Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Neste Artigo:
- Introdução
- Cisto Dentígero
- Ceratocisto Odontogênico
- Cisto Odontogênico Calcificante
- Cisto Periodontal Lateral
- Conclusão
- Referências Bibliográficas
Introdução
Os cistos derivados dos tecidos odontogênicos são caracterizados como lesões de extraordinária
variedade. O complexo desenvolvimento das estruturas dentárias é refletido nessa
multiformidade, uma vez que os cistos representam uma aberração em alguma fase do
desenvolvimento normal da odontogênese. É de extrema importância considerar que o fato da
perfeita compreensão da patogênese dos cistos odontogênicos significa uma compreensão da
histogênese do dente.
Com raras exceções, no osso, cistos limitados por epitélio são observados somente nos
maxilares. Mesmo considerando que cistos possam ser resultados da inclusão de epitélio na
linha de fusão de processos embrionários, a maioria dos cistos dos maxilares é limitado por
epitélio de origem odontogênica. Como pode ocorrer vários tipos de cistos, dependendo
principalmente da fase da odontogênese em que se originam, houve inúmeras tentativas de se
classificar e criar um sistema de nomenclatura destas lesões. Uma classificação simples e
prática é a seguinte: a) Cisto Dentígero; b) Ceratocisto Odontogênico; c) Cisto Odontogênico
Calcificante; d) Cisto Periodontal Lateral.
Cisto Dentígero
O cisto dentígero se origina depois da coroa do dente estar completamente formada, pelo
acúmulo de líquido entre a coroa do dente e o epitélio reduzido do esmalte. Uma outra
explicação possível de sua patogênese é a partir da degeneração do retículo estrelado, formando
uma cavidade cística solitária à volta da coroa do dente. Este cisto, inicialmente esta sempre
associado à coroa de um dente incluso ou não irrompido. Odontoma complexo ou dente
supranumerário também podem estar envolvidos por um cisto dentígero. A localização mais
freqüentemente envolvida é a dos caninos e dos terceiros molares inferiores e superiores, sendo
que raramente estão relacionados com dentes decíduos. Ainda que os cistos dentígeros possam
acometer qualquer idade, ocorre ligeira predileção por pacientes entre 10 e 30 anos do sexo
masculino, sendo que a prevalência é maior nos brancos do que nos negros. Freqüentemente, os
cistos dentígeros pequenos são totalmente assintomáticos e descobertos somente com exames
radiográficos de rotina principalmente quando busca determinar a causa da falha na erupção de
um dente. Vale lembrar que o cisto dentígero é potencialmente capaz de se transformar em uma
lesão agressiva conseqüente de seu aumento de tamanho considerável podendo levar ate mesmo
à expansão o osso na região afetada, causando uma assimetria facial.
Ceratocisto Odontogênico
O cisto odontogênico calcificante é caracterizado como uma lesão insólita pelo fato de ter
algumas características de um cisto e, também, muitos aspectos de um neoplasma sólido. É
considerada uma lesão incomum, que apresenta considerável diversidade histopatológica e
comportamento clínico variável e, embora alguns autores o classifiquem como um cisto comum,
outros preferem considerá-los como uma neoplasia É uma lesão predominantemente intra-óssea
que acomete com a mesma freqüência a mandíbula e a maxila. Outra característica clínica é a
faixa etária ampla dos pacientes, que vai desde a infância até a idade mais avançada, sendo a
média da de idade 33 anos. Essa lesão possui três variantes císticas: Tipo 1A, o tipo unicístico
simples; tipo 1B, o tipo produtor de odontoma; e o tipo 1C, o tipo proliferante
ameloblastomoso. Além disso, o cisto odontogênico calcificante pode estar associado a outros
tumores odontogênicos reconhecidos, como os odontomas. Contudo, tumores odontogênicos
adenomatóides e ameloblastomas têm, também, sido associados com os cistos odontogênicos
calcificante. Classificação feita pela Organização Mundial de Saúde considerou o cisto
odontogênico calcificante, com todas as suas variantes, um tumor odontogênico.
Geralmente, o cisto odontogênico calcificante central apresenta-se como uma lesão unilocular
radiotransparente bem definida, podendo também ser multilocular. Estruturas radiopacas na
lesão, como calcificações irregulares ou como estruturas semelhantes a dentes, estão presentes
em 50% dos casos. A lesão pode envolver um dente incluso, geralmente um canino, ou não estar
relacionado a algum dente. A reabsorção radicular ou a divergência dos dentes adjacentes são
observadas com alguma freqüência. Devido à propensão da lesão para o crescimento contínuo,
quando encontrada deve ser removida cirurgicamente. A ausência da recidiva depende da
remoção total. O prognóstico para o paciente é bom. Quando o cisto odontogênico calcificante
está associado com algum outro tumor odontogênico conhecido, como um ameloblastoma, o
tratamento e prognóstico são parecidos com os do tumor associado.
Conclusão
Referências Bibliográficas
3. Durighetto, A. F.; Campos, F. B.; Guerra, E. A.- Cisto odontogenico calcificante - Relato
de caso - Rev. Cent. Ciênc. Bio,éd. Univ. Fed. Uberlândia; 5(1):46-50, dez. 1989.
4. Pezzi, L. P. G.; Soares, E. C. S.; Sant'Ana, M.- Cisto Periodontal Lateral e Cisto
Odontogênico Botrióide - Rev. Fac. Odontol. Porto Alegre;41(1):14-17, jul. 2000.
6. Shafer, W. G.; Hine, M. K.; Levy, B. M.; Tomich, C. E. – Tratado de Patologia Oral. 4.ed.,
1985
7. Neville, B. W.; Damm, D. D.; Allen, C. M.; Bouquot, J. E. – Patologia Oral & Maxilo
Facial. 2. ed. Guanabara Koogan, 2004.