Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estomatologia
Odontologia
Curitiba, 2022
1º Bimestre
Anamnese: importância de uma boa anamnese, conhecer o paciente, sua vida pregressa, vícios e hábitos, ajudará a
compreender suas queixas e características de lesões identificadas ao decorrer do exame clínico, ou seja, importante
não abreviar esta etapa.
Exame Clínico: Aspecto Geral do paciente ou primeira impressão, desde o momento da entrada do paciente no
consultório.
O que observar?
1. Inspeção
2. Palpação
3. Percussão
4. Exploração
5. Auscultação
6. Olfação
Esternocleidomastóideos
Percussão (TESTAR movimentação) Cabo do espelho dental batendo contra a coroa clínica
do dente em direção vertical e horizontal
Exploração (MOLDAR) Consiste em examinar com critérios e buscas
Para termos um diagnóstico assertivo, faz-se necessário seguir o protocolo de exame, como Anamnese, Exame Clínico
(observação e correlação) e ter em mãos exames complementares.
• Biopsias
Biópsia incisional: remove apenas um fragmento da lesão. Também tem como objetivo esclarecer sobre as
características da mesma a fim de conduzir o médico ao melhor tratamento para o paciente.
Biópsia excisional: remove a totalidade da lesão ou órgão. E da mesma forma irá auxiliar no esclarecimento diagnóstico
e na prescrição do tratamento.
2. Lesões fundamentais.
• Lesões tratam-se de perturbações que resultam da perda do equilíbrio estrutural de uma célula;
• As lesões que aparecem na pela ou mucosa bucal apresentam-se de formas diferentes e são conhecidas como
fundamentais ou elementares;
Base menor,
Base maior, característica
característica séssil pediculada (pendurada)
• Quanto a localização:
➔ CENTRAL – quando uma lesão se localizar no interior dos ossos Maxilares
➔ PERIFÉRICA – quando a localização da lesão se restringir apenas aos tecidos moles, não havendo
comprometimento do tecido ósseo subjacente
Central, dentro do
Periférico, está em
OSSO, além de
mucosa, além de
séssil.
séssil.
1ª. Prodrômica, sensação de queimação, pouco edema, bom momento para intervenção medicamentosa, no caso
desse exemplo aciclovir (pomada ou ingesta)
2ª. Vesícula, fase com maior potencial transmissível do vírus, maior
carga viral.
3ª. Úlcera, fase inicial de cicatrização;
4ª. Crosta, fase potencial de cicatrização
5ª. Cicatrização; normalmente o vírus perdura 15 dias entre as fases.
• Representado por lesões proliferativas basicamente de natureza inflamatória e sem características histológicas
neoplásicas
• Representadas por um aumento de volume tecidual
➔ Processos proliferativos
• Fibromatoses gengivais
HISTOPATOLOGICOS
• Biopsia excisional está
indicada.
• Epitélio exibe hiperplasia,
acantose e hiperparaceratose.
• Tecido conjuntivo rico em
fibras colágenas e fibroblastos
exibindo infiltrado inflamatório
crônico
Hiperplasia papilomatosa Proliferação tecidual da CLÍNICOS
inflamatória mucosa bucal como • Palato duro abaixo de
resposta ao trauma dentaduras
crônico ocorrendo abaixo • Indolor e de coloração
de dentaduras. rosada ou avermelhada
• Geralmente está
Fatores: associada à candidose
• Má adaptação da • Superfície papilar ou com
Dentadura múltiplas pápulas
• Má higiene
• Uso diário da dentadura
• durante 24 horas
Lesão periférica de células gigantes • Nódulo extra-ósseo Radiograficamente, apresentam
(LPCG) • Ocorre exclusivamente na reabsorção uniforme e côncava
• gengiva ou rebordo do osso subjacente
alveolar de TRATAMENTO:
pacientes desdentados Cirúrgico com pequena margem de
• Massa de tecido mole, em segurança e curetagem óssea
geral
pediculada, podendo ser séssil
• Intensamente
vascularizada com
tendência a sangramento sob
pequenos traumas
• Proliferação de células
gigantes
• Coloração de vermelho
vivo
• Quando em regiões
expostas a
trauma, assume aspecto de
mucosa mastigatória
• Podem apresentar áreas
escurecidas (pardas ou violáceas)
em decorrência do depósito de
hemossiderina
• Pacientes com menos de
30 anos
de idade e sexo feminino
• Localização preferencial é
a
mandíbula na região de 1º molar
a incisivos
• Etiologia é basicamente o
trauma
4 grupos:
1. Idiopática
2. Inflamatória
3. Medicamentosa
4. Hereditária
Idiopática • Aumento tecidual • Interferir na mastigação,
bastante consistente a palpação fonação, instalação de próteses
• Coloração normal, • Aspecto de tecido normal
bilateral ou não
• Em geral, na região da TRATAMENTO:
tuberosidade maxilar ou Se houver interferência com as
mandibular funções a remoção cirúrgica está
• Pode atingir grandes indicada
proporções
• Composto de tecido
conjuntivo fibroso
Inflamatória • Aumento gengival • Sangram ao menor toque
localizado ou generalizado • Aspecto liso, brilhante e
• Desenvolvimento lento e de coloração vermelho-intenso
indolor
• Causado por uma irritação TRATAMENTO:
crônica (má-higiene, cálculo, mal Remoção da irritação crônica e
posicionamento dental, aparelhos cirurgia quando indicado
ortodônticos fixos,
restaurações defeituosas, …)
Medicamentosa • São causados pelo efeito • Características Clínicas
colateral de uma medicação • Aumento gengival
específica lobulado, difuso, de coloração
• Massa tecidual que rósea (ou eritematosa),
emergem da papila gengival consistência firme (na presença de
interdental placa e consequente inflamação,
• Sésseis, na maxila e irá se mostrar flácido próximo a
mandíbula, generalizada, firmes a margem gengival), afetando maxila
palpação e mandíbula início na região da
• Coloração, semelhante à papila interdental
da gengiva inserida ou mais • O mecanismo pelo qual
esbranquiçada esse fármaco exerce sua ação
• no periodonto ainda é
pouco conhecida. Ocorre
exclusivamente em áreas
dentadas, o que evidencia tratar-se
de distúrbio localizado nos tecidos
periodontais
• Embora pareça não haver
relação o etiológica com a presença
de irritantes, estes, principalmente
o biofilme, intensificam a
Proliferação
• A incidência é maior em
crianças e adolescentes, ocorrendo
com intensidades variáveis,
dependentes não dependentes de
dose
DIAGNÓSTICO:
• Observação clínica das
lesões juntamente com a
anamnese
TRATAMENTO:
• Quando as massas
gengivais são acentuadas, o
tratamento é cirúrgico
• Redução da dosagem no
caso de algumas Medicações
(ciclosporina)
Hereditária • Apresentam • A forma nodular
expressividade clínica variável apresenta múltiplos aumentos
(leve, moderado e severo) teciduais
• Causam problemas • Coloração normal, sésseis
estéticos e funcionais (fonéticos e e firmes
na deglutição) • Variam de tamanho,
• Manifesta-se, geralmente, podendo recobrir parte das coroas
nos 5 primeiros anos de vida clínicas dos dentes, provocando
2 formas clínicas: falsas bolsas periodontais
• Lisa
• Nodular • A forma lisa caracteriza-se
por massas teciduais simétricas,
que recobrem quase totalmente a
coroa clínica dos dentes
• Queixa: retardo na
erupção dos dentes,
principalmente os incisivos
superiores e anteriores
• Radiograficamente os
dentes estão irrompidos em nível
ósseo
• Componente hereditário
(autossômico dominante), deve
• ser feito o levantamento
familiar
TRATAMENTO:
• Cirúrgico
• Incomum os casos de
crescimento gengival contínuo
“Neoplasia é uma massa anormal de tecido cujo crescimento excede e não está coordenado ao crescimento dos
tecidos normais e que persiste mesmo cessada a causa que a provocou”
Neoplasia consiste na perda do controle dos fatores reguladores da divisão celular, levando a célula a se dividir de
forma autônoma e desordenada
Grau de
diferenciação
celular
o AGENTES CARCINOGÊNICOS
o AGENTES QUÍMICOS
o AGENTES FÍSICOS
o AGENTES MICROBIOLÓGICOS
Mecanismos protetores:
o Apoptose
o Mecanismo o de excisão e reparo do DNA
Nomenclatura:
Exceção
Neoplasias e nomenclaturas
Características
o Imortalidade
o Perda de inibição por contato
o Alterações de forma
o Diminuição das necessidades de soro
o Independência de ancoragem
o Pleomorfismo celular
o Núcleos Hiper cromáticos
o Alteração na relação núcleo/citoplasma
o Alteração na forma nuclear
o Cromatina forma grumos
o Nucléolos grandes
o Figuras mitóticas atípicas e bizarras
o Perolas córneas ou de ceratina
Carcinoma
É uma entidade histopatológica caracterizada pela presença de alterações malignas restrita, exclusivamente, às
camadas do epitélio, sem infiltração da lâmina própria.
Propagação e disseminação
Neoplasia Benignas – São bem delimitadas e crescem de maneira expansiva, comprimindo as estruturas adjacentes,
mas sem infiltra-las.
Neoplasias Malignas – capacidade de invadir localmente, de ganhar uma nova via de disseminação, de chegar a sítios
distantes e de neles originar novos tumores
5. Fibroma e Lipoma
e linfócitos ocasionais
Diagnóstico
Tratamento
§ Remoção Cirúrgica
§ Envio para Exame
Histopatológico
Osteoma Definição: “Tumores benignos § Um crescimento nodular
compostos de exofítico de osso cortical denso ou
osso maduro compacto ou dentro da maxila ou mandíbula em
medular.” localizações diferentes dos toros
Proliferação hamartomatosa ou exostoses
benigna do tecido ósseo § Restritos ao esqueleto
craniofacial
Osteoma Perióstico § Localizados superficialmente ou
nódulo polipóide ou séssil na intraósseo
superfície óssea (cortical)
Osteoma Endósteo EXCISÃO CIRÚRGICA:
localizado no espaço medular Osteomas Maiores que causam
Lesões Solitárias e sinais de
Assintomáticas deformidades estéticas
Prevalência: adultos jovens ACOMPANHA/O CLÍNICO E
Não tem predileção por sexo RADIOGRÁFICO:
Osteomas Pequenos de localização
Osteoma Perióstico: endóstea
padrão radiopaco
uniforme ou uma
periferia radiopaca
com um padrão
trabecular central
6. Patologias Ósseas
TRATAMENTO:
• Exploração cirúrgica com
curetagem das paredes
• Raro recidiva
• Prognóstico é excelente
• DISPLASIA FIBROSA • 1- Displasia Fibrosa • Substituição de osso normal por
• 2- Displasia Cemento Óssea uma
• Displasia cemento-óssea focal proliferação excessiva de tecido
• Displasia cemento-óssea conjuntivo fibroso celular
periapical entremeada
• Displasia cemento-óssea florida com trabéculas ósseas irregulares
• 3- Fibroma ossificante • Mutação genética
• Localizado à
múltiplos ossos afetados
• (depende do
momento da mutação)
• Lesões de
múltiplos ossos
• Pigmentação
cutânea
• Distúrbios
endócrinos
7. Patologias Salivar
Ranula
Sialolitiase
Sindrome de sjogren
• Tratamento: salivas artificiais, chicletes sem açúcar, sialogogos (pilocarpina) estimular o fluxo e aplicação de
fluoretos.
Tumores das glândulas salivares – Benignos Adenoma pleomorfico (tumor misto benigno)
Carcinoma mucoepidermoide
• Grau intermediário- mostram características que se situam entre aquelas dos neoplasmas de baixo grau e os de
alto grau(formação cística menos proeminente e de predomínio de células intermediarias)
• Alto grau- ilhas solidas de células epidermoides e intermediarias (pleomorfismo e atividade mitótica) e células
mucosas praticamente ausentes.
• Tratamento- localização, grau histológico e estagio clinico do tumor]
• Prognostico- grau histológico, estagio clinico do tumor, baixo grau-prognostico excelente, alto grau- prognostico
reservado (30% a 54% dos pacientes sobrevivem)
8. Cistos
o É uma cavidade patológica revestida por epitélio e preenchida por liquido ou conteúdo semi-liquido (Reichart e
Philipsen.
o Cavidade patológica com conteúdo fluído ou semi-fluído , a qual não é formada pelo acumulo de pus, sendo
frequentemente revestido por epitélio e suportado por tecido conjuntivo fibroso (Neoville, 2000)
Temos:
➔ Odontogênicos:
Desenvolvimento
Inflamatórios
➔ Não Odontogênicos
Cistos Odontogênicos
➔ Lesões limitadas por epitélio de origem odontogênico, preenchidos com liquido que afetam a maxila e a
mandíbula
➔ A patogênia não está totalmente esclarecida
Desenvolvimento dental
Remanescentes da lâmina Dental podem permanecer na mucosa adulta como aglomerados de células em repouso
(Restos de serres) que podem conter queratina e estar envolvidos na etiologia de cistos como o Ceratocisto
Odontogênico
Fase a campânula
Durante essa fase, a lâmina dental se rompe e o órgão do esmalte perde conexão com o epitélio oral. Ao mesmo
tempo
há degeneração da lâmina dental entre os gemes dentários. Estes remanescentes da lâmina dentária estão envolvidos
no
➔ Cisto radicular
➔ Cisto residual
➔ Cisto apical e lateral
➔ Cistos paradentário
TRATAMENTO:
Enucleação do cisto e remoção do
dente incluso associado
Cistos grandes: Marsupialização
Prognóstico: Excelente (raramente
ocorrere reincidência)
Complicações: transformação do
epitélio em ameloblastoma, mas
raramente em carcinoma de
células escamosas e carcinoma
muco epidérmico intra-osseo
- Cisto dentigêro > Ameloblastoma
> Carcinoma ameloblatoma
Cisto de erupção Definição: desenvolve-se pelo Tumefação mole, redonda, bem
acúmulo de fluído no espaço do delimitada, lisa e translúcida, de
folículo de um dente decíduo ou coloração vermelho-escuro ou
permanente em erupção, violácea recobrindo à coroa de um
corresponde ao cisto dentigêro no dente em erupção, localizada na
tecido mole; gengiva
Separação do folículo dentário da
coroa do dente Diagnostico: clinico
Não é necessário, pois o cisto sofre
ruptura espontânea
Excisão da cobertura do cisto
Prognostico excelente.
Ceratocisto Odontogênico Remanescentes da lâmina dentaria
Ocorre em todas as idades, maior • Comportamento benigno,
frequência 10 a 40 anos, porem agressivo
Predileção pelo sexo masculino • Alta recidiva
Mandíbula é afetada em 60 a 80% • Crescimento em direção
(região posterior do corpo anteroposterior pelos espaços
mandibular e ramo ascendente medulares sem evidencia expansão
Pequenos: assintomáticos óssea
Grandes associados a dor, • O dente pode ser
tumefação e frenagem deslocado porem usualmente o
ceratocisto não causa reabsorção
óssea
• Radiotransparente
• Dente incluso poderá esta
envolvido 25 a 40%
• Reabsorção das raízes não
é comum
TRATAMENTO
Enucleação (dificuldade de
remover o ceratocisto porque o
epitélio tende a separar-se do
tecido conjuntivo.
Marsupialização: cistos grandes
TRATAMENTO:
-Enucleação
- Recorrência incomum
-Cisto odontogênico botrióide: tem
maior potencial de recorrência
(imagem multilocular, policístico)
Cisto gengival adulto - Lesão incomum. v Lesão incomum.
- Correspondente no tecido mole v Correspondente no tecido mole
ao cisto periodontal lateral. ao cisto periodontal lateral.
-Origina-se de restos da lâmina v Origina-se de restos da lâmina
dentária no tecido mole entre o dentária no tecido mole entre o
epitélio oral e o periósteo. epitélio oral e o periósteo.
- Região de C e PM inferiores v Região de C e PM inferiores
Cisto dentigero calcificante Células fantasmas
Lesão incomum.
-Etiologia: remanescentes do
epitélio odontogênico
localizado na gengiva ou na
mandíbula ou na maxila.
- Pode estar associado com
odontomas e ameloblastomas.
- Predominantemente uma LESÃO
INTRA-ÓSSEA
- Predileção pelo sexo feminino
- Maxila (região de incisivos e
caninos não erupcionados podem
estar envolvidos)
Cisto gengival do recém nascido São pequenos cistos superficiais Os remanescentes da lâmina
repletos de ceratina encontrados dentária apresentam-se como
na fator etiológico
mucosa alveolar de recém-
nascidos § Pápulas múltiplas ou isoladas,
assintomáticas, esbranquiçadas,
na mucosa de recobrimento dos
processos alveolares de
neonatos
§ Exclusivos de recém -nascidos
§ Localizados na Mucosa
Alveolar da Maxila
TRATAMENTO:
Não é necessário, regridem e
desaparecem espontaneamente
em poucas semanas por seu
rompimento na cavidade oral
9. Alterações em desenvolvimento
Fendas orofaciais - a formação da face e da boca é de natureza complexa e envolve o desenvolvimento de múltiplos
processos teciduais que devem se unir e se fusionar de modo extremamente
ordenado. Os distúrbios no crescimento desses processos teciduais ou sua fusão podem resultar
na formação das fendas orofaciais.
Fenda labial- defeito na fusão dos processos nasal mediano com o processo maxilar.
Características clínicas- 80% das fendas labiais são unilaterais, o lado esquerdo e o mais afetado, dentes
ausentes e raramente supranumerários podem ser observados, a fenda labial isolada ocorre com menor frequência
do que uma combinação com a fenda palatina e dos maxilares.
Completas- estende-se através da narina envolvem os alvéolos e em geral ocorrem entre o incisivo lateral e
o canino. não é incomum a ausência do incisivo lateral. o defeito ósseo é observado radiograficamente.
Úvula bífida- expressão menor da fenda palatina, pode ocorrer isoladamente ou em combinação com
defeitos mais graves.
Fossetas da comissura labial: São pequenas invaginações da mucosa que ocorrem no limite do vermelhão dos lábios,
nos ângulos da boca. Falha na fusão normal dos processos embrionários maxilar e mandibular. Podem ser unilaterais
ou bilaterais. Não estão associadas a fendas faciais ou palatinas. Mais comuns nos homens e na idade adulta.
Geralmente não necessitam de tratamento.
Fossetas labiais paramedianas: são invaginações congênitas raras dos lábios inferiores. variam de
depressões sutis a fossas proeminentes. apresentam-se como fossetas bilaterais e simétricas em
relação à linha média do vermelhão do lábio inferior. Estendem-se inferior a uma profundidade de 1,5 cm e
podem drenar saliva.
Lábio duplo- anomalia bucal rara caracterizada por um crescimento redundante de tecido sobre a mucosa
labial.
- congênito - segundo a terceiro mês de gestação
- adquirido- traumatismo, vícios bucais.
- tratamento- excisão cirurgica do excessos de tecido para melhorar a estética.
Grânulos de Fordyce- são glândulas sebáceas (ectópicas) que acometem a mucosa bucal, múltiplas
pápulas amarelas ou branco-amareladas. assintomáticos.
mucosa jugal e na porção lateral do vermelhão do lábio superior, considerável variação clínica. Não
necessita de tratamento apenas acompanhamento clinico e orientação ao paciente.
Leucoedema - mucosa com aspecto branco-acinzentado apolescente e difuso, com superfície pregueada
resultando em estrias esbranquiçadas ou rugosas. mucosa jugal, assintomático. desaparece diminui
quando a mucosa jugal é distendida estirada, não necessita de tratamento Língua geográfica- máculas
Língua fissurada- múltiplos sulcos fissuras 2 a 6mm de profundidade no dorso da língua. Assintomático
embora alguns indivíduos relatem discreto desconforto ou sensação de queimação, tratamento: orientação
para escovar adequadamente a língua para não causar infecções.
Língua pilosa- alteração caracterizada por um acentuado acumulo de ceratina nas papilas filiformes do dorso da língua
resultando numa aparência semelhante pelos. Ocorre aumento na produção de ceratina ou diminuição na
descamação da creatina normal, assintomático, pacientes queixam-se de sensação de náusea ou gosto ruim na boca.
Glossite romboidal mediana - anomalia congênita da língua, zona sem papilas de forma romboide, linha
media da língua, endurecido, liso e limites irregulares, indolor, retenção de alimentos.
Varicosidades (varizes)- são veias tortuosas e anormalmente dilatadas, a idade parece ser um fator etiológico
importante, assintomáticas
Exostoses- são protuberâncias ósseas localizadas que se original da cortical óssea. Estes crescimentos
benignos frequentemente afetam a maxila e a mandíbula. Ex. tóros
palatino e mandibular, assintomáticos
Classes → Pigmentos
● Endógenas
● Exógenas
Pigmentação fisiológica
Características clínicas
● Indolores
● Persistente
Doença de Addison
Características
● Bronzeamento da pele
● Perda de peso
● Hipotensão
● Astenia progressiva
Etiologia
● tabagismo
Patogênese
Características clínicas
● Assintomática
Efélides/Sardas
● Pequenas máculas castanho amareladas encontradas na pele → associadas à exposição ao sol e predisposição
genética
Características clínicas
● Assintomática
Características histopatológicas
Tratamento
● Biópsia excisional
Nevos
● Anomalias de desenvolvimento
Características clinicas
Tratamento
Melanoma
● Tumor maligno
● Relacionado aos danos causados pelos raios solares, tabagismo, uso de agentes carcinogênicos, traumatismo
(possíveis fatores etiológicos)
● Raro
● Benigno
Características clínicas
Tratamento
Hemograma - hemograma laboratorial destinado à avaliação qualitativa e qualitativa dos elementos figurados do
sangue. exame inespecífico - indica alterações dos desvios de normalidade, local (órgão) do distúrbio provoca
alterações, diagnóstico exato da doença determinante. Todas alterações mórbidas, por menor que sejam, modificam
o hemograma.
Eritrograma - Anemia- é a redução de eritrócitos associada a redução da taxa de hemoglobina no sangue. Sintomas:
palidez da mucosa bucal, glossite atrófica, dispneia, fraqueza, letargia, palpitação, cefaleia. avaliação da série
eritrocitária (vermelha) do sangue. Diagnosticar, quantificar e classificar as anemias e a eritrocitoses.
Anemia- níveis inferiores aos valores mínimos de referência (anemia defeitos na maturação, deficiência de ferro,
anemia aplásica...)
Volume corpuscular médio - volume médio de cada eritrócito, importante para diagnosticar e classificar as anemias.
Amplitude de distribuição dos eritrócitos- é o coeficiente de variação do VCM, avalia o índice das diferenças de
tamanho dos eritrócitos
Concentração da Hemoglobina corpuscular média- concentração de hemoglobina dentro de cada eritrócito em peso
por volume. Abaixo de 31% hipocromia (redução da coloração) = deficiência crônica de ferro
na mucosa bucal)
os neutrófilos são a primeira linha de defesa do organismo segmentados - participam da resposta imune inata
Agranulocitose x dipirona medicação mais utilizada no brasil. Controle de febre. Doença rara, e grave
Desvio a esquerda- aparecimento, no sangue periférico de elementos colocados à esquerda dos bastonetes, esse
desvio a esquerda será maior ao considerar o quanto for maior o número desses elementos imaturos = infecção aguda.
Desvio a direita - aumento, no sangue periférico de elementos colocados à direita dos bastonetes que será maior ao
considerar quanto for maior o número de neutrófilos com maior número de lóbulos = infecção crônica
Reação Escalonada- emissão de elementos imaturos para o sangue periférico, conservando sempre uma ordem
quantitativa decrescente à medida que os elementos se tornam mais jovens (imaturos) = quadro leucemóide
Reação não escalonada: ausência de uma reação escalonada, isto e presença de elementos imaturos da série branca
no sangue periférico de forma desordenada não seguindo uma ordem quantitativa decrescente= quadro leucêmico
Tempo de Tromboplastina parcial ativada - avalia a via intrínseca da coagulação. Mede o tempo necessário para a
formação de um coágulo de fibrina
Tempo de protrombina- avalia via extrínseca da coagulação, determina a tendência de coagulação do sangue, utilizada
para monitorar terapia anticoagulante oral
Plaquetas- quimio e radio. anticoagulantes orais como heparina interferem na agregação plaquetária
2º Bimestre
12. Biopsia
Conceito
➔ Procedimento diagnóstico em que são retirados tecidos ou material celular do organismo vivo para exame
microscópico e preparo de um laudo com resultado.
➔ Executada para confirmar, eliminar ou estabelecer um diagnóstico definitivo, e para poder instituir um
tratamento sem demora
Quando realizar?
● a lesão persiste por mais de 15 dias
● lesões brancas resistente
● lesões vermelhas de origem desconhecida (vitro -)
● lesões de aspecto tumoral (sem bordos limitados)
● lesões de etiologia obscura ou duvidosa
● comprovação de possibilidade de câncer, por citologia esfoliativa
● avaliação de resultados de determinadas terapêuticas
*Recomenda-se que todo material retirado da cavidade bucal seja encaminhado para o exame histopatológico, e
não descartado*
Contraindicações
● paciente com deficiência de coagulação
● paciente que faz uso de anticoagulantes
● pacientes imunossuprimidos
● pacientes com diabetes descompensada
Restrições
● lesões pigmentadas → podem ser malignas e o procedimento pode causar metástases
● lesões de natureza vascular → pode causar hemorragia
Execução
1. Escolher o local a ser realizado
- local que fornecerá mais informações
- região de bordos
2. Anestesia
- infiltrativa
- não anestesiar perto das margens da lesão
3. Corte do tecido
- exérese
- bisturi, punch
4. Fixação do material
- no formol
5. Hemostasia
- sutura
6. Etiquetar o recipiente
- com nome do paciente e data do procedimento
7. Prescrição e orientações pós-operatórias
Tipos de biópsias
Incisional:
● remove uma parte da lesão e tecido contíguo normal
● diagnóstica
● lesões extensas (> 1cm) → quando os aspectos da lesão se diferem nas regiões pode-se coletar mais de um
fragmento
● deve ter profundidade → mais informações, as vezes as células malignas estão na base da lesão
● não fazer no centro da lesão → tecido necrótico, não dará muitas informações
● incisão elíptica (forma de cunha) e profunda
Excisional
● remove toda a lesão e um perímetro de 2 a 3mm de tecido normal ao redor (margem de segurança)
● diagnóstica e terapêutica
● lesões pequenas (máx. 1cm), que podem ser removidas completamente sem causar danos aos tecidos e ao
paciente
Materiais
● instrumentos para anestesia (carpule, agulha, afastadores)
● instrumentos para a incisão
- excisional (bisturi)
- incisional (bisturi ou punch ou pinça saca-bocados)
● material para curetagem (curetas, cinzel)
● instrumento para sutura (fio e porta agulhas)
● jogo clínico
● pinças auxiliares
● material para irrigação e sucção
Técnicas
● do fio
- se a lesão for dura → não pode ser preenchida de fluido
- prender a lesão com fio de sutura e cortar na base com bisturi
- excisional
● punch
- instrumento com a ponta cortante que tira uma parte do tecido
Cuidados
● remoção cuidadosa do tecido
● alterações patológicas do tecido só poderão ser avaliadas se todos os detalhes forem conservados
● fixação do tecido em fixador adequado
● nunca usar bisturi elétrico para realizar biopsia → queima o tecido a ser avaliado
Fixação
● faz com que as células e tecidos não percam suas características após removidas do organismo
● o volume de formol deve ser de 10 a 20 vezes maior do que o do material
Falhas
● material não representativo para a finalidade a que se destina (remoção errada)
● fixação inadequada
● deixar muito tempo fora da fixação
● erro de laboratório
Citologia esfoliativa
● mais conservadora do que a biópsia
● remover as células que estão descamando da lesão → epitélio
Materiais
● espátula de madeira
● escova com cerdas finas
● lâminas de vidro
● fixador
Execução
1. Gira a escova na região que deve ser avaliada
- sentido horário
2. Passa a escova na lâmina de vidro
3. Fixa com spray
4. Depois que secar → coloração
Indicações
● ulcerações sem diagnostico definido
● lesões com suspeita de malignidade
● acompanhamento de lesões com suspeita de malignização
● acompanhamento de áreas que sediaram lesões carcinomatosas
● pacientes em que as condições gerais não permitem realizar biópsia ou recusam permissão
● Tratamento
- trata os sintomas → deve ter remissão de 5 a 7 dias
- hidratação adequada
- analgesia associada a antivirais
- suspensão de aciclovir (3 dias)
- restringir o contato com as lesões ativas para prevenir disseminação
Infecção secundária
● Recorrente
● Ocorre com a reativação do vírus
● Fatores que interferem → idade, luz ultravioleta, estresse, menstruação, gravidez
Herpes labial
● Borda do vermelhão e a pele adjacente dos lábios
● Sinais prodrômicos → aparecem 6 a 24h antes de aparecer a lesão
- Dor/ardência
- Pontadas ou sensação de agulhadas
- Pruridos
- Eritema na pele
- Vesículas e bolhas
- Ulceração e crosta
Herpes Zoster
Infecção primária
→ catapora
● Segue-se em latência (gânglio espinhal dorsal), é possível a recorrência na forma de herpes Zoster, após várias
década
● contágio → disseminação por gotículas e pelo ar ou contato direto com as lesões
● Fase sintomática: febre, mal estar, faringite, dor de cabeça, mialgia, exantema pruriginoso na face e tronco
Reativação (10 a 20%)
● pacientes de idade avançada, imunossuprimidos, expostos à radiação
● As características clínicas podem ser agrupadas em 3 fases:
- prodrômica → replicação do vírus
. ganglionites ativas, necrose neural, neuralgia grave
. sintomas prodrômicos (dor, ardência, coceira)
. 1 a 4 dias para aparecerem as lesões
- aguda
. aparecimento de vesículas → pústula → crosta
. lesão segue o trajeto do nervo e termina na linha média
- crônica
. não acontece em todos os pacientes
. elevada idade
. dor = neuralgia pós herpética
Tratamento
● Analgésico
● Antipruriginosos
● Lesões cutâneas: devem permanecer secas e limpas
● Antivirais → aciclovir
● Vacinas → resposta imunológica
Mononucleose
● Doença do beijo
● Causado pelo vírus Epstein-Barr
● Os adultos contraem o vírus pela saliva (beijo) e por canudos compartilhados
→ sintomáticos
● As crianças contraem o vírus pelo contato com adultos → assintomáticas
Características clínicas
● Pode ser assintomático
● Manifestações sistêmicas
- fadiga prodrômica
- mal estar
- anorexia seguida de uma pirexia (febre muito alta)
- linfadenopatia
- tumefação linfóide
● Manifestações orais
- petéquias no palato duro e mole → transitórias (24-48h)
- faringite
- tonsilite
- gengivite ulcerativa necrosante
Diagnóstico
● manifestação clinica
● leucograma aumentado
● linfócitos atípicos no sangue periférico
● Teste próprio → teste de Paul Bunnell → marca a presença de anticorpos para os linfócitos atípicos
Complicações
● Ruptura esplênica (do baço)
● Trombocitopenia
● Anemia hemolítica autoimune
● Problemas nueroloicos com convulsões
Tratamento
● Regride no período de 4-6 semanas
● Antipiréticos → exceto a aspirina (pode causar alteração vascular)
● Antiinflamatórios não esteroidais
● Evitar esforço físico
Resposta imune
Incorporação do
Morte celular e diminuída
DNA do HIV
perda da função contra fungos
ao DNA do
imunológica vírus e bactérias
linfócito
encapsuladas
● Uma parcela indefinida dos infectados desenvolverá a Síndrome viral aguda autolimitada, seguida por um período
assintomático (8 a 10 anos) e aí sim desenvolver a síndrome da imunodeficiência adquirida
Fase viral aguda autolimitada
● 1 a 6 semanas após a infecção
● Linfadenopatia generalizada
● Dor de garganta
● Febre
● Erupção maculopapular
● Cefaleia
● Mialgia
● Artralgia
● Diarreia
● Fotofobia
● Neuropatias periféricas
Fase assintomática
● Manifestações sintomáticas
- Período variável (8 a 10 anos)
- Febre crônica
- Perda de peso
- Diarreia
Candidose
● Infecção pela cândida albicans
● Tem dimorfismo (levedura e hifas)
● Infecção fúngica bucal mais comum
Formas clínicas
● Pseudomembranosa
● Eritematosa
● Crônica hiperplásica
● Mucocutânea
Diagnostico
● Clinico
● Citologia esfoliativa/biópsia (casos mais resistentes)
Tratamento
● terapia com antifúngicos (nistatina ou cetoconazol)
Causas
● antibióticos com amplo espectro
● crianças → SISTEMA IMUNOLÓGICO IMATURO
● diminuição do sistema imunológico
● leucêmicos
● portadores da AIDS
Sintomas
● Sensação de queimação na mucosa
● Gosto desagradável
● Queixa de bolha na boca
Candidose eritematosa
● Aspecto eritematoso
● Ardência
Multifocal crônica
● Além da superfície do dorso da língua, acomete outros sitio (comissura labial, palato duro e mole)
Quelite angular
● Eritema, fissuração, descamação no ângulo da boca
Estomatite por dentadura
● Vários graus de eritema, as vezes é acompanhada de petéquias hemorrágicas abaixo das dentaduras
● Raramente é sintomática
● Em formato triangular
Candidose mucocutânea
● Associada a defeitos imunológicos
● Placa espessa resistente à raspagem
● Lesões em pele, unhas e outras mucosas (anemia ferropriva, hipotireoidismo, doença de Addison, diagetes)
Histopatológico
● visualização das hifas na camada superficial do epitélio
● aumento da camada de paraceratina
● alongamento das papilas epiteliais
● infiltrado de células inflamatórias crônicas
● pequenas coleções de neutrófilos na camada de paraceratina
Paracoccidioidomicose
Histopatológico
● Inflamação granulomatosa
● macrófagos epitelióides → tamanho muito aumentado (gigantócitos)
● Células gigantes multinucleadas
● Fungos → características das leveduras:
Histoplasmose
● Histoplasma capsulatum
● Fungo dimórfico (levedura + hifa)
● Levedura → corpo humano → patogênico
● Hifa → meio ambiente (áreas úmidas, com solos com excrementos de pássaros)
Contaminação
● Inalação da hifa → germinam no pulmão → levedura
Expressão da doença
● depende:
- quantidade de esporos inalado
- situação imunológica do paciente
- virulência do fungo
● formas
- assintomático
- aguda → pode durar ate duas semanas, se assemelha a gripe
*a maioria dos casos não produz sintomas, ou sintomas muito leves*
Aguda
● infecção pulmonar autolimitada → limita-se unicamente ao pulmão
- febre, mal estar, cefaleia, mialgia, tosse não produtiva, anorexia
● evolução por 2 semanas
● calcificação dos linfonodos hilares
Crônica
● Afeta os pulmões (principalmente)
● Sexo masculino mais afetado, idade avançada, enfisematosos, imunossuprimidos
● Sintomas
- tosse não produtiva, perda de peso, febre, dispneia, dor torácica, hemoptise, fraqueza, fadiga
● infiltração e cavitação no lobo superior dos pulmões
Disseminada
● Disseminação da infecção para sítios extrapulmonares
● Predominante em idosos debilitados ou imunossuprimidos
● Vão pra: baço, pele, linfonodos, fígado, trato gastrointestinal, SNC, rins e MUCOSA BUCAL
● Manifestações bucais
- ulceração solitária de margens firmes e elevadas, dolorosas e varia de semanas de evolução
- sítios mais acometidos: língua palato e mucosa jugal
Histopatológico
● inflamação granulomatosa
● Macrófagos epitelioides
Histopatológico
● Áreas de infecção
● Formação de granulomas
● Coleção de macrófagos epitelioides, linfócitos, células gigantes
● Necrose caseosa central → degradação do tecido por enzimas
Diagnóstico
● Reação de Mantoux (PPD) → teste cutâneo
Actinomicose
● Causada pelos actinomicetos → bactérias saprófitas na microbiota bucal (se alimentam de matéria orgânica em
decomposição)
Características clínicas
● Acometem muito a região cervicofacial (55%), torácica, cutânea e genital
● Caracterizada por tumefação, lindoadenopatia e dor mínima
● Reação supurativa (acumulo de pus) que drena grandes partículas amareladas → colônias bactérias (grânulos
sulfúricos)
Contágio
● Penetração do MO por:
- feridas do tecido mole
- bolsas periodontal
- dentes não vitais
- alvéolos após exodontias
- infecção nas tonsilas
Histopatologia
● Tecido de granulação, inflamado cronicamente
● Grandes coleções de leucócitos polimorfonucleares
● Colônias de MO
Diagnóstico
● Feito cultura (50% crescimento de bactérias associadas) → as vezes não é muito preciso
● Exploração cirúrgica → aspiração → citologia → identificação dos grânulos de enxofre
Tratamento
● Antibiótico → período prolongado em altas doses → penicilina (alérgicos: clindamicina)
● Drenagem do abcesso
● Ressecção do trajeto fistuloso
Sífilis
● Transmissão por contato sexual, mãe para o feto ou exposição ao sangue contaminado
Formas clínicas
● Adquirida
● Congênita
Fases
● Primária
● Secundária
● Terciária
Sífilis primária
● De forma solitária
Fase secundária
● Resultado da disseminação hematogênica (pelo sist.. vascular) dos treponemas do cancro primário
Sintomas sistêmicos
● linfoadenopatia
● dor de garganta
● mal estar
● dor de cabeça
● perda de peso
● febre
● dores musculoesqueléticas
● Erupcões cutâneas maculopapular → difusas e indolores (palmas das mãos e solas dos pés)
Manifestação oral
● Lesões múltiplas
● Resolução 3 a 12 semanas
Fase terciária
- lesão endurecida
- nodular ou ulcerada
→ comunicação bucosinusal
● 7% → neurosífilis
Sífilis na gestante
● Acontece transmissão durante os primeiros dois estagio → pode levar ao aborto, partos natimortos ou a criança
tem malformações congênitas
Sífilis congênita
→ molares em amoras
● Ceratite ocular
● Surdez
Histopatológico da sífilis
● Lesão → alterações teciduais que podem ou não assumir o caráter de neoplasia maligna a qualquer momento,
mas podem também permanecer estáveis
- leucoplasia
- eritroplasia
- quelite solar
● Condição → manifestação bucal de uma alteração sistêmica, esta manifestação aumenta o risco de desenvolver
uma neoplasia maligna
- líquen plano
- candidose crônica hiperplásicas
- sífilis
Leucoplasia
● Acima dos 40 anos
● Comum no vermelhão do lábio, gengiva e soalho
Características clínicas
● Assintomática
● Crescimento lento e contínuo
● Placa ou mancha branca
Histopatológico
● Histologicamente não classificada como nenhuma outra doença
● O patologista não mite um laudo com diagnóstico de leucoplasia, o laudo é meramente descritivo
Etiologia
● Desconhecida
● Associações:
- tabaco
- radiação UV
- MO
● Acima dos 40 anos
● Comum no vermelhão do lábio, gengiva e soalho
Diagnóstico
● Primeiramente descartar outras possíveis alterações:
- líquen plano
- mucosa mordiscada
- candidose
- ceratose reacional
- leucoedema
- nevo branco esponjoso
Histopatologia
● Hiperceratose → reação de proteção do epitélio
● Acantose
● Infiltrado inflamatório crônico
- Carcinoma invasivo → envolve todas as camadas do epitélio e ultrapassou para tecido conjuntivo
Tratamento
● Eliminar os agentes agressores (tabaco, álcool, calor, UV)
● Biópsia incisional e diagnóstico histopatológico
● Remoção cirúrgica completa
● Acompanhamento clínico
Eritroplasia
● Acima dos 60 anos
Caracteristicas clínicas
● Placa ou macha de coloração vermelha
● Comum em assoalho, língua, palato mole
● Assintomática
● Superfície aveludada e textura macia
● Normalmente passa desapercebido pelo paciente
● Não pode ser classificada histologicamente como nenhuma outra doença → patologista não faz o laudo, apenas
descreve a lâmina → descarte de outras possibilidades → diagnóstico
Etiologia
● Causa desconhecida
● Associação:
- tabaco
- álcool
- radiação UV
- MO
Diagnóstico
● Descartar:
- mucosite inespecífica
- candidose
- psoríase
- lesão vascular
Histopatologia
● Pode ter epitélio atrofiado ou acantose
● Ausência de queratina
● Infiltrado inflamatório do tipo crônico
● Displasia epitelial grave
● Carcinoma in situ
● Carcinoma invasivo
Tratamento
● Remover o agente agressor (álcool, tabaco)
● Biópsia incisional → diagnóstico
● Remoção cirúrgica completa
● Acompanhamento clínico a longo prazo
Quelite actínica
● Potencialmente maligna
● Afeta o lábio quando há exposição prolongada ao sol → UV
● Acima dos 45 anos
● Afeta mais pacientes de pele branca
Caracteristicas clinicas
Tratamento
● Eliminação de agente agressor → raios UV → protetor solar labial (não apenas hidratante)
● Tratamento conservador
● Biópsia incisional → diagnóstico das diferentes áreas
● Remoção cirúrgica completa → vermelhonectomia
● Acompanhamento clínico a longo prazo
Origem:
● ectoderme → esmalte
● mesoderma → cemento, LP, osso alveolar
Ameloblastoma
● Origem:
- pode ser dos remanescentes da lâmina dentária, do órgão do esmalte em desenvolvimento, do revestimento
epitelial de um cisto odontogênico ou das células da camada basal da mucosa bucal
● Crescimento lento, mas pode chegar a proporções grotescas por serem indolor
● Curso benigno e grande
● Localmente invasivo (afasta os tecidos)
● Alta taxa de recidiva (50% a 90%)
● Predileções:
- não tem por sexo, 30 a 70 anos, mandíbula na região de molares (85%) e posterior de maxila (15%)
● Características clínicas
- Assintomático
- Tumefação óssea indolor → expansão dos maxilares (expansão da cortical óssea)
- Lesões menores → achados radiográficos (por serem assintomáticos)
● Tratamento:
- enucleação
- ressecção em bloco (por ter alta recidiva na enucleação) → segurança
● Características radiográficas
- Radiolúcida
- Multilocular
- Aspectos de bolha de sabão/favo de mel
- Expansão da cortical lingual e vestibular
- Reabsorção radicular dos dentes envolvidos é comum
- Geralmente está associado a 3° molar
- Quando for unilocular pode ser confundido com um cisto → o ameloblastoma tem as margens irregulares, os cistos
têm margens regulares
● Características histológicas:
Subtipos
- folicular → ninhos de epitélio mergulhados em um tecido conjuntivo fibroso maduro
- ilhas de epitélio → epitélio do órgão do esmalte
- plexiforme → cordoes ou placas de células epiteliais circundados por células colunares ou cubicas semelhantes a
ameloblastos, em um estroma frouxo
Ameloblastoma unicístico
● 10 a 15% dos ameloblastomas intra-ósseos
● Predileções: acontece mais em pacientes mais jovens, região posterior de mandíbula
● São assintomáticos
● Recorrência: de 10 a 20%
● Tratamento: enucleação e curetagem
● Achados clínicos e radiográficos sugerem ser um cisto odontogênico, então se trata como cisto. Só se fecha o
diagnóstico do ameloblastoma unicístico vendo o aspecto histopatológico.
● Características radiográficas:
- área radiolúcida que circunda a coroa de um 3° molar inferior incluso → pode-se confundir nas hipóteses com
cistos odontogênicos
- área radiolucida bem definida
● Caracteristicas histopatológicas
Subtipos:
Ameloblastoma periférico
● Extra-ósseo → não é muito comum
● Corresponde a 1% dos ameloblastomas
● As características histopatologicas são iguais às intra-ósseas
● Características clínicas:
- lesão da mucosa alveolar ou da gengiva
- pendiculada ou séssil
- não ulcerada
- indolor
- menores que 1,5cm
● Recorrencia: mandibulam mucosa alveolar e gengiva posterior
Odontomas
● não são considerados neoplasias verdadeiras
● são considerados mais como anomalias de desenvolvimento (hemartomas) do que como neoplasias verdadeiras
● é o principal tumor encontrado em crianças e adolescentes
● tem etiologia desconhecida
● Características clínicas
- são assintomáticos
- são achados radiográficos → causam falha na erupção de um dente, vai investigar e encontra o odontoma
● Tratamento: enucleação e curetagem da lesão
● Recidiva: não acontece
Composto
● apresenta no seu interior estruturas mineralizadas semelhantes a dentes
Complexo
● massa aglomerada de esmalte e dentina que não lembra a morfologia dentária
● só se sabe que essa massa tem esmalte e dentina pelo histológico
● massa calcificada, com radiodensidade de estrutura dentária, envolvida por uma estreita margem radiolúcida
Mixoma odontogênico
● Tumor originado do ectomesenquima que lembra a porção mesenquimal de um dente em desenvolvimento
● Predileção: adultos jovens e mandíbula
● Acúmulo de massa mixoide (gel) → por isso tem crescimento lento
● A massa mixoide consegue se infiltrar nos trabeculados ósseos
● Tratamento: ressecção do tumor com boa margem de segurança → porque o tecido mixoide infiltra pelos
espaços, para diminuir a recidiva
● Recidiva: 25% → se tratado adequadamente o prognostico é favorável
● Características radiográficas:
- lesão radiolúcida unilocular/multilocular
- aspecto de bolhas de sabão
- pode causar reabsorção radicular e deslocamento dos dentes
- margens irregulares ou festonadas
● Características histopatológicas
- tecido conjuntivo frouxo e organizado com pouco colágeno
- fibroblastos fusiformes estrelados neoplásicos
- muito semelhante à lâmia de polpa dental ou tecido conjuntivo do folículo dentário
Cementoblastoma
● neoplasia odontogênica de cementoblastos
● Prevalência: crianças, adultos jovens, mandíbula em região posterior
● O dente tem vitalidade pulpar
● Características clínicas:
- dor
- tumefação
● Tratamento: remoção da lesão e dente assiociado
● Aspectos radiográficos
- massa radiopaca que se funde à raiz de um ou mais dentes e é circundado por um halo radiolúcido fino
● Características histológicas:
- tecido mineralizado fusionado ao dente
- matriz menos mineralizada na periferia
- estroma de tecido conjuntivo fibroso celularizado
- centro da lesão com matriz mais mineralizada
- lacunas onde estão localizados os cementoblastos
Gengivite descamativa → é uma CONDIÇÃO caracterizada pela formação de vesículas/bolhas, eritema, atrofia,
ulceração e dor, localizadas na gengiva
*não é uma doença de diagnóstico específico*
*o líquen plano, pênfigo e o penfigóide sim, são doenças e apresentam características clínicas semelhantes → a
gengivite descamativa
Líquen plano
● é um distúrbio mucocutâneo mediado por células para antígenos intraepiteliais
● Tem desenvolvimento espontâneo ou em resposta a uma ampla variedade de drogas
● Resposta imunológica do corpo, associada ao emocional
● Processo inflamatório
Histopatológico
- Indução dos queratinócitos à morte → secreção de metaloproteinase de matriz → degeneração da camada basal
Epitélio
- Paraceratinizado → células conservam o núcleo na parte mais periférica
- Degeneração hidrópica da camada basal
- Queratinócitos degenerados → corpos de civatte
Manifestações bucais
● lesões bucais são persistentes (anos) e têm textura rugosa
● as lesões não são estáticas, aumentam ou diminuem sua extensão ao longo do tempo
Tipos de LP
1. Reticular → assintomático
● papular
● placas brancas
● atrófico
Diagnóstico
● clínico (dificuldade no diagnóstico se tiver candidíase sobreposta à lesão)
● histopatológico
Tratamento
● Líquen plano erosivo:
- eliminação de irritantes locais (biofilme) → escovação atraumática
- corticosteroide tópico e/ou sistêmico (casos severos)
- eliminação de fatores que causem mucosite/reação liquenoide (drogas, ansiedade)
● Agentes terapêuticos:
- Corticosteroide tópico → Oncilon A em Orabase
- Corticosteroide sistêmico → Dexametasona
Penfigóide
● Complicações:
- Envolvimento ocular → pode levar à cegueira
- É progressivo → bom encaminhar para o médico para examinar se existe lesão em globo ocular, vagina
(normalmente é associada)
- Lesões na mucosa vaginal → levam a desconforto nas relações sexuais
- Lesões laríngeas → podem levar a mudanças na voz e dificuldade na respiração (obstrução das vias)
2. Bolhoso
● Assemelha-se ao P. cicatricial
● Mais comum na pele, 1/3 dos pacientes também apresentam lesões bolhosas na mucosa oral
● Expressa-se como intensa gengivite assimétrica com lesões bolhosas, estendendo-se sobre a gengiva inteira
Terapia
● Sistêmica:
- Médico → corticosteroide sistêmico e imunossupressores
● Local:
- Controle de irritantes locais (remoção atraumática profissional de placa dental)
- Corticosteroide tópico (pomada) → Oncilon A em Orabase todas as noites
- Bochecho com solução aquosa de clorexidina 0,12% diariamente
Pênfigo
● Produção de autoanticorpos contra os desmossomos do tecido epitelial
● Formação de bolhas, normalmente na gengiva, de formas variadas, com presença de dor
Histopatológico
● Acantólise → separação da camada espinhosa
● Camada basal intacta e aderia ao conjuntivo
● Formação de bolhas intraepiteliais
Lesões intraorais
● Primeiras a aparecer e últimas a desaparecer
● Desenvolvimento rápido (bolhas), rupturas e formação de úlceras irregulares e doloridas
Tratamento
● Local (CD) → controle de irritantes locais, corticoide tópico (remissão da lesão)
● Sistêmico (médico)
- Corticosteroide sistêmico → Prednisona
- Drogas imunossupressoras → Azatioprina
Pênfigo vulgar
- Dor
- Ulcerada
- As bolhas, logo ao se formarem, “estouram” ao mínimo trauma → deixando áreas ulceradas
Referências
NEVILLE, B. ; DAMM, D.D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT, J. Patologia oral e maxilofacial. Guanabara-Koogan: Rio de Janeiro,
3 ed; 2009
REGEZI, JA; SCIUBBA, JJ; JORDAN, RK. Patologia oral: Correlações clínico-patológicas. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier;
2010