Edy Victoria de Lima Fernandes Cirino | P5A | 2022.

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ESTÁGIO 1 – AULA 8

Periodontia pré-clínica – Condições e doenças

gengivais
Classificação Parâmetros clínicos – inflamação
gengival
 Saúde periodontal.
 Gengivite induzida por biofilme. Volume do fluido
 Gengivite não induzida por biofilme. gengival:

Gengivite induzida por biofilme  O fluido gengival é um líquido contido na

saliva que sai do tecido gengival em
 Inflamação sítio específica iniciada pelo direção a área subgengival com a função
acúmulo de biofilme dentário. de lubrificação, renovação das bactérias
 Nesse caso, apenas a gengiva (marginal e soltas no sulco gengival e defesa do local
inserida) será afetada. com ajuda dos anticorpos.
 Características clínicas:  Em um paciente que apresenta inflamação
 Eritema = vermelhão (devido ao gengival, ele vai ter o volume do fluido
fluído sanguíneo). aumentado.
 Edema = inchaço (extravasamento  Para calcular o volume do fluido gengival
de líquido). é necessária uma máquina de custo
 Sangramento = espontâneo ou elevado. Na clínica, esse parâmetro é
provocado. substituído pelo índice gengival e de
 Hipertrofia = gengivite ou sangramento.
medicamentosa.
 Sensibilidade = em especial ao fio
dental.

Índice
gengival:
 É o índice mais utilizado na periodontia.
Vai trazer uma melhor informação.
 Obtém características visuais da gengiva
(sinais de inflamação) e também observa o
sangramento através da sondagem (sonda).
 Observar através de graus de inflamação:
Percepção do
 Grau 0 = Ausência de inflamação
paciente:
(gengiva normal).
O paciente com gengivite irá relatar os seguintes  Grau 1 = leve inflamação com
sinais: ligeira mudança de cor, edema e
sem sangramento a sondagem.
 Sangramento ao higienizar a boca.  Grau 2 = moderada inflamação
 Sangue na saliva. com presença de eritema, edema e
 Gengiva vermelha e inchada. com sangramento a sondagem.
 Halitose.

 Grau 3 = severa inflamação, com
eritema e edema acentuados,
ulceração com sangramentos
espontâneos.
Índice de
sangramento:
 Utiliza a sonda da OMS.
 Observa apenas o sangramento.
 Insere a bolinha da sonda OMS dentro do
sulco gengival e vai percorrer de mesial-
distal ou distal-mesial na vestibular e
lingual dos dentes. Também utiliza a sonda
UNC para analisar esse índice quando está
preenchendo o Periograma.
 Não vai falar se está sangrando muito ou
pouco, apenas que está sangrando.
 Porcentagem de sangramento gengival.
Critérios para a sondagem:
 Controle da força no momento da
sondagem, principalmente quando faz a
sondagem que leva a sonda até o fundo da
bolsa ou do sulco. Fazer força até provocar
uma leve isquemia no tecido.
 A angulação da sondagem também é
importante, deixar a sonda inclinada para
que ela entre paralela ao longo eixo do
dente.
 O tipo sonda também é muito importante,
pois cada uma vai ser específica para um
tipo de sondagem diferente.
 Tem que ter cautela na força e angulação
com a sonda da UNC, visto que ela vai até
a base da bolsa/sulco para obter em mm a
profundidade de sondagem (PS). Já com a
sonda da OMS não tem esse problema.
OBS: para o índice de sangramento pode escolher
qualquer uma das sondas. Contudo, quando se
quer obter OS e está com o Periograma usa a
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sonda UNC (ideal), pois consegue ter uma noção
melhor do nível de inflamação.
Outros parâmetros:
 Biomarcadores na saliva e fluido gengival.
 Marcadores microbiológicos.
 Marcadores de inflamação sistêmica.
 Marcadores genéticos.
Critérios de quem tem gengivite
1. % de sangramento à sondagem (10% ou
mais):
 Gengivite localizada = 10% - 30%.
 Gengivite generalizada = mais de
30%.
2. Profundidade de sondagem:
 Não pode ser maior que 3 mm.
 Mais do que 3 mm já caracteriza
perda do periodonto de
sustentação.
3. Nível de inserção clínica e perda de
inserção clínica:
 São coisas distintas, mas se
complementam.
OBS: paciente pode ter gengivite com o
periodonto reduzido e com o periodonto íntegro.
Melhor forma de obter esses critérios:
 O Ideal é fazer a sondagem igual ao
Periograma.
 Pegar 6 sítios de cada vez (fazer vestibular
e palatina) e sondar com a UNC até a base
da bolsa.
TALVEZ QUESTÃO DE PROVA:
Caso 1: paciente tem edema, eritema, 25% dos
sítios sangrantes e recessão de 2mm em todos os
dentes.
*Resolução: Inconclusivo, pois é preciso ter a
profundidade de sondagem (PS) e a % de
sangramento para dizer se é gengivite. Recessão
sozinha não diagnostica gengivite.
Caso 2: paciente possui periodonto íntegro,
sangramento de 40% e sinais e inflamação (edema
e eritema).
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*Resolução; inconclusiva, apesar de podermos  Sífilis.

entender que ele tem PS de até 3mm (por ter o  Gonorreia.
periodonto íntegro), não é possível saber com  Tuberculose.
exatidão.
Virais:
OBS: Em uma PS maior que 3mm, o paciente
pode ter uma bolsa ou uma hiperplasia. Para  Herpes simples.
diferenciar, além da visão clínica (gengiva por  Gengivoestomatite herpética.
cima da coroa na hiperplasia), procura a linha  Varicela.
amelocementária com a sonda.  Doença da mão, pé e boca.
 Molusco contagioso.
EX: paciente com profundidade de sondagem de
4mm. Após a sondagem, verificou-se que alinha Fúngicas:
amelocementária estava abaixo da margem
gengival. Nesse caso, PS>NCI, confirma que é  Candidíase.
uma hiperplasia e não uma bolsa. Condições inflamatórias ou
Tratamento – gengivite induzida imunes:
por biofilme  Hipersensibilidade alérgica.
 Motivação e orientação do paciente.  Gengivite de células plasmáticas.
 Instrução de higiene oral.  Eritema multiforme.
 Remoção mecânica do biofilme por um  Pênfigo vulgar.
profissional = profilaxia com escova de  Penfigoide.
robison.  Líquen plano.
 Controle mecânico do biofilme pelo  Lúpus eritematoso.
paciente = escovação e fio dental.  Doença de Crohn.
 Controle químico do biofilme (opcional).  Sarcoidose.
 Educação alimentar.
Processos
 Aconselhamento sobre hábitos saudáveis. reacionais:
Gengivite não induzida por
 Epulides.
biofilme
 Granuloma piogênico.
 Trata-se de uma inflamação que não  Granulosa periférico de células gigantes.
derivada do biofilme e sim de fatores
genéticos e de infecções.
Neoplasias:
Fatores
 Leucoplasia.
genéticos:
 Eritroplasia.
Fibromatose Gengival hereditária  Carcinoma de células escamosas.
 Condição que afeta as gengivas, causando  Leucemia.
aumento lento e progressivo dos tecidos da  Linfomas.
região, em decorrência do acúmulo Doenças endócrinas, nutricionais e
excessivo de colágeno, que chega a cobrir metabólicas:
parcial ou totalmente os dentes.
 Deficiência de vitamina C.

Infecções: Traumas mecânicos, químicos e

físicos:
Bacterianas:
 Ceratose Friccional.
 Gengivite necrosante.  Úlcera traumática (escovação).
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 Lesões factícias (automutilação).

 Queimadura química.
 Queimadura térmica.
Pigmenta
ção:
 Melanose do tabagista.
 Tatuagem por amálgama.
 Induzida por medicamentos.