARIETAIS
OSSOS
DA ÍMPARES
CABEÇA MANDÍBULA
VÔMER

VISCEROCRÂNIO PARES
(FACE) CONCHAS NASAIS INF.
(14 ossos) NASAIS
LACRIMAIS
ZIGOMÁTICOS
MAXILARES
PALATINOS

CRÂNIO
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Assistente de Radiologia
 Os ossos do crânio possuem lâminas interna e externa (parte compacta) e díploe (parte esponjosa).
 O crânio divide-se em viscerocrânio (ossos da face) e neurocrânio.

VISTA SUPERIOR DO CRÂNIO

 OSSOS: FRONTAL, PARIETAIS E OCCIPITAL.


 Estes ossos são unidos por suturas (tipo de articulação): sutura coronal (entre os ossos parietais e o
frontal), sutura lambdóide (entre os ossos parietais e o occipital) e sutura sagital (entre os ossos parietais).
 Existem pontos de encontro entre estas suturas; são chamados de BREGMA (ponto de intersecção
entre a sutura coronal e a sagital) e LAMBDA (ponto de intersecção entre as suturas sagital e lambdóide).

VISTA LATERAL DO CRÂNIO


 OSSO TEMPORAL : parte escamosa (de onde emerge o processo zigomático), parte timpânica
(composta pelo meato acústico externo), parte estilóide (composta pelo processo estilóide), parte mastóidea
(composta pelo processo mastóideo) e parte petrosa (localizada na parte interna do osso).

VISTA POSTERIOR DO CRÂNIO

 LINHA NUCAL SUPERIOR: localizada no osso occipital, marca o limite superior do pescoço.

VISTA ANTERIOR DO CRÂNIO

 OSSO FRONTAL: articula-se com os ossos nasais


GLABELA- localiza-se acima do násio, entre os arcos superciliares.

 ÓRBITAS: são cavidades ósseas onde inserem-se os globos oculares. São formadas por parte dos
ossos: frontal, esfenóide, etmóide, lacrimal, maxila e zigomático.

ZIGOMÁTICO
 Apresenta uma superfície lateral (face), uma orbital (na órbita) e uma temporal.
 Processos: frontal (articula-se com o osso frontal) e temporal (articula-se com o osso temporal).
 ARCO ZIGOMÁTICO: formado pelo processo zigomático e pelo processo temporal.

OSSOS DO NARIZ
 Parte externa: ossos nasais e maxilar.
 Parte interna: o nariz é dividido pelo septo nasal. A parte posterior do septo é formada por parte dos
ossos etmóide e vômer.
 Espinha nasal anterior: ponto de união das duas maxilas (no adulto); localiza-se abaixo das aberturas
nasais (aberturas piriformes).

MAXILA
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Assistente de Radiologia
 Formada por: corpo e processos zigomáticos, frontal, palatino e alveolar. Os processos alveolares
contêm os dentes da arcada superior. Forma a parte anterior do “céu da boca”.

MANDÍBULA
 É o maior e mais forte osso da face. Formado por: 2 ramos e um corpo. A parte alveolar contém os
dentes da arcada inferior.

VISTA INFERIOR DO CRÂNIO

BASE DO CRÂNIO (superfície externa)


 Parte posterior formada pelo OSSO OCCIPITAL que contém os côndilos occipitais onde a se articula a
a
1 vértebra cervical.
ESFENÓIDE
 Apresenta um corpo (encontra-se o osso vômer), duas asas menores e duas asas maiores.

PALATINO
 Constitui a parte posterior do “céu da boca”.

MAXILA
 Constitui a parte anterior do “céu da boca”.

BASE DO CRÂNIO (superfície interna)


FOSSA ANTERIOR: osso frontal, etmóide e parte do osso esfenóide.
 FOSSA MÉDIA: esfenóide, parte do osso temporal e parietal.
 FOSSA POSTERIOR: osso occipital, parte do temporal e parietal.

Entre os ssos do crânio temos: Frontal; parietal; occipital; temporal; mandíbula; maxilar; zigomático; nasal e
esfenóide. A caixa torácica é formada pelas costelas, cartilagens e pelo osso esterno.

Ossos do Cranio

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Assistente de Radiologia

Nos seres humanos, o crânio é o conjunto dos ossos que formam a cabeça, protegendo o cérebro. O crânio
humano, além de outros ossos, contém oito peças, as juntas destas peças são chamadas suturas, elas só se unem
depois de alcançada a idade adulta e enquanto isso não ocorre, estas peças são ligadas por tecido cartilaginoso.
Nos bêbes há um grande espaço entre as peças do crânio e o tecido cartilaginoso que os liga é chamada de
fontanela.

Crânio humano (vista lateral).

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Assistente de Radiologia

Crânio humano (vista fronta)

Preparo de Exames

O assitenete em radiologia deve ter muita atenção no preparo dos exames contrastados porque o desempenho
do técnico depende muito do seu assistente.

Para o preparo do exame urografia minutada para um paciente adulto e de :

04 seringas de 20ml de contraste não ionico


Scalp n° de 19 a 23 dependendo do paciente
Gase
Álcool
Garote

OBS: Finalidade do exame, Ver funcionamento dos rins, ureter e bexiga.

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Assistente de Radiologia

Preparo para uretocistografia


Cuba redonda
50 ml de contraste
250 ml de soro fisiológico
Pinça de knutson (se o paciente for do sexo masculino se for do sexo feminino usar sonda uretal.)
02 seingas de 20 ml de contraste
Gase
Iodofor

OBS: Finalidade do exame, ver uretra e bexiga.

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Assistente de Radiologia

Preparo transito intestinal:


01 copo de bário gel
01 litro de água gelada
OBS: Finalidade do exame, ver o funcionamento do intestino delgado.

Preparo Enema opaco:


02 copo de bário gel
01 LT de água buricada morna
Sonda foley de 2 vias
Gase
Tilocaina gel 2%
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Assistente de Radiologia
OBS: Finalidade do exame, Ver o intestino grosso.

Preparo reed

01 copo de bário gel

01 colher ou 1 sache de sal de eno

OBS: Finalidade do exame, ver a passagem do exofago, estomago e duodeno.

Preparo artografia

06 ml de contraste

Cuba redonda

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Assistente de Radiologia
Tilocaína liquida 2%

Gase

Iodo for

Atadura

Seringa de 10ml

OBS: Finalidade do exame, ver ligamentos.

Exame de Artografia para verificar ligamento e menisco.

Preparação do paciente
O Assistente técnico ao receber a solicitação para um determinado tipo de exame, deve verificar qual será o
procedimento e começar a preparação do paciente para a realização do exame em fato.
Alguns cuidados que o Assistente deve tomar com o paciente na hora de preparalo para o exame:

Anamnese – Deve utilizar formulários adquados quando for o caso em conformidade com os princípios do
sistema de proteção radiológico.

Deve pedir para o mesmo desligar o celular.

O Assistente técnico deve encaminhar o paciente ate um local adquado onde o mesmo deve retirar sua roupa
e colocar um avental, retirando todo o material metálico que estiver portando.
Exeto exames convencionais de extremidades.
O Assistente deve também ter o cuidado com a proteção radiológica com os pacientes em determinados tipo
de exames.

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Assistente de Radiologia

Camara Clara
O Assistente técnico em radiologia deve conhecer todos os tamanhos de écrans usado nos exames
radiológicos.
Ao receber o pedido para a realização de um determinado tipo de exame, o Assistente deve preparar o
material para que o técnico possa executar o procedimento do exame com todo seu material a dispocição.
Os tamanhos vão ser diferenciados conforme o exame a ser realizado.

Na radiologia convencional os tamanhos são:

Écrans: 13x18
Rotina para: Dedos ( Pé ou Mão) Punho, Cervical, Tornozelo, Nasal, Cotovelo, Clavicula
Écran : 18x24
Rotina para: Crânio, Mão, Pé, Joelho, Coluna lombar, Sacra, Ombro
Écran : 24x30
Rotina para: Braço, Ante-braço, Perna, Coxa, Coluna toraxica
Écran : 30x40
Rotina para: Quadril, Arcos costais
Ecran : 35x43
Rotina para: Torax, Abdomem,

Noções Gerais:
Câmara Clara:
É o local, comumente, conhecido como aquele onde o técnico transita, onde os procedimentos que não estão
relacionados à revelação da película ocorrem.

Câmara Escura:
É o local, comumente conhecido como aquele onde é processado o filme, em suas diferentes fases de revelação.
A câmara escura salienta-se, principalmente, em duas partes, a saber:
- Parte Seca
- Parte Úmida

OBS: A câmara escura pode ser definida como o local onde ocorre a revelação, fixação, lavagem, secagem
(revelação automática).

Tipos de Revelação:
- manual
(revelação/lavagem/fixação/lavagem)
- automática
(revelação/fixação/lavagem/secagem)

Parte úmida (elementos):

- tanques de revelação;
- fixação;
- lavagem;
- luz de segurança;
- torneira.

Parte seca (elementos):

- filmes virgens;
- colgaduras;
- chassis.

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Assistente de Radiologia
Colgaduras:

São suportes de aço inoxidável com a função de prender as películas radiográficas para a revelação manual.

Aparelhos para a Câmara Escura:

- negatoscópio = para leituras de radiografias com imagens reais;


- higroscópio = para leituras da umidade relativa do ar (que não deve ultrapassar 50%);
- relógio alarme = para alarmar o tempo selecionado de revelação em tempos.

Película:

Possui uma capa protetora gelatinosa para evitar que os filmes colem uns nos outros. A eletricidade estática é um
dos elementos que fazem com que as películas sejam aderentes.

Localização da Câmara Escura:

A localização ideal para câmara escura é no centro de todas as salas para melhor acesso, tendo comunicação
direta, evitando o trabalho cansativo.

Acesso à Câmara Escura:

O sistema de entrada em câmara escura tem que ter total impedimento de penetração de luz. Existem 4 sistemas
de acesso à câmara escura; são eles:
.
- Sistema de Porta Única:

Sistema onde só há uma porta separando a câmara escura do ambiente claro; É um sistema "menos seguro", mas
muito utilizado em "atendimentos ambulatoriais". Exemplo: Clínicas de Diagnóstico
.
- Sistema de Porta Labirinto:

Sistema de porta em que há a formação de um labirinto para se chegar à câmara escura; pouquíssimo usado,
porém bastante seguro, tendo pouco espaço para transitar.
-
- Sistema de Porta Giratória:

Sistema de porta em que há várias portas fixadas por um eixo central, onde havia um sistema de travamento da
porta para segurança da revelação da película. Um sistema muito antigo.
-
- Sistema de Porta Paralela:

Sistema de porta onde existe um bloqueio entre elas, ou seja, é necessários que se abram duas portas para se
chegar à câmara escura (neste caso, a câmara clara fica dentro da câmara escura).
-
As entradas têm essa variação porque os filmes são muito sensíveis e muitas alternativas de se preservar as
películas são feitas, no sentido de preservá-los.

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Assistente de Radiologia

Acessórios radiológicos

Chassis Radiológico Pinça de Uretrocistografia

Guilhotina para corte de filmes


Espessômetro

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Assistente de Radiologia

Suporte para RX Mural

Aquecedor para Gel, Contraste

Alfabeto Numérico de Chumbo

Negatoscópio de dois Corpos

EXATTUS – Escola de Profissões 40


Assistente de Radiologia

visores de Chumbo

Termos Técnicos

AP – Antero Posterior: O raio central entra anterior a estrutura a ser radiografada e sai posterior.

PA – Postero Anterior: O raio central entra anterior a estrutura a ser radiografada e sai anterior.

Oblíqua: Posição em um angulo de 45° a direita ou a esquerda.

Decúbito lateral: Paciente deitado de lado direito ou esquerdo.

Decúbito ventral: Paciente deitado com o ventre para cima.

Rotação interna: Rotação da estrutura a ser radiografada para o centro do corpo.

Rotação externa: Rotação da estrutura a ser radiografada externamente ao corpo.

Ortostática: Paciente em pé.

RC- Raio central: Posicionamento do raio na estrutura a ser radiografada.

Colimação: Feichar o raio central para pegar somente a estrutura a ser radiografada.

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