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Pós operatório: período que compreende momentos após cirurgia

• imediato: 24h após


• Mediato: dias ainda dentro do hospital
• Tardio: a partir da alta do paciente
Eventos importantes no Pós-

0peratório:
Dor
Perda sanguínea Resposta
endócrino-
Redução da perfusão tecidual
metabólica
Alterações fisiológicas ao trauma
O trauma do ato cirúrgico provoca uma

Alterações humorais resposta endócrino-metabólica ao trauma

Agressões são comunicados ao SNC (hipotálamo) - liberação de corticotropina- estímulo da adrenal (prepara o indivíduo para o ato cirúrgico)
Células inflamatórias no sitio cirúrgico vão desencadear a Síndrome da resposta inflamatória sistêmica d
-
Resposta endócrino-metabólica ao
trauma de coagulação
Ativação dos mecanismos

Desvio de Iíquidos do extravascular Aumento da


permeabilidade
capilar
para o intravascular
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Fluxo sanguíneo é distribuído

Redistribuição do fluxosangüíneo para órgãos mais centrais


como coração e cérebro, e
redução do fluxo para vias
perifericas

Readequações com visatas a


manutenção do equilíbrio ácido-básico
e hidro-eletrolítico
Aumenta o hormônio ADH e aldosterona —> fazendo com quero indivíduo retenha mais líquido
para compensar a perda de sangue no procedimento cirúrgico
ADH: retenção de água
Aldosterona: túbulo contorcido distal - retenção de sódio e bicarbonato e secrete potássio e
hidrogênio
Resposta endócrino-metabólica ao
trauma
Mobilização de leucócitos

Produção de macrófagos e linfócitos


A partir do momento que existe essa lesão, ocorre a
mobilização de leucócitos pro leito da lesão e os
leucócitos que chegam primeiro são os

Aumento do débito cardíaco polimorfonucleares, que produzem citocinas que


atuam de maneira a estimular a migração celular,
fazendo com que macrofagos e linfócitos alcancem o
leito, aumentando a atividade inflamatória com
produção de citocinas
Lipólise e proteólise Resposta inflamatória sistêmica: aumento do débito
cardíaco, altera-se o padrão metabólico através da
secreção do hormônio cortisol, entrando num estado
de resistência periférica a insulina, fazendo com que

Glicogenólise e gliconeogênese
a proteína muscular e os lipídeos se dirijam para o
fígado para sintetizar mais glicose para o indivíduo
responder a esse trauma.
Exame clinico diário:
Após a cirurgia,
como acompanhar o
paciente (1 a 2
vezes ao dia)

Nível de consciência
Estado hemodinâmico: PA, pulso, PVC,
débito urinário
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Estado de hidratação: urina volume,
cor, densidade Débito urinário: melhor indicador da perfusão tecidual, avaliando o estado de
hidratação do indivíduo, por meio do volume, cor e densidade da urina

Aparelho respiratório: freqüência, ausculta


Ausculta cardíaca
Exame clinico diário:
Abdome: inspeção, palpação e
ausculta
Ferida operatória: inspeção e
palpação Verificar se na ferida tenha Hiperemia, secreção

Cateter nasogástrico (CNG):


Para descomprimir o
estômago, permitindo uma
drenagem de secreção
através da sonda

volume e aspecto
nasogástrica. Ou então se
o paciente ficar Se o indivíduo apresentar sonda ou cateter, deve
inviabilizado de utilizar a via
oral, precisando de um ser averiguado o volume e o aspecto da secreção
cateter nasogástrico para
nutrição do indivíduo

Drenos: volume e aspecto das


secreções Importante para verificar quanto o indivíduo está perdendo de eletrólitos
Exame clinico diário:
Abdome: inspeção, palpação e
ausculta
Ferida operatória: inspeção e
palpação
Sonda nasogástrica (SNG):
volume e aspecto
Drenos: volume e aspecto das
secreções
Prescrição: Caso seja necessário, realiza-se exames laboratoriais. Mas a solicitação
indiscriminada não é necessária

Analgesia
Medicações que propiciem analgesia, pois por uma dor descontrolada aumenta a secreção de catecolaminas,
levando a vasodilatação, perpetuando a resposta inflamatória, aumentando o balanço nitrogenado negativo
(dipirona + anti inflamatório não esteroide + opioides -faz-se essa associação para reduzir as doses individuais e
evitar efeitos colaterais)
Medicação para vômitos, pois as drogas utilizadas na anestesia geral ou para fazer bloqueio do eixo da

Anti-eméticos
coluna vertebral podem causar o enjoo. Além desse enjoo provocado pelas drogas, após um
procedimento do TGI também pode apresentar enjoo (efeito íleo-adinâmico: enjoo decorrente da
diminuição da peristalse do TGI, levando a estase no TGI em razão dessa resposta endócrino-metabólica
ao trauma)
Trombose venosa profunda: mobilidade reduzida aumenta a chance da coagulação
nos vasos profundos inferiores, sobretudo dos vasos da pelve, e essa trombose

Profilaxia de TVP
pode evoluir para embolia pulmonar
Profilaxia mecânica: meia de compressão, durante o ato cirúrgico pode ser
utilizado uma bomba de compressão intermitente para evitar o sangue ficar em
estase no MMII durante as horas que o paciente fica em decúbito, estimular a
deambulação assim que possível ou fisioterapia motora
Profilaxia medicamentosa: heparina de baixo peso molecular (pacientes abaixo de
55kg, 20mg, acima de 55kg, 40 mg antes da cirurgia)

Profilaxia de Gastrite de
Estresse
Úlcera de curling ou de estresse (não é um fenômeno só do pós operatório cirúrgico, mas qualquer situação de estresse no
organismo muito intensa) - vasoconstrição na mucosa gastrointestinal, levando a necrose e os múltiplos pontos de ulceração
evoluam para sangramento e pode levar a hemorragia digestiva
Profilaxia: retorno do alimento por via oral o mais rápido possível e medicamentos, como inibidores H1 (ranitidina) e os inibidores da
bomba de próton

Antibióticos Profilaxia da Infecção de sítio cirúrgico: quando a incisão cirúrgica acontece, já deve ter nível plasmático
terapêutico no sangue de antibiótico (administração antes da cirurgia uns 30 minutos) e essa administração deve
se manter os níveis plasmáticos é de 24h até 48h
Quando o indivíduo já tem uma infecção, o tratamento deve continuar

Reposição hidro-eletrolítica
Diminui a resposta ao trauma
Prescrição:
Sonda nasogástrica
Permite drenagem das
secreções gástricas e se o
paciente tiver alguma estase
ou obstrução evita o vômito do
paciente

Sonda vesical Permite a mensuração da diurese e não deve ser deixada por muito tempo,
pois após 48 a 72h pode desenvolver uma contaminação do trato urinário
O ideal é que seja feita

Drenos Rota de saída para secreções que se acumulam no local da cirurgia


Recolhe todo excesso de líquido em espaços mortos (espaços que são “produzidos” pela cirurgia como via de acesso)
Drenam por aspiração (drenos tubulares conectados a um frasco com pressão negativa), por gravidade (tubulares) ou por capilaridade
(drenos laminares - em contato com líquido, fazendo com que o dreno se movimente por capilaridade)
Cirurgia geral/abdominal - repouso em decúbito dorsal,

Posição no leito e
deixando a cabeceira um pouco levantada para evitar
aspiração ou refluxo gastroesofágico
Se o paciente tiver inconsciente, o pescoço deve ser
direcionado para lateral, geralmente para a direita,
para evitar em caso de vômito, a aspiração

cuidados respiratórios Cirurgia torácica - dificuldade da mobilidade/expansão da caixa torácica, por

Curativos
exemplo, por dor, o que prejudica a ventilação. As áreas do pulmão que não são
expandidas (atelectasia) acumulam secreção, os alvéolos não são aerados e a
troca pulmonar fica prejudicada, além do acúmulo de líquido nos alvéolos
podendo aumentar a chance de infecção/pneumonia.
Por isso, deve-se tratar a dor adequadamente, ficar atento a grandes
distensões subdomains que comprimem o diafragma e não deixam ventilar
adequadamente, e estimular a ventilação por fisioterapia respiratória, estimular
Lesões incisas que evoluem para cicatrização por primeira intenção (feridas suturadas, idealmente sem espaço morto, a tosse, usar respiron, pode pedir pro paciente encher balão de festa
que vão cicatrizar. Fica impermeabilizado por 24h com os curativos. Após esse tempo, se não houver nenhuma
complicação, pode ser retirado o curativo. MEDIDAS, DE FORMA GERAL, FISIOTERÁPICAS
Caso o paciente evolua para secreção na ferida, usa-se os curativos (gaze e micropore)
Obrigad
o

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