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Questões Cx Geral

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Baseado nos Resumos do Dropbox + Questões que já caíram.
Letícia Eduarda de Arruda Prado - 16.1

Diferencie ebb fase de flow fase:

● Fase de declínio - refluxo (Ebb fase): ocorre nas primeiras horas (12-24h),
○ O que aumenta? Glicose sanguínea. Ácidos graxos circulantes. Glucagon.
Catecolaminas.
○ O que diminui? a ​taxa metabólica levando a instabilidade hemodinâmica​. Insulina.
Débito cardíaco. Consumo de O2. Temperatura central.
*30% dos pacientes em trauma morrem nessa fase.
● Fase de adaptação – fluxo (Flow fase): horas depois do trauma,
○ O que aumenta? ​A taxa metabólica para a preservação de órgãos críticos e
reparação do tecido lesado (altera consumo de energia). Débito cardíaco.
Temperatura central. Catecolaminas e corticoides. Consumo de O2.
○ Normal ou aumentado: glicose sanguínea, ácidos graxos livres, insulina.
* 20% dos pacientes em trauma morrem nessa fase.

Por qual motivo um paciente obeso faleceria por inanição?

● A gordura não é capaz de produzir glicose. Ela vem da proteína muscular pelo ciclo da
alanina-glicose e uma pequena parte pelo metabolismo do glicerol.
● Essa quebra de proteína muscular resulta num balanço negativo. Ou seja, há aumento da
excreção de nitrogênio devido à perda proteica. É necessária muita massa muscular para
produzir pequena quantidade de glicose, uma vez que ele é altamente hidratado.
● A reserva de glicogênio hepática é de 300g apenas. Enquanto o cérebro consome
100-140g de glicose (exclusivamente) por dia. Sendo assim, a reserva é altamente
limitada.
● Outros órgãos são capazes de sobreviver por metabolismo de lipídeos e carboidratos. O
coração pode funcionar a partir do metabolismo de corpos cetônicos produzidos pelas
gorduras.
● Rim, hemácias e cérebro são dependentes de glicose.

Paciente com fístula no jejuno após cirurgia de oclusão intestinal, qual a forma de dieta
adequada?
● Via parenteral.

Quais as fases da cicatrização?

● Inflamatória: coagulação e ativação do complemento.


● Proliferativa: angiogênese, fibroplasia e epitelização.
● Maturação: fibras colágenas mais espessas e organizadas. Colágeno tipo III é substituído
pelo tipo I.

Quais os tipos de ferida?

● Limpas: Não apresentam sinais de infecção e em que não são atingidos os tratos
respiratórios, digestivo, genital ou urinário. A probabilidade de ocorrência de infecção
nas feridas limpas é bem baixa, cerca de 1 a 5%. Exemplo: Feridas produzidas em
ambiente cirúrgico;
● Limpas-contaminadas: São feridas ocorridas no ambiente doméstico ou feridas
cirúrgicas que atingem tratos respiratórios, digestivo, urinário e genital. No entanto, em
situações controladas, o risco de infecção não ultrapassa 10%;
● Contaminadas: São consideradas contaminadas, aquelas feridas acidentais com mais de
seis horas de trauma ou que tiveram contato com substâncias contaminadas como terra
e fezes. São exemplos as cirurgias que não respeitaram a técnica asséptica. Apresentam
índice de infecção entre 20 a 30%;
Infectadas: Aquelas que apresentam sinais nítidos de infecção.

Cirurgia limpa com prótese. Devo realizar antibioticoprofilaxia?

● Sim​! Pois apesar de limpa, há risco de infecção até um ano após colocar a prótese. ​Essa
repercussão é CATASTRÓFICA. ​Resultaria em retirada da prótese e reoperação. Dessa
forma, os riscos dessa infecção grave e até mesmo de óbito superam os riscos de tomar o
antibiótico.

INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO:​ infecção que ocorre em qualquer local da região operatória,
dentro de 30 dias de um procedimento cirúrgico ou dentro de 1 ano se for utilizada prótese.

● Incisional superficial: pele e tecido celular subcutâneo. (60-80%). Tem morbidade, mas a
mortalidade é baixa.
● Incisional profunda: fáscia e músculos.
● Visceral ou espaço cavitário: como quando ocorre abscessos. Responsável quase
totalmente pela mortalidade dos pacientes (93%) por essas lesões.

Diferencie hérnia inguinal direta e indireta:

● indireta é mais comum jovens (persistência do conduto peritônio vaginal).


● hérnia direta é mais comum em idoso (mais relacionada à fraqueza da parede, quando
músculo perde sua tonicidade).

Como é chamado o “triângulo” anatômico em que a hérnia direta ocorre?

● Hasselbach.

Quais as classificações para hérnias de Nyhus?

Decorem isso porque DESPENCA na prova e a resposta é bem direta - sabe ou não sabe.

Sobre laparoscopia:

a) Quais as repercussões hemodinâmicas?


● Aumento da pressão intra-abdominal (pneumoperitônio - máximo antes de dano é
20mmHg)), causando compressão de estruturas.
● Prejudica a ventilação por compressão do pulmão.
● Reduz o retorno venoso por ​compressão da veia cava. ​Lembrar que decúbito lateral direito
prejudica o retorno por isso também.
● Deprime a circulação.
● Reduz perfusão renal por compressão da artéria renal.
● Aumenta a pressão intracraniana por compressão do sistema linfático comunicantes.
b) Indicações e contra-indicações.
● INDICAÇÕES: mesmas da cirurgia aberta.
● CONTRAINDICAÇÕES: Relativas: intolerância a anestesia geral (com bloqueio é muito
desconfortável pela dificuldade de respirar); coagulopatia (se tiver bom material para
hemostasia não é problema); hipertensão portal; doença pulmonar obstrutiva grave;
cardiopatias graves; gravidez (dá pra fazer se tiver experiência)

Das hérnias em parede abdominal, qual é mais frequente e em qual sexo?

● Hérnia inguino-crural em homens.

Acerca de abdômen agudo:

● O tratamento não é necessariamente cirúrgico. Algumas etiologias são tratadas


clinicamente.

Bactérias encontradas na peritonite:

● Gram negativos e anaeróbios.

Quais os diagnósticos mais prováveis em relação ao tempo em que ocorre a febre no


pós-operatório?

● Em até ​48 horas:​ diagnóstico simples, sugestivo de ​atelectasia pulmonar. (​Caiu na prova
um paciente no 1° dia pós-operatório com febre e a resposta era essa). ​Paciente
também se queixa de dor para respirar e limitação dos movimentos. No pós-operatório,
paciente tende a sentir dor. Para aliviar, ele reduz os esforços e sua movimentação,
deixando de expandir seu pulmão completamente como faz no dia a dia, são nesses
casos em que ocorre a atelectasia e o paciente sente dor e tem febre. Se não tratado, o
paciente pode evoluir para pneumonia.
● Entre ​3º e 5º dia: quase sempre surge em decorrência da ​infecção urinária,
principalmente em pacientes que usaram sonda vesical. Ou em paciente com abscessos,
eles já estavam com infecções pré-estabelecidas, mas com o uso de antibiótico
profilático, só vão apresentar febre no pós-operatório num intervalo de 3 dias.
● Depois do ​5º dia:​ ​infecções em feridas operatórias,​ que aparecem após 5º dia devido ao
uso de antibióticos profiláticos, que retardam a febre.
● Febre no ​pré-operatório​: relaciona-se a ​doença primária.​

Nos casos de hematoma ungueal, qual a conduta mais apropriada?


● se ocupar menos que 25% do leito ungueal não há necessidade de intervenção (só
analgesia).
● Se for maior que 25% quando ocorrer resolução e crescer uma nova unha ela será
imperfeita.
● Drenagem (cautério): 25-50% do leito ungueal; com paroníquio, eponíquio e hiponíquio
intactos.
○ Basta furar a unha com uma agulha e fazer drenagem do hematoma.
● Exploração da unha e reparo do leito ungueal: acometimento maior que 50% ou afeta
paroníquio, eponíquio e hiponíquio.
○ Sobre anestesia troncular, levanta-se a unha (preservando a matriz) para expor
leito ungueal. Irrigar com soro fisiológico, limpando o hematoma e identificar o
ponto de sangramento (dar um ponto se necessário). Após isso, abaixar a unha e
suturar a unha na pele. Pontos são removidos em 10 dias.
● Casos com lesão leito ungueal maiores que 50, o risco de fratura da falange distal é
maior que 50%. Fazer exame radiológico.

Incisão elíptica - critérios, como ser feita.

● Critério de seleção da sua direção: leva em consideração a aparência estética e a


ausência de comprometimento funcional.
○ A incisão deve ser paralela à linhas resultantes da contração muscular, que são
perpendiculares à direção de contração do músculo subjacente.
○ Depende da profundidade do tumor (superficial ou profundo) e
tamanho.
● Lesão profunda: incisão linear.
● Lesão superficial: depende da localização, dimensão e etiologia. Pode ​ser elíptica ou
lenticular; circular; outras formas.
● Incisão elíptica:​ fazer desenho traçado na pele - braços das elipse ultrapassam 1 a 2
vezes o comprimento do eixo da lesão (relação 3:1, ângulo do vértice menor que 30°.

Tto de abcesso:

● ​por drenagem​.

Que evento ocorrido na década de 80 permitiu progresso nos transplantes de órgãos


sólidos ao redor do planeta?

● O advento do imunosupressor ciclosporina, uma vez que levou os transplantes da fase


de processos experimentais para a experiênci clínica.
Qual é a classe de transplante de órgão sólido mais realizado em todo o mundo?

● Aloenxerto.

Qual é o transplante visto como “do futuro", que seria capaz de reduzir as filas de
espera?

● Xenoenxerto.

Quanto ao local de transplante como se classifica o transplante hepático?

● Trata-se de um transplante ortotópico, em que o órgão transplantado ocupa o lugar do


que é retirado.

Qual imunosupressor se usa no transplante entre gêmeos univitelinos?

● Não é necessário, pois possuem a mesma constituição genética.

Quais as Respostas adaptativas das nossas células ao crescimento?

● Hiper e Hipotrofia, Hiper e Hipoplasia, Aplasia, Metaplasia, Displasia, Neoplasia.

O que é estadiamento e qual a sua importância?

● É um padrão para classificação da progressão de um tumor e seu comportamento. Utiliza


o TNM. Sendo T a extensão do tumor e se penetra em tecidos adjacentes. N o
acometimento de cadeias de linfonodos e M a presença de metástases. Sua importância
é definir prognóstico, complicações, sobrevida do paciente, possibilidade de tratamento
e qual é a conduta mais adequada, além de servir como parâmetro de comparação entre
casos em hospitais e publicações científicas.

Diferencie um nódulo tipicamente benigno de um maligno.


- Gastrosquise. Onfalocele. O que orientar à mãe e família.

Onfalocele: alça recoberta por membrana corioamniotica (gigante hérnia umbilical). Tem
malformações associadas (atresia de jejuno, mal formação pulmonar).
- Gastroquise: mal formação complexa da parede abdominal (todo intestino para fora). Tem
malformações associadas, mas menos que onfalocele.

- Malformação em feto:

● não interromper precocemente a gestação, para não associar outro fator de gravidade

Devo operar paciente com 100 anos de idade?

● A idade por si só não é contraindicação. Devem ser levados em conta a condição física e
as comorbidades.

Exame complementar capaz de prever complicações em cirurgia de grande porte:

● Creatinina acima de 2mg/dL.

Quais as condutas quanto ao uso de drogas em cirurgia?

● Sempre perguntar e checar histórico!


● Pode mudar plano anestésico devido à resistência. Abstinência no pós-operatório.
Agravamento de comorbidades.

Medicamentos, qual a conduta?

● O ideal é discutir com o cardiologista caso a caso.


● IECA. É preciso tomar cuidado pois se suspender pode fazer uma crise hipertensiva,
uma taquiarritmia, etc. Se você suspender e não for uma cirurgia cardíaca, tem um
aumento da morbimortalidade do ponto de vista cardiorrespiratório. A recomendação,
do ponto de vista geral, é reintroduzir a droga no pós operatório assim que possível ao
menos que ele esteja em uma cirurgia de urgência em uma situação bem específica.
● Beta bloqueadores e bloqueadores de canal de cálcio. Diminuir a dose, não suspender.
● Tiroxina. Não deixar mais do que 4 dias sem.
● Diuréticos. Cuidar com hipovolemia. Paciente com ICC sem eles pode fazer edema
agudo de pulmão.
● Antiagregantes plaquetários. ​Danger! F
​ alar sempre com o cardiologista pois o risco de
sangramento na cirurgia pode ser menor do que o risco para as coronárias do paciente!

Comorbidades, qual a conduta?


● Hiv. Ser acompanhado por cardiologista e pneumologista. Pedir ​provas de função
hepática, hemograma e plaquetas.
● Aids. Cogitar nutrição parenteral pois em jejum a chance de deiscência aumenta muito.
● Obesidade: ​é fator de risco de complicações como infecção de sítio cirúrgico, TEP, trombose.
Contudo, a obesidade leve é vista como inflamação crônica e é fator de proteção para
resposta inflamatória aguda.
● Apneia do sono: Dependendo do número de episódios, cogitar passar primeiro
pós-operatório em UTI.
● Tabagismo: Orientar ficar ao menos 4 semanas sem cigarro.

Qual a maior causa de aborto ou parto prematuro?

● Apendicite aguda.
● Em segundo lugar, colecistite.

Gestantes, conduta?

● Dar preferência a cirurgias eletivas no segundo trimestre da gestação.


● No 1 trimestre: teratogênese e até aborto. No 3 trimestre: parto prematuro.
● Não há indícios de que os anestésicos são teratogênicos, porém nós devemos utilizar a
menor dose possível.
● Além disso, fazer tromboprofilaxia nas cirurgias acima de 45 minutos, por meio de: bota
pneumática no intraoperatório, meia elástica no pós-operatório, heparina de baixo peso
molecular, ou antiagregante plaquetário, e deambulação precoce.
● Monitoração fetal
● Jejum dieta leve 6h. Líquidos 2h.
● Preferir raqui a anestesia geral porque há mais risco de aspiração.

Recomendações da cirrose
Paciente com cirrose não deve ser operado quando:

● Hepatite fulminante
Hepatite alcoólica
Hepatite crônica severa
Child Classe C
○ Descompensado 10-15 pontos. Nível de bilirrubina, RNI, presenca de
encefalopatia.
● ou MELD > 30
Coagulopatia severa
Manifestações extra-hepáticas severas
Pacientes no Trauma

● ABCDE do trauma.
● Índice de gravidade.

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