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Tumores cervicais e

2º E 3º ARCO
• Orifícios fistulares na borda anterior e no terço inferior do
ECM, terminam a fosseta amigdaliana ipsilateral (e não no
torácicos conduto auditivo, como do 1º arco).

• Diagnóstico é clínico.
CAUSAS CONGÊNITAS
TRATAMENTO CIRÚRGICO
• Remanescentes de 1º arco: excisão do trajeto até o nível do
CISTO DO CONDUTO TIREOGLOSSO
meato auditivo externo.
• Cisto cervical mais comum – 5% dos casos. Mais comum • Remanescentes de 2º arco: excisão do trajeto até o nível da
aos 5 anos, raro no RN fosseta amigdaliana ipsilateral.
✱ Excisionar o trajeto para ↓ as rescidivas

ETIOLOGIA
CISTO DERMOIDE
• Tiroide se desenvolve na base da língua (forame cego).
Migra do forame cego anteriormente, passando por dentro • Proliferação de tecido conjuntivo derivado da derme de
do osso hioide para se localizar abaixo da cartilagem cricoide forma desordenada em diversas localizações.
no terço médio do pescoço, anterior à traqueia. • Quando no pescoço, diagnóstico diferencial é com o cisto
• Forma um canal – conduto tireoglosso (o normal é que seja tireoglosso
reabsorvido). Se não for reabsorvido, começa a entrar saliva, • Diagnóstico: massa arredondada, fibroelástica, móvel e
formando o cisto tireoglosso. indolor. Região mediana do pescoço, supraorbitária,
retroauricular.
• Tratamento cirúrgico simples. Cirurgia eletiva, buscando
CLÍNICA operar antes de infectar.
• Tumor palpável na linha mediana, móvel à protrusão da • Não se move à protrusão da língua. Para diferenciar do
língua e à deglutição. tireoglosso, muitas vezes apenas no transoperatório.
• Ao rompimento ou tentativa de drenagem, forma fístula
com secreção sero-purulenta AFECÇÕES DA TIREOIDE

TIREOIDE ECTÓPICA
DIAGNÓSTICO • Parada na descida durante a formação embrionária, desde
• História e exame físico. Normalmente não necessita de o forame cego da língua, até qualquer posição na linha
exame complementar, mas pede-se ultrassonografia para mediana no pescoço
excluir tireoide ectópica. • Tumoração arredondada encontrada desde a base da
língua (tireoide sublingual), até abaixo do osso hioide, sendo
móvel com a exteriorização da língua e com a deglutição
TRATAMENTO • Perda do formato em H da tireoide: não há suporte ideal
• Tratamento: da musculatura
→ Excisão da fístula ou cisto conjuntamente do corpo da
tireoide (operação de Sistrunk) ✱ Sempre pedir ultrassom
→ Ressecção do cisto e seu trajeto; resseção da porção Diagnóstico é clínico e, na dúvida em relação ao cisto
mediana do osso hióide (para reduzir as chances de recidiva) tireoglosso, por mapeamento tireoidiano com iodo.
Conduta: não faz cirurgia.
REMANESCENTES DO APARELHO BRANQUIAL
• Defeito na diferenciação dos arcos e fendas branquiais, LINFANGIOMA – HIDROMAS CÍSTICOS (BENIGNO)
entre a 2ª e 5ª semanas gestacionais – remanescentes. • Malformações linfáticas benignas, frequentemente
• Podem ser cistos, restos, fístulas ou fenda cervical localizadas no triangulo posterior do pescoço, conteúdo
mediana, os quais podem ser do 1º, 2º ou 3º arco branquial: líquido, atingindo enormes dimensões.
1º mais proximal, 2º mais medial, 3º mais distal. • Harmatomas: proliferação anormal de um tecido normal
• Não se localiza na linha mediana; é anterior ao musculo ■ Linfangioma
esternocleiomastoideo. ■ Hemangioma
■ Lipoma
1º ARCO • Linfangiomas: tumores císticos, amarelo-claro.
• Orifícios fistulares pré-auriculares ou pequenos restos Frequentemente multiloculares, com transluminação
proeminentes localizados na região superior do pescoço e da positiva.
face, terminando no meato auditivo externo
• Móvel, indolor, consistência elástica. Infecta com alta • Sistema linfático desenvolve-se a partir de 5 núcleos
frequência, formando um abcesso germinativos até 8ª semana de vida embrionária. Crescem
• Idealmente, a cirurgia deve ser feita antes que haja rapidamente, especialmente se o paciente apresentar uma
infecção. infecção respiratória.
• Problemático pois infiltra tudo, dificultando a ressecção. Hipertrofias ganglionares cervicais de origem infecciosa:
Em lesões muito grandes, é possível realizar uma punção adenites agudas. São as causas mais comuns de tumores
com injeção de substância esclerosante (nitrato de prata cervicais.
10%) ■ Bactérias na orofaringe, ouvidos, pele, olhos (S. aureus,
• Lesões infiltrativas necessitam de exames de imagem para strepto beta hemolítico)
o tto. Torna o tumor pequeno, podendo nem precisar fazer a ■ Hipertrofia ganglionar dolorosa, febre, aumento da
ressecção. O tto de escolha é a ressecção cirúrgica pós-natal. temperatura local, às vezes com flutuação.
■ Quando o linfangioma for muito grande e comprimir a
via aérea do RN, há ressecção do linfangioma dentro da sala HIPERTROFIAS GANGLIONARES CERVICAIS
de parto (útero intrapartum treatment). ESPECÍFICAS
• Se for inflamatório, inespecífico, desaparece. Senão,
CAUSAS ADQUIRIDAS investigar causa!
• Alguns agentes específicos podem provocar hipertrofia
BÓCIO CONGÊNITO ganglionar específicas:
Tuberculose, Lues, Blastomicose, Toxoplasmose,
• Bócios que se desenvolvem nas primeiras semanas de vida.
Mononucleose infecciosa, infecção HIV, arranhadura do gato
• Deficiente ingestão de iodo materno
• Observado em áreas não endêmicas pela ingestão de Investigação: hemograma, IgG toxoplasmose, Rx Tórax, IgM
drogas bociogênicas ou desvios metabólicos relacionados
mononucleose, PPD, sorologia Lues e HIV, Punção por agulha
com o metabolismo do iodo.
e excisão
• Suplementação de iodo no sal: ↓ expressiva
Tratamento: específico de acordo com cada condição
TORSICOLO CONGÊNITO
• Posicionamento vicioso da cabeça resultante do CAUSAS NEOPLÁSICAS
encurtamento do musculo ECM ipsilateral.
• Fisiopatologia
■ Parto pélvico ou complicado: distensão do músculo TUMORES DE TIREOIDE
esternocleidomastoideo, hemorragia, hematoma, • Raros em criança, muito parecidos com o do adulto.
calcificação do hematoma, retração muscular. • Carcinoma é o mais comum
■ Posição viciosa intraútero, levando ao torcicolo • Fatores predisponentes: bócio endêmico, radioterapia
• Clínica: prévia cervical.
■ Neonatal: oliva pétrea no esternocleidomastoide do • Tratamento: tireoidectomia
lado afetado
■ Infância: posicionamento vicioso da cabeça, voltada TERATOMAS
para o lado afetado e assimetria cranio-facial. Não mais se
• Tumores originados dos 3 folhetos embrionários
observa oliva palpável nessa fase, mas um acentuado
• Consistência sólida, cística ou mista, que podem dar
encurtamento muscular.
compressão extrínseca das estruturas do pescoço
• Tratamento – depende do momento do diagnóstico
• Podem apresentar calcificações intratumorais detectadas
■ Neonatal – conservador: fisioterapia + compressa
no raio X e USG.
quente + injeções de hialuronidase na oliva
• Tratamento é cirúrgico
■ Infância – cirúrgico: desinserção do músculo não ramo
esternoclavicular + fisioterapia complementar.
DOENÇAS MIELOPROLIFERATIVAS
HIPERPLASIAS GANGLIONARES INESPEC ÍFICAS Linfoma de Hodgkin
• 1ª manifestação: adenopatia cervical
• Hiperplasia linfoide fisiológica (linfonodos normais).
• Neoplasia maligna do sistema linfático, caracterizada pela
• Linfadenopatia reativa (resposta imune a um estímulo
presença de células de Reed-Sternberg
antigênico).
• 80% das crianças portadoras de Hodgkin apresentam como
• Infecção do próprio linfonodo (adenite).
primeiro sinal: linfonodos aumentados cervicais e
• Infiltração de células malignas.
supraclaviculares
• Doenças autoimunes e miscelâneas.
• 90% - linfadenite crônica inespecífica: tratamento com
Linfoma não-Hodgkin
sintomáticos. No momento em que o antígeno é eliminado
• 30% dos linfomas não-Hodgkin: linfonodos da região
elas tendem a regredir.
cervical
• Mais comuns em meninos. Aumento progressivo, não-
✱ Uma adenopatia por mais de 3 meses ou a persistência de doloroso, + em cadeias linfáticas cervicais anteriores
sinais inflamatórios pede-se que se faça uma investigação
para descartar causas mais graves – biopsia.
• Pode persistir pelo resto da vida.

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