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Patologia bucal e estomatologia para o clínico
Sumário
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LESÕES FUNDAMENTAIS
Conceitos básicos:
Hamartoma: neoformação de tecidos constituintes do local de origem.
Coristoma: neoformação de tecidos ectópicos.
Teratoma: neoformação de tecidos a partir dos três folhetos embrionários (endoderma,
mesoderma, ectoderma).
Manchas ou máculas: área focal de mudança de coloração, não elevada ou deprimida em
relação aos tecidos circunjacentes.
Pápula: lesão sólida, elevada, com menos de 5mm de diâmetro.
Nódulo: lesão sólida, elevada, com mais de 5mm de diâmetro.
Tumor: nódulo maior que 2cm.
Placa: espessamento dos tecidos, que passa a apresentar uma superfície rugosa ou lisa e
consistente à palpação. São bem delimitadas dos tecidos normais, de tamanho variável e de
coloração branca a amarela normalmente.
Vesícula: bolha superficial, com 5mm ou menos, preenchida por líquido claro.
Bolha: vesícula grande, com mais de 5mm de diâmetro.
Pústula: bolha preenchida por exsudato purulento.
Erosão: lesão superficial caracterizada pela perda parcial ou total do epitélio.
Úlcera: lesão caracterizada pela perda do epitélio e exposição do conjuntivo, apresentando-
se deprimida ou escavada.
Exulceração e ulceração: perda epitelial com exposição do conjuntivo e reação inflamatória
tendendo à regeneração.
Necrose: caracteriza-se por aspecto enegrecido, acinzentado ou amarelado,
correspondendo à morte súbita dos tecidos com odor fétido.
Necrobiose: morte gradual dos tecidos acompanhada por reparação tecidual.
Gangrena: necrose tecidual acompanhada de putrefação consecutiva.
Vegetação: crescimento exofítico constituído por elementos variados agrupados, de forma
e tamanho diversos, produzidos por fatores de ordem traumática, tóxica ou infecciosa. Quando sua
superfície sofre ceratinização, denomina-se verrucosidade.
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PARES CRANIANOS
I- NERVO OLFATÓRIO
II- NERVO ÓPTICO
III- NERVO ÓCULOMOTOR
IV- NERVO TROCLEAR
V- NERVO TRIGÊMIO
VI- NERVO ABDUCENTE
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SISTEMA TMN
TUMOR PRIMÁRIO
T1s: carcinoma in situ;
T1: tumor menor ou igual a 2cm em seu maior diâmetro;
T2: tumor maior que 2cm e menor que 4cm;
T3: tumor maior que 4cm;
LINFONODOS REGIONAIS
N0: linfonodos cervicais clinicamente impalpáveis, ou palpáveis sem suspeita de metástase;
N1: linfonodos cervicais homo ou bilaterais clinicamente palpáveis;
N2: linfonodos cervicais contralaterais ou bilaterais clinicamente palpáveis, móveis com
suspeita de metástase;
N3: linfonodos clinicamente palpáveis, fixos, com suspeita de metástase;
METÁSTASE
M0: ausência de metástase;
M1: evidência clínica ou radiográfica de metástase;
ESTADIAMENTO CLÍNICO
Estágio I: TI/N0/M0
Estágio II: T2/N0/M0
Estágio III: T3/N0/M0 ou T1/N1/M0 ou T2/N1/M0 ou T3/N1/M0;
Estágio IV: T1/N2/M0 ou T2/N2/M0 ou T3/N2/M0 ou T1/N3/M0 ou T2/N3/M0 ou qualquer
M1;
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Esses distúrbios de desenvolvimento podem ser de origem pré ou pós-natal, sendo que
podem também ser herdados ou adquiridos.
3. Leucoedema
Representa uma variação da mucosa oral, na qual o tecido envolvido apresenta um
aspecto branco ou acinzentado opalescente.
Nenhum tratamento é necessário.
4. Língua pilosa
Condição incomum caracterizada pelo aumento e hiperceratose das papilas filiformes.
As papilas apresentam pigmentação negra marrom ou amarelada.
Tratamento com higienização e uso de raspadores linguais.
6. Toros e exostoses
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7. Varizes linguais
Veias tortuosas dilatadas que ocorrem na superfície ventral da língua.
Não é necessário tratamento.
8. Fendas Orofaciais
Defeito da fusão do processo nasal mediano com o processo maxilar resulta em fenda
labial. A falha na fusão das prateleiras palatinas resulta em fenda palatina. A fenda palatina pode
estar associada à Sequência de Pierre Robin.
Tratamento com abordagem multidisciplinar.
10. Defeito de Stafne (cisto ósseo latente, cisto ósseo estático, defeito da cortical
lingual mandibular)
Área radiotransparente abaixo do canal mandibular, na região posterior da mandíbula,
entre os molares e o ângulo mandibular. A lesão é bem circunscrita, assintomática e apresenta
borda esclerótica.
Caracteristicamente o defeito de Stafne é estável e necessita apenas proservação.
PRANCH
A 1:
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Cistos do desenvolvimento
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Raro cisto de desenvolvimento que ocorre no lábio superior lateralmente à linha média,
causando uma elevação da asa do nariz. Observado em adultos (4º- 5º década), predileção por
mulheres. O tratamento é a enucleação cirúrgica.
Cisto globulomaxilar
Tumefação flutuante ou firme na linha média do palato duro, posterior à papila incisiva, com
diagnóstico diferencial com o cisto do ducto nasopalatino. O tratamento é a enucleação.
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que pode ou não estar relacionada com inflamação. Associação com a Síndrome de Gardner. O
tratamento é a enucleação.
Cisto dermoide
Forma cística benigna de teratoma. Ocorre mais comumente na linha média do assoalho da
boca. Podem produzir elevação da língua ou a aparência de queixo duplo dependo da localização.
Comuns em crianças e adultos jovens com relatos de cistos congênitos. Faz diagnóstico diferencial
com a Rânula (cisto de retenção salivar). A forma de tratamento é a enucleação.
Ocorre na linha média desde o forame cego na língua até chanfradura supra-esternal (60 a
70% ocorrem abaixo do osso hioide). Predileção por adultos jovens manifestando-se como uma
tumefação móvel, flutuante e indolor, a menos que se complique por uma infecção secundária.
Tratamento cirúrgico pela técnica de Sistrunk (remoção do cisto juntamente com parte do osso
hioide).
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trigonocefalia (crânio em forma de trevo) Radiograficamente o crânio aparece com marcas similares
a “metal martelado”. A cranectomia precoce costuma ser necessária.
PRANCHA 2:
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ANOMALIAS DENTÁRIAS
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Hipoplasia por terapia antineoplásica: a terapia por radioterapia localizada na cabeça e/ou
pescoço pode levar a agressões aos ameloblastos durante a formação do elemento dentário e
resultar em hipoplasias.
Hipoplasia sifilítica: a sífilis produz alterações específicas no esmalte dos incisivos e
molares permanentes (Dentes de Hutchinson, molares de Moon ou de Fournier), devido à infecção
do germe dentário por espiroquetas.
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*Número
Anodontia: ausência congênita de todos os elementos dentários.
Hipodontia: ausência congênita no arco dentário de alguns dentes.
Oligodontia: ausência congênita de 06 ou mais dentes.
Hiperdontia: anomalia resultante de atividade anormal contínua da lâmina dentária, levando
à formação de brotos dentários supranumerários.
Exemplos de supranumerários: mesiodente, distomolar, paramolar, dentes natais, dentes
neonatais;
*Tamanho
Microdontia: dentes de tamanho menor quando comparados com o normal.
Macrodontia (megalodontia): dentes de tamanho maior quando comparados com o
normal.
* Podem estar afetados nestas situações apenas um dente ou todos os dentes da arcada.
*Forma
Geminação: formação ou a tentativa de formar dois dentes a partir de um único germe
dentário.
Fusão: união física de dois germes dentários resultando em um único dente.
Concrescência: união dentária através do tecido cementário.
Cúspides acessórias: representam cúspides extras quando comparadas com a anatomia
dentária normal.
*Exemplos: Tubérculo de Carabelli, cúspides de Bolk (tubérculos paramolares), cúspide em
garra – cúspide acessória em incisivos e caninos, dente evaginado – cúspide acessória em pré-
molares.
Dente invaginado (dens in dente, odontoma dilatado): anomalia caracterizada por uma
cúspide lingual proeminente e uma fissura localizada centralmente, resultante de uma invaginação
precoce do epitélio do esmalte dentro da papila dentária.
Esmalte ectópico (pérolas de esmalte, extensões cervicais de esmalte): depósitos
ectópicos de esmalte observados nas raízes dos elementos dentários.
Taurodontia: alteração normalmente observada em dentes multirradiculares,
caracterizando-se por uma coroa prolongada e furca radicular localizada mais apicalmente,
resultando na formação de câmaras pulpares mais alargadas. Associada às seguintes alterações:
Síndrome de Klinefelter, Hipofosfatasia, Displasia Ectodérmica.
Hipercementose: representa a aposição anormal de cemento radicular. Pode ser
observada na Doença óssea de Paget, em alguns casos de inflamação periapical crônica ou em
alguns dentes sem – função ou não erupcionados.
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Dilaceração: refere-se a uma curvatura excessiva na área cervical radicular dos dentes
afetados.
*Estrutura
Amelogênese imperfeita
Compreende um grupo complexo de condições hereditárias que demonstram alterações de
desenvolvimento na estrutura do esmalte na ausência de uma alteração sistêmica. Em geral o
desenvolvimento do esmalte pode ser dividido em três estágios: Formação da matriz orgânica,
mineralização da matriz, maturação do esmalte, sendo assim os defeitos hereditários divididos
em hipoplásico, hipocalcificado e hipomaturado.
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Displasia dentinária
Trata-se de um raro traço autossômico dominante que afeta a qualidade e a quantidade da
dentina.
Divide-se em Tipo I e Tipo II:
Displasia dentinária tipo I (Displasia dentinária radicular, dentes sem raízes)
O esmalte e a dentina coronária são clinicamente normais, mas a dentina radicular perde
toda a organização e é fortemente diminuída.
Displasia dentinária tipo II (Displasia dentinária coronária, Corola de cardo)
Clinicamente os dentes decíduos apresentam uma transparência que varia do azul ao âmbar
e ao marrom. Os dentes permanentes exibem coloração da coroa clínica normal, mas
radiograficamente as câmaras pulpares mostram aumento significativo e a presença de numerosos
cálculos pulpares.
PRANCHA 3:
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1-TIPOS DE DENTINA
Dentina primária: formada até o término da formação da raiz.
Dentina secundária: formada após a formação da raiz. Padrão tubular irregular, formação
lenta.
Metamorfose calcifica: deposição de mineral dentro dos túbulos, relacionada à idade e a
estímulos externos, podendo levar a obliteração pulpar.
Dentina secundária reparativa (irregular ou terciária): formada em resposta a um
estímulo externo. Padrão atubular, formação rápida.
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2-PULPITE
A pulpite se apresenta clinicamente como uma dor que pode ser aguda ou crônica, com base
na duração e na gravidade dos sintomas relatados pelo paciente.
Estímulos relacionados com a inflamação pulpar: Dano mecânico, injúria térmica, irritação
química, efeitos bacterianos.
Pulpite reversível – hiperemia: a dor é provocada por alimentos doces e ácidos, a polpa
ainda não foi exposta pela cárie e a sensibilidade à percussão é ausente ou muito discreta.
Pulpite irreversível – necrose focal: a dor pode surgir espontaneamente, aumentando em
contato com o calor. O teste de percussão tem resultado negativo na grande maioria das vezes.
Pulpite crônica hiperplásica (Pólipo pulpar) – tecido de granulação inflamado: é uma
inflamação crônica e irreversível da polpa, que acomete crianças e adultos jovens em resposta a
grandes exposições pulpares por trauma ou cárie.
Necrose pulpar: a necrose pulpar pode suceder tanto a pulpite quanto a injúria traumática
aos vasos sanguíneos apicais, cortando o suprimento sanguíneo levando a ausência de
sensibilidade dolorosa ou, até mesmo, dor intensa. A resposta ao teste de sensibilidade é negativa.
Existem sinais radiográficos em casos mais avançados.
Tratamento: A pulpite reversível é tratada pela remoção do irritante local; as pulpites
irreversíveis e crônicas hiperplásica são tratadas pelo tratamento endodôntico ou extração do dente
associado.
3-CALCIFICAÇÕES PULPARES
Nódulo pulpar: calcificações no interior da polpa, assintomáticas, podendo ser detectadas
radiograficamente.
Tipos: Aderentes – livres – Intersticiais – Agulhas calcificadas
Calcificação difusa: calcificação total ou parcial da cavidade pulpar.
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ABSCESSO PERIAPICAL
Corresponde ao acúmulo de células inflamatórias agudas no ápice de um dente necrosado.
Podem ser divididos em sintomáticos (agudos) e assintomáticos (crônicos), apresentando
radiograficamente um espessamento do ligamento periodontal apical e/ou uma radiotransparência
mal definida no ápice do dente necrosado. Nos estágios iniciais existe uma sensibilidade à
percussão, com a progressão, a dor torna-se intensa com extrusão do dente e tumefação dos
tecidos. Pode ocorrer disseminação da secreção purulenta através dos espaços medulares
(osteomielite) ou perfurar a cortical e difundir-se através dos tecidos moles (celulite). Esse material
purulento pode drenar através de uma fístula intra-oral (parúlide ou furúnculo gengival) ou drenar
por uma fístula extra-oral (fístula cutânea). O tratamento consiste em drenagem e eliminação do
foco infeccioso.
CELULITE (Flegmão)
A celulite é uma infecção disseminada das camadas mais profundas da pele e, algumas
vezes, atinge os tecidos localizados abaixo delas. Mais frequentemente, a celulite ocorre como
consequência de uma infecção estreptocócica ou, sobretudo após uma lesão de uma infecção
estafilocócica.
Angina de Ludwig: é um processo infeccioso que consiste em uma celulite do tecido
conectivo cervical e assoalho da boca, normalmente de origem dentária. No seu início há apenas
edema e dor local, mas a infecção se difunde rapidamente levando ao aumento de volume
significativo na região de assoalho de boca, sendo a característica mais importante a celulite
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OSTEOMIELITE
Corresponde a um processo inflamatório agudo ou crônico nos espaços medulares ou nas
superfícies corticais do tecido ósseo que se estende além do sítio inicial de envolvimento. A maioria
dos casos envolve a mandíbula com acometimento maior em homens, resultante primariamente de
um abscesso periapical associado à necrose pulpar ou a uma injúria física (trauma) como segunda
causa mais comum.
Osteomielite aguda: o paciente apresenta febre, leucocitose, linfadenopatia, dor,
tumefação dos tecidos, a presença de sequestros ósseos (invólucrum) é rara, radiotransparências
mal definidas.
Tratamento: antibioticoterapia e drenagem.
Osteomielite crônica: presença de tumefação, dor, formação de fístulas, drenagem
purulenta, sequestros ósseos, perda de dentes, fratura patológica. As radiografias revelam
radiotransparência mal definida, irregular, com sequestros radiopacos.
Tratamento: intervenção cirúrgica, antibioticoterapia endovenosa em altas doses.
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DOENÇAS DO PERIODONTO
A gengivite é relacionada à inflamação limitada aos tecidos moles que circundam os dentes,
excluindo todos os processos inflamatórios que se estendem à crista alveolar, ao ligamento
periodontal ou ao cemento.
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Doenças gengivais
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-lesões mucocutâneas: líquen plano, penfigoide, pênfigo vulgar, eritema multiforme, lúpus
eritematoso.
-reações alérgicas: materiais restauradores dentários (mercúrio, níquel, acrílico, outros),
pasta de dentes, enxaguatórios bucais, aditivos nas gomas de mascar, aromatizantes, alimentos e
cosméticos.
Lesões traumáticas: podem ser factícias (produzidas por métodos artificiais: trauma da
escovação, resultando em ulceração e retração gengival), iatrogênicas (causadas pelo
cirurgiãodentista ou outro profissional de saúde) e acidentais (queimaduras de alimentos e bebidas
quentes).
PERIODONTITES
Periodontite crônica:
A periodontite crônica é associada ao acúmulo de placa e cálculo e geralmente tem um curso
de progressão lento a moderado.
Periodontite agressiva:
A periodontite agressiva difere da forma crônica pela rapidez na sua progressão, ausência
de grandes acúmulos de placa e cálculo e uma história familiar de doenças agressivas.
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Abscessos do periodonto:
Os abscessos periodontais são infecções purulentas localizadas nos tecidos de proteção e
suporte dentários, sendo classificados de acordo com o tecido de origem.
Abscesso gengival: infecção localizada nos tecidos de proteção do dente.
Abscesso periodontal: infecção localizada nos tecidos de sustentação do dente.
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Trauma oclusal
Quando forças oclusais excedem a capacidade de adaptação dos tecidos, o resultado será
a injúria tecidual. Esta injúria resultante é chamada de trauma de oclusão.
Primário: quando o trauma incide em um periodonto normal com altura de osso normal.
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Secundário: quando o trauma incide em um periodonto normal com altura óssea reduzida
(sequela de doença periodontal passada) ou em um periodonto com doença periodontal ativa e
altura óssea reduzida.
Tratamento: remoção do trauma oclusal e tratamento da doença periodontal em caso de
atividade de doença. Lembre-se que o trauma oclusal NÃO causa doença periodontal.
DOENÇAS PERIIMPLANTARES
ESPAÇO BIOLÓGICO 1:
*Sulco: 0,69mm
*Epitélio juncional: 0,97mm
*Inserção conjuntiva: 1,07mm
ESPAÇO BIOLÓGICO 2:
*Sulco : 0,5mm a 1mm
*Epitélio juncional : 1,5mm +/- 0,5mm
*Adesão conjuntiva: 1,5mm +/- 0,5mm
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PRANCHA 5:
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CISTOS ODONTOGÊNICOS
Representam os cistos dos maxilares que são limitados por epitélio que se origina do
epitélio odontogênico.
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CISTOS DE DESENVOLVIMENTO
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CISTOS INFLAMATÓRIOS
Cisto periapical (radicular): esses cistos representam as lesões císticas mais comuns nos
ossos gnáticos e estão sempre associadas com o ápice de dentes sem vitalidade. É uma lesão
geralmente bem circunscrita e pode estar circundada por uma margem periférica radiopaca contínua
à lâmina dura do dente associado. O dente envolvido deve ser tratado endodonticamente ou
extraído, sendo neste último caso a lesão curetada e removida.
Cisto periapical (radicular) residual: é um cisto radicular que permaneceu no osso gnático
e não se resolveu após a extração do dente envolvido. A lesão deve ser removida cirurgicamente.
TUMORES ODONTOGÊNICOS
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Ameloblastoma
Carcinoma odontogênico de células claras
Tumor odontogênico adenomatoide (*A OMS classifica-o como tumor misto)
Tumor odontogênico epitelial calcificante
Tumor odontogênico escamoso
AMELOBLASTOMA
São tumores que se originam do epitélio odontogênico, de crescimento lento, curso benigno
na sua maioria, dividindo-se em:
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Ameloblastoma unicístico:
Corresponde a 10-15% dos ameloblastomas intra-ósseos, encontrados em pacientes mais
jovens (principalmente na 2a década de vida) com média de idade de 23 anos e com preferência
pela região posterior da mandíbula. A lesão aparece como uma imagem radiolúcida que pode
circundar a coroa de um dente (3o molar incluso). No exame histopatológico esse tipo de
ameloblastoma é dividido em luminal, intraluminal e mural dependendo da localização das células
ameloblásticas. Esses tumores são normalmente removidos pela enucleação; um
acompanhamento rigoroso serve para possíveis recidivas que serão tratadas por ressecção local.
Ameloblastoma periférico (extra-ósseo):
Origina-se provavelmente de restos da lâmina dentária abaixo da mucosa bucal, ou de
células epiteliais da camada basal do epitélio da mucosa. Apresenta-se como uma lesão
pedunculada ou séssil, não-ulcerada e indolor na região da mucosa alveolar ou gengiva
principalmente posterior em pacientes com idade média de 52 anos. A lesão é removida com
excisão cirúrgica local.
Ameloblastoma maligno: tumor que mostra características histopatológicas de
ameloblastoma sólido convencional no tumor primário, porém apresenta metástase.
Carcinoma ameloblástico: termo reservado para um ameloblastoma que tenha
características celulares de malignidade tanto no tumor primário, na recorrência ou em qualquer
metástase.
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TUMORES ODONTOGÊNICOS
FIBROMA AMELOBLÁSTICO
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É considerado o verdadeiro tumor misto, pois o tecido epitelial e mesenquimal são ambos
neoplásicos. São tumores diagnosticados nas duas primeiras décadas de vida, mais comuns em
homens, com localização preferencial pela região posterior da mandíbula. Radiograficamente
observa-se uma transparência unilocular ou multilocular dependendo do tamanho da lesão, com
margens bem definidas e esclerosadas, estando associados com um dente incluso em 75% dos
casos. O fibroma ameloblástico apresenta-se como uma massa sólida de tecido mole com superfície
externa lisa no aspecto macroscópico e microscopicamente apresenta cordões de epitélio
odontogênico estreitos e longos, num estroma mesenquimal primitivo rico em células ovoides ou
estreladas imitando a papila dentária em desenvolvimento. O tratamento consiste em excisão local
conservadora, em caso de recidiva deve-se optar por uma excisão cirúrgica mais agressiva.
FIBRO-ODONTOMA AMELOBLÁSTICO
É definido com um tumor com os aspectos gerais do fibroma ameloblástico, porém contendo
também esmalte e dentina. Aparece em crianças com média de idade de 10 anos, com prevalência
maior nas regiões posteriores dos ossos maxilares, podendo apresentar tumefação e dor nas lesões
maiores. Radiograficamente observa-se um defeito radiotransparente unilocular (maioria) bem
circunscrito que contém quantidade variável de material calcificado com radiodensidade de estrutura
dentária, estando associado a um dente incluso em grande porcentagem dos casos.
O tratamento é a curetagem conservadora.
ODONTOAMELOBLASTOMA
É um tumor odontogênico raro que possui um componente ameloblastomatoso associado
com elementos semelhantes ao odontoma. A lesão parece ocorrer mais na mandíbula de pacientes
jovens que relatam dor, erupção retardada de dentes e expansão do osso afetado.
Radiograficamente o tumor apresenta uma área radiotransparente que contém estruturas
calcificadas semelhantes aos odontomas.
O tratamento consiste na ressecção marginal com margem de segurança.
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ODONTOMAS
Representam os tipos mais comuns de tumores odontogênicos sendo considerados
anomalias de desenvolvimento (hamartomas) e dividem-se em odontomas compostos e
complexos.
A maioria das lesões é encontrada durante as duas primeiras décadas de vida com média
de idade de 14 anos, com maior frequência na maxila.
O odontoma composto assemelha-se a uma coleção de estruturas semelhantes a dentes
aparecendo mais na região anterior da maxila e o odontoma complexo a uma massa calcificada
com uma estreita margem radiotransparente, normalmente associada a dentes inclusos,
localizando-se mais na região posterior da maxila. Ocasionalmente um cisto dentígero pode se
desenvolver do limitante epitelial da cápsula fibrosa de um odontoma complexo.
O tratamento é excisão cirúrgica local.
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MIXOMA ODONTOGÊNICO
A média de idade dos pacientes com esta lesão é de 25 a 30 anos, podendo ser encontrado
em quase todas as regiões dos maxilares. Radiograficamente apresenta-se como uma lesão
radiotransparente multilocular (maioria) ou unilocular, que pode causar reabsorção ou
deslocamento dos dentes envolvidos. As margens do tumor são irregulares ou festonadas, com
presença de finas trabéculas ósseas, arranjando-se em ângulo reto uma com as outras (aparência
de “raquete de tênis” ou de “degraus de uma escada”) ou loculações maiores semelhantes a “bolhas
de sabão”.
O aspecto macroscópico é de uma estrutura frouxa gelatinosa e microscopicamente o tumor
é constituído por células redondas e fusiformes com arranjo estrelado, dispostas em um estroma
mixoide frouxo, com poucas fibrilas colágenas.
As lesões menores são removidas por curetagem com subsequente proservação periódica.
Lesões maiores são tratadas por ressecção mais extensa, pois as lesões não são encapsuladas e
infiltram o osso subjacente.
PRANCHA 6:
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1- LINHA ALBA
Representa uma linha branco-acinzentada que ocorre ao longo da mucosa jugal no nível do
plano oclusal bilateralmente. A lesão é relacionada ao trauma oclusal e pode também estar
associada à pressão negativa intra-oral que faz a sucção da mucosa jugal para o espaço entre os
dentes superiores e inferiores. Não requer tratamento.
2- MORSICATIO BUCCARUM
É uma injúria auto-induzida na qual o paciente habitualmente morde ou suga a mucosas
jugal. A mucosa apresenta um aspecto branco-acinzentado de maceração ou fragmentação,
caracterizado por áreas irregulares de descamação e pequenas erosões. O tratamento é estimular
o paciente a abandonar o hábito.
3- ULCERAÇÕES TRAUMÁTICAS
A causa mais comum dessas úlceras é o trauma auto-induzido, no qual o paciente
inadvertidamente morde a mucosa, o lábio, a língua, etc. São facilmente diagnosticadas pela história
e características clínicas e normalmente cicatrizam em algumas semanas se o agente irritante for
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removido (restaurações, próteses, etc.). Uma úlcera que não cicatriza requer a realização de biópsia
para descartar a possibilidade de malignidade.
Algumas ulcerações traumáticas da mucosa oral são associadas a uma intensa reação
inflamatória pseudo-invasiva que se estende profundamente no tecido conjuntivo fibroso com
numerosos eosinófilos e histiócitos sendo denominadas úlceras eosinofílicas ou granulomas
traumáticos. Ainda em crianças pode ocorrer a Doença de Riga-Fede que constitui uma forma
distinta de granuloma traumático que aparece na superfície ventral da língua, decorrente de trauma
produzido pelos incisivos inferiores decíduos ou dentes natais durante a alimentação. É
recomendada a biópsia nestas situações para estabelecer o diagnóstico e o uso de protetores nos
dentes anteriores nos casos de Doença de Riga-Fede.
Na Síndrome de Munchausen, os pacientes podem intencionalmente produzir danos a si
próprios para procurar atendimento médico ou odontológico com o desejo de atenção, simpatia ou
para obtenção de drogas. Estes pacientes devem ser encaminhados para aconselhamento
psiquiátrico.
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como efeito direto sobre as glândulas salivares dentro área de irradiação. A alteração do fluxo salivar
contribui para formação de lesões cariosas denominadas cárie de radiação.
Outros efeitos colaterais são a perda do paladar (hipogeusia), trismo, candidíase,
possibilidade de desenvolvimento de osteoradionecrose, anormalidade de desenvolvimento
(hipoplasias radiculares), hemorragias decorrentes da quimioterapia, dermatite e doença
periodontal.
Durante e após o tratamento antineoplásico, os cuidados da boca consistem no uso de
soluções para bochecho e antibióticos para tratamento da mucosite, substitutos da saliva e
sialogogos para tratar a xerostomia, realização frequente de profilaxia e aplicações tópicas de flúor
para prevenir a cárie e a doença periodontal e prescrição de exercícios, visando evitar o trismo.
7- QUEILITE ESFOLIATIVA
A queilite esfoliativa é uma desordem inflamatória crônica superficial da área do vermelhão
do lábio caracterizada por hiperceratose e descamação persistente. Pode ser um processo
autônomo ou decorrente de diversos fatores, como disfunção tireoideana, familiar, ou ainda ser um
eczema idiopático. No entanto, apesar da etiologia permanecer desconhecida, esta é, em geral,
associada ao hábito repetido de morder os lábios (queilite factícia). É predominante em meninas
e mulheres jovens e a maioria tem algum tipo de distúrbio de personalidade.
Para o tratamento da queilite esfoliativa prescreve-se, em alguns casos, corticosteroides
tópicos, tranquilizantes e psicoterapia.
8- HEMORRAGIA SUBMUCOSA
A hemorragia submucosa é causada pela ruptura de vasos sanguíneos que pode ocorrer
em consequência de um trauma, cirurgia, ou alguma forma de discrasia sanguínea (hemofilia,
trombocitopenia, leucemia ou terapia anticoagulante). Uma petéquia representa uma área plana
pequena de sangramento localizada, ao passo que uma equimose é uma área de hemorragia maior,
também não elevada. O hematoma é o acúmulo localizado de sangue extravasado para os espaços
teciduais que produz aumento de volume. Essas áreas normalmente organizam-se com tecido de
granulação e se resolvem sem tratamento. Hematomas grandes podem requerer intervenção
cirúrgica com incisão e drenagem.
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onde muitas vezes observam-se partículas de amálgama no interior dos tecidos. A remoção
cirúrgica é indicada em casos de comprometimento estético.
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PRANCHA 7:
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INFECÇÕES BACTERIANAS
2- DIFTERIA
Doença produzida pelo Corynebacterium diphitheriae (bacilo de Klebs – Löffler) que
afeta as superfícies mucosas, podendo produzir exsudatos nas regiões nasal, amigdaliana,
faringiana, laringotraqueal, conjuntival ou genital. O exsudato orofaringiano inicia-se em uma ou em
ambas as amígdalas como uma mancha branco-amarelada, fina, que se espessa para formar uma
cobertura aderente acinzentada, levando a uma linfoadenopatia cervical que se significativa, é
conhecida como pescoço de touro. As complicações são miocardite e dificuldade neurológica.
O tratamento consiste em administrar antitoxina diftérica e antibióticos (penicilina,
eritromicina).
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3- SÍFILIS (LUES)
É uma infecção crônica causada pelo Treponema pallidum que prossegue classicamente
por três estágios:
Sífilis primária: caracterizada pelo cancro (lesão papular com ulceração central) que se
desenvolve no local da inoculação (lábios, língua, palato, gengiva) do microorganismo e
linfoadenopatia bilateral. Se não tratada a lesão regride em 3 a 8 semanas.
Sífilis secundária: ocorre o aparecimento de sintomas sistêmicos, erupções
maculopapulares (roséolas sifilíticas), placas mucosas (localizadas na língua, lábios, mucosa jugal
e palato), condilomata lata (lesões papilares semelhantes aos papilomas virais), e em situações que
existe um comprometimento do sistema imunológico, pode-se desenvolver a lues maligna (sífilis
disseminada).
Sífilis terciária: após o segundo estágio desenvolve-se um período assintomático
denominado sífilis latente. Esse terceiro estágio representa o período mais grave em que temos
envolvimento do sistema vascular e nervoso (tabes dorsalis). Clinicamente aparecem as gomas
sifilíticas (infamação granulomatosa principalmente em palato e língua), a glossite intersticial (a
língua apresenta-se aumentada, lobulada e irregular) e a glossite luética (atrofia difusa da língua).
Sífilis congênita: está associada à infecção dos bebês que em países de terceiro mundo
ainda constituem causa de aborto, natimortos e infecções neonatais. As crianças infectadas
apresentam dentes de Hutchinson (incisivos em forma de pá), molares de Fournier (molares de
Moom – a oclusal destes dentes assemelha-se a uma amora), queratite ocular intersticial, surdez
do VIII par craniano, sinal de Higoumenaki (aumento da clavícula em direção ao osso esterno),
rágades (fissuras periorais), articulação de Clutton (sinovite indolor), tíbia de sabre (má formação
da tíbia semelhante aos dentes do tigre dentes-de-sabre). O diagnóstico é confirmado pelos exames
laboratoriais: microscopia em campo escuro, pesquisa laboratorial de doenças venéreas – VDRL e
o plasma reagente rápido – PRR. O tratamento de escolha é a penicilina.
4- GONORRÉIA
Doença sexualmente transmissível produzida pela Neisseria gonorrhoeae. Complicações:
doença pélvica inflamatória, mialgia, artralgia, poliartrite e dermatite; as lesões dermatológicas
consistem em pápulas e pústulas hemorrágicas. As lesões orais correspondem a ulcerações, dor
de garganta, eritema orofaringeano e pústulas puntiformes disseminadas. Pode estar associada à
uretrite causada por Chlamydia trachomatis.
O tratamento é feito com ceftriaxona e doxiciclina.
5- TUBERCULOSE
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Doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium tuberculosis que se divide em:
Tuberculose primária: que ocorre em pessoas não expostas ao microorganismo
previamente e quase sempre envolve os pulmões.
Tuberculose secundária: na qual os pacientes progridem da infecção para doença ativa,
podendo ocorrer disseminação difusa através do sistema vascular (tuberculose miliar). A
progressão da tuberculose em alguns casos leva a consumação e o envolvimento da pele chama-
se lúpus vulgar.
As lesões orais são descritas como uma úlcera crônica e indolor recoberta por uma
pseudomembrana amarelo-acinzentada ocorrendo mais comumente na língua, palato e lábios,
lesões gengivais em granulação, presença de áreas leucoplásicas nodulares e/ou granulares e
ainda pode ocorrer associação com um aumento regionalizado dos linfonodos com fistulação
(escrófula).
O diagnóstico é feito através do exame microscópico direto do escarro, exame radiológico,
prova tuberculínica e exame histopatológico (a lesão apresenta-se como um granuloma, geralmente
com necrose de caseificação e infiltrado histiocitário de células multinucleadas).
O tratamento consiste em esquema tríplice de isoniazida, pirazinamida e rifampicina por 2
meses e após mais 4 meses com rifampicina e isoniazida.
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8- ACTINOMICOSE
Doença causada principalmente pelo Actinomyces israelli que na região cérvico – facial
apresenta a descrição clássica de uma área endurecida de fibrose, com aspecto lenhoso, podendo
formar uma área macia de abscesso com formação de fístula com descarga de grande quantidade
de estruturas amareladas chamadas grânulos sulfúricos. A região do ângulo da mandíbula é a área
mais afetada.
O tratamento dá-se pela drenagem e excisão do trajeto fistuloso com associação de
penicilina por 5 a 6 semanas.
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1- CANDIDÍASE (Candidose)
Representa a infecção fúngica bucal mais comum no homem, tendo como etiologia a
Candida albicans na grande maioria dos casos. A maioria das espécies Candida é dimórfica e
existe na forma de leveduras ovoides ou hifas. O reservatório primário do microorganismo em
portadores é a língua. Suas manifestações clínicas são extremamente variadas e dependem de três
fatores gerais: imunocompetência, meio ambiente oral, resistência ao fungo.
O diagnóstico é dado pela presença das hifas do fungo em esfregaços ou em cortes
histológicos da lesão, além das evidências clínicas.
A doença é representada por diversas formas clínicas:
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2- HISTOPLASMOSE
Infecção fúngica causada pelo Histoplasma capsulatum que se divide em histoplasmose
aguda, crônica e disseminada.
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3- BLASTOMICOSE
É uma infecção quase sempre adquirida pela inalação dos esporos do Blastomicis
dermatitidis.
A Blastomicose aguda lembra a sintomatologia de uma pneumonia e a Blastomicose
crônica apresenta lesões que se iniciam como nódulos eritematosos que aumentam e tornam-se
verrucosos a partir da disseminação da doença pelos pulmões. As lesões orais podem se
apresentar com uma superfície intacta eritematosa ou branca e irregular, ou podem aparecer como
ulcerações de bordas elevadas irregulares e dor variável.
A identificação do microorganismo através da citologia esfoliativa ou do histopatológico leva
ao diagnóstico.
O tratamento é feito com Itraconazol e em casos graves a Anfotericina B.
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6- CRIPTOCOCOSE
Doença fúngica causada por Cryptococcus neoformans que representa um grave
problema para os pacientes imunossuprimidos. A doença nestes pacientes dissemina-se
envolvendo as meninges, pele, osso e próstata causando cefaléia, vômito e rigidez do pescoço.
As lesões cutâneas apresentam-se como pápulas eritematosas ou pústulas e as lesões orais
são descritas como úlceras crateriformes que não cicatrizam, com consistência mole à palpação.
O diagnóstico é feito através da titulação dos anticorpos sanguíneos, da cultura e da análise
histopatológica e o tratamento consiste na combinação de Anfotericina B com outros antifúngicos.
8- ASPERGILOSE
Representa a segunda infecção fúngica em frequência, causada principalmente pelo
Aspergillus fumigatus.
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No hospedeiro hígido podemos encontrar uma Sinusite fúngica alérgica ou uma infecção
no seio maxilar com a presença de Aspergilomas que são massas de hifas do fungo. Estes
aspergilomas podem sofrer calcificação distrófica dentro do seio maxilar denominando-se antrólitos
e tornarem-se radiopacos, sendo visíveis nas tomografias e ortopantomografias.
Na cavidade oral o aspecto é de ulcerações gengivais dolorosas e tumefação difusa de
coloração violácea ou acinzentada do palato e secreção nasal. Algumas vezes estas manifestações
aparecem após procedimentos odontológicos como extrações dentárias e tratamentos
endodônticos, principalmente nas regiões posteriores. Se não tratada a infecção, ocorre extensa
necrose do palato, observada como uma úlcera amarela ou negra com tumefação facial.
A Aspergilose invasiva ocorre em pacientes imunocomprometidos com sintomas de dor
torácica, febre e tosse.
O diagnóstico é feito através de exames radiográficos, cultura e biópsia dos seios da face
ou das outras lesões associadas e titulação dos anticorpos no sangue. O tratamento depende da
gravidade da doença. Pacientes com aspergilose não invasiva, debridamento cirúrgico associado
ao itraconazol é indicado; aqueles com sinusite fúngica alérgica associam-se corticosteroides,
itraconazol e debridamento cirúrgico e finalmente a aspergilose invasiva é tratada com
debridamento e administração de Anfotericina B.
9- TOXOPLASMOSE
Doença causada por um protozoário (Toxoplasma gondii) que pode ser fatal para
pacientes imunossuprimidos e para o feto em desenvolvimento (Toxoplasmose congênita –
cegueira, retardo mental e motor).
As manifestações da infecção podem incluir a encefalite necrosante com comprometimento
grave do SNC, pneumonia, miosite ou miocardite.
Em pacientes hígidos a doença normalmente é descoberta pela investigação dos linfonodos
(principalmente os linfonodos jugais) pelo profissional.
É importante orientar as gestantes para evitar a ingestão de carne crua e o contato com
gatos até o nascimento do bebê, evitando a contaminação.
O tratamento para pacientes hígidos é apenas acompanhamento, mas para as gestantes e
os pacientes imunocomprometidos deve fazer uso de sulfadiazina e pirimetamina.
PRANCHA 9:
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CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA (1ª), CANDIDÍASE ERITEMATOSA
(2ª), GLOSSITE ROMBOIDAL MEDIANA (3ª) Fonte: http://www.oralcancerfoundation.org
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INFECÇÕES VIRAIS
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Viral; Bacteriana;
Crianças; 15-30 anos;
Gengiva e mucosa oral; Papilas interdentais e gengiva
Múltiplas vesículas que se marginal;
rompem, resultando em úlceras; Ulcerações, necrose e placas
Febre; branco-amareladas, halitose;
Duração de 1-2 semanas; 1-2 dias se tratada;
Sem destruição permanente dos Destruição permanente dos
tecidos tecidos;
VARICELA (Catapora)
A fase sintomática da infecção do VZV (Vírus varicela zoster) geralmente se inicia com mal-
estar, faringite e rinite seguida por exantema pruriginoso. As lesões da pele progridem através dos
estágios de eritema, vesícula, pústula e crosta endurecida. As lesões orais se apresentam como
vesículas branco-opacas que se rompem e formam ulcerações no palato, na mucosa jugal e na
gengiva.
O tratamento é muitas vezes paliativo (analgésicos e antipiréticos) ou associado com
antivirais orais (aciclovir) na fase prodrômica. Evitar o uso dos salicilatos (AAS) devido a
possibilidade de desenvolvimento da Síndrome de Reye - doença grave que acomete crianças com
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HERPES-ZOSTER (Cobreiro)
As características desta infecção causada pelo VZV (HHV tipo 3 – Herpes vírus humano tipo
3) dividem-se em prodrômica, aguda e crônica.
Dor prodrômica intensa que precede a erupção cutânea que tende a seguir o trajeto do nervo
afetado normalmente unilateral, terminando na linha média. As lesões orais assemelhamse às da
catapora, iniciando como vesículas que ulceram e formam crostas dentro de sete a dez dias. O
envolvimento da maxila pode levar a desvitalização de dentes e necrose óssea; o envolvimento
ocular pode levar à cegueira. A infecção pode ser parte da Síndrome de Ramsay Hunt (paralisia
facial, vertigem, deficiência auditiva).
A maior morbidez é o desenvolvimento de neuralgia pós-herpética que pode perdurar por
anos, extremamente debilitante devido aos episódios de dor intensa.
O tratamento inicial com antivirais acelera o processo de cicatrização, reduzindo a duração
da dor aguda e da neuralgia pós – herpética.
CITOMEGALOVÍRUS
O Citomegalovírus (Herpes vírus humano tipo 5 – HHV tipo 5) causa na infecção neonatal a
hepatoesplenomegalia, eritropoiese cutânea extramedular, trombocitopenia e encefalite significativa
podendo levar a hipoplasia no esmalte dentário.
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A infecção aguda no adulto leva a febre, mal-estar, mialgia. O envolvimento das glândulas
maiores leva a aumento clínico evidente e xerostomia. As lesões orais representam ulcerações
crônicas.
Os modos comuns de transmissão incluem relação sexual, material contaminado para a
injeção de drogas, transfusão sanguínea e transmissão perinatal (vertical).
No exame histopatológico as células endoteliais vasculares apresentam-se com o aspecto
de “olhos de coruja” devido a grande dilatação celular.
O tratamento é indicado para pacientes imunocomprometidos (ganciclovir).
ENTEROVIROSES
A maioria dos casos aparece no verão ou no início do outono, nas áreas tropicais, com má
higiene e aglomerações.
7-SARAMPO
É produzido por um paramixovírus e a maioria dos casos ocorre na primavera e se dissemina
através de gotículas produzidas pela respiração.
A infecção prodrômica inicia-se com febre, mal-estar, coriza, conjuntivite e tosse. A erupção
cutânea dura de 4 a 7 dias.
A manifestação oral mais comum é representada pelas manchas de Koplik (pequenas
máculas branco-azuladas normalmente na mucosa jugal próxima à altura dos segundos molares
superiores).
Podem também ocorrer candidíase, gengivite necrosante aguda, estomatite necrosante e/ou
hipoplasia do esmalte associadas, dependendo do comprometimento sistêmico do paciente.
Tratamento: vacinação (vacina tríplice), analgésicos e antipiréticos (evitar salicilatos).
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AIDS (SIDA)
Causada pelo HIV (Vírus da imunodeficiência humana), sendo a principal célula alvo o
linfócito T CD4 + auxiliar, resultando em perda da função imunológica. Em alguns pacientes, antes
que a AIDS se manifeste mais claramente, ocorre um período de febre crônica, diarréia, candidíase
oral, herpes-zoster e/ou leucoplasia pilosa (complexo relacionado à AIDS).
Um paciente infectado é considerado portador da AIDS, quando a contagem de CD4+ é
inferior a 200 células/µl ou se diagnostica qualquer indicador da doença na ausência de outra causa
conhecida de imunossupressão. Esses indicadores abrangem uma longa lista de infecções
oportunistas e cânceres citados a seguir:
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VÍRUS INFECÇÃO
COXSACKIEVÍRUS Enteroviroses;
Tratamento: Anti-retrovirais
Inibidores da transcriptase reversa (nucleosídeos): Ex. zidovudina / lamivudina.
Inibidores da transcriptase reversa (não-nucleosídeo): Ex. neviparina.
Inibidores de proteases: Ex. indinavir / amprenavir.
O regime inicial consiste em associar dois nucleosídeos e um ou dois inibidores de proteases
ou dois nucleosídeos e um não nucleosídeo.
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TOGAVÍRUS Rubéola;
PRANCHA 10:
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2- RÂNULA
Corresponde aos mucoceles que acometem o assoalho de boca (normalmente
lateralmente à linha média), apresentando–se como uma tumefação azulada, flutuante, com forma
de cúpula, pode produzir elevação da língua; as lesões mais profundas têm coloração normal. A
glândula submandibular é a mais acometida, seguida da sublingual e glândulas salivares menores.
O tratamento é a marsupialização e/ou remoção da glândula.
5- SIALOADENITE
A sialoadenite (inflamação das glândulas salivares) pode ter origem de várias causas,
infecciosas ou não. A infecção viral mais comum (paramixovírus) é a parotidite endêmica ou
caxumba. A maioria das infecções bacterianas origina-se de uma obstrução ductal ou diminuição
do fluxo salivar, permitindo a disseminação retrógrada de bactérias (Staphylococcus aureus) para
dentro do sistema ductal.
A sialoadenite aguda bacteriana (parotidite aguda) é mais comum na Parótida e a glândula
mostra-se edematosa e dolorosa e a pele pode apresentar-se eritematosa. Pode-se observar
drenagem purulenta pelo orifício do ducto quando a glândula é ordenhada. Na sialografia observa-
se uma sialectasia (dilatação do ducto) próxima à área de obstrução.
A parotidite crônica representa manifestações clínicas mais atenuadas de infecções
bacterianas causadas principalmente pelo Streptococcus viridans.
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6- QUEILITE GLANDULAR
É uma condição inflamatória rara das glândulas salivares menores, tipicamente em lábio
inferior com tumefação e eversão do lábio em consequência da hipertrofia e inflamação das
glândulas.
A doença tem sido classificada em três tipos:
Simples
Supurativa superficial (Doença de Baelz)
Supurativa profunda (Queilite glandular apostematosa)
A forma simples da queilite glandular caracteriza-se clinicamente por discreto aumento de
volume e eversão do lábio inferior, com a presença de pequenos pontos avermelhados e
deprimidos, que correspondem ao óstio das glândulas salivares. A expressão destes pontos pode
provocar a saída de pequenas gotículas de saliva (sinal da gota de orvalho) e à palpação, pode ser
percebida a hipertrofia glandular.
A infecção secundária da queilite glandular simples, manifesta-se pela saída de secreção
purulenta pelos orifícios glandulares, que ao secarem formam crostas impetigoides. A queilite
glandular supurada superficial quando desprendidas, deixam áreas erosadas, em geral com cicatriz.
Raramente ocorre adenopatia satélite.
Volkmann, em 1870, descreveu casos de queilite glandular apostematosa ou supurada
profunda, quadro atualmente considerado por alguns autores como complicação da queilite
glandular supurada superficial. É quase exclusivo do lábio inferior, que aumenta de volume e
adquire consistência tensa em quase toda sua extensão. Há eversão labial, com os orifícios
glandulares excretores dilatados, drenando secreção purulenta à compressão. Há formação de
abscessos, em alguns casos, que podem fistulizar para a mucosa labial ou mesmo para a pele.
Trata-se de um processo crônico, muito doloroso, sem comprometimento do estado geral. Este
quadro pode estar associado à faringite, doença periodontal e língua saburrosa ou pilosa.
O tratamento das queilites glandulares consiste na erradicação de focos dentários, aplicação
de antibióticos e corticosteroides locais ou sistêmicos, dependendo da gravidade do caso, podendo
ser necessário até ressecção ampla da área comprometida ou limpeza cirúrgica.
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doença são exemplos da Síndrome de Sjögren, mas nem todas as lesões linfoepiteliais benignas
são necessariamente associadas com o complexo de sinais e sintomas clínicos dessa síndrome.
O tratamento é a excisão cirúrgica da glândula envolvida.
8- SÍNDROME DE SJÖGREN
Síndrome de Sjögren primária: síndrome sicca (xeroftalmia – olhos secos e xerostomia –
boca seca) sem presença de desordem auto-imune;
Síndrome de Sjögren secundária: síndrome sicca associada a outras doenças autoimunes
(artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico);
É uma desordem auto-imune sistêmica crônica que afeta principalmente mulheres de meia-
idade; a mucosa oral pode estar vermelha e sensível com apresentação de candidose secundária
e queilite angular. A língua pode apresentar-se atrófica e fissurada, com tumefação bilateral das
glândulas salivares, pele seca, nefrite, fibrose pulmonar, secura nasal e vaginal e alterações no
sistema nervoso central e periférico. Na sialografia observa-se sialectasia puntiforme; nos exames
laboratoriais a velocidade de sedimentação dos eritrócitos é alta, e os níveis séricos de IgG são
elevados. Em 75% dos casos encontra-se fator reumatoide positivo. No histopatológico de biópsia
de glândula salivar menor encontra-se uma infiltração linfocítica com destruição dos ácinos das
glândulas.
O tratamento do paciente é paliativo (lágrimas e saliva artificiais, sialogogos). Existe maior
risco de desenvolvimento de linfomas (Linfoma não - Hodgkin).
9- SIALOMETAPLASIA NECROSANTE
É uma condição inflamatória incomum, localmente destrutiva das glândulas salivares,
principalmente do palato iniciando-se como uma tumefação dolorosa que em 2 a 3 semanas o tecido
necrosado separa-se deixando uma úlcera semelhante a uma cratera. O fator etiológico parece
estar associado à isquemia (comprometimento vascular) da área. Histopatologicamente, a estrutura
da arquitetura lobular se encontra preservada o que distingue essa lesão de uma possível
malignidade. Uma vez feita biópsia e estabelecido o diagnóstico, não é necessário nenhum
tratamento.
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comprometimento são o palato e o lábio superior, apresentando-se como uma massa submucosa
firme recoberta por um epitélio intacto.
O adenoma pleomórfico é tratado principalmente por excisão cirúrgica.
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Tumores benignos
Oncocitoma Oncocitoma
Tumores malignos
PRANCHA 11:
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CARCINOMA MUCOEIDERMOIDE
Fonte: http://www.medicaldictionary.thefreedictionary.com
3- SARCOIDOSE
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4- GRANULOMATOSE OROFACIAL
Os locais mais comumente envolvidos são os lábios que mostram um aumento consistente
de volume e indolor (Queilite granulomatosa ou Doença de Miescher). Quando esses sinais são
combinados com paralisia facial e língua fissurada, representam o quadro da Síndrome de
Melkersson – Rosenthal.
A mucosa jugal frequentemente exibe um edema com aspecto de pedregoso (focos de
aumento submucoso).
Embora a etiologia seja desconhecida, muitos casos têm sido associados a infecções
odontogênicas adjacentes ou exposição a certos alimentos, condimentos ou outros produtos
alergênicos.
No tratamento deve-se eliminar a causa desencadeadora; para algumas lesões pode estar
indicado o uso de corticosteroides intralesional.
5- GRANULOMATOSE DE WEGENER
A doença começa como um processo localizado que pode se tornar amplamente
disseminado, sendo caracterizado por vasculite necrosante e granulomatosa.
Na forma clássica inicia-se com acometimento do trato respiratório superior e inferior, com
envolvimento renal subsequentemente. Na forma limitada apenas ocorre o envolvimento do sistema
respiratório representado por sinusite, renite, obstrução nasal, lesões necróticas e destrutivas na
cavidade nasal e oral.
As lesões orais são representadas por gengivite moriforme (hiperplásica) de coloração
vermelho-purpúrea, ulcerações orais e raramente destruição óssea e mobilidade dental.
As drogas de escolha para o tratamento são a ciclofosfamida e a prednisona.
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É uma tumefação aguda edematosa difusa dos tecidos moles, que mais comumente envolve
o tecido conjuntivo subcutâneo e submucoso, mas pode afetar o trato respiratório e gastrointestinal,
ocasionalmente com resultados fatais.
Duas formas principais se distinguem: o edema angioneurótico hereditário, que pode ser
frequente, precipitado por estresse ou trauma e o edema angioneurótico adquirido que representa
uma reação de hipersensibilidade mediada por IgE produzindo degranulação de mastócitos e
liberação de histamina, levando ao desenvolvimento de tumefação do tecido mole
caracteristicamente das regiões perioral e periorbital.
Clinicamente o edema não apresenta dor, calor e eritema, aparecendo de forma súbita e
rápida.
O tratamento consiste no uso de anti-histamínicos imediatamente.
7- ESTOMATITE MEDICAMENTOSA
São as reações alérgicas induzidas pela administração de drogas sistêmicas.
Vários medicamentos são capazes de produzir estas reações (penicilinas, sulfas, etc.),
apresentando-se como áreas de eritema e edema, lesões vesicobolhosas ou ulcerações.
O diagnóstico requer uma cuidadosa história médica que relacione as lesões ao agente
desencadeante. Os corticosteroides tópicos podem ser úteis no tratamento das lesões localizadas.
As reações anafiláticas sistêmicas que por ventura possam ocorrer em algumas situações, devem
imediatamente requerer assistência podendo ser necessário o uso de epinefrina, corticosteroides
ou anti-histamínicos.
9- DERMATITE PERIORAL
A dermatite perioral é uma erupção persistente, caracterizada pelo desenvolvimento de
várias pápulas, vesículas ou pústulas na pele em torno da boca. Alguns casos são relacionados ao
uso de cosméticos, antibióticos tópicos, pastas de dentes com pirofosfato para controle do tártaro,
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PRANCHA 12:
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PATOLOGIA EPITELIAL
1- PAPILOMA ESCAMOSO
É uma proliferação benigna do epitélio escamoso estratificado em forma de projeções
digitiformes, que resulta em uma massa papilar ou verrucosa, presumivelmente induzida por HPV
(papilomavírus subtipos 6 e 11).
Atinge principalmente a língua, gengiva, mucosa jugal e o palato com aproximadamente 0,5
a 1cm de diâmetro chegando até 3cm.
O tratamento é a excisão cirúrgica.
2- VERRUGA VULGAR
É uma hiperplasia do epitélio escamoso estratificado, benigna, extremamente contagiosa e
induzida por vírus (HPV 2, 4 e 40).
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Comum em crianças atingindo a pele das mãos, regiões periorais e a borda do vermelhão
do lábio. Tipicamente apresenta-se como uma pápula ou nódulo indolor, com projeções papilares
ou uma superfície rugosa granulada.
O tratamento consiste em crioterapia, curetagem, excisão cirúrgica ou aplicação de agentes
ceratinolíticos.
5- EFÉLIDE (Sarda)
É uma mácula hiperpigmentada, pequena, comum na pele, que constitui área com maior
aumento da produção de melanina. As lesões tornam-se mais evidentes após a exposição ao sol.
A coloração marrom não é tão escura (fazendo assim diagnóstico diferencial com o lentigo) e não
há elevação da superfície (diferenciando-se do nevo).
Não há necessidade de tratamento.
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com uma superfície rugosa ou múltiplas áreas nodulares. Um aspecto comum é a presença de
hipertricose dentro da lesão, que pode tornar-se mais proeminente com a idade (nevo piloso
gigante). O tratamento é a excisão cirúrgica.
Nevo com halo: É um nevo melanocítico que tem uma borda pálida hipopigmentada.
Normalmente não requer tratamento por regredir por completo.
Nevo de Spitz (Melanoma Juvenil Benigno): Desenvolve-se na pele das extremidades ou
face durante a infância. Apresenta-se como uma pápula solitária, em forma de cúpula, de cor rósea
ao vermelho-acastanhado, menor que 6mm em seu diâmetro. O tratamento é a excisão cirúrgica.
Nevo Azul (Nevo de Jadassohn-Tièche, Melanocitoma Dérmico): Dois tipos são
reconhecidos: o nevo azul comum (menor que 1cm) e o nevo azul celular (maior que 1cm). O nevo
azul é o segundo nevo melanocítico mais frequente na cavidade oral. A cor azul é explicada pelo
efeito Tyndall (os tecidos de revestimento absorvem todas as nuances menos o azul),
ocorrendo com maior acometimento no palato em crianças e adultos jovens. O tratamento é a
excisão cirúrgica.
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Eritroleucoplasia
(Leucoplasia salpicada) Carcinoma
hiperceratose irregular in situ
atrofia epitelial; cristas epiteliais
bulbosas e numerosas
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A mucosa jugal, a região retromolar e o palato mole são as regiões mais acometidas
desenvolvendo uma palidez semelhante a mármore, com erupções e um endurecimento
progressivo dos tecidos subepteliais, principalmente em jovens mascadores de bétel (mistura de
noz – de – areca, visgo hidratado, tabaco e folha de bétel), cujas principais reclamações são o
trismo, estomatopirose e leucoplasias.
O tratamento consiste na remoção do agente etiológico, aplicação de corticosteroides,
excisão dos feixes fibrosos e atualmente injeções intralesionais com interferon gamma.
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múltiplas pregas de tecido hiperplásico no vestíbulo alveolar. Usualmente a massa tecidual é firme
e fibrosa, embora algumas lesões sejam eritematosas e ulceradas.
O tratamento consiste na remoção cirúrgica da lesão e confecção de nova prótese.
3- FIBROMATOSE
A fibromatose dos tecidos moles da cabeça e pescoço apresenta-se como massa firme e
indolor, com crescimento rápido, ocorrendo principalmente em crianças e adultos jovens
(fibromatose juvenil agressiva). Observada na região paramandibular, pode atingir tamanho
considerável, frequentemente com destruição do osso subjacente.
O tratamento é excisão cirúrgica com ampla margem de segurança. As recidivas locais são
comuns, mas metástases não ocorrem.
4- GRANULOMA PIOGÊNICO
É um crescimento tecidual reacional comum na cavidade bucal, considerado de natureza
não-neoplásica com aparência de uma massa plana ou lobulada, usualmente pedunculada. A
superfície é ulcerada e varia do rosa a vermelho ou roxo (altamente vascularizados inicialmente). A
lesão é indolor, localizando-se na gengiva, lábios, língua e mucosa jugal principalmente.
O tratamento é a excisão cirúrgica conservadora.
Granuloma gravídico (tumor gravídico): nomenclatura associada ao granuloma piogênico
desenvolvido durante a gravidez, presumivelmente devido a uma resposta tecidual exarcebada
diante das alterações hormonais.
Epúlide granulomatosa: termo usado para descrever os crescimentos hiperplásicos de
tecido de granulação que se desenvolvem na área de cicatrização dos alvéolos após extração.
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7- LIPOMA
É um tumor benigno de gordura, representado por massa nodular, mole de superfície plana,
que pode ser séssil ou pedunculado. Caracteristicamente assintomático, com menos de 3cm
(maioria), de coloração amarela ou rósea dependendo da profundidade.
A localização mais comum é a mucosa jugal seguida do vestíbulo, com incidência a partir
dos 40 anos.
O tratamento é a excisão cirúrgica conservadora.
Uma manobra semiotécnica é observar a peça, após remoção cirúrgica e colocada dentro
da solução de formol 10%, a peça encontra-se flutuando na solução.
9- NEURILENOMA (Schwannoma)
É um neoplasma neural benigno originado na célula de Schwann, apresentando-se como
um tumor nodular, único, encapsulado de crescimento lento, que se relaciona caracteristicamente
com um tronco nervoso.
As lesões são mais comuns em jovens e adultos de meia-idade, normalmente
assintomáticas, sendo a língua a região mais acometida.
É uma lesão bastante incomum na cavidade oral, mas ocasionalmente pode ser vista em
pacientes com neurofibromatose.
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11- NEUROFIBROMA
É o tipo mais comum de neoplasma de nervos periféricos, podendo originar-se como tumor
solitário ou ser um componente da neurofibromatose.
Os tumores solitários são mais comuns em adultos jovens e se apresentam como lesões
indolores, moles, de crescimento lento, que variam de pequenos nódulos a grandes massas não
encapsuladas. A pele é localização mais comum, sendo que na cavidade bucal a língua e a mucosa
jugal são as localizações mais frequentes.
O tratamento é excisão cirúrgica.
14- HEMANGIOMA
Os hemangiomas são considerados tumores benignos dos vasos sanguíneos comuns na
infância (mais em meninas – 3:1) que se caracterizam por uma fase de crescimento rápido com
proliferação de células endoteliais, seguida pela involução gradual. Os tumores superficiais da pele
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são elevados, com uma coloração vermelho-vivo (hemangioma em morango), sendo firmes e
elásticos à palpação. Os tumores profundos podem aparecer apenas ligeiramente elevados, com
coloração azulada. Hemangiomas grandes e extensos em bebês podem estar associados à
Síndrome de Kasabach-Merritt.
Características histopatológicas: os hemangiomas capilares caracterizam-se por
células endoteliais dilatadas e lúmen vascular indistinto com espaços vasculares reduzidos;
conforme os capilares sofrem involução, os espaços vasculares tornam-se mais dilatados e
amplamente espaçados dando origem aos hemangiomas cavernosos.
Clinicamente o hemangioma é uma lesão nodular proliferativa neoplásica benigna ou
malformativa, constituída de vasos sanguíneos com predominância na bochecha, lábio e língua
quando acometem a cavidade bucal. Pode apresentar-se como mancha azulada ou avermelhada
flácida, plana ou nodular, superfície lisa, circunscrita ou difusa e de tamanho variável constituindo o
hemangioma capilar. Já o hemangioma cavernoso apresenta prognóstico mais reservado, e revela
numerosos espaços vasculares grandes cheios de sangue, podendo alcançar grandes dimensões.
Quando o hemangioma é plano e localizado no palato ou na face, é denominado nevo
flâmeo.
Para o diagnóstico clínico, a lesão mostra-se esbranquiçada na diascopia e preconizase
punção aspirativa como método auxiliar de diagnóstico.
A maioria dos hemangiomas congênitos sofre involução, sendo necessário apenas
acompanhamento.
Para os hemangiomas menores, o tratamento é a excisão cirúrgica; para lesões maiores
utiliza-se a crioterapia, injeções de substâncias esclerosantes (etamolina 5%, etanol 95%) ou
eletrocirurgia.
Para o tratamento de hemangiomas maiores com comprometimento de órgãos ou risco de
grande hemorragia, pode ser necessário a embolização angiográfica.
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16- LINFANGIOMA
Representa um tumor hamartomatoso benigno dos vasos linfáticos. A maioria dos casos é
congênita ou se iniciam no começo da infância.
Os linfangiomas orais são mais comuns nos dois terços anteriores da língua produzindo
macroglossia. Os tumores superficiais apresentam uma superfície pedregosa lembrando vesículas
transparentes. Os tumores profundos apresentam-se como uma massa mole e flutuante.
O tratamento de melhor escolha é o cirúrgico apesar da taxa de recidiva e do envolvimento
de estruturas vitais devido ao seu tamanho.
17- LEIOMIOMA
Tumor benigno de músculo liso que se divide em três tipos: Sólidos, Vasculares
(angiomiomas, angioleiomiomas) e Epitelioides (leiomioblastoma).
A maioria dos casos orais representa angiomiomas e aparecem a partir do músculo liso das
paredes dos vasos sanguíneos.
Caracteristicamente surge como um nódulo firme de crescimento lento, assintomático, não
ulcerado, podendo apresentar uma coloração azulada.
As localizações mais comuns são lábios, palato, língua e bochechas sendo indicada a sua
remoção cirúrgica como forma de tratamento.
18- RABDOMIOMA
São os tumores benignos da musculatura esquelética, divididos em Rabdomiomas do
adulto e fetal.
No primeiro caso ocorrem em homens mais velhos localizando-se frequentemente na
faringe, cavidade oral e laringe, apresentando-se como uma massa ou nódulo que pode alcançar
vários centímetros antes da sua descoberta, levando a obstrução parcial das vias aéreas.
Os rabdomiomas fetais predominam em meninos, localizando-se na face e região
periauricular como massas tumorais não ulceradas.
O tratamento é a excisão cirúrgica.
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Esses coristomas mostram predileção pela língua aparecendo como um nódulo firme de
superfície lisa, pediculado ou séssil, medindo entre 0,5 e 2cm de diâmetro, que causa disfagia e
engasgo.
São melhores tratados por excisão cirúrgica local.
20- FIBROSSARCOMA
É um tumor maligno originado dos fibroblastos com crescimento lento infiltrativo (podendo
em alguns casos apresentar crescimento rápido) que pode alcançar considerável tamanho até
produzir dor.
Representa uma neoplasia maligna, incomum na cavidade oral, que acomete principalmente
adultos jovens e crianças.
Histopatologicamente os tumores bem diferenciados consistem em feixes de células
fusiformes (semelhantes à espinha de peixe) com maior produção de colágeno.
O tratamento de escolha é a excisão cirúrgica com ampla margem de segurança. Os tumores
intra-ósseos têm pior prognóstico que os periféricos.
22- LIPOSSARCOMA
É um neoplasma maligno com origem no tecido adiposo, sendo o segundo sarcoma dos
tecidos moles em frequência.
Ocorre em adultos na faixa de 40 - 60 anos como massa mole, mal definida, de crescimento
lento, com coloração amarela ou normal. A bochecha é a localização mais comum na cavidade oral,
seguida da língua.
A variante histológica mixoide é a mais frequente e a de células redondas é a mais agressiva.
O tratamento é excisão cirúrgica radical.
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24- LEIOMIOSSARCOMA
Neoplasma maligno que se origina da musculatura lisa, acometendo adultos de meia idade
e idosos como uma massa expansiva que pode ser ulcerada e ou dolorosa. Quando localizada na
cavidade bucal, localiza-se nos ossos maxilares.
O tratamento é a excisão cirúrgica radical, podendo associar a quimioterapia e a
radioterapia.
25- RABDOMIOSSARCOMA
Tem sua origem na musculatura esquelética, sendo o sarcoma dos tecidos moles mais
comum na infância. São conhecidos três padrões microscópicos: Embrionário (acometendo
pacientes nos 10 primeiros anos de vida), Alveolar (frequente nos pacientes com 10 a 25 anos) e
Pleomórfico (em pacientes com mais de 40 anos).
O tumor apresenta crescimento rápido como uma massa indolor infiltrativa. O palato é a
região intra-oral mais acometida, podendo algumas lesões se originar no seio maxilar e invadir a
cavidade oral.
A terapia multinodal (quimioterapia com vários agentes, excisão cirúrgica e radioterapia em
casos específicos) é hoje a mais indicada.
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SARCOMA DE KAPOSI
Fonte: http://www.commons.wikimedia.org
PATOLOGIA ÓSSEA
1-OSTEOGÊNESE IMPERFEITA
Constitui o grupo de doenças hereditárias do osso mais comum, caracterizadas por uma
diminuição significativa na maturação do colágeno com redução da produção da matriz osteoide,
levando a fragilidade óssea, esclera azul, dentes opalescentes (dentinogênese imperfeita),
hipoplasia da maxila (má oclusão tipo III) hipoacusia (perda da audição), deformidade da coluna e
ossos longos e hiperextensão articular.
Tipo I: forma mais comum, com fragilidade óssea de leve à moderada;
Tipo II: forma mais severa, presença de esclera azul, dentes opalescentes e extrema
fragilidade óssea;
Tipo III: forma grave associada a complicações cardiopulmonares;
Tipo IV: forma moderada com diminuição das fraturas ósseas após a puberdade; Tratamento
apenas paliativo.
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Osteopetrose do adulto: diagnosticada em fases mais tardias com compressão dos nervos
cranianos, fraturas patológicas, osteomielites após extração dentária. Anomalias dentárias como
hipodontia, dentes malformados, defeitos do esmalte e cáries extensas são comuns.
Transplantes de medula óssea é a única forma de cura permanente. Uso de interferon gama-
1b e calcitriol promove redução da massa óssea e diminuição da prevalência de infecção. 3-
DISPLASIA CLEIDOCRANIANA (Disostose cleidocraniana)
Doença esquelética herdada como um traço autossômico dominante com hipoplasia ou
agenesia das clavículas, baixa estatura, hipertelorismo, base nasal alargada, palato estreito,
retenção dos decíduos, falha na erupção dos permanentes e presença de dentes supranumerários.
O tratamento odontológico é feito com a remoção dos dentes decíduos anquilosados e
supranumerários, seguida pela exposição cirúrgica e correção ortodôntica, ou reposicionamento
dos dentes permanentes impactados.
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9-QUERUBISMO
Condição herdada com um traço autossômico dominante, rara, de desenvolvimento dos
maxilares ocorrendo geralmente dos dois aos cinco anos, progredindo até a puberdade e então
regredindo lentamente.
As lesões aparecem como expansões bilaterais indolores na região posterior da mandíbula
podendo atingir os quatro quadrantes promovendo a face típica de querubim.
Radiograficamente as lesões são expansivas multiloculares (bolhas de sabão), levando ao
deslocamento e atraso na erupção dentária, com presença de tecido fibroso vascular, contendo
quantidade variável de células gigantes multinucleadas e depósitos eosinofílicos semelhante a um
manguito circundando pequenos vasos sanguíneos quando analisadas no histopatológico.
A intervenção cirúrgica é indicada nos casos de deformidade ou prejuízo funcional. A
radioterapia é danosa, com possibilidade do desenvolvimento de sarcoma pós-radiação.
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12-OSTEOMA
Tumor benigno composto de osso compacto ou medular podendo surgir na superfície óssea
(osteoma periosteal) ou no osso medular (osteoma endosteal) com crescimento progressivo e
uniforme.
Detectados em adultos jovens, são geralmente solitários e assintomáticos, tendo como
localizações mais comuns o corpo da mandíbula e o côndilo.
Radiograficamente aparecem como massas de osso maduro esclerótico circunscrito. Os
osteomas periosteais mostram um padrão esclerótico mais uniforme ou um padrão trabecular
central com uma periferia esclerótica, diferentes dos osteomas endosteais que normalmente são
massas circunscritas de osso compacto sem um halo esclerótico.
Essas lesões são tratadas por excisão cirúrgica conservadora.
13-OSTEOBLASTOMA
Neoplasma benigno do tecido ósseo que se origina dos osteoblastos, com discreta
predileção pela região posterior da mandíbula, afetando mais homens com média de idade
ocorrendo antes dos 30 anos. Dor é a característica marcante que NÃO é aliviada pelos salicilatos.
O aspecto radiográfico é de uma lesão radiotransparente com áreas esparsas de
radiopacidade ou ainda apresentar considerável mineralização, mas frequentemente sem esclerose
reacional circundando o neoplasma.
A excisão cirúrgica conservadora é o tratamento indicado.
14-OSTEOMA OSTEOIDE
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15-CEMENTOBLASTOMA
É um neoplasma odontogênico de cementoblastos, com predileção para as regiões
posteriores da mandíbula, sendo que 50% destes tumores envolvem o 1o molar inferior.
Acomete principalmente adultos jovens (20-30 anos) com sintomatologia dolorosa e
tumefação.
Na radiografia observa-se uma lesão radiopaca que se funde à raiz de um ou mais dentes e
é circundada por um halo radiotransparente fino.
O tratamento indicado é remoção cirúrgica da lesão e do dente envolvido.
16-CONDROMA
Representa um tumor benigno composto de cartilagem hialina madura, surgindo
preferencialmente na terceira e quarta décadas e encontrado principalmente nos côndilos ou na
região anterior da maxila quando acomete os ossos gnáticos.
Apresenta crescimento lento, sem sintomatologia e no exame radiográfico observa-se uma
radiotransparência com áreas centrais de radiopacidade. Mobilidade dos dentes e reabsorção
radicular são ocasionalmente observadas e na maioria dos casos as lesões surgem em um único
local.
O tratamento é a remoção cirúrgica total devido ao potencial para desenvolvimento de um
condrossarcoma.
17-DISPLASIA FIBROSA
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TUMORES MALIGNOS
20-OSTEOSSARCOMA (Sarcoma osteogênico)
Corresponde ao tumor maligno de células mesenquimais mais comum originado no interior
do tecido ósseo e que tem a capacidade de produzir osteoide ou osso imaturo.
A média de idade para acometimento é de 33 anos, apresentando um pico bimodal quando
o tumor é extragnático. Tumefação, dor, mobilidade dos dentes, parestesia, obstrução nasal
(maxila), reabsorção radicular (reabsorção em espigão) são características clínicas comuns.
O aspecto radiográfico clássico é o de raios de sol causado pela produção de osso
osteofítico na superfície da lesão, principalmente na análise de uma radiografia oclusal. A alteração
radiográfica inicial é o aumento do espaço do ligamento periodontal pela infiltração tumoral. Os
patologistas subdividem o tumor em osteoblástico, condroblástico e fibroblástico dependendo das
quantidades relativas de osteoide, cartilagem ou fibras colágenas.
A Tomografia Computadorizada é indicada para demonstrar o grau de extensão do tumor
sendo de grande valia para determinar os limites da cirurgia.
O tratamento indicado é a associação de quimioterapia pré e pós-operatória com cirurgia
radical. As metástases geralmente atingem os pulmões e o cérebro. O prognóstico é sombrio.
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PERIOSTEAL: é uma lesão séssil que se origina dentro do córtex e eleva o periósteo
suprajacente, com formação de reação periosteal periférica. A excisão cirúrgica radical com ampla
margem de segurança é a indicação de tratamento.
21-CONDROSSARCOMA
É um tumor maligno caracterizado por formação de cartilagem pelas células tumorais,
apresentando prevalência pela sexta e sétima décadas de vida, com localização mais frequente na
maxila.
Clinicamente aparece como uma massa ou tumefação indolor, podendo causar obstrução
nasal, epistaxe, fotofobia ou perda da visão (maxila).
Radiograficamente consiste em uma radiotransparência destrutiva com bordas maldefinidas
contendo focos radiopacos dispersos resultantes da calcificação da cartilagem neoplásica. O
alargamento simétrico do espaço do ligamento periodontal e a reabsorção radicular irregular são
notados nos dentes envolvidos pelo tumor.
O tratamento indicado é a excisão cirúrgica radical, pois o concrossarcoma não responde
bem à radioterapia e a quimioterapia.
22-SARCOMA DE EWING
É um tumor maligno composto de pequenas células indiferenciadas redondas, com pico de
prevalência na segunda década de vida (20 anos ou menos) e um maior acometimento nos homens.
Clinicamente a dor associada à tumefação, mobilidade dentária e parestesia são os sintomas
mais comuns. O tumor penetra nas corticais, resultando em uma massa nos tecidos moles que
recobrem a área afetada do osso, acometendo mais a mandíbula que a maxila.
Radiograficamente ocorre uma destruição lítica irregular do osso com margens mal
definidas. Nos ossos gnáticos produz alargamento do espaço do ligamento periodontal, destruição
dos folículos dos dentes não erupcionados, deslocamento dentário, reabsorção, crescimento e
eritema dos tecidos moles suprajacentes.
O tratamento consiste em cirurgia, quimioterapia (em um esquema de multidrogas) e
radioterapia em tumores inacessíveis. Estes sarcomas metastatizam para os pulmões, fígado e
linfonodos.
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DISCRASIAS SANGUÍNEAS
1-ANEMIAS
Indicam uma queda anormal das hemácias (eritrócitos) circulantes, da quantidade de
hemoglobina e do hematócrito numa determinada unidade de sangue. Clinicamente se observa
sintomas como cansaço, cefaléias ou delírios. A palidez das membranas mucosas aparece nos
casos mais graves, principalmente na conjuntiva palpebral e na mucosa bucal.
Causas da anemia
Anemias com distúrbio no metabolismo do ferro
*anemia por deficiência de ferro (anemia ferropriva) – Síndrome de Plummer - Vinson
*anemia sideroblástica (absorção deficiente de ferro)
Anemias megaloblásticas
*Deficiência de cobalamina (B12) (anemia perniciosa)
*Deficiência do ácido fólico
Anemias associadas a distúrbios crônicos
*malignidades, infecções crônicas, distúrbios inflamatórios do tecido conjuntivo
Anemias hemolíticas
*causas extrínsecas, anormalidades da membrana, distúrbios da célula vermelha
(Eritroblastose fetal)
Distúrbios da hemoglobina
*Anemia de células falciformes
*Talassemias (alfa-talassemia e beta-talassemia)
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TALASSEMIA
Constitui um grupo de distúrbios na síntese da hemoglobina, caracterizados por uma síntese
reduzida das cadeias de alfa-globina (Alfa-talassemia) ou de beta-globina (Betatalassemia) da
molécula de hemoglobina.
BETA-TALASSEMIA: se apenas um gene defeituoso da molécula de beta-globina for
herdado (talassemia minor), nenhuma manifestação clínica será evidente. Quando dois genes
defeituosos são herdados o paciente é afetado pela talassemia major desenvolvendo uma anemia
microcítica hipocrômica grave, taxa de hematopoiese aumentada, hiperplasia da medula óssea,
hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, protuberância frontal aumentada e a radiografia do crânio
mostra a aparência clássica de “fios de cabelo em pé” na calvária. Muitos pacientes morrem devido
a infecção ou problemas cardíacos.
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ALFA-TALASSEMIA: existem quatro genes que podem ser afetados. A alteração em apenas
um gene não leva a nenhuma manifestação. Com a herança de dois genes afetados existe um traço
da talassemia com grau brando de anemia e microcitose, normalmente não significativo. Tendo
três genes alterados é chamada Doença da hemoglobina e os pacientes apresentam anemia
hemolítica e esplenomegalia. Quando os quatro genes são afetados é denominada Hidropisia fetal
e é incompatível com a vida.
O tratamento é feito através de transfusão sanguínea, sendo que o transplante de medula
óssea tem sido realizado com relativo sucesso.
ANEMIA APLÁSICA
Distúrbio caracterizado pela produção insuficiente de todos os tipos de células sanguíneas
pelas células hematopoiéticas precursoras da medula óssea. Pode estar associada à Anemia de
Fanconi e à Disceratose congênita.
Os pacientes apresentam fadiga, delírio taquicardia, fraqueza (deficiência dos eritrócitos);
equimoses e sangramentos (deficiência das plaquetas); infecções generalizadas (deficiências das
células brancas). Existe uma pancitopenia caracterizada por dois ou mais dados:
Menos de 500 granulócitos/μL, e/ou menos de 20.000 plaquetas/μL, e/ou menos de 10.000
O tratamento é inicialmente de suporte (antibióticos, papa de hemácias ou plaquetas). A
possibilidade de transplante de medula óssea pode levar a cura. Em casos de impossibilidade do
transplante, é indicado o uso de drogas imunossupressoras (Globulina antitimocitária ou
antilinfocitária associada à Ciclosporina).
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NEUTROPENIA
Refere-se a uma diminuição do número de neutrófilos circulantes inferior a 1.500/mm3 no
adulto. Os fatores etiológicos são variados e podem estar associados com anormalidades
congênitas (Schwachman – Diamond), leucemia, drogas, doenças metabólicas – Gaucher,
deficiências nutricionais, infecções, desordens auto-imunes – Lúpus Eritematoso Sistêmico, ou
idiopático.
O paciente é acometido por infecções (Staphylococcus aureus). As lesões orais consistem
em ulcerações que caracteristicamente não apresentam uma periferia eritematosa. As infecções
são tratadas com as drogas apropriadas (antibióticos) e o FEC-G (Fator estimulador de colônias de
granulócitos recombinante) pode ser utilizado em casos persistentes.
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SÍNDROME DE CHÉDIAK-HIGASHI
Doença transmitida com um caráter autossômico dominante com manifestações de
albinismo, fotofobia e infecções recidivantes. As lesões orais revelam ulcerações da mucosa,
gengivite, peridontite e glossite. Os leucócitos são anormais exibindo grânulos gigantes podendo
em alguns casos desenvolver uma pancitopenia.
LEUCOCITOSE
É definida como um aumento anormal do número de leucócitos circulantes.
LEUCEMIAS
Correspondem a diversas alterações malignas derivadas das células-tronco
hematopoiéticas, causadas por uma combinação de fatores ambientais e genéticos.
QUANTO À ORIGEM HISTOGENÉTICA:
Leucemia mieloide (mielocítica): envolve a série de granulócitos;
Leucemia linfoide (linfocítica): envolve a série linfocítica;
Leucemia monocítica: envolve a série dos monócitos; QUANTO AO CURSO CLÍNICO:
Aguda: evolução clínica rápida e agressiva;
Crônica: evolução mais branda que o quadro agudo;
A LMA (LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA) atinge crianças e adultos; a LMC (LEUCEMIA
MIELOIDE CRÔNICA) tem um pico de incidência na 3ª e 4ª décadas de vida. A LLA (LEUCEMIA
LINFOCÍTICA AGUDA) é a malignidade mais comum em crianças; a LLC (LEUCEMIA
LINFOCÍTICA CRÔNICA) corresponde ao tipo mais comum e atinge principalmente os idosos e a
LM (LEUCEMIA MONOCÍTICA) apresenta-se mais em adultos.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
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As leucemias agudas têm seu desenvolvimento rápido, caracterizado por febre, fraqueza,
dor de cabeça, linfoadenopatia, petéquias, equimoses, hemorragias (trombocitopenia), evidência de
anemia (anemia mieloftísica), infecções generalizadas e tumorações.
As leucemias crônicas apresentam uma evolução mais lenta com sinais prodrômicos de
febre e infecções.
MANIFESTAÇÕES BUCAIS: úlceras neutropênicas, candidíase, infecções herpéticas,
sangramento gengival, hiperplasia gengival (tumefação esponjosa, difusa e muitas vezes ulcerada)
e tumorações (Sarcoma granulocítico, Tumor mieloide extramedular ou Cloroma).
DADOS LABORATORIAIS: Anemia, trombocitopenia e leucocitose; o diagnóstico é feito
através de biópsia da medula óssea e análise do sangue periférico.
A classificação do tipo de leucemia requer o estabelecimento do imunofenótipo por meio de
marcadores imuno-histoquímicos para identificar os antígenos de superfície celular das células
tumorais.
O tratamento consiste em várias formas de quimioterapia; o tipo de leucemia determina o
regime quimioterapêutico.
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LINFOMA DE HODGKIN
É classificado por muitas autoridades como um distúrbio linfoproliferativo maligno, onde as
células neoplásicas são denominadas de células de Reed-Sternberg com evidências atuais de
origem nos linfócitos B. Existe uma suspeita de associação do EBV com localização principal nos
nodos cervicais e supraclaviculares e em menor porcentagem nos nodos axilares e mediastínicos.
A doença tem ligeira predileção pelos homens com padrão bimodal de aparecimento (dos15-35
anos e após os 50 anos).
O sinal característico é a identificação de massas persistentes crescentes, endurecidas nas
regiões dos nodos; com a progressão da doença as massas tornam-se endurecidas e fixadas aos
tecidos adjacentes.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
São basicamente divididos em dois tipos:
Linfoma de Hodgkin nodular linfócito-predominante Linfoma de Hodgkin clássico.
Os aspectos comuns incluem a destruição da arquitetura nodal substituindo-a por um
infiltrado difuso de células inflamatórias misto, entremeado por células linfoides neoplásicas grandes
e atípicas.
Os pacientes com a doença limitada são tratados com radioterapia; nos estágios mais
avançados é empregada a quimioterapia (Mecloretamina, Oncovin, Procarbazina, Prednisona).
LINFOMA NÃO-HODGKIN
Inclui um grupo diverso de malignidades da histogênese linforreticular. Estes linfomas
originam-se principalmente de células da série dos linfócitos B e em menor proporção dos linfócitos
T, sendo agrupados em três categorias:
Grau baixo / Grau intermediário / Grau elevado
Tais categorias estão relacionadas aos graus crescentes de agressividade, que
correspondem a prognósticos cada vez mais pobres.
A prevalência da doença aumenta em pacientes com problemas imunológicos e em
infecções virais (EBV / HHV tipo 8 - Herpesvírus humano tipo 8 / HTLV-1 - Retrovírus humano tipo
1).
A malignidade acomete principalmente adultos, com apresentação nodal de uma massa
rígida que cresce lentamente principalmente nas regiões cervical, axilar e inguinal. Com a
progressão da doença ocorre a fixação e invasão dos tecidos adjacentes.
Na cavidade oral a malignidade é extranodal aparecendo como uma tumefação endurecida
e difusa, de consistência esponjosa eritematosa ou púrpura podendo ou não estar ulcerada. As
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LINFOMA DE BURKITT
É uma malignidade originada do linfócito B, que representa um linfoma indiferenciado
relacionado ao EBV, segundo diversas autoridades.
O linfoma de Burkitt africano apresenta-se de 50 a 70% nos ossos gnáticos (segmentos
posteriores-maxila) acometendo crianças com média de idade de 7 anos.
O linfoma de Burkitt americano atinge crianças mais velhas (média acima de 15 anos) sendo
a região abdominal mais afetada.
As lesões orais iniciam-se, em sua maioria, com o desaparecimento da lâmina dura. O
crescimento da massa tumoral pode produzir tumefação facial, proptose, abalamento e esfoliação
de dentes, aumento gengival e/ou do processo alveolar.
Radiograficamente ocorre uma destruição do osso com margens irregulares e maldefinidas.
Histopatologicamente é representado por um linfoma de célula B, pequeno e indiferenciado
com presença de macrófagos dentro do tecido tumoral (padrão clássico de céu estrelado).
O tratamento consiste em altas doses de Ciclofosfamida.
PLASMOCITOMA
É uma proliferação neoplásica unifocal monoclonal de plasmócitos que normalmente surge
no interior do tecido ósseo, podendo surgir também nos tecidos moles (extramedular).
Normalmente detectado em homens adultos com média de 55 anos, sendo a coluna
vertebral a região mais afetada com aspecto de uma lesão radiotransparente unilocular definida.
A variante extramedular é uma massa de tecido mole circunscrita desenvolvendo-se
principalmente nas regiões da cabeça e pescoço (tonsilas, nasofaringe, seios paranasais, nariz e
parótida).
O tratamento consiste em radioterapia local.
MIELOMA MÚLTIPLO
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PÚRPURAS
Representam alterações da coloração da pele e das mucosas, que se apresentam violáceas
devido ao extravasamento espontâneo de sangue, sendo classificadas em:
*Púrpura Não-trombocitopênica: constitui um grupo heterogêneo de doenças que têm em
comum as alterações dos capilares sanguíneos (aumento da permeabilidade) e não apresentam
alterações nas plaquetas.
*Púrpura trombocitopênica: é uma doença na qual existe uma acentuada diminuição do
número de plaquetas sanguíneas.
-Púrpura trombocitopênica primária (Doença de Werlhof, púrpura hemorrágica,
púrpura idiopática) – é considerada por alguns pesquisadores uma doença auto-imune, pois o
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paciente desenvolve anticorpos contra suas plaquetas. Existe uma associação na infância quando
a criança desenvolve a PTP aguda após uma infecção viral.
-Púrpura trombocitopênica secundária – está associada principalmente à redução da
produção de plaquetas e a redução do tempo de vida das plaquetas.
-Púrpura trombótica trombocitopênica: ocorre um aumento anormal da destruição das
plaquetas devido ao seu uso desordenado na formação anormal de coágulos sanguíneos.
Representa um distúrbio grave, possivelmente causado por dano endotelial, que desencadeia a
formação de vários trombos nos pequenos vasos do corpo. È caracterizada por trombocitopenia,
anemia, febre, disfunção neurológica e insuficiência renal.
TRATAMENTO: Se a trombocitopenia estiver relacionada com alguma droga, esta deve ser
removida imediatamente. Transfusões de plaquetas, plasmaferese e corticoterapia podem ser
necessárias se a hemorragia comprometer a vida do paciente. A Púrpura trombocitopênica primária
se resolve espontaneamente, porém em casos graves podem ser usados corticosteroides e/ou
imunoglobulina intravenosa.
TROMBOCITEMIA
Condição caracterizada por um aumento no número de plaquetas sanguíneas circulantes.
São comuns a epistaxe, sangramento no trato gastrointestinal, geniturinário, sistema nervoso
central e subcutâneo.
Tratamento com fósforo radioativo (P32) e transfusões de sangue nos casos mais graves.
HEMOFILIA
Corresponde a uma doença hereditária, transmitida como caráter recessivo ligado ao X,
associada a uma deficiência em qualquer um dos fatores da coagulação sanguínea.
Hemofilia A (hemofilia clássica): deficiência do fator VIII (Globulina anti-hemolítica), TPT
(tempo de tromboplastina) anormal;
Hemofilia B (Doença de Christmas): deficiência do fator IX (Fator Christmas), TPT
anormal;
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m³
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em cada hemácia – 27 a 32
picogramas ou micromicrogramas;
CONCENTRAÇÃO DE HCM:
concentração
de
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GRANULÓCITOS AGRANULÓCITOS
BASÓFILOS MONÓCITOS
EOSINÓFILOS LINFÓCITOS
NEUTRÓFILOS
Basófilos 0–1 25
Linfócitos 25 1.500
Monócitos 5 300
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Blastos 0 0
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastonetes 4 250
Segmentados 63 3.800
Neutrófilos total 67 4.050
PLAQUETOMETRIA
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COAGULOGRAMA
BIOQUÍMICA DO SANGUE
HEMOGLOBINA 4 – 7% Diabetes
GLICOSILADA
CÁLCIO 8,5 – Hipoalbuminemias, Hiperparatireoidismo, doenças
10,5mg/dl disfunção renal, osteolíticas, mieloma múltiplo,
alcaloses; linfomas, leucemias;
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PRANCHA 16:
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LINFOMA DE HODGKIN
Fonte: http://www.homeopathyandmore.com
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LINFOMA NÃO-HODGKIN
Fonte: http://www.hab.hrsa.gov
LINFOMA DE BURKITT
Fonte: http://www.commons.wikimedia.org
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MIELOMA MÚLTIPLO
Fonte: http://www.bindingsite.com
PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA
Fonte: http://www.hopkinsarthritis.org
DOENÇAS DERMATOLÓGICAS
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XERODERMA PIGMENTOSO
É uma genodermatose na qual as células epiteliais são incapazes de reparar os danos
induzidos pela radiação ultravioleta, ocorrem mutações nas células epiteliais levando ao
desenvolvimento de numerosas neoplasias malignas cutâneas.
O paciente exibe alterações cutâneas, como atrofia epitelial, pigmentação por sardas e áreas
de despigmentações, com desenvolvimento de ceratose actínica progredindo para um carcinoma
de células escamosas e/ou carcinoma basocelular.
Os pacientes são orientados para evitar radiações solares e luzes fluorescentes não
filtradas, usarem protetores e bloqueadores solares e avaliação de um dermatologista de 3 em 3
meses. Agentes quimioterápicos tópicos (5-fluorouracil) são indicados para a ceratose actínica e as
neoplasias cutâneas malignas devem ser excisadas.
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SÍNDROMES DE EHLERS-DANLOS
Representam um grupo de distúrbios hereditários do tecido conjuntivo, sendo conhecidas
oito formas distintas. Os pacientes apresentam problemas atribuídos à produção anormal de
colágeno.
As características da doença são: hiperelasticidade da pele, hiperextensibilidade das
articulações, fragilidade da pele e dos vasos sanguíneos, cicatrização defeituosa (padrão
semelhante ao papel de cigarro amassado), desenvolvimento de contusões, sinal de Gorlin (os
pacientes podem tocar a ponta do nariz com a língua), associação com doença periodontal
agressiva (principalmente a Síndrome de Ehlers-Danlos Tipo VIII).
O tratamento baseia-se no aconselhamento genético e cuidados para evitar traumas.
EPIDERMÓLISE BOLHOSA
Representa um grupo de doenças mucocutâneas bolhosas hereditárias com um defeito
específico nos mecanismos de adesão entre as células epiteliais ou nas adesões destas células
com o tecido conjuntivo.
Dividem-se em simples, juncional e distrófica.
As lesões orais são observadas com grande frequência na forma distrófica e clinicamente
podemos encontrar anormalidades como: anodontia, hipoplasia do esmalte, dentes neonatais, cárie
dental, eritema gengival, vesículas e bolhas em regiões expostas a trauma, deformidades da mão
em forma de luva de boxe, profundidade do vestíbulo reduzida, microstomia, anquiloglossia e
predisposição para o desenvolvimento de carcinoma de células escamosas.
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PÊNFIGO
Doença mucocutânea crônica grave de origem auto-imune, caracterizada pelo aparecimento
de vesículas e bolhas, que ocorrem em ciclos. As bolhas são devido a uma produção anormal de
auto-anticorpos contra glicoproteínas da superfície das células epiteliais (desmogleína 3 e 1 –
componentes dos desmosomos).
Classicamente o pênfigo é dividido em: vulgar, vegetante, eritematoso e foliáceo.
Pênfigo vulgar: aparecimento súbito de vesículas e bolhas nas mucosas e na pele, que
quando se rompem deixam uma superfície cruenta e erosada. Apresenta sinal de Nikolsky
positivo.
Pênfigo vegetante: as bolhas flácidas que se desenvolvem tornam-se erosadas e em
algumas lesões tornam-se vegetações semelhantes ao condiloma.
Pênfigo foliáceo (fogo selvagem): lesões bolhosas precoces características que se
rompem e secam rapidamente, deixando massas de escamas sugestivas de uma dermatite
exfoliativa ou eczema.
Pênfigo eritematoso (Síndrome de Senear-Usher): associação de bolhas e vesículas com
o aparecimento de placas crostosas lembrando a dermatite seborréica ou o lúpus eritematoso.
Características histopatológicas: separação intra-epitelial acima da camada das células
basais do epitélio, presença de acantólise e células de Tzanck. O diagnóstico é dado pela
imunofluorescência direta (positiva intercelular) e indireta (positiva).
O tratamento baseia-se na utilização de corticosteroides sistêmicos (prednisona)
associados com imunossupressores (azatioprina).
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PENFIGOIDE BOLHOSO
É a mais comum das condições auto-imune bolhosas, acometendo principalmente idosos
(60-80 anos). O prurido pode ser um sintoma precoce, seguido pelo desenvolvimento de várias
bolhas na pele normal ou eritematosa. Após o rompimento das bolhas surgem áreas de crostas
hemorrágicas. As lesões orais são raras e apresentam-se como ulcerações rasas e extensas com
bordas planas e distintas.
O exame microscópico dos tecidos revela separação entre o epitélio e o tecido conjuntivo
na zona da membrana basal (fenda subepitelial).
O tratamento consiste na terapia com imunossupressores e corticosteroides.
ERITEMA MULTIFORME
É uma condição mucocutânea bolhosa e ulcerativa de etiopatogenia incerta que pode ser
desencadeada por uma infecção precedente (herpes simples, Micoplasma pneumoniae) ou
exposição a drogas ou medicamentos.
A doença geralmente tem início abrupto (agudo), acometendo pacientes jovens (20-30 anos)
com predileção pelos homens.
Divide-se em:
Eritema multiforme leve: ulcerações principalmente na mucosa bucal.
Eritema multiforme severo: lesões eritematosas de pele em forma de anéis concêntricos
(forma de alvo ou olho de boi), crostas hemorrágicas no vermelhão do lábio, ulcerações e erosões
difusas na mucosa bucal.
Eritema multiforme maior (Síndrome de Stevens-Johnson): forma severa da doença
desencadeada por drogas ou medicamentos afetando a mucosa ocular e/ou genital associada com
as lesões bucais e da pele.
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LÍQUEN PLANO
É uma desordem mucocutânea imunologicamente mediada, acometendo adultos de meia
idade com predileção pelo sexo feminino. As lesões cutâneas são pápulas poligonais, púrpuras e
pruríticas, afetando geralmente a zonas flexoras das extremidades podendo revelar as estrias de
Wickham. Outros locais afetados são a glande do pênis, a mucosa vulvar, as unhas e a mucosa
bucal.
Líquen plano reticular: geralmente não provoca sintomas e envolve a mucosa jugal
bilateralmente (pode afetar outras áreas como língua, gengiva, palato e vermelhão do lábio). Seu
padrão característico é de linhas brancas entrelaçadas (estrias de Wickham) ou raramente como
pápulas na mucosa e placas ceratóticas na língua.
Líquen plano erosivo: as lesões são sintomáticas sendo evidenciadas como áreas
eritematosas atróficas com graus variados de ulceração central e finas estrias brancas irradiadas
circundando essas lesões. Quando acomete a gengiva produz um quadro conhecido como
gengivite descamativa.
Líquen plano atrófico: aparece clinicamente como áreas lisas vermelhas, mal definidas,
quase sempre sem as estrias periféricas evidentes.
Líquen plano bolhoso: revela a formação de vesículas e bolhas com componente erosivo
severo e separação epitelial.
Líquen plano hipertrófico: clinicamente evidencia-se uma lesão branca bem circunscrita,
elevada, lembrando a leucoplasia.
No exame histopatológico observam-se graus variáveis de ortoceratose e paraceratose,
cristas epiteliais pontiagudas ou em forma de “dentes de serra”, degeneração hidrópica da camada
basal e degeneração de ceratinócitos (corpos coloides ou de Civatte).
O tratamento para as lesões sintomáticas é o uso de corticosteroides.
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SÍNDROME DE REITER
Condição imunologicamente mediada caracterizada por uretrite não-gonocóccica, artrite e
conjuntivite. Acomete principalmente os jovens do sexo masculino, normalmente após episódio de
disenteria ou doença venérea. As lesões de pele são denominadas de balanite circinada e as lesões
orais lembram a língua geográfica.
O tratamento para a uretrite é o uso de doxiciclina ou minociclina e os antiinflamatórios não-
esteroidais são utilizados para a artrite.
PSORÍASE
Doença crônica da pele com aumento da atividade proliferativa dos ceratinócitos cutâneos.
As lesões estão distribuídas de forma simétrica no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. A descrição
clássica é de uma placa eritematosa bem demarcada com uma crosta prateada na superfície,
podendo ocorrer uma maior prevalência de língua geográfica nestes pacientes.
O tratamento baseia-se no uso de corticosteroides tópicos ou a terapia com ultravioleta B.
LÚPUS ERITEMATOSO
Doença imunologicamente mediada afetando o tecido conjuntivo (colágeno vascular) e
divide-se em:
Lúpus eritematoso sistêmico: ocorre aumento na atividade humoral (linfócitos B) e função
anormal dos linfócitos T. A média de diagnóstico é de 30 anos, sendo as mulheres mais afetadas.
Os pacientes desenvolvem exantema característico com aspecto de “asa de borboleta” sobre as
regiões do zigomático e nasal. Os rins e o coração são os órgãos mais afetados. As lesões podem
apresentar prurido, ardência e áreas de hipopigmentação, também envolvendo o pescoço, ombros,
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braços e dedos. Na região bucal evidenciam-se áreas liquenoides e/ou granulomatosas, queilite por
lúpus, xerostomia, candidíase, estomatodinia, doença periodontal e disgeusia.
Lúpus eritematoso cutâneo crônico (discoide): as lesões são limitadas à pele e às
mucosas sem envolvimento sistêmico. As lesões de pele são placas eritematosas descamativas
distribuídas em áreas expostas ao sol (cabeça e pescoço). Na mucosa bucal revelam-se áreas
centrais eritematosas ulceradas ou atróficas circundadas por estrias brancas e irradiadas.
Lúpus eritematoso cutâneo subagudo: manifestações clínicas entre o Lúpus eritematoso
sistêmico e o Lúpus eritematoso cutâneo crônico.
Os pacientes devem evitar exposição excessiva à luz solar, fazer uso de antiinflamatórios
não-esteroidais e antimaláricos (hidroxicloroquina). Os corticosteroides são reservados para os
casos severos da doença.
ACANTOSE NIGRICANS
Doença dermatológica adquirida pelo desenvolvimento de uma alteração acastanhada
aveludada da pele podendo associar-se com carcinomas gastrointestinais. As lesões bucais
atingem a língua, palato e os lábios (principalmente o superior) apresentando-se como áreas
papilares e difusas com associação a endocrinopatias.
O tratamento baseia-se no uso de agentes ceratolíticos e no monitoramento do
desenvolvimento da acantose nigricans maligna (carcinomas gastrointestinais).
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PRANCHA 17:
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SÍNDROME DE PEUTZ-JEGHERS
Fonte: http://www.patoral.umayor.cl
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SÍNDROME DE EHLERS-DANLOS
Fonte: http://www.residentandstaff.com
EPIDERMÓLISE BOLHOSA
Fonte: http://www.berwickbaskets.com
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199
PÊNFIGO
Fonte: http://www.apcdguarulhos.org.br e http://www.dermis.multimedica.de
PÊNFIGO PARANEOPLÁSICO
Fonte: http://www.uv.es
PENFIGOIDE CICATRICIAL
Fonte: http://www.dermis.multimedica.de e http:// www.merckmedicus.com
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PENFIGOIDE BOLHOSO
Fonte: http://www.ispub.com
ERITEMA MULTIFORME
Fonte: http://www.uv.es
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LÍQUEN PLANO
Fonte: http://www.wwow.com.br e http://www.merckmedicus.com
LÚPUS ERITEMATOSO
Fonte: http://www.visualdxhealth.com
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ESCLEROSE SISTÊMICA
Fonte: http://www.dermatology.cdlib.org e http://www.thedoctorwillseeyounow.com
MUCOPOLISSACARIDOSES
Grupo heterogêneo de desordens metabólicas hereditárias caracterizadas pela deficiência
de enzimas necessárias ao processamento de substâncias intercelulares (glicosaminoglicanos).
Clinicamente observa-se algum grau de retardo mental, sobrancelhas grossas, rigidez articular,
alterações nas córneas (cegueira), macroglossia, hiperplasia gengival, dentes impactados e
esmalte dentário fino.
O diagnóstico é confirmado pela presença elevada de glicosaminoglicanos na urina e
deficiência de enzimas de superfície nos leucócitos e fibroblastos do paciente.
Síndromes de Mucopolissacaridoses: Hurler, Scheie, Hunter, Sanfilippo, Morquio e
Maroteaux-Lamy.
Não existe tratamento satisfatório.
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RETICULOENDOTELIOSES LIPÍDICAS
Grupo de doenças hereditárias caracterizadas pela falta de determinadas enzimas
necessárias ao processamento de lipídios. São incluídas as seguintes condições:
Doença de Gaucher: a falta da glicocerebrosidade resulta no acúmulo de glicosilceramida
levando a anemia, trombocitopenia, dor e lesões ósseas.
Doença de Niemann-Pick: deficiência de esfingomielinase ácida resultando no acúmulo
de esfingomielina levando a neuropatias, hepatoesplenomegalia e envolvimento pulmonar.
Doença de Tay-Sachs: deficiência de hexosaminidase A que resulta no acúmulo de
gangliosídeos levando a cegueira, retardo no desenvolvimento e convulsões.
O tratamento varia da reposição enzimática ao aconselhamento genético.
ICTERÍCIA
Condição caracterizada pelo excesso de bilirrubina na corrente sanguínea, resultando na
coloração amarelada da pele e das mucosas, afetando visivelmente a esclerótica o freio lingual e o
palato mole.
O tratamento varia de acordo com a causa original (anemia hemolítica auto-imune, anemia
falciforme, hepatite viral, malignidades acometendo o fígado, etc.).
AMILOIDOSE
Representa um grupo heterogêneo de condições caracterizadas pela deposição de uma
substância proteinácea extra-celular chamada amiloide. A doença divide-se em formas limitadas a
órgãos e sistêmicas. As manifestações mais peculiares são lesões mucocutâneas (pálpebras),
hepatomegalia, macroglossia e Síndrome do Túnel do Carpo, podendo levar a sérias complicações
renais e cardíacas.
O tratamento baseia-se na utilização de colchicina, prednisona e melfalato, embora o
prognóstico seja reservado na maioria dos casos.
DEFICIÊNCIAS VITAMÍNICAS
*Vitamina A (Retinol): essencial para manutenção da visão, diferenciação tecidual e
também apresenta participação no crescimento. Sua deficiência pode causar Cegueira (cegueira
noturna), ressecamento da pele e da conjuntiva.
*Vitamina B1 (Tiamina): age como uma coenzima para várias reações metabólicas e
mantém o funcionamento adequado dos neurônios. Na sua ausência pode causar Beribéri
(alcoólatras), problemas cardiovasculares e neurológicos (encefalopatia de Wernicke).
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NANISMO PITUITÁRIO
Condição que resulta ou da produção diminuída do hormônio do crescimento pela glândula
pituitária ou da capacidade diminuída dos tecidos responderem ao hormônio. Os pacientes
apresentam baixa estatura, a maxila e a mandíbula são menores que o normal e os dentes exibem
um retardo no padrão de erupção. Pode ocorrer ainda a microdontia generalizada.
A reposição do hormônio é tratamento indicado.
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GIGANTISMO PITUITÁRIO
Condição causada pela produção aumentada do hormônio do crescimento, geralmente
associada a um adenoma funcionante da pituitária.
Os pacientes apresentam altura extrema, aumento dos tecidos moles da face, mandíbula,
mãos e pés e macrodontia generalizada. Existe uma associação com a Síndrome de McCune-
Albright (displasia fibrosa, manchas café-com-leite e endocrinopatias).
O tratamento envolve a remoção cirúrgica do adenoma, podendo também a radioterapia ser
usada.
ACROMEGALIA
Condição caracterizada pela produção do hormônio do crescimento após o fechamento das
placas epifisárias do paciente afetado (normalmente este aumento da produção do hormônio se
deve a um adenoma funcionante da pituitária).
Os sintomas associados são doença cardíaca, hiper-hidrose, artrite, neuropatia periférica,
crescimento dos ossos das mãos e dos pés, assim como os ossos esponjosos do crânio e maxilares.
O crescimento dos tecidos moles leva a macroglossia e a um aspecto grosseiro da face. Os dentes
apresentam diastemas e o paciente pode desenvolver prognatismo mandibular.
O tratamento indicado é a remoção do adenoma e o retorno dos níveis hormonais ao normal.
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HIPOPARATIREOIDISMO
A quantidade reduzida de paratormônio poderá resultar na condição denominada
hipoparatireoidismo. Com a perda da função paratireoidiana, os níveis séricos de cálcio caem,
resultando em hipocalcemia.
O sinal de Chvostek (contração do lábio superior quando o nervo facial é tocado logo abaixo
do processo zigomático) representa um achado oral significativo. Ainda pode ocorrer hipoplasia do
esmalte dentário, candidíase oral persistente (Síndrome da candidíase oral endócrina) e associação
com a Síndrome DiGeorge (anormalidades cardíacas, anormalidades faciais, deficiência de cálcio,
ausência das glândulas paratireoides).
Os achados laboratoriais revelam níveis séricos do hormônio e a concentração de cálcio
ambos diminuídos e o nível de fosfato sérico aumentado. A função renal está normal.
O tratamento é a administração de precursores da vitamina D (ergocalciferol, vitamina D2)
associados com suplementos de cálcio.
HIPERPARATIREOIDISMO
A produção em excesso do hormônio paratireoidiano resulta na condição chamada de
hiperparatireoidismo.
A condição primária (Hiperparatireoidismo primário) é referente à presença de um adenoma
na paratireoide ou uma hiperplasia das glândulas e a condição secundária (Hiperparatireoidismo
secundário) é associada a uma produção contínua do hormônio em resposta a baixos níveis
crônicos de cálcio (geralmente devido à doença renal crônica).
Os pacientes (geralmente mulheres com mais de 60 anos) apresentam a tríade “pedras,
ossos e roncos abdominais”. Clinicamente observam-se cálculos renais, perda generalizada da
lâmina dura entre as raízes dentárias, reabsorção subperiosteal das falanges, alteração no padrão
trabecular do tecido ósseo (vidro fosco), lesões ósseas (tumor marrom), osteíte fibrosa cística e
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HIPOFOSFATASIA
É uma rara doença do metabolismo ósseo, caracterizada pela deficiência de fosfatase
alcalina. Dividindo-se em quatro formas:
Hipofosfatasia perinatal: letal, a morte deve-se à insuficiência respiratória.
Hipofosfatasia dos lactentes: malformações esqueléticas sugerindo raquitismo,
pneumonia, pressão intracraniana, esfoliação dos dentes decíduos precocemente (ausência de
cemento radicular).
Hipofosfatasia infantil: perda prematura dos dentes decíduos, câmaras pulpares
aumentadas, perda óssea alveolar significativa, baixa estatura, pernas arqueadas, crânio com
aspecto radiográfico de cobre martelado.
Hipofosfatasia adulta: edentados (perda prematura de dentes), número aumentado de
fraturas ósseas.
Os dados laboratoriais mostram níveis diminuídos de fosfatase alcalina sérica e níveis
aumentados de fosfoetanolamina na urina e no sangue.
O tratamento é essencialmente sintomático, pois a falta de fosfatase alcalina não pode ser
corrigida.
DIABETES MELLITUS
Desordem comum do metabolismo de carboidratos, que apresenta como problemas básicos
a diminuição da produção de insulina ou a resistência tecidual aos efeitos da mesma.
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PRANCHA 18:
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ACROMEGALIA
Fonte: http://www.medstudents.com.br e http://www.medicaldictionary.thefreedictionary.com
HIPERTIREOIDISMO (EXOFTALMIA)
Fonte: http://www.scielo.isciii.es
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Fonte: http://www.unifesp.br
IPERCORTISULISMO
Fonte: http://www.uptodate.com
DOENÇA DE ADDISON
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HIPOFOSFATASIA
Fonte: http:// www.endotext.org
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ANEXO
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S. da Dor do dente fantasma: dor persistente nos dentes e estruturas orais após extirpação
pulpar, apicetomia ou extração.
S. de Down (trissomia do 21): retardo mental, crânio braquiocefálico, hipertelorismo, ponte
nasal achatada, prognatismo mandibular, pregas epicânticas, manchas de Bruchifield na íris,
doença cardíaca, disfunção da tireoide, língua fissurada, macroglossia, apinhamento dental,
hipoplasia do esmalte.
S. de Eagle (S. da artéria carótida ou S. estiloide): paciente com dor facial vaga,
principalmente quando gira a cabeça, deglute ou abre a boca, alongamento do processo estiloide
ou mineralização do ligamento podem ser vistos em radiografia panorâmica ou lateral da mandíbula,
classicamente após uma amigdalectomia.
S. de Ehlers-Danlos: doença hereditária do tecido conjuntivo (colágeno) caracterizada por
hipermobilidade das articulações, hiperextensão da pele, cicatrização tipo papel de cigarro,
anomalias cutâneas, complicações cardiovasculares e gastrointestinais.
S. de Ellis van Creveld (Displasia condro-ectodérmica): distúrbios ectodérmicos, erupção
dental prematura, condrodisplasia, polidactilia, cardiopatia.
S. de Fabry: angioceratoma difuso do corpo.
S. de Fanconi: anemia aplásica congênita, anormalidades ósseas, microcefalia,
hipogonadismo, pigmentação acastanhada da pele.
S. da Fenda mediana da face: fenda alveolar mediana anterior superior, hipertelorismo,
crânio bífido oculto.
S. de Frey (S. Aurículotemporal): rubor facial, sudorese ao longo da distribuição do nervo
aurículo temporal durante a mastigação, dor.
S. de Gardner: polipose múltipla (adenocarcinoma invasivo) do intestino grosso, osteomas
ósseos, cistos epidérmicos e sebáceos, tumores desmoides, dentes supranumerários e dentes
inclusos.
S. de Gorlin (Gorlin e Goutz, S. dos carcinomas Nevoidebasocelulares): ceratocistos
múltiplos, carcinomas basocelulares nevoides de pele, bosselamento frontal e temporoparietal,
prognatismo e rebordos supra-orbitários proeminentes, costelas bífidas, calcificações cranianas.
S. de Gradenico: otite supurativa, dor no trigêmeo, paralisia do nervo abdutor.
S. de Jaffe-Lichtenstein: pacientes com lesões ósseas múltiplas de displasia fibrosa e
pigmentação cutânea (café com leite).
Síndrome de Job: desordem dos neutrófilos caracterizada por quimiotaxia anormal ou
ausente e hiperimunoglobulinemia E.
S. de Heerfordt: associada com a sarcoidose aguda, febre uveoparotídea, tumefação da
parótida, aveíte ocular anterior, paralisia facial.
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REFERÊNCIAS
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