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Resumo
Este estudo tem como objetivo buscar mais informações com o intuito de conhecer os benefícios
da acupuntura no tratamento do fibro edema gelóide. O fibro edema gelóide é conhecido
erroneamente como celulite, atinge principalmente as mulheres a partir da puberdade sendo
mais comum em caucasianas do que em asiáticas. Sua fisiologia é complexa envolvendo
aspectos multifatoriais. O mesmo pode ser classificado em graus I, II, III e IV e em quatro fases
diferentes, que são o consistente ou duro, o brando ou flácido, o edematoso e o misto. O pi
(baço) esta diretamente relacionado as alterações estetica, avendo uma deficiência pode
ocorrer a flacidez da pele, enquanto o fibro edema geloíde pode ocorrer quando a via das aguas
não fluir adequadamente. A acupuntura visa restabelecer a circulação de energia nos
meridianos, órgãos e nas viseras, e com isso, levar o corpo a uma harmonia de energia.
1. Introdução
A celulite é uma palavra de origem latina, cellulite, composta pelos termos celulae,
que significa célula, mais o sufixo “ite” que quer dizer inflamação, formando assim o verdadeiro
significado, qual seja inflamação do tecido celular (GUIRRO e GUIRRO, 2004).
Segundo Ulrich Apud Togni (2006), o termo celulite é empregado erroneamente,
pois a mesma afirma ser uma inflamação na célula e não é isso que acontece no fibro edema
gelóide (FEG). Concomitantemente, Guirro e Guirro apud Dalsasso (2007) afirmam que
existem outros termos usados para designá-lo, como lipodistrofia ginóide, paniculopatia
fibroesclerótica, lipodistrofia edematofibroesclerótica e por fim o fibro edema gelóide que
demonstra ser o conceito mais adequado para descrever esse quadro.
Segundo Sant’ana et al (2007), o fibro edema gelóide é um distúrbio do panículo
adiposo que afeta mulheres após a puberdade sendo mais comum em caucasianas do que em
asiáticas. Para Campos apud Oenning (2002) as mulheres são mais acometidas pelo fibro edema
gelóide pelo fato de terem duas vezes mais células adiposas que o homem. O aparecimento do
FEG acontece após a puberdade face as alterações hormonais que, aliada a falta de exercício
físico, ocorre a diminuição da capacidade circulatória reduzindo a drenagem e a oxidação
de toxinas.
Machado et al (2009) relataram que as áreas mais acometidas são as regiões
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pélvicas, os membros inferiores e o abdome. Podendo afetar também a região das mamas,
superior dos braços e nuca, as quais apresentam um padrão feminino de deposição de tecido
adiposo, porém, a região das coxas e glúteos são as mais suscetíveis ao desenvolvimento desta
condição. Bacelar e Vieira (2006), afirmaram que o FEG pode provocar sérias complicações,
podendo levar até á quase imobilidade dos membros inferiores, além de dores intensas e
problemas emocionais.
Tratando-se um pouco da história do fibro edema gelóide, Bacelar e Vieira (2006),
afirmaram que no século XVIII foi descrito formas nodulares cutâneas e que mais adiante deram
o nome de adiposidade dolorosa referindo-se ao fibro edema gelóide, sendo ainda no início do
século XIX, relacionava-se com alterações ginecológicas formando deformidade epidérmica.
Em se tratando da fisiologia, Guirro e Guirro (2004), afirmam que o fibro edema
gelóide é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo, não inflamatória, seguida de
polimerização da substância fundamental que, infiltrando-se nas tramas, produz uma reação
fibrótica consecutiva, com isso a polimerização da substância fundamental amorfa, resulta em
uma alteração no meio interno, onde a mesma é favorecida por causas locais e gerais.
Segundo Federico et al (2006), a reação fibrótica que ocorre na FEG é uma
consequência do edema do tecido conjuntivo e da hiperpolimerização da substância
fundamental que se manifesta em forma de nódulos de variadas extensões e localizações
podendo apresentar dor nas áreas acometidas.
Para Leite apud Wieman (2004), o fibra edema geoide inicia com um aumento de
líquido dentro do adipócito, havendo mudança no seu pH e alterações nas trocas metabólicas.
O adipócito comprime as células nervosas provocando dor à palpação e, devido ao aumento de
tamanho adipócito, ocorre a distensão do tecido conjuntivo, com perda da elasticidade. O
organismo reage a essas alterações formando tramas de colágeno que tentam encapsular todo o
extravasamento do adipócito formando, então, os nódulos os quais desenvolvem as
deformidades na pele.
Cardoso apud Dalsasso (2007), afirma que a maioria dos casos, vem de um
problema circulatório, onde a mesma se processa muito lenta. Assim, os capilares se
enfraquecem, propiciando a perda do plasma para o exterior dos vasos sanguíneos e com isso
aumentando o liquido nos espaços intercelulares. O organismo reage criando uma barreira
fibrosa, que encarcera as células adiposas desenvolvendo o fibro edema gelóide.
Já para Guirro e Guirro (2004), trata-se de um tecido mal-oxigenado, subnutrido,
desorganizado e sem elasticidade que resulta de um mau funcionamento do sistema circulatório
e das consecutivas transformações do tecido conjuntivo. Zirmmemann apud Corrêa (2005)
afirma que na região acometida os sistemas circulatório e linfático não conseguem nutrir e
oxigenar os tecidos e nem drenar as toxinas. Sendo assim, qualquer fator que favoreça a
retenção de liquido irá agravar a FEG.
Conforme Ciporkin e Paschoal apud Ribeiro e Stefanello (2006) o fibro edema
gelóide é uma etiologia multifatorial, pode estar relacionada a outros fatores como condições
genéticas favoráveis, que juntamente a outros fatores endógenos e exógenos, tantos gerais como
locais desencadeiam uma reação, em cascata lenta e progressiva que recai sobre a região do
tecido dermo-subdérmico.
Segundo Guirro e Guirro (2004) podemos delinear a etiologia para o fibro edema
gelóide, enumerando e subdividindo os fatores que desencadeiam, em três processos que são os
fatores predisponentes, os fatores determinantes e os fatores condicionantes. Os fatores
predisponentes incluem a genética, idade, sexo e hormonal. Os fatores determinantes são
estresse, fumo, sedentarismo, desequilíbrios glandulares, perturbações metabólicas do
organismo em geral como a diabete e disfunção hepática.
Como o mesmo autor afirma o fator condicionante tem com um aumento da pressão
capilar, dificultando a reabsorção linfática e favorecendo a transudação linfática dos espaços
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intersticiais. Já Hernandez (1999) afirma que os fatores desencadeantes do fibro edema gelóide
são fatores hormonais, hereditários, digestivos, higiênicos e psicológicos.
Conforme Bacelar e Vieira (2006), a evolução do FEG se classifica em grau I, grau
II e em grau III. O grau I não é visível à inspeção, somente na compressão do tecido com os
dedos ou na contração muscular voluntária; não há presença de fibrose. O grau II é visível à
inspeção, com ou sem compressão do tecido ou na contração muscular voluntária; apresenta
fibrose e alteração de sensibilidade. O grau III há um aumento predominante de fibrose e
macronódulos, a sensibilidade aumenta e pode apresentar déficit funcional.
Segundo Federico et al (2006) afirma que existe o grau IV. Este se caracteriza por
nódulos mais papáveis, visíveis e dolorosos, aderência nos níveis profundos com um
aparecimento ondulado na superfície da pele. Histologicamente, o tecido gorduroso lobular
desaparece e alguns nódulos são acoplados através do tecido conjuntivo denso onde ocorre uma
lipoesclerose difusa.
De acordo com Guirro e Guirro (2004) o FEG se caracteriza por quatro quadros
diferentes: o consistente ou duro, o brando ou flácido, o edematoso e o misto. No FEG
consistente ou duro ocorre um grande espessamento de pele, um aumento do tecido superficial
e as zonas atingidas conservam geralmente uma conformação bastante regular e uniforme. No
FEG brando ou flácido é o mais importante podendo apresentar-se em grandes ou pequenas
proporções em indivíduos com hipotonia muscular.
Os mesmos autores afirmam que no FEG edematoso há um aspecto exterior de um
edema tecidual puro e simples. Geralmente aparecem em membros inferiores, sem deformações
aparentes e pouco evidentes. Por último, no misto pode ser encontrada a associação do fibro
edema gelóide firme nas coxas e flácido no abdômen, ou então, muito firme na lateral da coxa,
acompanhada de uma muito flácida, medialmente.
Horibe (2000) explica que são várias as armas terapêuticas para o tratamento do
fibro edema gelóide. Entre eles estão: medidas higiênico-dietéticas, atividades físicas regulares,
massagens, ginástica, eletroterapia, tratamento medicamentoso, forma Injetável mesoterapia.
Kede (2004) afirma que o tratamento para a FEG pode ser a drenagem linfática manual,
pressoterapia, endermologia, carboxiterapia, ultrasom, laser, estimulação russa, além de
eletrolipoforese, termoterapia, Iontoforese.
Para a medicina tradicional chinesa a FEG trata-se de uma estagnação de jing ye
(líquidos orgânicos) pela incapacidade isolada ou em conjunto do pi (baço), shen (rins) ou fei(
pulmão) de drena os liquidos. Consiste num padrão de excesso local causado por uma
deficiência de função energética específica, sendo mais comum em casas ligados a uma
disfunção do baço (FERNANDES, 2011).
De acordo com Nakano e Yamamura (2008), a uma existência de um estado vazio
inato de yang qi, a agressão pelo frio-umidade de origem exógena ou o excesso de alimentos
podem consumir em demasia o pi-yang (baço-yang), acarretando a desarmonia energética da
função de transporte/tranformação de órgão.
O mesmo autor afirma que o fibro edema geloide se agrupa em duas formas básica,
segundo a concepção da medicina tradicional chinesa:
1. Por estagnação de Gan gi (energia do figado): Manifesta-se por mais infiltrativa
e dlorosa, com piora no periodo de pré- mestruação. Relaciona com a sindróme de tenção pré-
mestrual e manifesta-se com alterações clinicas consequentemente à estagnação de qi com
sudorese, edemas das mamas, abdome, mãos e tornozelos.
2. Pro deficiencia do pi-yang ( baço-yang) e do shen (rins): É uma forma mais
flacidae se desenvolve de maneira gradual, com piora no periodo pre-mestrual, sem queixas
dolorosas, mas sim de flacidez. A piora do quatro do fibro edema geloíde relciona-se com o
frio, mestruação abundante.
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4. Acupuntura
Tudo aquilo que se encontra no universo tem seu próprio aspecto graças a mistura
do yin e yang, essas misturas iniciais determina a constituição física dessa energia adquiridas e
inatas, da idade, das circunstâncias ao redor e assim mentem sua própria harmonia
(KAGOTANI,2004).
Segundo Yamamura (2001), a circulação de energia nos diversos canais de energia
pode ser dificultado por fatores externos e internos, ocasionando bloqueio e estagnação de
energia, originando os processos de mau funcionamento dos órgãos, vísceras e de tercidos.
De acordo com Nakano e Yamamura (2008), a acupuntura e o recurso terapêutico
mais conhecido do ocidente, é o meio pela qual, através da inserção de agulhas, faz se a
introdução, a mobilização e o desbloqueio da energia, além de retirar energias turvas, promover
a harmonização e o fortalecimento dos órgãos, das vísceras e do corpo.
Segundo Hecker (2007), tradicionalmente, a acupuntura foi combinada a queima da
artemísia desidratada (moxabustão ou moxa) e hoje em dia, são utilizadas outras técnicas de
estimulação com agulha, além da moxa, por exemplo, estimulação elétrica e aplicação de
ventosa. O mesmo autor afirma que as agulhas de ouro de prata ou de aço são inseridas em
ponto empiricamente definidos, sendo introduzido na pele do paciente em profundidades
variadas, a fim de atingir efeitos terapêuticos em diferentes órgãos e sistema funcionais.
Yamamura (2001), afirma que os pontos de acupuntura se situam nos canais de
energia e se projetam na pele, cuja dimensão não ultrapassa alguns milímetros quadrados,
representam o mais externo da relação com os membros por meio dos canais de energia
principais.
O conhecimento das indicações tratadas pelos pontos de acupuntura foi
desenvolvido durante muitos séculos. A obseração de que a doenças podiam ser aliviadas ao
tocar, bater, queimar ou massagear certa parte do corpo fez com que as pessoas percebessem
gradualmente os efeitos especificos de determinados pontos na superficie do corpo.(
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MACIOCIA, 2007)
Os pontos de acupuntura estão localizados em locais anatômicos característicos, por
exemplo, em depressões, em anexos musculares e tendinosos, em dobras da pele, nas
fissuras das articulações, nas saliências dos ossos etc. Na correta localização e nos
exercícios correspondentes, o dedo que palpa quase cai nestas depressões. Além disso
os pontos podem ser percebidos devido a uma alteração na consistência da pele, à sua
sensibilidade à pressão, ao inchaço e ao obstáculo que causa ao suave deslizamento
do dedo que palpa. Alguns pontos só podem ser encontrados quando se colocam
específicas partes do corpo em determinadas posições. (FOCKS,2005).
5. Metodologia
6. Resultatos e Discursão
(baço/pâncrea), Shen (rins) ou Fei (pulmão) de drenar tais liquidos. Em um padrão de excesso
local causado por uma deficiência de função energética específica, sendo mais comum em casos
ligados a uma disfunção do pi por se apresentar nas regiões das coxas, glúteos e culotes
(FERNANDES, 2011).
Segundo Nakano e Yamamura (2008), as alterações da pele podem ser classificadas
como yin e yang, sendo apresentada como yin as alterações mais crônicas e as alterações mais
agudas apresentam caracteristicas yang. Embora o principio do fibro edema gelóide, é ter a
carateristica yang como estagnação de energia como o passar dos anos, a mesma pessoa pode
ir modificando para uma forma mais yin pela a deficiencia do yang assim torna-se mais flacida.
Conforme Fernandes (2011), o tratamento para fibro edema geloíde é a associação
da acupuntura com a eletroacupuntura, os pontos indicados são BP-2, BP-3 como tonificação e
os BP-9 e E-36 como sedação. Os parâmetro da aparelho pra eletroacupuntura é com o tempo
de 30 minutos, freqüência de 50 Hz a 300 Hz com grande intervalo entre os pulso.
De acordo com Nakano e Yamamura (2008), a duas manifestação do fibro edema
geloíde e com isso dois tratamento:
1. Tratamento para estagnação do gan qi, podem ser utilizados pontos de acupuntura
F-3, VB-34, F-14 e B-18 para drena o gan, TA-6, para mover o qi e promover a transformação
de fluido sanjiao ( Triplo aquecerdor), VC-5 e VC-6, para ajudar na dispersão de umidade,
unidade-calor, harmonizar a via das aguas e harmonizar o xiajiao, VC-9, para trasformar os
fluido e aliviar o edema, CS-6, para acalmar o Shen (mente), harmonizar o sanjiao e dispersar
a mucosidade. Tambem pode ser utilizada ventosa com tecnica de deslizamanto,com finalidade
de liberar as energia estagnadas do local, permitindo a melhora da circulação de qi e de xue,
outro método a ser utilizado pode ser a eletroacupuntura em disperção e com estimulação com
freqüência de 50 hz a 300hz, durante 20 minutos, nos locais onde estao presentes os nódulos.
2. Tratamento para deficiencia de pi-yang e de shen, pode se realizado aplicando-
se moxabustão nos pontos B-20,B-22, B23 e acupuntura em VC-12, R-7, E-36, VC-9, E-28,
BP-9, e VC-7 para fortalecer as funções energéticas de transporte , transformação e de excreção
dos fluidos, e em VC-5, ponto mo, para mover o liquido do xiajiao. Deve-se, ainda , aplicar a
eletroacupuntura, em tonificação nos canais de energia. A aplicação de moxabustão tornam-se
recursos dos mais importantes no tratamento de todas as formas de fibro edema geloíde, uma
vez que se obtém a harminia energética do organismo como um todo.
7.CONCLUSÃO
Com o termino dessa pesquisa conclui-se que a acupuntura estetica vem promove
um equilíbrio energético, emocional e orgânico, com isso melhorar o tônus da pele, ativar a
circulação sanguínea, linfática e energética da pele, promover drenagem linfática, diminuindo
edemas, favorecer o aumentar da viscosidade da pele, melhorando a nutrição tecidual, diminuir
o tecido adiposo, reduzir de forma considerável fibro edema geloíde, acelerando a quebra das
células de gordura, o que promove o emagrecimento e regulariza as funções gástricas e
emocionais e intestinais.
Referências
DALSASSO, J.C. Fibro edema gelóide: Um estudo comparativo dos efeitos terapêuticos,
utilizando ultra-som e endermologia-dermovac, em mulheres não praticantes de exercício
8
MACHADO, A.F.P. et al. Incidência de fibro edema gelóide em mulheres caucasianas jovens.
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MACIOCIA, Giovanni. Os fundamentos da Medicina Chinesa. 2ª ed, São Paulo, Roca, 2007.
9
MACIOCIA, Giovanni. Canais de Acupuntura: uso clínico dos canais secundários e dos
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YAMAMURA, Ysao. Acupuntura Tradicional: Arte de Inserir. 2ª ed, São Paulo, Roca,
2001.
ZUCCO, Fabíola. Acupuntura Estética Facial no Tratamento de Rugas. World Gate Brasil
Ltda., 2004. Disponível em:
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades
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