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PLANO DE TRATAMENTO PERIODONTAL

Profa.Msc.: Ana Carla Pimentel de Amorim


TERAPIA PERIODONTAL

OBJETIVOS DO TRATAMENTO PERIODONTAL


Redução do sangramento à sondagem
Redução da profundidade de sondagem
Eliminação de lesões de furca Grau III
Ausência de dor
Satisfação do paciente
Higiene bucal satisfatória
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TERAPIA PERIODONTAL

EXAME CLÍNICO PERIODONTAL


O exame clínico e a avaliação do paciente constituem, segundo CARVALHO &
TODESCAN 5 (1977), o primeiro item do Plano de Tratamento Periodontal,
cuja finalidade é estabelecer o diagnóstico da doença, registrar a extensão dos
danos por ela causados e determinar os procedimentos necessários ao
tratamento, o que, afinal, levará à sugestão do prognóstico do caso.

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TERAPIA PERIODONTAL

O exame e a avaliação do periodonto durante o exame clínico periodontal


devem incluir:

Reconhecimento dos sinais clínicos da inflamação;

Presença de fatores etiológicos;

Avaliação da higiene bucal;

Extensão dos danos causados às estruturas periodontais;

Problemas mucogengivais e,

Avaliação oclusal.

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SINAIS CLÍNICOS DA INFLAMAÇÃO

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RECONHECIMENTO DOS SINAIS CLÍNICOS DA INFLAMAÇÃO


Reconhecer os sinais clínicos da inflamação constitui a habilidade básica
requerida na detecção da doença periodontal.
Quando o patógeno periodontal coloniza sítios supra e/ou subgengivais em
número suficiente, o hospedeiro inicia uma resposta inflamatória observável
clinicamente.

Assim, fica clara a necessidade de diferenciar tais alterações daqueles
aspectos clínicos de normalidade dos tecidos periodontais.

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RECONHECIMENTO DOS SINAIS CLÍNICOS DA INFLAMAÇÃO

Por vezes, a análise visual dos aspectos do tecido gengival apresenta


características superficiais bastante evidentes e inquestionáveis.
No entanto, há casos cujos aspectos clínicos não são tão claros, podendo a
doença periodontal estar disfarçada sob uma gengiva com aspecto clínico de
normalidade.

Nessas situações, a presença de sangramento sob estímulo pode ser um
diferencial substantivo.

A sonda periodontal é o instrumento mais utilizado para esse fim.

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PRESENÇA DE FATOR ETIOLÓGICO

Por ser a placa bacteriana diretamente relacionada à doença periodontal,


qualquer exame e avaliação periodontal deve levar em conta a extensão e/ou as
características do acúmulo de biofilme dental.
Conseqüentemente, a identificação de condições locais que propiciem a
colonização bacteriana, bem como o padrão e o nível de controle de biofilme
dental devem ser sistematicamente analisados.
Também se deve observar a predisposição local para o acúmulo de placa,
especialmente aspectos relacionados à morfologia do periodonto e a fatores
iatrogênicos.

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PRESENÇA DE FATOR ETIOLÓGICO

A abordagem mais freqüente para mensurar a presença de placa na superfície


dentária é a utilização de índices.
Um dos mais empregados, descrito por SILNESS & LÖE 19(1964), tem registros
que variam de 0 (ausência de biofilme dental) até 3 (presença de biofilme dental
abundante).

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EXTENSÃO DOS DANOS AOS TECIDOS PERIODONTAIS

Nível de Inserção Clínica (NIC) e Profundidade de Sondagem (PS)


A sonda periodontal é usada principalmente para medir tanto o NIC quanto a PS,
embora possa também ser empregada para identificação de sangramento, além
da avaliação de envolvimento de furca.
A PS representa a medida que vai da margem gengival até a porção mais
apical da sonda periodontal;
O NIC reflete a distância da junção esmalte-cemento até a porção mais
apical da sonda periodontal

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Profundidade de Bolsa E Nível de Inserção Clínica

A PS representa a medida que


vai da margem gengival até a
porção mais apical da sonda
periodontal.
O NIC reflete a distância da
junção esmalte-cemento até a
porção mais apical da sonda
periodontal.

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EXTENSÃO DOS DANOS AOS TECIDOS PERIODONTAIS

As mensurações devem ser feitas de


modo suave, ao longo de cada superfície,
com a sonda posicionada paralelamente
ao eixo do dente, exceto nas faces
interproximais, onde é desejável uma
ligeira inclinação.
Durante esse procedimento, devem ser
registrados, em ficha específica, três
pontos na face vestibular e três pontos
na face lingual ou palatina (um ponto
distal, um central e um mesial).
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EXAME DE FURCA

GRAU 01: perda óssea menor que 3mm;


GRAU 02: perda óssea maior que 3mm sem
comunicação lado a lado;
GRAU 03: destruição óssea que determina
um envolvimento lado a lado

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MOBILIDADE DENTAL


GRAU 01: de 0,2 a 1 mm no
sentido horizontal

GRAU 02: Maior que 01 mm no
sentido horizontal

GRAU 03: Maior que 01 mm no
sentido horizontal e vertical

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FASES DO TRATAMENTO PERIODONTAL

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FASES DO TRATAMENTO PERIODONTAL

Fase 01

Fase 02

Fase 03
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FASE 01 – EDUCAÇÃO E MOTIVAÇÃO DO PACIENTE


INSTRUÇÃO DE HIGIENE ORAL E DEBRIDAMENTO MECÂNICO

Auxilio para visualização do biofilme dental (evidenciador de
placa, espelho de mão, fotos, vídeos, etc)

Técnicas de escovação dental + uso do fio dental + uso de
enxaguantes bucais (macromodelos, vídeos, manequim,
álbum expositivo, desenhos infantis, etc)

Profilaxia e Aplicação de flúor

Raspagem supra e subgengival
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL

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FASE 01 – TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA

RASPAGEM SUPRAGENGIVAL e SUBGENGIVAL



A terapia periodontal não-cirúrgica favorece a manutenção de
um periodonto saudável, uma vez que geralmente o
tratamento consiste na raspagem e alisamento radicular
subgengival.

Objetivo: Remover depósitos bacterianos, evitando assim a
progressão da doença

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FASE 01 – TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA


Pode causar dor ou desconforto pós-operatório em alguns
pacientes, o que dificulta a adesão do paciente ao tratamento
e o retorno do mesmo para dar continuidade.

Contudo, é a terapia de primeira escolha, sendo
procedimentos cirúrgicos de acesso ao biofilme subgengival,
restritos a áreas não responsivas ao tratamento conservador,
áreas de difícil acesso, como regiões de furca e áreas de
recessão gengival.
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FASE 01 – TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA


O tratamento da periodontite depende quase que
exclusivamente da remoção e/ou desorganização do biolfilme
supragengival.

Um desfecho esperado ao final do tratamento periodontal
são reduções nas profundidades de sondagem, de bolsa, de
edema e desaparecimento dos sinais clínicos de inflamação

Uma vez finalizado o tratamento “ativo”, o paciente entra
em um estado de manutenção periódica preventiva (MPP)
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FASE 01 – TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA

A estabilidade da doença periodontal é sinônimo de saúde e só


pode ser alcançada através da soma de esforços entre paciente e
profissional
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FASE 01 – TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA

Objetivo a ser alcançado: Eliminação ou controle do principal


fator etiológico da doença periodontal – Biofilme Dental.
Como alcançamos esse objetivo? Traçando nosso plano de
tratamento periodontal.
1. Orientação de higiene bucal
2. Raspagem, alisamento e polimento corono-radicular
3. Remoções dos fatores retentores de biofilme
4.Retorno do paciente
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FASE 01 – TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA

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FASE 01 – TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA

PROTOCOLO CONVENCIONAL

Raspagem e alisamento radicular realizado por quadrantes ou
sextantes, divididos por sessões (consultas), com intervalo de
uma semana entre as sessões.

Finalização do tratamento: 4 a 6 semanas em média.

Reavaliação após 3 meses.

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FASE 01 – TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA

PROTOCOLO CONTEMPORÂNEO – FULL MOUTH DESINFECTION



Objetivo: Eliminar ou reduzir o fator etiológico da doença
periodontal em um curto espaço de tempo, desacelerendo o
processo de recontaminação dos sítios infectados para os não
infectados.

02 sessões com debridamento ultrassônico

Boca toda em um período de 24 horas.

Contra-inidcação: Pacientes com doença sistêmica pré-
existente sem acompanhamento médico.
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ULTRASSOM ODONTOLÓGICO

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REAVALIAÇÃO

Objetivo: Avaliar a resposta tecidual frente aos procedimentos


já realizados na Fase 01.
Como fazemos a reavaliação? Realizando um novo exame
periodontal.
Se estiver bem controlada a próxima fase será de manutenção
e controle e tratamento das sequelas. (Fase 03)
Se existirem necessidades cirúrgicas a próxima fase será de
complementação cirúrgica. (Fase 02)
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FASE 02 – TERAPIA PERIODONTAL CIRÚRGICA

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FASE 03 – TERAPIA DE MANUTENÇÃO

TERAPIA PARA TRATAMENTO DAS SEQUELAS



Encaminhamento do paciente para as especialidades de
dentística, prótese, endodontia e cirurgia oral menor.

Paciente apto para fazer os próximos atendimentos.

Restabelecimento da oclusão e da estética.

Reavaliação e acompanhamento.

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DÚVIDAS?

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