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Tumores Odontogenicos
Compreendem um grupo complexo de lesões de comportamento clinico e tipos
histológicos diversos.
Tumores de Epitélio Odontogenico sem Ectomesênquima Odontogênico:
Ameloblastoma: se originam do epitélio odontogênico, podem se originar de
remanescentes do celulares do órgão do esmalte ou células da camada basal da mucosa
oral. Tumores benignos, crescimento lento, localmente invasivos. Três situações
clinico-radiográficas:
Sólido convencional ou multicístico
Unicístico
Periférico (extra-óssea)
Ameloblastoma intra-ósseo multicístico ou sólido convencional: raro em pacientes com
menos de 10 anos, relatimente incomum no grupo entre 10 e 19 anos. Muitas vezes é
assintomático, tumefação indolor ou expansão são manifestações comuns. Predileção
ramo e ângulo mandibular. Aspecto radiográfico mais característico radiolucido
multilocular variando a locos grandes (bolhas de sabão) a pequenos (favo de mel)
freqüentemente expansão, comum reabsorção de dentes adjacentes. Os ameloblastomas
sólidos lesões radilucidas uniloculares podendo lembrar qualquer tipo de lesão cística.
Os ameloblastomas intra-ósseo multicistico ou sólido convencional mostram tendência
a apresentar degeneração cística, muitos tumores apresentam combinação dos aspectos
sólido e cístico. Os cistos podem ser vistos apenas ao nível microscópico ou apresentar
múltiplos cistos grandes, constituindo o tumor. Vários subtipos são reconhecidos, tem
pouco significado no comportamento do tumor. Tipo folicular e plexiforme mais
comuns. No tipo folicular ilhas de epitélio lembram o epitélio do órgão do esmalte em
um estroma de tecido conjuntivo fibroso maduro. No ninho do epitélio céls arranjadas
frouxamente lembrando o reticulo estrelado do órgão do esmalte. Parte central
circundada por camada de céls cúbicas alongadas semelhantes a ameloblastos com
núcleo em oposição a camada basal (polarização invertida) formação de vários
microcistos que se formam na ilha epitelias a grandes cistos macroscópicos.
O ameloblastoma tipo plexiforme longos cordões ou placas de epitélio odontogênico
anastomosados circundados por céls colunares ou cúbicas semelhantes a ameloblastos,
envolvendo céls. Epiteliais arranjadas frouxamente. Estroma arranjado frouxamente
vascular, formação cística geralmente incomum, quando ocorre mais associado a
degeneração do estroma. Tipo acantomatoso: metaplasia escamosa com formação de
ceratina nas porções centrais de um ameloblastoma folicular. Tipo glanular: alteração de
céls epiteliais a céls granulares. Desmoplasico: ilhas e cordões de epitélio odontogenico,
não são presentes céls colunares semelhantes a ameloblastos nas ilhas epitelias em
estroma colágeno denso. Basalóide: menos comum, ninho de céls basalóides uniformes,
reticulo estrelado não se encontra presente. Tratamento: radical, tende a se infiltrar entre
as trabéculas ósseas do osso esponjoso na periferia da lesão antes de a reabsorção se
tornar evidente, a verdadeira margem do tumor muitas vezes estende-se além da
margem clinica ou radiográfica aparente. Ressecção marginal é a forma mais comum de
tratamento com 15% de recorrência, margem de 1 cm. O ameloblastoma convencional é
uma neoplasia infiltrativa persistente que pode matar o paciente por infiltração
progressiva envolvendo estruturas vitais.
Ameloblastoma unicístico: adultos jovens, 2ª década de vida. Assintomática, tumefação.
Área radiolucida que circunda coroa, ou áreas radiolucidas bem definidas. Pode ter
margens festonada e ser o unicistico. Histologicamente: luminal, tumor confinado a
superfície luminal consistindo na parede fibrosa com limitante de epitélio
ameloblastico, apresenta camada basal de céls cúbicas, núcleo s hipercromáticos,
polarização invertida. Céls epiteliais depois da camada basal disosta frouxamente
lembrando retículo estrelado. Intra-luminal: um ou mais nódulos do ameloblastoma
prejetam-se para o lúmen cístico, variando da tamanho, podendo apresentar em alguns
casos nódulos de aspecto plexiforme. Mural: em que a parede fibrosa está infiltrada por
ameloblastoma com característica folicular ou plexiforme. A profundidade e extensão
da infiltração podem variar consideravelmente.Tratamento: frequentemente tratados
como cistos (enucleação). Se for luminal/intraluminal enucleação tratamento adequado.
Se mural, com extensão para cápsula por distância considerável ressecção local, ou
acompanhar.
Ameloblastoma periférico: incomum, lesão em mucosa alveolar e gengiva, pedunculada
ou séssil, não ulcerada e indolor, semelhantes a fibroma. Comportamento clinico
inofensivo, excisão local.
Ameloblastoma maligno:raro, desenvolvimento de metástases em pulmão, nódulos
linfáticos, ossos. Aspectos radiográficos iguais aos amelobastomas típicos, podendo ter
margem mal definida e destruição cortical. Histologicamente céls com características de
malignidade aumento relação núcleo citoplasma, hipercromatismo, áreas de necrose e
calcificações distroficas também podem estar presentes.
Tumor odontogênico epitelial calcificante: células tumorais apresentam morfologia que
lembra céls do estrato intermediário do órgão do esmalte. Região posterior de
mandíbula, tumefação indolor, crescimento lento. Radiolucidez uni ou frequentemente
multilocular, margens festonadas. Pode ser totalmente radi0lucida ou estrutura
calcificada de densidade e tamanho variado. Histológicamente apresenta placasl ilhas ou
cordões de céls epiteliais poliédricas em estroma fibroso, áreas de material extracelular
hialinizado, eosinofilico amorfo. Contorno celular nítido, núcleo com variações
consideráveis, alguns mostram pleomorfismo nuclear. As ilhas do tumor
frequentemente englobam massas de material hialino, do qual se desenvolvem
calcificações e formam anéis concêntricos (Liesegang). Graus variáveis de
calcificações. Tratamento: ressecção local conservadora com estreita margem de osso
adjacente, baixa recorrência.