Você está na página 1de 53

CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO JOSÉ

GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
DISCIPLINA DE ESTOMATOLOGIA

Profª Rhayany Lindenblatt


LEUCOPLASIA

 Definição – OMS:

“Lesão predominantemente branca da mucosa


oral que não pode ser caracterizada clínica
ou histopatologicamente como qualquer
outra”

 Lesãocancerizável mais prevalente;


 Diagnóstico clínico e de exclusão;
EPIDEMIOLOGIA E CARACTERÍSITICAS
CLÍNICAS
 língua,
mucosa alveolar, mucosa jugal,
assoalho, palato, gengiva;

 Homens 3:1 mulheres (>30 anos);

 80% das leucoplasias ocorrem em fumantes


(79/90%);

 80 a 85% das lesões cancerizáveis;

 PTM – 12%
EPIDEMIOLOGIA E CARACTERÍSITICAS
CLÍNICAS

 Isoladas e bem delimitadas

 Difusas e múltiplas

 Homogêneas

 Não homogêneas
DISPLASIA EPITELIAL

Caracteriza um estado de desorganização


epitelial, em que as células mostram clássicas
alterações morfológicas, as mesmas
encontradas em um CCE bucal.

“Há considerável debate a respeito da eficácia de graduar


displasias, no entanto, ainda não há outro método
apropriado para uso clínico rotineiro”
DISPLASIA EPITELIAL
Alterações na displasia
 Leve: camada basal e para basal;
 Moderada: camada basal a porção média da
espinhosa;
 Grave: basal = Ca in situ: todo o epitélio
TRATAMENTO

 Biópsia diagnóstica –TAT


Diagnóstico provisório
Diagnostico clínico

 Proservação

 Remoção cirúrgica
ERITROPLASIA
 = Eritroplasia de Queyrat

“Mácula vermelha que não pode ser caracterizada


clínica ou histopatologicamente como qualquer
outra lesão definida”

 Termo clínico para mácula vermelha crônica,


sem diagnóstico ou causa específicos.
 A manifestação clínica mais precoce do
carcinoma de células escamosas, com ou sem
componente ceratinizado.
EPIDEMIOLOGIA E CARACTERÍSITICAS
CLÍNICAS

 Etiologia: tabagismo e etilismo

+ comum no sexo M

 Localização– assoalho, orofaringe, palato


mole, língua,

 Maioria assintomática ou leve


desconforto
EPIDEMIOLOGIA E CARACTERÍSITICAS
CLÍNICAS

 Biópsia diagnóstica;

 Transformação maligna previsível;

 >90% : associada ao grau de displasia epitelial


LEUCOERITROPLASIA
= Leucoplasia salpicada ou mosqueada

 Leucoplasia de padrão não-homogêneo


QUEILITE ACTÍNICA
= Queilose actínica
 = lábio do agricultor
 = lábio do marinheiro

 Lábio inferior
 Sol
 Leucodermas
 45 anos
 M (10) : F (1)
EPIDEMIOLOGIA E CARACTERÍSITICAS
CLÍNICAS
 Desenvolvimento lento

 Áreas pálidas

 Perda do limite vermelhão/porção cutânea

o paciente com exposição crônica aos raios


solares - risco mais elevado para desenvolver o
câncer do vermelhão do lábio inferior

 Tempo e intensidade
6 a 10% (PTM) irão evoluir para
carcinoma de células escamosas

Tratamento

 protetor solar, biópsia diagnóstica,


vermelhonectomia, proservação
 Carcinoma espinocelular, Carcinoma
epidermóide

Neoplasia epitelial maligna com variação


da diferenciação escamosa e propensão
precoce à metástase para linfonodos,
ocorrendo predominantemente em
adultos tabagistas e etilistas, entre a
quinta e sexta décadas de vida
Epidemiologia

 90% das neoplasias malignas da cavidade


bucal e orofaringe;

 Homens → tabaco + álcool;

 Homem / mulher ;

 11º tumor mais comum no mundo.


✓ Carcinoma espinocelular, Carcinoma epidermóide;
✓ 90% dos casos de câncer de boca;
FATORES DE RISCO
CLÍNICA
 Leucoplasia (LVP)
 Eritroplasia
 Leucoeritroplasia

 Lesão endofítica (invasiva, crateriforme,


ulcerada)
 Lesão exofítica (formação de massa:
fungiforme, papilar, verrucosa);
 Úlceraassintomática que aumenta detamanho
e não cicatriza, com bordas elevadas, firmes e
endurecidas
CLÍNICA
 Profundidade variável
 Superfície lisa, granular ou eritematosa
 Velocidade de crescimento variável
 Disseminação: linfática.
 Diagnóstico: biopsia
 Dor mínima na fase inicial
Metástase
✓ Vasos linfáticos  linfonodos cervicais
✓ Firme, assintomático e aumentado;
✓ Fixo;
✓ Pulmão, fígado e ossos.
Distribuição do CCE

 Língua
 Assoalho de boca
 Palato mole
 Gengiva
 Mucosa jugal
 Mucosa labial
 Palato duro
CARCINOMA DE LÁBIO
 Pele clara / radiação ultravioleta.

 70% dos pacientes trabalham ao ar livre

 Queilite actínica.
CARCINOMA DE LÁBIO

 90% dos casos – lábio inferior

 Geralmente tem menos de 1 cm quando


identificado

 Apresenta-se na forma de úlcera


endurecida, rígida, exsudativa e com
crosta

 Tem crescimento lento


Lábio superior

O prognóstico é pior

 Sobrevida em 5 anos: 58%

 25% das lesões recorrem após o


tratamento
CARCINOMA DE LÍNGUA

 É a localização mais comum do CA


intra-oral, principalmente nas
superfícies ventral e lateral posterior.

 Representa mais de 50% dos casos de


cânceres intra-orais

 Local preferencial em pacientes jovens


CARCINOMA DE ASSOALHO BUCAL

É a segunda localização mais comum para o


CA bucal em homens;

 Está crescendo em freqüência nas mulheres;

É o que tem a maior chance de surgir a partir


de uma leucoplasia ou eritroplasia;

 O local de envolvimento mais comum é a linha


média, próximo ao freio lingual.
TRATAMENTO DO CCE

É guiado pelo estágio clínico da doença

 Consiste em excisão cirúrgica radical,


radioterapia, quimioterapia ou
combinação;

 Localizaçãotambém influencia: lesões


orofaríngeas geralmente são tratadas
com radioterapia
PROGNÓSTICO DO CCE

Embora alguns pacientes morram da doença


10 anos após o tratamento inicial, a grande
maioria das mortes ocorre dentro de cinco
anos.
TNM
TX: O tumor não pode ser avaliado
T0: Não há evidência de tumor primário
Tis: Carcinoma in situ

T1: Tumor com 2 cm ou menos


T2: Entre 2 e 4 cm;
T3: > que 4 cm

T4a: Tumor que invade estruturas adjacentes


T4b: Tumor que invade o espaço mastigador,
espaço pterigóide ou base do crânio
TNM
NX: Os linfonodos não podem ser avaliados
N0: Ausência de metástase
N1: Metástase em um único linfonodo homolateral < 3 cm

N2: Entre 3 e 6 cm (único) ou múltiplos até 6 cm ou múltiplos


bilaterais e contralaterais até 6 cm;
N2a: Um linfonodo entre 3 e 6 cm
N2b: Homolaterais múltiplos < 6 cm
N2c: Linfonodos bilaterais ou contralaterais< 6 cm

N3: Linfonodo > 6 cm


TNM
MX: Metástase à distância que não pode ser avaliada

M0: Ausência de metástase à distância

Metástase à distância
SISTEMA DE ESTADIAMENTO DE
TUMORES

Você também pode gostar