Você está na página 1de 7

UNIDADE CENTRAL DE EDUCAÇÃO FAEM FACULDADE LTDA

FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ - UCEFF


Recredenciada pela Portaria nº 1.436, de 7 de outubro de 2011.

CURSO DE ODONTOLOGIA
Autorizado pela Portaria nº. 916 de 27 de novembro de 2015.

Disciplina de Endodontia

Ana Luísa Bortolanza e John Wellington de Oliveira

PREPARO QUÍMICO MECÂNICO (PQM)

Etapa onde iremos esvaziar, limpar (eliminar os irritantes através da ação química e mecânica),
conformar (através da instrumentação, obter um canal de formato cônico contínuo, sem
modificar o formato original do canal) e desinfetar (limpeza com hipoclorito de sódio) o canal
para podermos obturar.

● Biopulpectomia: utilizado quando existe inflamação pulpar. Neste tratamento se


remove toda a polpa e substitui por material inorgânico. Limpando, esvaziando os
canais e dando forma. A biopulpectomia possibilita preservar a vitalidade do coto
pulpar, removendo somente a parte afetada.
● Necropulpectomia: remoção da polpa necrosada. Neste tratamento a polpa está
necrosada e então é removida toda a polpa e substituída por material inorgânico.
Limpando, esvaziando, dando forma e desinfetando.

A neutralização do atendimento pode ser feito imediata (feito de coroa até ápice em uma só
seção) ou mediada (quando não tem tempo para fazer todo o procedimento no mesmo dia).
ODONTOMETRIA

Com base na radiografia inicial iremos definir o comprimento para que seja delimitado o limite
apical de instrumentação.

CAD: comprimento aparente do dente

● Medir da incisal à raiz do dente com embasamento na radiografia inicial e com ela
conseguiremos outras informações como calibre do canal, curvaturas e/ou obstrução de
canais e a possibilidade de acesso ao terço apical.

CEX: comprimento para exploração

● Determinamos o Cex através da seguinte conta: tamanho do CAD - 2mm. (ex: 20mm).
Assim medimos na régua endodôntica para fazermos a exploração de trabalho do canal.
Utilizamos para isso uma lima #15 para canais mais amplos, e limas #8 ou #10 para
canais artísticos. Desta forma conseguiremos saber o comprimento aparente do dente.
● Lembrando que quando formos fazer a exploração do canal utilizaremos uma lima
calibrada no valor de CEX em movimentos horário e anti-horário, enquanto a cavidade
está cheia de hipoclorito de sódio em ocasiões de necrose pulpar. Sempre irrigando e
aspirando a solução durante todo o procedimento.
● Assim que a lima alcançar o bordo de referência daremos seguimento para o preparo do
terço apical. Lembrando que a Lima deve ser compatível com o comprimento e
diâmetro do canal ficando justo, sem forçar.
● CRD: Comprimento real do dente

Em polpa viva o CRD varia de 1,0 a 2,0 mm, enquanto em polpa morta de 0,5 a 1,0 mm.

PREPARO DO TERÇO APICAL.

● Após a exploração do canal iremos estar utilizando brocas Gates Glidden em baixa
rotação no sentido horário, onde iremos iniciar conforme o calibre do canal. Utilizando
da maior a menor (ex: um canal mais calibroso usaremos a 4 ou 3 e iremos diminuindo).
Conforme o preparo iremos fazer sem pressão da broca e depois trocamos a Gates.
● Enquanto fizermos isto estaremos constantemente irrigando o canal com hipoclorito de
sódio, ou seja, após cada troca de Broca será feito irrigação e aspiração.

Caso seja encontrado canais curvos o limite será exatamente onde começa a curva.

OBS: Canais atrésicos precisam se ampliar até uma lima 20.

● Também devemos cuidar a quantidade que colocamos a broca sobre o região interna do
dente, pois devemos nos atentar e manter sempre o equivalente ao CEX

ODONTOMETRIA: fase do tratamento endodôntico em que o dente é mensurado, para


que seja estabelecido o limite apical de instrumentação.

● Para fazermos a odontometria é necessário fazermos uma nova radiografia e faremos


isso somente depois do preparo do terço apical. Após feito isso iremos colocar a Lima
de exploração que utilizamos anteriormente e levaremos o paciente para uma nova
radiografia (Técnica de Ingle).
● Assim teremos uma maior precisão quanto ao CRD.
● Após feita a radiografia devemos analisá-la e ver a distância entre a ponta do
instrumento e o vértice radicular, se for maior que 3mm deve se recalcular o Cex e
refazer a radiografia.
PATÊNCIA:

Utilizando uma lima de pequeno calibre 15 ou 20 fazendo movimentos horários e anti-horários.


Essa manobra irá limpar e desobstruir a raiz do dente refazendo o trajeto do canal dentário.

Terminologias:

● CAD: Comprimento aparente do dente


● Cex: Comprimento para exploração
● CRD: Comprimento real do dente
● CTM: Comprimento de trabalho para modelagem (CTM = CRD)
● LAI: lima anatômica inicial
● LAF: lima anatômica final.

MODELAGEM:

O objetivo da modelagem é através da instrumentação, obter um canal de formato cônico


contínuo, sem modificar o formato original do canal.

Técnica Escalonada (Ápice a Coroa): instrumentos de maior calibre que a memória, em


ordem crescente de diâmetro, devem ser utilizados com comprimentos inferiores ao CT. Cada
vez que se aumenta o calibre do instrumento, recua-se o comprimento a ser percorrido no canal,
ou seja, se a sua lima era 15 e o seu Cex era 20mm você irá aumentar o número da lima e
diminuir 1mm (Lima 20 - 19mm) - na segunda fase.

INSTRUMENTOS:

● K-FILE: canais retos


● FLEXOFILE ou NiTi: canais curvos

IMPORTANTE: Começamos a instrumentação por uma lima 15 e trocamos caso necessário até
termos uma que fique justaposta ao canal no terço apical. Neste caso se a sua lima 20 ficar justa,
ela será a LAI.

Movimentos horários e anti-horários, baixa frequência e baixa amplitude.


1ª ETAPA

● Lima de LAI + 3 instrumentais (a cada hora que for trocado o instrumento deve ser feito
a irrigação onde sua ponta deve ficar 3mm menor que o CTM).
● Cada instrumento deve ser usado até a liberdade do canal.
● Para saber qual será sua LAF é simples. Após descobrir qual a sua LAI você irá utilizar
+3 instrumentos, onde este último instrumento será a sua Lima Anatômica Final .

Ex:

LAI: 20 ( +3 = 25-30-35)

LAF: 35

Lima Irrigar Aspirar

20 Irrigar Aspirar

25 Irrigar Aspirar

30 Irrigar Aspirar

35 Irrigar Aspirar

2ª ETAPA

Neste momento os novos instrumentos serão calibrados e cada um deles deve ser 1 mm mais
curto que o sucessor e a cada troca além de haver a renovação da irrigação utilizaremos a
patência com lima #15 ou #20 calibrada em CTM.

OBS: essas etapas acontecem e temos que irrigar e aspirar o hipoclorito de sódio que está
na cavidade.

Ex:

Lima Irrigar Aspirar mm

40 Irrigar Aspirar 19
45 Irrigar Aspirar 18

50 Irrigar Aspirar 17

55 Irrigar Aspirar 16

OBS: essas etapas acontecem e temos que irrigar e aspirar o hipoclorito de sódio que está
na cavidade.

APÓS O PREPARO DO CANAL RADICULAR


● Utilização da Easy Clean (30/03) no movimento de rotação (micro motor
com contra ângulo) e calibrada no CTM – 1mm. Objetivo: agitar a
solução irrigadora
● Canal repleto de solução irrigadora (hipoclorito de sódio 2,5%)
● Agitação de 20 segundos em 3 ciclos em cada canal.
● Aspiração do hipoclorito de sódio com cânula.
● Utilização de EDTA 17 % por 3 min (agitação com Easy Clean calibrada
no CTM – 1mm)
● Nova irrigação com Hipoclorito de sódio 2,5%
● Aspiração da solução
● Secagem do canal com cones de papel estéril no
● CTM de acordo com a LAF.
● Medicação intracanal (pasta de hidróxido de
● cálcio) quando necessário. Caso não seja possível realizar a obturação do
canal (polpa viva).
● Restauração Provisória
FONTES:

● https://www.endo-e.com/odontometria.htm
● Material de apoio disponibilizado pelos professores

Você também pode gostar