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Patologia

IV

QUESTÕES DE PATOLOGIA DA MARINHA DO BRASIL
Edital 2016 do CSM - Programa:
ESTOMATOLOGIA E PATOLOGIA BUCAL - Diagnóstico, Exame clínico e Exames complementares,
Variações de normalidade na cavidade bucal, Condições bucais comuns e importantes, Defeitos de
desenvolvimento da região bucomaxilofacial, Avaliação e tratamento dos pacientes sistemicamente;
Anormalidades dentárias: ambientais e de desenvolvimento; Infecções bacterianas, fúngicas e virais;
Injúrias físicas e químicas; Patologia das glândulas salivares; Distúrbios hematológicos; Doenças do
Osso; Cistos e tumores odontogênicos e não odontogênicos; Doenças dermatológicas; Manifestações
orais de doenças sistêmicas; Neoplasmas malignos não odontogênicos dos maxilares; Doenças
Vesículo-bolhosas; Condições ulcerativas; Lesões brancas; Lesões vermelhas-azuis; Pigmentação dos
tecidos bucais e peribucais; Lesões verrucosas-papilares; Câncer oral: classificação, estadiamento e
diagnóstico; e Lesões cancerizáveis.

Bibliografia:
NEVILLE, B. W.; et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

CISTOS ODONTOGÊNICOS
CISTOS ODONTOGÊNICOS

“Cavidade anormal delimitada por epitélio, contendo material fluido ou semi-sólido”.
• Boca
• Epitélio de desenvolvimento facial
• Epitélio odontogênico

Classificação dos Cisto s Odontogênicos


• De acordo com a natureza
Odontogênicos

Desenvolvimento
• De acordo com o estímulo
Inflamatório
Desenvolvimento

Cistos Odontogênicos Inflamatórios


• Radicular
• Residual

Cistos Odontogênicos de Desenvolvimento


• Cisto dentígero
• Cisto de erupção
• Ceratocisto odontogênico
• Cisto odontogênico epitelial calcificante
• Cisto periodontal lateral
• Cisto gengival do adulto
• Cisto gengival do recém-nascido

Odontogênese

1. Invaginação
2. Botão - Órgão do esmalte e Formação papila dental (dentina e polpa)
3. Capuz – epit. interno e externo, retículo estrelado e papila dental
3.1 Capuz – Formação do folículo dental (dentina redicular, LP, cemento e osso alveolar)
4. Campânula– pré-ameloblastos, ativação odontoblastos – formação de matriz da dentina
4.1 Resto da lâmina dentária – iniciais (proliferativos, ativos, em paliçada, se espalham por toda
extensão da odontogênese) e restos de Serres (pouco proliferativo, próximo à raiz)
5. Formação da raiz: Bainha Hertwig – erupção – fragmentação - Restos de malassez (concentrado no
ápice)
6. Epitélio reduzido do órgão do esmalte – entre a coroa e o folículo
Restos odontogênicos
• Restos de Malassez

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Patologia IV

• Epitélio reduzido do órgão do esmalte
• Derivados da lâmina dental (iniciais e restos de Serres)
• Origem controversa

Cistos Odontogênicos Inflamatórios

Cisto periapical/radicular
• Resto de malassez – ápice
• Células paralisadas – estímulo
• Inflamação
• Geralmente precedido por um granuloma periapical
• Mais comum dos cistos odontogênicos
• Pode causar mobilidade e deslocamento dos dentes adjacentes
• Associado a dentes NÃO VITAIS
• RX- idêntico ao granuloma periapical
• Reabsorção radicular é comum

• Mais comum odontogênico


• Cárie/trauma

Cisto Residual
• Tecido periapical não curetado no momento da exo
• Pode exibir redução do tamanho
• Pode ocorrer resolução espontânea
• Ocasionalmente pode ocorrer calcificação distrófica

Cistos odontogênicos de Desenvolvimento

Cisto dentígero
= cisto folicular
• Origem: separação do folículo da coroa de um dente incluso
• Cisto de desenvolvimento odontogênico mais comum (20%)
• Envolve a coroa de um dente incluso
• Está unido ao dente na JAC
• Patogênese desconhecida: acúmulo de liquido entre a coroa e o epitélio reduzido do órgão do
esmalte
• Locais mais freqüentes: 3M inf, CAN sup
• Ocasionalmente podem estar associados a dentes supranumerários ou odontomas
• Faixa etária: 10 a 30 anos
• + comum em homens brancos
• Geralmente são totalmente assintomáticos

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Patologia IV

• Descobertos em RX de rotina
• Cistos grandes são raros e podem estar associados à expansão indolor do osso
• Acúmulo líquido entre o dente e o epit reduzido (hipoplasia)
• Cisto que circunda a coroa

• Mais comum dos cistos de desenvolvimento odontogênico


• Pode ser infectado secundariamente – causa?
• Folículo espessado (de 3 a 4mm)
• Ameloblastoma?

Radiograficamente:
• Lesão radiolúcida unilocular bem delimitada associada à coroa de um dente incluso
• Os cistos dentígeros podem deslocar o dente envolvido para distâncias consideráveis
• Reabsorção radicular comum (50%)
• DO diferencial com folículo dentário dilatado- cisto dentígero deve ter + de 3/4 mm

Diagnóstico diferencial:
• Ceratocisto odontogênico
• Ameloblastoma
• Cisto odontogênico epitelial calcificante
• Tumor odontogênico epitelial calcificante
• Tumor odontogênico adenomatóide
• Fibroma ameloblástico

Tratamento:
• enucleação com a remoção do dente incluso
• Em alguns casos pode se tentar salvar o dente
• Marsupialização + enucleação
• Prognostico excelente
• Recidiva rara
• Transformação em ameloblastoma, CA de células escamosas, CA mucoepidermóide intra-ósseo ?

Cisto de Erupção
• Hematoma de erupção

CORRESPONDENTE NO TECIDO MOLE AO CISTO DENTÍGERO


• Origem: separação do folículo dentário que envolve um dente em erupção que está no tecido mole
sobre o osso alveolar
• Tumefação mole translúcida na mucosa gengival recobrindo a coroa de um dente decíduo ou
permanente em erupção
• Local + freqüente: molares inferiores
• Quando há traumatismo associado: presença de sangue – cor purpúrea ou castanha

Tratamento:
• Na maioria das vezes não é necessário: cisto se rompe espontaneamente
• Excisão da cobertura do cisto

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Ceratocisto
• Origem nos remanescentes da lâmina dentária antes do desenvolvimento dos tecidos dentários
calcificados

CISTO PRIMORDIAL = CERATOCISTO ODONTOGÊNICO


• 10 a 12% de todos os cistos odontogênicos
• Predileção pelo sexo masculino
• Pico de incidência entre a 2 e 3a décadas
• + freqüente em mandíbula (região posterior e ramo ascendente): 60 a 80%
• Quando em maxila, geralmente associado ao 3M
• Assintomáticos
• Descobertos em exames radiográficos de rotina
• Ceratocisto grandes podem estar associados à dor, tumefação e drenagem
• Crescimento no sentido antero posterior, pelos espaços medulares do osso, sem causar expansão
óssea

Aspectos radiográficos:
• Área radiolúcida bem delimitada com margens regulares radiopacas
• multiloculações são vistas nas lesões maiores
• 20 a 40% - dente incluso associado, sugerindo diagnostico de cisto dentígero
• Radiograficamente pode simular: cisto dentígero, radicular, residual ou periodontal lateral.

Aspectos histopatológicos:
• Cápsula fina e friável difícil de ser enucleada sem se fragmentar
• Luz do cisto: liquido claro, material caseoso (restos de ceratina) – ASPECTO DE VELA DERRETIDA
• Epitélio escamoso estratificado delgado com 6 a 8 células de espessura (8 a 10)
• Junção epitélio – tecido conjuntivo plana, sem a formação de projeções epiteliais
• Camada de paraceratina
• Camada basal: células epiteliais colunares ou cúbicas, dispostas em PALIÇADA, com
hipercromatismo

CISTO Odontogênico Ortoceratinizado


• Ceratocisto odontogênico variante ortoceratinizada
• 20% dos ceratocistos
• Menos agressivo
• Índice baixo de recidiva (2%)
• Não está associado à síndrome
• Camada em paliçada é menos proeminente
• Geralmente associado ao 3M inf

Diagnóstico diferencial:
• Cisto dentígero
• Ameloblastoma
• Cisto odontogênico epitelial calcificante
• Tumor odontogênico adenomatóide
• Fibroma ameloblástico
• Granuloma central de células gigantes
• Cisto ósseo traumático
• Cisto ósseo aneurismático

Tratamento:
• Enucleação com curetagem óssea severa
• Recidiva freqüente- 30% (5 a 62%): fragmentação da cápsula com cistos satélites
• Prognostico é bom
• Pode sofrer transformação maligna

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Síndrome de Gorlin
• Síndrome do carcinoma nevóide basocelular
• Síndrome de Gorlin-Goltz
• Está presente em 7% dos pacientes com o ceratocisto
• Hereditária autossômica dominante
• Alta penetrância e expressividade variável
• Múltiplos CA basocelulares de pele, cistos dos maxilares, anomalias das costelas e vértebras e
calcificações intracranianas

Alguns achados da síndrome:


• Bossa temporoparietal e frontal que resulta no aumento da circunferência craniana
• 40% dos pacientes tem hipertelorismo ocular
• Prognatismo mandibular brando

CA BASOCELULARES
• Aparecem na puberdade ou na segunda ou terceira décadas da vida
• Terço médio da face

ANOMALIAS ÓSSEAS
• 60 a 75% dos pacientes
• Costela bífida – alteração óssea + comum. Pode envolver varias costelas e ser bilateral
• Cifoescoliose – 50% dos pacientes
• Metacarpos diminuídos
• Calcificação da foice cerebral (radiografia antero posterior do crânio)

CISTOS DOS MAXILARES


• 75% dos pacientes
• CERATOCISTOS ODONTOGÊNICOS
• São múltiplos
• Muitas vezes associados a dentes inclusos simulando cistos dentígeros
• HP: tendem a apresentar + cistos satélites, proliferação de ilhas de epitélio e restos de epitélio
odontogênico na cápsula fibrosa

Cisto gengival do recém nascido


• Cisto alveolar do recém – nascido
• Cisto da lâmina dentária
• Pequenos cistos superficiais que contêm ceratina encontrados na mucosa alveolar de recém –
nascidos
• Origem: restos da lâmina dentária
• Pápulas brancas múltiplas na mucosa de recobrimento dos processos alveolares
• Menores que 2 mm
• + comum em maxila
• Resolução espontânea

Cisto periodontal
periodontal lateral
• Raro: 2%
• Cisto de desenvolvimento não ceratinizado que ocorre adjacente e lateralmente à raiz de um dente
• Diagnostico de exclusão: na região periodontal lateral, descartando se a hipótese de ceratocisto
odontogênico, de cistos inflamatórios e tumores odontogênicos
• Etiopatogenia desconhecida
• Assintomático
• Radiografia de rotina
• Pacientes com + de 30 anos (5 e 6 décadas)
• + freqüente no sexo masculino (2) H : 1 (F)
• 65% dos casos – entre CAN e PM inf
• Mais raramente na região de incisivos
• Quando em maxila- região de incisivo lateral

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ASPECTOS RADIOGRÁFICOS:
• Área radiolúcida bem circunscrita, lateral à raízes de dentes COM VITALIDADE, redondo ou em
forma de lágrima
• Margem radiopaca
• Divergência radicular pode ser observada
• Menor que 1 cm

Tratamento:
• Enucleação sem prejuízo dos dentes adjacentes
• Recorrência rara

CISTO GENGIVAL DO ADULTO


CORRESPONDENTE NO TECIDO MOLE AO CISTO PERIODONTAL LATERAL
• Rara
• Entre CAN e PM inf (60 a 75%)
• 5 e 6 décadas de vida
• Mucosa alveolar ou gengival vestibular
• Tumefação indolor
• Menor que 0,5 cm /1 cm
• Pode causar reabsorção óssea EM TAÇA
• Coloração azulada quando grande
• Tratamento: excisão cirúrgica

CISTO ODONTOGÊNICO BOTRIÓIDE


= Cisto periodontal lateral multilocular
• Pode ser periodontal lateral ou gengival do adulto. O periodontal lateral botrióide é o mais comum.
Maior tendência a recorrência

Cisto odontogênico epitelial calcificante


• Cisto de Gorlin
• Cisto odontogênico epitelial ceratinizante
• Tumor cístico ceratinizante
• Tumor odontogênico de células- fantasmas
• Alguns autores o classificam como uma neoplasia pelo seu comportamento agressivo
• Raro
• + comum no sexo feminino
• Muito freqüentemente associado ao odontoma e menos freqüentemente ao ameloblastoma e TOA
• Pode ser intra ou extra – ósseo (25%)
• Mesma freqüência na mandíbula e maxila (mais de 70% ocorrem em maxila)
• + comum na região anterior
• Idade média: 33 anos (2a década)
• Extra – ósseo: massa gengival sem nenhum aspecto clinico característico, em pacientes com + de
50 anos e anterior ao 1M.
• Central: lesão radiolúcida unilocular bem definida. Ocasionalmente multilocular
• 50% dos casos: estrutura radiopacas presentes –aspecto de mistura de sal e pimenta do reino

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• 1/3 dos casos: lesão associada a dente incluso, geralmente o canino
Diagnóstico diferencial:
• Cisto dentígero
• Ceratocisto
• Ameloblastoma
• Tumor odontogênico adenomatóide
• Odontoma
• Tumor odontogênico epitelial calcificante
• Fibro-odontoma ameloblástico

HP:
Cápsula fina
Células basais similares a ameloblastos
Retículo estrelado
Presença de células fantasmas – epitélio
Células epit. Alt. eosinofílicas com contorno preservado
Calcificação (dentinóide
• CÉLULAS FANTASMAS – são células epiteliais alteradas eosinofílicas caracterizadas pela perda do
núcleo com preservação do contorno celular

Tratamento:
• Enucleação
• Recidivas não são raras
• Acompanhamento pós remoção
• Extra-óssea: apenas excisão resolve

Resumo:
Cistos Odontogênicos
• Restos de Malassez
Periapical
Residual
• Epitélio reduzido do órgão do esmalte
Dentígero
Erupção
• Derivados da lâmina dental (restos de Serres)
Ceratocisto
Periodontal lateral
Cisto gengival do adulto e do recém-nato
• Origem controversa
Cisto de Gorlin

QUESTÃO

1- (CSM 2008) De acordo com a classificação de cistos odontogênicos, segundo Neville et
al.(2004), é correto afirmar que cistos
a) Dentígero, periodontallaterale periapical são cistos de desenvolvimento.
b) Gengival, periapical e periodontal lateral são cistos inflamatórios.
c) Da bifurcação vestibular, periapical residual e ceratocisto odontogênico são cistos de
desenvolvimento.
d) Dentígero, periodontal lateral e odontogênico glandular são cistos de
desenvolvimento.
e) Periapical, periapicalresidualeperiodontal lateral são cistos inflamatórios.

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TUMORES ODONTOGÊNICOS

TO EPITELIAIS
Neville = Regezi:
• Ameloblastoma
• TO epitelial calicificante
• TO escamoso
• TO de células claras
• Tumor odontogênico adenomatóide

TO MESENQUIMAIS (ectomesêmquima)
Neville: Regezi:
• Fibroma odontogênico • Fibroma odontogênico
• Mixoma odontogênico • Mixoma odontogênico
• Cementoblastoma • Cementoblastoma
• Displasia Cemento-óssea Periapical
• Fibroma cementificante

TO MISTOS
Neville = Regezi:
• Fibroma ameloblástico
• Fibrodontoma ameloblástico
• Odontoma

AMELOBLASTOMA
• Adamantinoma
• Adamantoblastoma
• Cisto multilocular
• Sólido convencional (86%)
• Multicístico
• Unicístico (13%)
• Periférico (1%)
• Extra – ósseo

Ameloblastoma multicístico
• Sólido convencional
• Sem predileção por sexo
• Assintomático
• Radiografia de rotina
• Tumefação indolor ou expansão óssea
• 40 anos
• Crescimento lento
• 85% em mandíbula: região de molares e ramo ascendente
• 15% em maxila: região posterior
• Neoplasma benigno
• Localmente agressivo
• Deformante
• Crescimento lento

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Patologia IV

• Mandíbula
• Expansão de cortical – cavidades – crepitação

Aspecto radiográfico:
• Lesão RADIOLÚCIDA multilocular
• Multiloculação - Bolhas de sabão
• Imagem mista - Favos de mel
• Demarcação não muito nítida
• Expansão da cortical
• Reabsorção radicular
• Dente incluso associado
Aspectos histopatológicos
Aspectos comuns
Epitélio – células colunares em paliçada
Polaridade reversa - Pré ameloblastos

Áreas de retículo estrelado

Tipo Folicular:
+ comum
• Ilhas de epitélio que lembram o epitélio do órgão do esmalte em um estroma de tecido conjuntivo
fibroso maduro

Aspectos histopatológicos
Tipo Plexiforme:
Não tem estágio odontogênico reconhecido
Rede de peixe – longos cordões ou placas de epitélio

Os cordões/placas- circundados por células colunares ou cúbicas semelhantes a ameloblastos,


envolvendo células epiteliais arranjadas mais frouxamente.

O estroma é mais frouxo e mais vascular


áreas similares a cistos – menor que no folicular

Aspectos histopatológicos
Tipo Acantomatoso:
• Fusiforme
• Quando há formação de ceratina na porção central dos ninhos do subtipo folicular
• Não é agressivo, entretanto pode ser confundido com o tumor odontogênico escamoso ou com o
carcinoma de células escamosas

Aspectos histopatológicos
Tipo Células Granulares
• Células granulosas
• Transformação de um grupo de células epiteliais em células granulares
• Células granulares: células volumosas com citoplasma abundante e grânulos eosinofílicos
• Quando foi descrito, acreditava-se que este subtipo representasse o envelhecimento da lesão.
Porém esta variante tem sido observada em pacientes jovens e em tumores agressivos.

Aspectos histopatológicos
Tipo Desmoplásico
• Último subtipo descrito.
• Ilhas e cordões de epitélio em estroma colagenoso denso.
• Acentuada predileção pela região anterior
• Radiograficamente, este tipo raramente sugere o diagnóstico de ameloblastoma e freqüentemente
lembra uma lesão fibroóssea, devido à imagem mista e mal definida

Aspectos histopatológicos
Tipo Basalóide
• Subtipo mais raro
• Ninhos de células basalóides uniformes

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Patologia IV

• As células que revestem os ninhos tendem a ser cúbicas e não colunares

Tratamento:
• Várias formas de tratamento já foram preconizadas
• curetagem: recidiva de 55/90%
• ressecção em bloco com margem de segurança: 1 cm além dos limites radiográficos
• Radioterapia não se mostrou comprovadamente eficaz até o momento

Ameloblastoma unicístico

Geralmente associado ao dentígero


Área radiolúcida que circunda a coroa de um 3M inf incluso ou apenas área radiolúcida isolada
Cisto que virou ameloblastoma?
Rx – unilocular / define o diagnóstico

• 10 a 15% dos casos de ameloblastoma


• PACIENTES JOVENS: segunda década de vida (e terceira)
• 90%: mandíbula – região posterior
• Assintomática
• Área radiolúcida que circunda a coroa de um 3M inf incluso ou apenas área radiolúcida isolada
• Diagnóstico diferencial: ceratocisto odontogênico (bordas festonadas), cisto radicular, residual ou
dentígero
Tratamento:
• Enucleação + curetagem – recidiva: 10 a 20%

Ameloblastoma Periférico
= extra – ósseo
• 1% dos casos
• Lesão de mucosa alveolar ou da gengiva não-ulcerada e indolor ou mucosa jugal
• Sem características clinicas específicas
• Um pouco + comum em mandíbula na região posterior
• Tratamento: excisão cirúrgica local

Tumor Odontogênico Epitelial Calcificante


= tumor de Pindborg
• Rara: 1% dos tumores odontogênicos
• 30 a 50 anos de idade
• Sem predileção por sexo
• 75% dos casos em mandíbula
• Tumefação indolor
• Crescimento lento
• Agressividade – amelo
• RX - Unilocular ou multilocular – calcificações
• Difere do amelo – sem pré ameloblastos e com calcificações

RADIOGRAFICAMENTE:
• Lesão radiolúcida unilocular
• Às vezes multilocular
• Margens festonadas
• Estruturas calcificadas no interior da lesão
• Associação com dentes inclusos (3M inf)
• Menos agressivo que o ameloblastoma

Tratamento: ressecção local conservadora

TO Adenomatóide
• Adenoameloblastoma
• Tumor adenomatóide ameloblástico

Alguns consideram hamartoma - crescimento lento e circunscrito

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Patologia IV

• 3 a 7% dos TO
• Antigamente era considerado um tipo de ameloblastoma
• Pacientes jovens: 10 a 19 anos (5 a 30 anos)
• + comum na região anterior de maxila
• + freqüente em mulheres
• Pode ter variante extra-óssea rara
• Assintomáticos, RX de rotina
• 75% dos casos – área radiolúcida unilocular associada a coroa de um dente incluso (canino)

Diagnóstico diferencial: cisto dentígero, cisto odontogênico epitelial calcificante e tumor odontogênico
epitelial calcificante
• Ultrapassa a JAC
• Muitas vezes há a presença de calcificações fina (FLOCOS DE NEVE)

Tratamento:
• Enucleação
• Recorrência rara
• Prognóstico excelente

MIXOMA ODONTOGÊNICO
• Fibromixoma
• Mixofibroma odontogênico

Deriva do ectomesênquima
• Adultos jovens: 25 a 30 anos
• Sem predileção por sexo
• + freqüente em mandíbula (sem predileção)
• Expansão indolor da cortical
• Deslocamento radicular
• Crescimento as vezes é rápido
• Infiltração - observação

Radiograficamente:
• Lesão uni/multilocular radiolúcida
• Margens festonadas
• Com finas trabéculas ósseas arranjadas em ângulo reto: RAQUETE DE TÊNIS ou DEGRAUS DE
ESCADA
• Bolha de sabão, favos de mel

Diagnóstico diferencial:
• Ameloblastoma
• Ceratocisto
• Hemangioma intra-ósseo

Tratamento:
• Consistência gelatinosa contra indica a curetagem
• Ressecção em bloco
• Mixomas não são encapsulados
• Recorrências podem ocorrer
TO Mistos
Mistos

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Patologia IV

Fibroma ameloblástico Fibro-odontoma ameloblástico Odontoma

Raro Raro Mais comum

Primeira década Primeira década Primeira década

Mandíbula Mandíbula/maxila Maxila

Associado a dente incluso Associado a dente incluso Associado a dente incluso

Radiolúcido Misto Radiopaco

Alta proliferação Baixa proliferação Proliferação nula

Transformação maligna: 50% Baixa transformação maligna Sem transformação maligna

Ressecção Enucleação/curetagem Excisão simples

Odontoma
• Hamartoma
• TO MAIS COMUM
• Consistem basicamente de esmalte e dentina, e pouca quantidade de cemento e polpa
• 2 tipos: COMPOSTO e COMPLEXO
• Composto – dentes rudimentares (anterior)
• Complexo – massa amorfa (posterior)
• Mesma freqüência
• Terceiro tipo: composto-complexo
• Média de idade: 14 anos
• Assintomáticos
• RX de rotina
• + freqüentes em MAXILA
• Tratamento: excisão cirúrgica simples
• Prognostico excelente

Odontoma Composto
• Múltiplas estruturas semelhantes a dentes
• + comum na região anterior de maxila
• Diagnóstico é dado pelo aspecto radiográfico

Odontoma Complexo
• Massa conglomerada amorfa de esmalte e dentina
• Massa calcificada com radiopacidade dentária circundada por área radiolúcida
• + comum na região de molares (superiores ou inferiores)
• Diagnóstico é dado pela RX + HP

Diagnóstico diferencial:
• Osteomielite esclerosante focal
• Osteoma
• Displasia cementária periapical
• Fibroma ossificante
• Cementoblastoma

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Patologia IV

Tumor Aspecto RX
odontogênico

Só radiolúcido Só radiopaco Só misto Radiolucido e/ou


misto

Epitelial Amelo - - Pindborg


TOA

mesenquimal Mixoma
Mixoma Cementoblastoma - Fibroma
odontogênico

misto Fibroma Odontoma Fibro-


Fibro-odontoma -
ameloblástico ameloblástico

QUESTÕES

2. (CSM 2008) Segundo Regezi e Sciubba 2000),é correto afirmar que o ameloblastoma afeta:
a) Principalmente crianças do gênero masculino.
b) Principalmente crianças do gênero feminino.
c) Somente adultos do gênero masculino.
d)Desde a meninice até a velhice, parecendo não existir preponderância de sexo.
e) Somente adultos e crianças do sexo feminino.

3.(CSM 2008) É correto afirmar que os odontomas


a) são os tipos de tumores odontogênicos mais raros.
b) São considerados anomalias de tecido inflamatório.
c) Complexossãoformados por muitas estruturas pequenas semelhantes a dentes.
d) São verdadeiras neoplasias.
e) Apresentam em estágios iniciais proliferação de epitélio odontogênico e mesênquima em quantidade
variável.

4.(CSM 2009) Segundo Neville et al. (2004), qual das opções abaixo representa um tumor do
ectomesênquima odontogênico?
a) Odontoameloblastoma.
b) Ameloblastoma.
c) Odontoma complexo.
d) Odontoma composto.
e) Cementoblastoma

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Patologia IV

5- CMS 2015

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