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PORTFÓLIO

ESTOMATOLOGIA
JOÃO PEDRO NUNES FACCHI
Doenças patológicas sistêmicas na clinica
• Insuficiência respiratória:
• DPOC:
• Como alguns pacientes com DPOC fazem uso de corticosteroides, o cirurgião-dentista deve considerar o uso de suplementação
adicional antes de uma cirurgia oral maior. Os pacientes podem precisar ser mantidos sentados em uma posição ereta na cadeira para
serem capazes de lidar com a secreção pulmonar comumente abundante.
• Sedativos, hipnóticos e narcóticos devem ser evitados por deprimirem a respiração. Além disso, não se deve usar suplementação com
oxigênio em pacientes com DPOC grave durante a cirurgia, a menos que o médico recomende.
• Asma:
• Conhecer o historial médico do paciente: tipo de asma, estímulos, gravidade e tratamento habitual. Por outro lado, é muito importante
garantir que o paciente carregue o medicamento e o tenha tomado antes de iniciar qualquer cirurgia dentária.
• Conhecer e detectar os sinais e sintomas que geram uma crise e evitar fatores precipitantes. A ansiedade pode ser um desses fatores,
por isso é muito importante estabelecer uma relação honesta e de apoio com o paciente desde o primeiro momento em que ele vem
buscar ajuda para o seu problema de saúde bucal. O profissional deve discutir com o paciente a sua condição dentária, como será
tratado e quaisquer receios que o paciente possa ter em relação ao tratamento.
• Diabéticos: Anamnese para saber se é controlada saber a taxa de glicemia e só começar um tratamento se o nível de glicose estiver dentro do
recomendado.
• Cuidado com o anestésico para que não ocorra nenhum problema durante e após o procedimento.
Doenças patológicas sistêmicas na clinica
• Hepatite: É necessário seguir severamente as medidas de biossegurança. Além da utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), sugere-
se o cuidado reforçado no uso de equipamento pontiagudos ou perfurocortantes.

• Hipertensão: O paciente hipertenso deve ter sua pressão monitorada a cada consulta. O profissional deve estar atento para a escolha do anestésico
e concentração do vasoconstritor.

• IRC:
• Os pacientes com insuficiência renal crônica que requerem hemodiálise necessitam de considerações especiais durante o tratamento
odontológico, o qual deve ser sempre executado de forma multidisciplinar, com uma constante comunicação entre o médico (nefrologista) e o
Cirurgião Dentista (CD).
• As drogas que dependem do metabolismo ou excreção renal devem ser evitadas (como a tetraciclina e os anti-inflamatórios não esteroidais),
ter a dose modificada ou o intervalo de tempo entre as dosagens aumentado (4). Os anestésicos locais podem ser utilizados, sendo o de
escolha a Lidocaína 2% a 1:100.000.
Exame sinal vital
Aula prática biopsia
• Descrição da lesão: É uma lesão pequena e dura por fora, porém de grande tamanho internamente. Sua coloração na externamente é preta no
centro e verde ao redor. Já internamente tem uma coloração amarelo escuro ao redor e ao centro esbranquiçada com uma textura mole e rugosa ao
redor e com centro duro. A lesão se localiza no ápice da laranja (na região do umbigo). É uma lesão bem delimitada.

Hipótese diagnóstico
1° diagnóstico: Osteomielite crônica associada à trauma pós-exo:
Poderia ter sido deixado fragmento da raiz distal do dente 18 no alvéolo ao remover o
dente e após 1 mês o paciente retornou a clínica com uma fístula na região da cirurgia. Dessa forma, foi
prescrito penicilina para combater a infecção, e, após uma semana, foi realizada a reabertura,
curetagem e drenagem da região.

2° diagnóstico e o correto: Sialometaplasia:


Como a paciente passou por um procedimento cirúrgico pouco tempo antes do surgimento
da lesão, acredita-se que a anestesia utilizada para remoção do dente foi utilizada em excesso
causando uma lesão nos tecidos colaborando com o surgimento da úlcera.
Biópsia
• Biópsia Incisional: • Biópsia Excisional:
• Remove parte da lesão em forma de amostra; • Retirada total da lesão, já sendo o tratamento.
• Se retira amostra dentro do aspecto clínico da lesão;
• Não se retira amostra em tecido necrosado. • Indicações:
• Lesões pequenas
• Indicações:
• Encapsuladas
• Lesões extensas; • Fácil acesso
• Úlceras; • Cistos
• Suspeita de malignidade; • Pediculadas
• Difícil acesso.
• Equipamentos: • Equipamentos:
• Bisturi; • Bisturi;
• Bisturi elétrico; • Bisturi elétrico;
• Pinça; • Pinça;
• Saca bocado; • Saca bocado;
• Punch; • Punch;
• Seringas. • Cinzéis
• Martelo
Biópsia
• Contraindicação: • Complicação:
• Lesões enegrecidas; • Hemorragia;
• Lesões vasculares; • Infecção;

• Doenças sistêmicas;
• Má cicatrização:
• Más condições bucais.
• Isquemia;
• Não biopsiar: • Proliferação tumoral;
• Estrutura normal; • Radioterapia prévia;
• Alteração de estruturas normais; • Má manipulação da peça.
• Diagnostico definido por outros meios.
Encaminhamento p/ biópsia
• Encaminhamento: • Cuidados p/ encaminhamento:
• Dados de identificação do paciente; • Não utilizar antissépticos corados;
• Dados do profissional; • Anestesia distante da lesão;
• Dados do procedimento; • Instrumentos cortantes afiados;
• História da lesão; • Remover parte de tecido normal adjacentes;
• Exames complementares; • Evitar áreas necróticas e com crosta;
• Diagnóstico clínico; • Não esmagar a peça com a pinça;
• Anexos: fotos, radiografias... • Amostras múltiplas em recipientes separados;
• Colocar imediatamente no fixador;
• Formol 10% tamponado – 10X o volume da peça, por
24h;
• Frasco de vidro ou plástico fechado;
• Frasco identificado: nome do paciente, do profissional
e data.
Lesões fundamentais
Alterações morfológicas através das quais se manifestam clinicamente as doenças da mucosa bucal,
com características clínicas de um processo patológico, que nos auxiliam na formulação da hipótese diagnóstica.
• Mancha ou Mácula:
• São modificações das colorações normais da mucosa oral, sem provocar elevação ou depressão tecidual.
• Alteração de cor;
• Plana;
• Sem elevação da superfície do tecido;
• Sem descontinuidade.
Placa
• Lesões elevadas em relação ao tecido, cuja altura é pequena em relação à extensão. São consistentes à
palpação e a superfície pode ser rugosa, verrucosa, ondulada, lisa ou mista (apresentar diversas combinações
desses aspectos).
• Alteração de cor
• Pequena elevação da superfície
• Superfície rugosa ou lisa
• Ligeiramente elevadas
• Não são removidas por raspagem
Púrpuras
• Hemorragia visível na pele ou na mucosa, resultante do extravasamento de hemácias (células vermelhas do
sangue) de dentro dos vasos sanguíneos para fora deles.
• Manchas vermelho-arroxeadas;
• Extravasamento de sangue;
• Não desaparecem com vitropressão.
• Petéquias < 1cm
Pápula
• São pequenas lesões sólidas, circunscritas, elevadas, cujo diâmetro não ultrapassa 5 mm.
• Crescimento tecidual da mucosa;
• Consistência variável;
• Não maior que 5mm.
Nódulos
• São lesões sólidas, circunscritas, de localização superficial ou profunda e formadas por tecido epitelial,
conjuntivo ou misto. Podem ser pediculados, quando seu diâmetro é superior ao da base de implantação, ou
séssil, quando o da base é maior.
• Crescimento tecidual;
• Consistência variável;
• Superficial ou profunda;
• 5mm – 3cm.
• Séssil: Base igual ou maior que a lesão.
• Pediculada: base de inserção menor que a lesão
Massa nodular ou tumor
• Crescimento tecidual;
• Consistência variável;
• Superficial ou profundo;
• > 3cm.
Tumefação
• A tumefação (degeneração hidrópica ou vacuolar) é lesão celular reversível, devido ao acúmulo de água e
eletrólitos no citoplasma e nas organelas celulares, por distúrbio hidroeletrolítico, tornando-as volumosas,
tumefeitas.
• Aumento tecidual;
• Consequência de acúmulo de líquido;
• Edema;
• Pus (sendo abcesso);
Vesículas
• São elevações do epitélio, contendo líquido no seu interior e, consideradas vesículas as lesões que não
ultrapassem 3 mm no seu maior diâmetro, sendo as demais bolhas.
• Crescimento da mucosa;
• Acúmulo de líquido;
• <3mm
Bolha
• Bolha é uma elevação circunscrita contendo em seu interior líquido, em sua maioria. É similar à vesícula, porém
recebe este nome quando é superior a 3 mm.
• Crescimento da mucosa;
• Acúmulo de líquido;
• >3mm
• Bolha hemorrágica: com sangue
no interior;

• Pústula: supuração(PUS).
Erosão
• Lesão superficial, normalmente derivada da ruptura de uma vesícula ou bolha, caracterizada por perda parcial
ou total do epitélio superficial.
• Perda do epitélio;
• Sem a exposição do tecido conjuntivo.
Úlcera
• Lesão caracterizada pela perda do epitélio de superfície e frequentemente parte do tecido conjuntivo
subjacente, geralmente apresenta-se afundada;
• Perda do epitélio;
• Exposição do tecido conjuntivo.
Exulceração
• Úlceras extensas;
• Sem limites definidos.
Fissuras
• Pequena ulceração, semelhante a uma fenda ou sulco;
• Dobras de tecidos;
• Lineares;
• Profundas.
Fístula
• Lesão ocasionada por conexão anormal entre órgãos;
• Orifício;
• Drenagem de pus ou sangue;
• Posterior à pústula.
Necrose Necrose
• Junto com algo. • Casquinha.
Pseudomembrana
• Membrana que se forma quando sai a casquinha.
Como descrever a lesão:
• Lesão fundamental
• Número
• Forma
• Tamanho
• Localização
• Implantação
• Coloração
• Consistência
• Superfície
• Contornos
• História
Lesões proliferativas não-neoplásicas
• Proliferativas não-neoplásicas (PPNN): • Características gerais:
• Reacionais; • Resposta tecidual exagerada
• São lesões orais resultantes de uma resposta orgânica • Estímulo crônico e de longa duração
a inúmeras agressões externas, tais como cálculos • Elevações nodulares
subgengivais, má adaptação protética, mau estado de
conservação de dentes, restaurações mal elaboradas • Pediculadas ou sésseis
com excessos interproximais. • Cor: rosa(modular/fibrosa) – vermelho intenso(infla.
• Lesões: Ativa);
• Superfície: lisa ou lobulada, brilhante, ulcerada
• Hiperplasia fibrosa inflamatória**
• Consistência: branda – firme
• Granuloma piogênico**
• Evolução: lenta
• Fibroma (cemento) ossificante periférico**
• Crescimento limitado
• Lesão periférica de célula gigante**
• Fibroma de irritação;
• Papiloma;
• Fibromatose (hiperplasia) gengival
Hiperplasia Fibrosa
Inflamatória
• A hiperplasia fibrosa inflamatória consiste em uma lesão fibrosa inflamatória de desenvolvimento. É frequente
na mucosa bucal em pacientes que fazem o uso de próteses mal adaptadas ou inadequadas.
• Granuloma fissurado, epúlide fissurada;
• Trauma;
• Prótese mal adaptada;
• Inflamação crônica ;
• Rósea – vermelho vivo;
• Pode estar ulcerada;
• Alívio ou troca de prótese;
• Remoção cirúrgica.
Hiperplasia (Granuloma) por Câmara de
Sucção
• A hiperplasia palatina por câmara de sucção (HPCS) ou hiperplasia do palato está associada ao uso de
próteses totais mucosuportada superiores com câmara de vácuo.
• Falta de selamento periférico nas PT;
• Variação da hiperplasia fibrosa inflamatória.
Hiperplasia Papilar Inflamatória
• É uma lesão que acomete o palato duro em pacientes que utilizam prótese com base acrílica removível. A
etiopatogenia desta lesão está associada a próteses mal adaptadas ou com câmera de vácuo, uso contínuo
das mesmas e alterações oclusais.
• Nódulos ou pápulas;
• Contração da moldagem;
• Candidose;
• Nistatina;
• Compressão progressiva;
• Reembasamento ou troca de prótese.
Granuloma Piogênico
• Conhecido também como tumor gravídico, é mais prevalente em indivíduos do gênero feminino na segunda
década de vida, especialmente durante a gravidez. Se formam quando minúsculos vasos sanguíneos, os
capilares, crescem mais do que o habitual e o tecido ao redor incha. É mais provável que granulomas
piogênicos apareçam: Depois que a pele sofre uma lesão.
• Biofilme, sépsis;
• Inflamação crônica;
• Crescimento rápido;
• Róseo ao vermelho;
• Sangrante, assintomática;
• Remoção cirúrgica;
• Controle de placa;
• Frequente;
• Gengiva, língua;
Fibroma (Cemento) Ossificante Periférico
• É uma lesão reativa oriunda de agressões sofridas pelo tecido gengival, que acomete predominantemente a
região anterior de maxila. Trauma, irritação causada por restaurações dentárias e acúmulo de placa bacteriana
sob a gengiva também podem contribuir para o desenvolvimento do fibroma ossificante, mas a causa precisa
ainda é desconhecida.
• Sépsis;
• Maturação do granuloma piogênico;
• Fibrose e calcificação;
• Róseo;
• Lesões maiores;
• Assintomático;
• Remoção cirúrgica.
Lesão Periférica de Célula Gigante
• É um processo proliferativo não neoplásico reativo à irritação local ou trauma. Apresenta-se como uma lesão
bem circunscrita, que acomete a mucosa alveolar e gengiva, podendo comprometer os tecidos ósseos
adjacentes, causando mobilidade dentária.
• Não tem relação com a Lesão Central de Células Gigantes;
• Sépsis;
• Crescimento rápido;
• Ulcerada ou queratinizada;
• Vermelha ou violácea;
• Confunde-se com lesão maligna;
• Remoção cirúrgica e do agente causal;
• Frequentemente reabsorção alveolar .
Fibroma de irritação
• É um dos tumores mais comuns da cavidade oral, sendo de origem benigna e de causa mais provável a de
reação do tecido conjuntivo fibroso em resposta a traumas constantes no mesmo local.
• Hiperplasia fibrosa;
• Trauma mecânico crônico;
• Pode ser inflamatória se ainda estiver sobre o efeito do trauma;
• Nódulo superficial;
• Superfície: lisa;
• Bochecha, língua, lábio;
• Séssil ou pediculado;
• Assintomática;
• Remoção cirúrgica.
Hiperplasia Gengival
• É o aumento excessivo do número de células da gengiva, causando o seu crescimento. O termo hiperplasia é
usado para se referir ao aumento de quantidade de células em um órgão ou em um tecido. A condição pode
acometer ambos os sexos e tem relação direta com a má higiene oral.
• Relacionadas com o uso dos medicamentos;
• Anticonvulsivantes;
• Maior controle de biofilme;
• Remoção cirúrgica – gengivectomia.
Lesões proliferativas neoplasia
• Proliferativas neoplásicas:
• Autossômicas;
• É um tumor que ocorre pelo crescimento anormal do número de células. Esse crescimento celular foge do
controle do organismo e pode ser capaz de desencadear consequências graves. As neoplasias podem ser
classificadas em malignas ou benignas.

• Papiloma • Leiomioma
• Fibroma • Rabdomioma
• Neurilemoma
• Hemangioma
• Neurofibroma
• Lipoma
• Linfangioma
Papiloma
• É um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) das pessoas, provocando verrugas anogenitais
(na região genital e ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus.
• Neoplasia benigna X lesão reacional
• HPV
• Diagnosticar, tranquilizar, remove
• Aspecto: couve-flor, cacho de uva
• Pediculadas
• Consistência branda
• Branca
Fibroma odontogênico periférico
• É uma neoplasia benigna com origem a partir do ectomesênquima odontogênico. A lesão possui crescimento
lento e acomete a gengiva, com maior incidência na região da papila Inter dentária.
• Neoplasia X lesão reacional;
• História;
• Localização.
Hemangioma
• O hemangioma é um tumor benigno, que se caracteriza por proliferação anormal de vasos sanguíneos.
Acomete, na cavidade bucal, mais comumente, a região dos lábios, da língua e da mucosa jugal.
• Proliferação vascular;
• Neoplasia benigna X lesão reacional;
• Esclerose: Glicose, Etamolin;
• Remoção cirúrgica: lesões muito pequenas;
• Diascopia;
• Diagnóstico diferencial: mucocele.
Lipoma
• É um tumor benigno de origem mesenquimal composto por tecido adiposo. Corresponde a aproximadamente
5% dos tumores bucais, sendo mais comum em mucosa jugal. Comumente se apresenta como um nódulo, de
superfície plana, coloração amarelada, base séssil, evolução lenta, indolor e mole à palpação.
• Relativamente comum;
• Soalho da boca, língua, bochecha, palato;
• Diferenciar de rânula;
• Remoção cirúrgica simples;
• Superfície lisa;
• Cor da mucosa;
• Boia.

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