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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS

OPERATORIO IMEDIATO DE CATETERISMO


CARDIACO E ANGIOPLASTIA

ENFERMEIRA RESIDENTE:
Adrieli Freitas do Rosário
OBJETIVO
• Padronizar a assistência de enfermagem.

• Identificar os fatores que contribuem para as


complicações relacionados a locais de acesso vascular.
CATETERISMO CARDIACO

É um procedimento invasivo, realizado a


partir da punção de uma artéria / veia,
com passagem de um cateter que
alcança o coração. Exame padrão ouro
para identificar doença coronariana
aterosclerótica.
 ANGIOPLASTIA CORONÁRIA

A Angioplastia Coronária ou Intervenção Coronária Percutânea é o


tratamento não cirúrgico das obstruções das artérias coronárias por meio
de cateter balão, com o objetivo de aumentar o fluxo de sangue para o
coração.
COMPLICAÇÕES VASCULARES

As principais complicações nos procedimentos invasivos no laboratório de


hemodinâmica são as vasculares, responsáveis pelo aumento do tempo
de permanência no hospital e custos relacionados, aumento de morbidade
e morte.
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES

Fístula
Hematoma Pseudoaneurisma Arteriovenosa

Sangramento
Oclusão Arterial Infecção
Retro peritoneal
HEMATOMA
•Coleção de sangue em tecidos moles ao redor do local da
punção.
•Incidência de 5% a 23%.

Fonte: arquivo pessoal


PSEUDOANEURISMA

• Comunicação entre as camadas da parede da artéria, que


pode levar ao extravasamento de sangue nos tecidos ao
redor.
• Incidência: 0,5% a 9%
GÊNESE TUMORAL
O processo de formação das feridas neoplásicas compreende
três eventos:
• Crescimento do tumor – leva ao rompimento da pele.
• Neovascularização – provimento de substratos para o
crescimento tumoral.
• Invasão da membrana basal das células saudáveis – há
processo de crescimento expansivo da ferida sobre a
superfície acometida.

FONTE: Revista Brasileira de Cancerologia, v. 68, n. 1, 2022.


DOR EM FERIDAS
• Difícil tratamento
• Resposta parcial aos analgésicos sistémicos.
• Morfina Tópica sobre feridas dolorosas apresenta a vantagem de um
efeito analgésico local.
•Estudos demonstram que os receptores opióides estão presentes
também no sistema nervoso periférico.
•Reduz ou evita medicamentos administrados por via sistêmica, e
consequentemente a possibilidade de ocorrência de efeitos adversos
sistêmicos.

Fonte: Rev. Bras. Hematol. Hemoter. p.32 , 2010 


MORFINA: FARMACODINÂMICA
Receptores que encontra-se no Classes de Receptores opióides:
SNC. terminais nervosos periféricos.

Receptores opióides normais, não se


detecta em tecidos normais.

Detectáveis no processo inflamatório, na sequência do aumento


da sua produção nos gânglios da raiz dorsal e posterior
transporte em direção aos terminais nervosos dos neurónios
primários aferentes.

FONTE:BUSQUET DURÁN, X. et al., 2005


MORFINA GEL TÓPICA

De acordo com a literatura deve- se aplicar 10mg/ml (1ml) + Gel de carbopol


qsp 8g. Validade de 6 meses em temperatura ambiente.

Carbopol pode ser substituído por hidrogel seu consumo deve ser de imediato.

• Indicação: Feridas dolorosas


• posologia: aplicada na região afetada conduto auditivo externo E, coberto
com gaze estéril e ocluído com micropore. Nova troca a cada 24h.

FONTE: TORRES, Yesly Johana Rincon et al. 2021. Congresso Paulista de Estomaterapia
IMPACTO DA MORFINA TÓPICA NO SETOR 2º
PAVIMENTO ENFERMARIA ONCOLÓGICA.

• Redução da dor local, facilitando a manipulação no momento do curativo.

• Redução da aplicação da morfina por via sistêmica.

• Verificou-se a ação debridante do gel, que por ser um hidrogel, evitou o

ressecamento da lesão, facilitando seu manuseio durante a troca de curativos

• Redução dos efeitos secundários (constipação, retenção urinária, lentidão

cognitiva, sonolência e náuseas.

• Melhora no padrão de sono.

• Melhora na alimentação.
FERIDA MALIGNA NA
ADMISSÃO E ALTA HOSPITALAR

FONTE: ARQUIVO PESSOAL.


CONCLUSÃO
Os analgésicos tópicos podem ser de grande utilidade no controle da dor
em feridas benignas ou malignas e nas mucosas. Não produzem os efeitos
indesejáveis sistêmicos observados por outras vias, mas ainda precisa de
mais estudos comprovando sua eficácia.
Referências
BUSQUET DURÁN, X. et al. Morfina tópica en úlceras dolorosas: a propósito de un
caso. Med. paliat, v. 12, n. 2, p. 67-69, 2005.
DE LANA BERNARDINO, Lilian; MATSUBARA, Maria das Graças Silva.
Construção de um Instrumento para Avaliação do Conhecimento sobre
Ferida Neoplásica Maligna. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 68, n. 1,
2022.
MATEUS, Dinis Correia. Formulação de geles de morfina para aplicação tópica em
feridas dolorosas. 2012. Tese de Doutorado.
TORRES, Yesly Johana Rincon et al. EFICÁCIA DO TRATAMENTO TÓPICO PARA O
CONTROLE DA DOR EM FERIDA NEOPLÁSTICA MALIGNA EM ADULTOS: REVISÃO DE
EFEITO. In: Congresso Paulista de Estomaterapia. 2021.
Apesar da semelhança, os procedimentos de cateterismo e
angioplastia tem objetivos diferentes. Enquanto um atua no diagnóstico
de possíveis anormalidades na circulação arterial do coração, o outro
tem a função de tratar a obstrução de artérias que conduzem o fluxo
sanguíneo.

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