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CICATRIZAÇÃO DE

FERIDAS E PRINCIPAIS
INCISÕES CIRÚRGICAS

Adrieli Pansani
Laboratório 7º semestre
DIÉRESE

Tempo cirúrgico que inicia a cirurgia

Buscar regiões que permitam melhor funcionalidade do


procedimento proposto e que também evitem cicatrizes

Como fazer incisões que propiciam menor tensão cutânea?


LINHAS DE LANGER
INCISÕES CONSAGRADAS

• LONGITUDINAL MEDIANA
• Incisão da pele e tela
subcutânea e abertura da linha
alba e do peritônio;
LONGITUDINAL PARAMEDIANA

• TRANSRETAL
• PARARETAL MEDIANA E LATERAL
VANTAGEM INCISÕES LONGITUDINAIS
Podem ser ampliadas

Acesso a qualquer estrutura da cavidade

Adequadas para exploração

Exigem pouca hemostasia

DESVATAGEM INCISÕES LONGITUDINAIS


Lesão nervosa da parede abdominal e pedículos vasculares (nas incisões
paramedianas)
Maior incidência de eventração e hernia, principalmente nas incisões
medianas
Kocher Chevron
TRANSVERSAIS E
OBLIQUAS

Rockey-
Davis
McBurney
Pfannenstiel
VANTAGEM INCISÕES
Seguem as linhas de Langer

DESVATAGEM INCISÕES
Exigem hemostasia minuciosa, porque seccionam músculo, vasos
e nervos;
Transtornos motores e sensitivos na parede abdominal (lesão
nervosa)
CICATRIZAÇÃO DE
FERIDAS

Prioridades

• Restabelecer barreiras mecânicas,


fluxo sanguíneo e linfático
• Impedir perda de fluidos e
ocorrências de infecções
CLASSIFICAÇÃO

z
• Primário
• Fechamento imediato através de suturas
simples, enxertos ou retalhos
• Secundário
• Feridas muito contaminadas e o fechamento
ocorre por revitalização e contração da ferida
• Bordos da lesão ficam aberto
• Terciário
Inicialmente a ferida é deixada aberta e quando
há controle da infecção a ferida pode ser
fechada
FASES DA
CICATRIZAÇÃO

Interrupção do Quimiotaxia
sangramento celular

Migração
Proliferação
epitelial

Maturação Contração

Remodelamen
Cicatrização
to
FASE INFLAMATÓRIA
FASE PROLIFERATIVA

• EPITELIZAÇÃO
• Perda de continuidade entre os queratinócitos da epiderme
estimula a migração das células da camada basal e mitose
• ANGIOGENESE
• é o processo de formação de novos vasos sanguíneos
• brotos endoteliais sólidos migram no sentido da periferia para o
centro da lesão e crescem -> estimulados pela bradicinina,
prostaglandina e outros mediadores químicos oriundos dos
macrófagos
• responsável pela nutrição do tecido, pelo aumento do aporte de
células como macrófagos e fibroblastos para o local da ferida.
• FIBROPLASIA
FASE PROLIFERATIVA

• FIBROPLASIA
• Síntese de matriz extracelular que seja semelhante a anterior antes da lesão
• Fibroblastos se proliferam a aumentam a síntese de colágeno tipo III
• Necessário oxigênio, ferro, acido ascórbico
FASES DE REMODELAMENTO

• Contração da ferida:
• fibroblastos -> miofibroblastos
• movimento centrípeto de toda a
espessura da pele
• reduzindo a quantidade e o tamanho da
cicatriz - evita o fechamento
desordenado
MATURAÇÃO E REABSORÇÃO DE COLÁGENO
CICATRIZ HIPERTRÓFICA X QUELOIDE

• Hipertrófica
• Regridem espontaneamente
• Limitam-se a borda da ferida
• Raramente observadas em palmas de mão ou solas
dos pés, pálpebras
• Frequente em superfícies flexoras
• Queloides
• Se estendem além da ferida
• Não regridem espontaneamente
• Tendem a retornar após ablação
• Observadas em palmas de mão ou solas dos pés,
pálpebras, lóbulo de orelha
• Raro em mucosa e córnea
• Locais mais propensos: face, deltoide, pescoço e pre
esternal
• Negros e asiáticos 2 a 20x mais chance
COMO TRATAR?

• Hipertrófica – inicialmente observar. Caso não haja regressão, tratar como


queloide
• Queloide
• Injeção intralesional de corticosteroide
• Curativos compressivos a base de silicone
• Radiação local
• Compressão local continua
• Uso de retinoides tópicos
• Aplicação intralesional de interferon gama, 5-flouracil ou bleomicina
FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO
• Fatores locais:
• Vascularização das bordas da ferida: aporte adequado de nutrientes e oxigênio
• Grau de contaminação: limpeza mecânica, remoção de corpos estranhos, detritos e tecidos
desvitalizados
• Tratamento das feridas: assepsia e antissepsia, técnica cirúrgica correta, escolha de fio cirúrgico mais
indicado, cuidados pós-operatórios adequados são alguns dos aspectos importantes de serem observados.
• Fatores gerais:
• Infecção: causa mais comum de atraso na cicatrização
• Idade: com o avançar da idade, menos flexíveis são os tecidos, havendo uma diminuição progressiva do
colágeno (jovem tem mais cicatriz anômala)
• Hiperatividade: repouso favorece a cicatrização por diminuir tensão na borda.
• Nutrição
• Diabetes: propensão à isquemia tecidual
• Medicamentos: os corticosteroides, os quimioterápicos e os radioterápicos podem reduzir a cicatrização de
feridas, pois interferem na migração de células
• Pigmentação da pele (pele negra e asiática tem mais propensão a queloides)
CASO CLÍNICO REMIT

• A.C.H., 44 anos, sexo feminino, natural e procedente de Jaguariuna-SP


• Paciente encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital para recuperação
pós-operatória de uma laparotomia exploradora por abdômen agudo obstrutivo,
realizada há 12 horas. Refere que perdeu 5 kg no ultimo mês e não conseguia se
alimentar de forma adequada devido a sensação de plenitude. Relata ainda que as
fezes que há 1 ano eram normais, nos últimos meses estavam diarreicas e mal
cheirosas
• AP: Hipertensão Arterial Sistêmica há 05 anos e Diabetes Melitus tipo 2 há 10 anos,
Em uso: captopril e metformina.
Nega cirurgias previas
• A cirurgia foi de urgência e teve como indicação a ocorrência de distensão e dor
abdominal associado a náuseas e vômitos e rx com nível hidroaéreo
• No inventário da cavidade: presença de lesão expansiva e obstrutiva em
colón direito com dilatação a montante das alças de delgado
CASO CLÍNICO REMIT

•R
•E
•M
•I
•T
• Geral: Paciente em regular estado geral, lúcida e orientada no tempo e no espaço, emagrecida,
hipocorada (++/IV), escleras anictéricas e afebril.
• Dados vitais: FC = 125bpm, FR = 23ipm, Tax = 36,3°C, TA = 95x60mmHg.
• Pele e fâneros: pele fria.
• Aparelho respiratório: sem achados
• Aparelho cardiovascular: fc 125, BRNF2TSS
• Abdome: à inspeção, abdome plano. Presença de cicatriz xifopubica em região mediana, associada a
hiperemia adjacente e saída de secreção serosa em baixo volume. Na ausculta, ruídos hidroaéreos
abolidos. À percussão, abdome timpânico difusamente. Desconforto a palpação superficial, DB -.
• Demais sistemas sem alterações.
•Como se dá a resposta orgânica
ao trauma operatório?

•Quais as alterações manifestadas


pelo paciente?

•Quais fatores externos podem


influenciar a resposta metabólica?

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