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ESTUDO PRÁTICO SOBRE A APLICAÇÃO DA MOXATERAPIA EM CASO DE


ESTRIAS NACARADAS

Caroline Stefanes1
Paula Dutra Neubauer 22
Marcela Carolina Machado3

Resumo

Sendo o estado de saúde definido pela OMS como bem estar físico, mental e
psicossocial, a autoestima é parte integrante deste estado e neste caso a estria passa a ter
grande importância social. Elas ocorrem entre as idades de 10 a 16 anos para o sexo
feminino e de 14 a 20 para o masculino. Na mulher adulta saudável a incidência de estrias é
de 2,5 vezes mais frequentes que no homem nas mesmas condições. Considerando os
vários tipos de tratamento existentes para esta alteração cutânea indesejável na pele, este
estudo teve como objetivo avaliar os resultados da aplicação da moxaterapia em caso de
estrias nacaradas, visando o processo de cicatrização envolvido, à ação das propriedades
terapêuticas da erva Artemísia Vulgaris; que é a matéria prima da Moxa, e seu custo
acessível a todos. O estudo de caso foi realizado em dois indivíduos, um voluntário do sexo
masculino de 16 anos e uma do sexo feminino com 27 anos, com estrias do tipo nacaradas
geradas em situações distintas, a saber: estiramento da adolescência e gravídicas,
respectivamente, as pesquisadoras aplicaram o procedimento de forma a gerar uma
hiperemia local visivelmente intensa. A duração média foi de três minutos para cada região e
o tratamento foi realizado 3 vezes por semana totalizando 10 sessões. Observou-se uma
visível melhora no aspecto geral das estrias tratadas, e concluiu-se que um tratamento
prolongado trará resultados mais promissores.

Palavras-chaves: moxaterapia, cicatrização, estrias nacaradas.

1 INTRODUÇÃO
A evolução na busca pela longevidade e manutenção da saúde tem
aumentado significativamente, principalmente no que diz respeito ás Praticas
integrativas e complementares (PICS).
Sendo o estado de saúde definido pela OMS como bem estar físico, mental e
psicossocial a autoestima é parte integrante deste estado.
O mundo médico permanece quase que indiferente a estes distúrbios
considerando - o quase que exclusivamente estético. Tendo em vista que saúde não
é unicamente a ausência de doença, mas sim um bem-estar físico e psicológico, a
estria passa a ter grande importância social. (GUIRRO e GUIRRO, 2004).

1
Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,
Florianópolis, Santa Catarina. carolstefanes@gmail.com
2
Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,
Florianópolis, Santa Catarina. paulaneubauer@gmail.com
3
Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí –
UNIVALI, Florianópolis, Santa Catarina. marcelatao@gmail.com
2

De acordo com Timbó e Pesce (2012, p.60-64) ao referenciar Hanasono MM


et al (2004) destacam que as estrias foram referidas na medicina pela primeira vez
em 1773 por Roereder, associada á gravidez, já em 1982 foram descritas como
cicatrizes; porém estudos histológicos de Pieraggi mostraram que a estria é uma
atrofia tegumentar adquirida, de aspecto linear e sinuoso, inicialmente
avermelhadas; evoluindo depois para uma cor esbranquiçada e mais tarde brilhante
e nacarada.
Independente da sua quantidade, as estrias dispõem-se paralelamente uma
ás outras e perpendicularmente ás linhas de fendas da pele, o que significa que
configuram á rigor, uma lesão dérmica.
Além do fator mecânico (provocado pelo estiramento da pele), Leaver (1991)
destaca também que as estrias são causadas pela consequente perda de fibras
elásticas, fatores de natureza endocrinológicos (existindo uma clara influência dos
hormônios esteroidais) e uma predisposição genética e familiar.
De acordo com Schnitzler (1973), as estrias atróficas são encontradas em
ambos os sexos com predominância no feminino, principalmente a partir da
adolescência.
Para Basak (1989) elas ocorrem entre as idades de 10 a 16 anos para o sexo
feminino e de 14 a 20 para o masculino.
De acordo os estudos de Borges e Oliveira (2009) ao referenciar Guirro e
Guirro (2002), as estrias podem ser encontradas em ambos os sexos, mas com
predominância no sexo feminino a partir da adolescência. Nas meninas a maior
incidência ocorre dos 12 aos 14 anos e nos meninos entre os 12 e 15 anos. Ambos
os autores relatam que a mulher saudável apresenta 2,5 vezes mais chances de
desenvolver estrias que o homem nas mesmas condições.
O estudo com a moxabustão será baseado em suas propriedades
analgésicas, vasodilatoras e mediadoras no processo inflamatório, além do fato de
emitir raios infravermelhos e ajudar na cicatrização. Considerando a Moxa uma
técnica Yang e considerando a estria um elemento Yin acredita-se em um bom
resultado no tratamento de estrias nacaradas, sendo ela também um tratamento
seguro e de baixo custo.
Diante do exposto serão abordadas informações importantes e opções de
tratamentos para este problema estético e social tão comum, que como Ribeiro
(2010) destaca são alterações cutâneas indesejáveis na pele.
3

. Desta forma este trabalho teve como objetivo avaliar os resultados de


aplicação da moxabustão no tratamento de estrias nacaradas

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Estruturas da pele:


Segundo Sampaio (1985) a epiderme é considerada um epitélio estratificado
que apresenta diferentes camadas celulares. É a camada mais superficial da pele,
sendo formado, basicamente de tecido epitelial estratificado córneo, os chamados
de ceratinócitos ou corneócitos.
Na concepção de Pires (2012) o estudo da epiderme começa pela camada
basal onde os queratinócitos estão unidos por pontes intercelulares chamadas
desmossomas, estruturas de adesão que dão suporte ao epitélio. Acima da camada
basal seguem-se a camada espinhosa, a granulosa e por fim a córnea, constituídas
por células anucleadas e compactas (corneócitos). A renovação celular se faz a
partir da camada basal até o estágio final de desprendimento como célula morta,
processo este que leva em média 28 dias, e que chegando ao seu processo final
produz a queratina.
Borges e Oliveira (2009) destacam que a derme esta localizada entre a
epiderme e a hipoderme que é responsável pela espessura da pele,
desempenhando papel importante na aparência estética. Pires (2012) complementa
que a derme é vascularizada, com terminações nervosas, pobre em células,
compreendendo um verdadeiro gel, rico em mucopolissacarídeos, substância
fundamental, fibroblastos e material fibrilar de três tipos: fibras colágenas, fibras
elásticas e fibras reticulares.
O fibroblasto tem intensa atividade metabólica, sendo responsável pela
produção de quase todos os componentes fibrilares da derme, com destaque para o
colágeno, e pela síntese de mediadores inflamatórios e de cicatrização.
A adequada hidratação da pele é fundamental para uma boa atividade dos
fibroblastos. Demonstra-se que o alto teor de água dérmica permite que os
fibroblastos sintetizem mais colágeno, prevenindo estrias e auxiliando a cicatrização;
sendo que são nessas estruturas (epiderme e derme) que ocorre o processo da
formação de estrias.
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2.2 Patologia da estria:


Na concepção de Guirro e Guirro (2002) as estrias são descritas como
“cicatrizes”, sendo que esta classificação foi totalmente derrubada no estudo
histológico feito por Pieraggi que compara diferentes lesões dérmicas: estria, lesão
senil e cicatriz.
Ele argumenta ainda que a pele estriada apresenta modificações nas fibras
colágenas na substância fundamental amorfa e nos fibroblastos. A forma dos
fibroblastos também varia nas diferentes lesões sendo a forma globular
predominante na estria e a forma estrelada na lesão senil e cicatriz.
Azulay (2004) complementa ainda que a patologia realmente é semelhante a
de uma cicatriz: no entanto, através da microscopia eletrônica, observa-se que os
fibroblastos estão praticamente destituídos de organelas de síntese (complexo de
Golgi e retículo endoplasmático rugoso), enquanto nas cicatrizes estão bem
desenvolvidas.
Após estes estudos, não se pode mais aceitar a analogia entre estrias e
cicatriz, já que se trata de entidade histologicamente diferente.
Já Branco (2004) relata que estria é uma atrofia da pele, em linhas, por um
rápido estiramento que pode atingir dois ou mais centímetro de comprimento de
modo retilíneo, curvilíneo, ou sinuoso, tendo 3 a 5 milímetros de largura.
Borelli (2004) complementa que as estrias são causadas pelo rompimento das
fibras elásticas da segunda camada da pele (derme) e localizam-se principalmente
nas áreas do abdome, mamas, coxas e quadris.
A autora relata ainda que surgem então lesões lineares que podem ter de um
a vários centímetros de extensão.
As estrias são classificadas como uma atrofia adquirida, e possuem várias
outras denominações decorrentes de diferentes idiomas, prováveis etiologias e
aspecto macroscópico da pele tais como: striae, distensae, stretch marks, striae
albicantes, striae gravidarum, estrias atróficas e víbices (GUIRRO e GUIRRO, 2002).
Nos compêndios e revistas de dermatologia pouca atenção é dedicada a
essa afecção e nelas é considerada uma sequela irreversível, podendo ser
amenizada por diversos tipos de tratamentos. (GUIRRO e GUIRRO, 2004).
A estria, além de ser desagradável aos olhos do ponto de vista estético,
acarreta grandes problemas emocionais, que de fato não se pode contestar é
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grande incidência dessa afecção, em ambos os sexos especialmente nas mulheres.


(PIERAGGI, 1982).
Branco (2004) relata ainda que nas estrias, ocorre uma atrofia da epiderme
com limite derme epidérmica retificada. A derme, de espessura reduzida, evidencia o
colágeno paralelo á superfície da pele, tumefacto sendo que as fibras elásticas das
lesões recentes apresentam-se estriadas e nas lesões envelhecidas, fragmentam-se
e se concentram em locais isolados. As estrias podem ter uma ligeira depressão e a
textura diferente da pele. Podem ser classificadas em:
• Rosadas ou iniciais: Têm aspecto inflamatório e a coloração rosada da
epiderme é provocada pela superdistensão das fibras elásticas podendo assim
visualizar, por transparência, a intensa circulação capilar da derme subpapilar.
• Atróficas: Aspecto cicatricial, linha flácida central e hipocromia, as fibras
elásticas se apresentam enoveladas e algumas estão rompidas. O colágeno se
apresenta desorganizado e os anexos da pele estão preservados.
• Nacaradas: Flacidez central, recobertas por epitélio pregueado, sendo
desprovidas de pelos e de secreção sudorípara e sebácea. As fibras elásticas estão
na maior parte rompidas e as lesões evoluem para fibrose.
Leaver (1991) destaca que há fortes evidências de que o aparecimento de
estrias na pele seja multifatorial, e que além dos fatores endocrinológicos e
mecânicos, existe uma predisposição genética e familiar. Lee et al afirma que fatores
genéticos estão envolvidos na etiologia da estria, sugerindo que a expressão dos
genes determinantes para a formação do colágeno, de elastina e fibromectina está
diminuída em pacientes portadores de estrias e em decorrência deste fato, existe
uma alteração marcante do metabolismo do fibroblasto. A etiologia da estria é
bastante controversa, existindo alguns fatores que podem levar o aparecimento
delas:
• Predisposição genética: (HILEL, 1995).
• Fatores hormonais: (ESCOBAR, 1999) (HILEL, 1995):
¾ Aumento plasmático dos glicocorticoides;
¾ Uso prolongado de esteroides tópicos e sistêmicos;
¾ Efeito do hormônio do crescimento (adolescência);
¾ Uso de contraceptivos orais em altas dosagens;
¾ Alterações hormonais no período pré-menstrual aumentam de
estrógenos e progesterona na puberdade e gravidez.
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• Estiramento (ESCOBAR, 1999), (HILEL, 1995):


¾ Devido à prática de esportes;
¾ Lactação (crescimento das mamas);
¾ Devido o crescimento rápido do adolescente;
¾ Fattening slimming, ou efeito sanfona, por regimes de emagrecimento
repetidos;
¾ Gravidez.
• Doenças (WATSON, 1998)
¾ Síndrome de Cushing;
¾ Síndrome de Marfan;
¾ Diabetes Mellitus.

E Ribeiro (2010), conclui que na verdade é uma associação de fatores como,


por exemplo, a hereditariedade, combinada com fatores endócrinos e estiramento
mecânico da pele, que desencadeiam o aparecimento de estrias, sendo o fator
hormonal o principal deles, pois esta inserido em todas as teorias desencadeantes
de estrias.

2.2.1 Incidências:
De acordo com os estudos de Borges e Oliveira (2009) ao referenciar Guirro e
Guirro (2002), as estrias podem ser encontradas em ambos os sexos, mas com
predominância no sexo feminino a partir da adolescência. Nas meninas a maior
incidência ocorre dos 12 aos 14 anos e nos meninos entre os 12 e 15 anos. A
mulher saudável apresenta 2,5 vezes mais chances de desenvolver estrias que o
homem nas mesmas condições.
O surgimento pode também estar associado ao uso prolongado de
corticoides, tanto por via oral como tópicos, para tratamento de algumas patologias.
Ocorrem com grande frequência, principalmente nas mulheres, porém atualmente
entre os homens tem-se observado o aumento da incidência das mesmas, porém se
alojam nas regiões nas nádegas no abdômen e na região dos ombros.
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Figura: Distribuição das incidências das estrias, segundo os fatores etiológicos.


Fonte: Guirro e Guirro, 2004.

2.2.2 Cicatrização
Segundo Thomas (1995) O reparo tecidual é um estado dinâmico que
compreende diferentes processos, entre eles, inflamação, proliferação celular e
síntese de elementos que constituem a matriz extracelular, como colágeno, elastina
e fibras reticulares. Rochkind (1989) complementa que a síntese de colágeno é
processo rápido e harmônico que tem seu início com a lesão intersticial e se estende
até o final da fase de cicatrização, quando ocorre a remodelação dos tecidos.
A capacidade auto regenerativa é um fenômeno universal nos organismos
vivos. Nos organismos unicelulares, está restrita à presença de enzimas
responsáveis pela recuperação de elementos estruturais (como os constituintes do 5
citoesqueleto, membranas e paredes celulares) e de moléculas de alta
complexidade (como proteínas de elevada complexidade estrutural, RNAs e o DNA).
Em organismos superiores, além destes, também ocorre o reparo de tecidos
que pode se dar de duas formas: pela regeneração com a recomposição da
atividade funcional do tecido ou pela cicatrização com restabelecimento da
homeostasia do tecido com perda da sua atividade funcional pela formação de
cicatriz fibrótica.
Danos tissulares de qualquer natureza (física, química ou biológica)
desencadeiam de imediato uma série de eventos que de forma simplista se
traduzem como rubor, tumor, calor e dor. Estes sinais resultam da ativação de
células nervosas, estromais, vasculares e circulatórias por estímulos físicos ou por
sinalização química feita por estruturas das células rompidas (porções da membrana
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celular e organelas), fragmentos dos elementos inertes dos tecidos (colágenos,


elastinas, fibronectinas, e outros), proteínas séricas que extravasam dos vasos
rompidos e por ação de mediadores inflamatórios pré-formados (liberados
principalmente dos grânulos das plaquetas, mastócitos e terminações nervosas
periféricas) ou neo-sintetizados (eicosanoides e PAF) (Contran et al., 2001).
Para Shal (1994) os processos de cicatrização e reparo tecidual ocorrem após
trauma ou doença, Clark (1985) afirma ainda que o reparo das feridas e sua
reestruturação constitui um mecanismo complexo, em que vários fatores contribuem
para a criação de diversos tipos de cicatrização, como hipertrofia, atrofia ou
normotrofia da área lesionada.
O processo de cicatrização basicamente ocorre em três fases: inflamação,
formação de tecido de granulação e remodelação. Inicia se com a fase inflamatória,
sendo ela a preparação da ferida para a cicatrização. A inflamação tem inicio de 3 a
5 dias, onde há uma agregação de plaquetas e depósitos de fibrina formando um
coagulo sobre a lesão. O autor complementa ainda que a inflamação é uma etapa
fundamental no processo de cura, e afirma que sem inflamação não haverá
cicatrização, sendo os sinais da inflamação: Hiperemia (que é o aumento do fluxo
sanguíneo da área lesada); Edema (ocorre devido concentração de agentes
inflamatórios na área) e Dor ( é causada pela liberação de fatores químicos irritantes
como a bradicinina, histamina e prostaglandina).
A fase proliferativa é a segunda fase da cicatrização com duração entre 6 dias
a 3 semanas (SANTOS 2000). Para Franco (2006) algumas horas após a lesão têm
inicio a angiogênese com a formação de capilares que migram por entre os tecidos
para se encontrar com outros capilares. A vascularização é refeita, e com isso
favorecendo o fluxo de nutrientes de forma continua para a cicatrização da lesão e
formação do tecido de granulação. Nesta fase os macrófagos e monócitos são
ativados, os fibroblastos proliferam produzindo colágeno extracelular.
Abreu e Marques (2003) complementam que na fase proliferativa acontece o
desenvolvimento do tecido de granulação que é composto de capilares novos, matriz
extracelular e colágeno que são sintetizados pelas células endoteliais, fibroblastos, e
queratinócitos.
A fase reparadora ou de maturação, a terceira fase da cicatrização, tem inicio
por volta da terceira semana após o ferimento e se estende por até dois anos,
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dependendo do grau, extensão e local da lesão. Esta fase serve para aumentar a
força tênsil da cicatriz (SANTOS 2000).

2.2.3 Tratamentos:
Existem vários tipos de tratamento eletro terapêuticos tendo como princípio
básico a estimulação de mediadores inflamatórios e o processo de cicatrização,
entre eles estão:
Eletrolifting:
No entender de Winter (2000) o procedimento técnico consiste na
estimulação das estrias de forma individual, até que sejam obtidos uma hiperemia e
um edema em todo seu trajeto, ocorrendo uma lesão ocasionada pela agulha que
provoca uma necrose por liquefação limitando as células epidérmicas.
Após as sessões de eletrolifting ocorre um acentuado aumento de fibroblastos
jovens, uma neovascularização e um retorno da sensibilidade dolorosa e, como
consequência uma grande melhoria no visual da pele.
Laser:
Ribeiro (2010) destaca que existem vários tipos de laser é os mais comuns
utilizados no tratamento das estrias, atua por processo físico que causa lesão na
pele provocando descamação e formação de crosta. A pele ao se recuperar sofre
retração e se torna mais uniforme e a estria, consequentemente, menos visível.
O laser UVB induz a pigmentação local pelo aumento da melanina e
hipertrofia dos melanócitos. O laser cool touch é um laser não abrasivo, portanto não
leva a formação de crosta. Através de uma fonte de luz, o laser gelado é passado
sobre a pele, porém atua nas camadas mais profundas, induzindo a formação de
colágeno e elastina.
Intradermoterapia:
De acordo com Borelli (2004), também conhecida como mesoterapia, utiliza
substâncias estimular de um novo colágeno. São aplicadas injeções dentro das
estrias, com a intenção de melhorar seu aspecto.
Microdermoabrasão:
È uma técnica que tornas as estrias mais finas e menos aparentes e é
indicada para as estrias antigas, usa-se um aparelho com cristais de óxido de
alumínio para esfoliar a superfície da estria provocando escoriações, a inflamação
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que se instala na área estimula a pele se regenerar formando novas fibras de


colágeno e elastina, que tornam as linhas quase invisíveis (BORELLI, 2004).

2.3 Medicina Tradicional Chinesa (MTC):


De acordo com os autores (SCILIPOTI, 1996); (YAMAMURA, 2004), as bases
nas quais se fundamenta a prática da moxabustão são as mesmas usadas na
acupuntura, pois a cauterização, o uso do calor e suas propriedades nada mais são
do que o estimulo dos pontos dos meridianos, ou seja, lugares onde se estabelecem
os percursos energéticos fundamentais.
No ocidente durante muito tempo usou-se esta técnica de moxabustão como
complementar a das agulhas, no entanto deve-se coloca-la com relação à
Acupuntura em plano de estrita igualdade.
No entender de Nakano e Yamamura (2005), a Medicina Tradicional Chinesa
(MTC) nasceu da combinação da pratica da acupuntura, da moxabustão e da
farmacologia natural, realizando um complexo de meios terapêuticos cujos
resultados e efeitos eram precisos e eficazes.
O autor destaca que a MTC concentra-se na observação dos fenômenos da
natureza e no estudo e compreensão dos princípios que regem a harmonia nela
existente. Serão considerados para um breve entendimento os três principais
princípios desta medicina:
• Principio de T´CHI , segundo o professor Neves (1987), é uma força
dinâmica em fluxo constante que circula pelo nosso corpo. Todas as formas e
atividades de vida tanto anatômicas quanto fisiológicas são mantidas pela energia,
ela é a base absoluta de todas as formas de vida e matéria do universo, sendo essa
energia vital, ela permeia tudo e à todos.
• Teoria dos Meridianos é relatada por Gerber (1996), como pontos que
se situam ao longo de um sistema invisível de meridianos que atravessam todos os
tecidos do corpo por onde ocorre uma energia invisível, nutritiva denominada T´CHI,
que chega aos órgãos mais profundos, levando-lhes um alimento vital de natureza
energética sutil. Uma teoria publicada no British Medical Journal, em fevereiro de
1937, por Thomas Lewis complementa ainda que eles são canais que existem sob a
superfície cutânea, cheios de um fluido transparente e incolor e que a energia circula
ao longo do corpo através destes meridianos.
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• A teoria YIN e YANG segundo Scilipoti (1996), afirma que todo


fenômeno do Universo é constituído de dois aspectos opostos, que são
denominados YIN e YANG e resultam ao mesmo tempo em conflito e
interdependência.
A oposição de YIN e YANG representa a contraposição e a luta entre
dois opostos de todo o fenômeno. Na cultura oriental a água e o fogo simbolizam as
características fundamentais do YIN e do YANG.
A água (YIN) representa o frio, a direção para baixo a obscuridade, já o
fogo (YANG) representa o calor, a direção para cima a luminosidade, entre outras
condições como demonstrado no quadro abaixo. Em condições normais estes
opostos mantêm o equilíbrio relativo, enquanto que em condições anormais verifica-
se um domínio do YIN ou do YANG.
Sendo assim a doença é a manifestação de um desequilíbrio entre eles e
todos os métodos de terapia deverão visar reconcilia-los e equilibra-los
.
YANG YIN YANG YIN
Céu Terra Verão Inverno
Sol Lua Ativo Passivo
Externo Interno Energia Matéria
Circulo Quadrado Homem Mulher
Luminoso Escuro Calor Frio
Quadro: representação do Yin e Yang
Fonte: Neves (1989)

2.3.1 Moxaterapia
A estria nacarada revela uma condição de natureza Yin, com flacidez central,
sendo desprovidas de pêlos e de secreção sudorípara e sebácea, onde as fibras
elásticas estão na maior parte rompidas e as lesões evoluem para fibrose
(BRANCO, 2004), o que caracteriza uma situação de deficiência energética e
orgânica de acordo com a MTC. Diante deste fato, a Moxaterapia, também chamada
de Moxabustão, se torna uma técnica adequada dentro dos conceitos das Teorias
Básicas Chinesas, por se caracterizar fundamentalmente pela aplicação de calor e
raios infravermelhos (natureza Yang), levando-se em consideração que para se
tratar uma condição Yin utilizam-se técnicas Yang e vice-versa.
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No entender do professor (NEVES, 1989), a palavra moxabustão surgiu a


partir da junção da palavra “MOKUSA” que significa erva mais bustão de combustão
formando então o vocábulo moxabustão.
Já Fornazieri (2007), relata que a palavra chinesa correta que designa esse
método de cauterização é “KAO”, porem esse termo japonês “MOXA” introduzido na
Europa por Kaemfer (1651-1716) é o que prevalece ate hoje para falar de
cauterização.
Constatando o quanto era difundido o uso do calor para fins terapêuticos,
surpreende que a moxaterapia seja relativamente pouco conhecida; basta pensar
nas aplicações sobre o corpo de tecidos aquecidos, nas bolsas de água quente, ou,
em um âmbito mais científico, ao recurso, por parte da medicina atual da terapia por
raios infravermelhos. (SCILIPOTI, 1996).
Neves (1987) complementa que no inicio de seu uso as cauterizações eram
feitas em estiletes de metais previamente aquecidos e tocados nos pontos de
acupuntura promovendo a queimadura diretamente sobre a pele. Só há mais ou
menos 1200 anos é que se institucionalizou o uso das folhas de uma erva “Artemísia
vulgaris e sinensis” que produz um aquecimento muito particular com efeitos
profundamente benéficos e terapêuticos no corpo humano.
Fornalzieri (2007) salienta que pode ser encontrada hoje, com certa facilidade
a artemisía que é a matéria básica da moxa, e Scilipoti (1996), complementa que
esta planta que cresce principalmente na China devidamente trabalhada pode ser
usada também no seu estado natural e quando esta incandescente irradia calor e
raios infravermelhos. O autor destaca ainda que clinicamente há três métodos de
aplicação: os cones da moxa, os pequenos bastões e as agulhas aquecidas
podendo ser direta ou indiretamente aplicadas.
A combustão da Artemísia aquece profundamente com propriedades
analgésica, vasodilatadora, e incentivadora dos mediadores do processo
inflamatório, e emite ainda raios infravermelhos ajudando na cicatrização e processo
de regeneração. Como efeitos obtêm-se o aquecimento do QI e sangue dos canais
de energia, o aumento do YANG, o tratamento de doenças provocadas pelo frio e
umidade e o favorecimento das atividades enzimáticas da pele (YAMAMURA, 2005).
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2.3.2 Calor:
O organismo possui um isolante térmico caracterizado de pele e tecidos
subcutâneos e a gordura dos tecidos subcutâneos, as glândulas sudoríparas e a
rede vascular cutânea atuam ativando a regulação térmica, á medida que um corpo
necessita dissipar calor, os vasos sanguíneos da pele dilatam-se permitindo que
uma maior quantidade de sangue chegue a superfície com uma resultante perda de
calor e água. Este fenômeno é conhecido como termoregulação (GUYTON, 1998).
O aumento do fluxo sanguíneo na circulação cutânea gera um quadro
hiperemia, este efeito é mediado através da ação direta do calor sobre os próprios
vasos e pelo estímulo térmico da inervação vasomotora, ocasionando uma
vasodilatação reflexa (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1995).
Maeda, 1995 destaca que a vasodilatação capilar venosa, aumento do
metabolismo celular e aumento da capacidade de drenagem linfática de fluidos
intersticiais favorecem no processo de cicatrização tecidual.
O calor acelera o metabolismo da célula e o aumento de transporte através
das membranas celulares. Cada grau de aumento de temperatura dentro dos limites
fisiológicos causa aumento da atividade do metabolismo de aproximadamente 13%.
Quando a temperatura se eleva acima dos 42º se produz uma destruição tecidual
(KITCHEN, 1992).
O aumento da temperatura no tecido celular (principalmente colágeno da
pele, músculos, tendões, ligamentos e cápsula articular), criará um incremento da
elasticidade do tecido (LONGO 2000).

2.3.3 Infravermelho:
Dover e Arndt,1989 relatam que as radiações infravermelhas são produzidos
em toda a matéria por vários tipos de vibração molecular, o resultado é que qualquer
corpo aquecido emite radiação no infravermelho, na verdade qualquer material que
esteja com uma temperatura acima do zero absoluto emite radiação no
infravermelho.
Embora as radiações tenham uma ampla faixa de diferentes frequências,
estas, na qual a máxima intensidade de radiação é emitida são proporcionais á
temperatura, portanto quanto mais alta a temperatura mais alta a frequência.
Nadler e Erasade, 2003 destacam que a termoterapia pode acelerar a
recuperação dos tecidos através do aumento da circulação e da atividade enzimática
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e do aumento da oferta de oxigênio para os tecidos, á custa do aquecimento


superficial ou profundo.
Enwenmeka e Fsicher ,1982 relatam também que o infravermelho produz
vasodilatação mais pronunciada nos vasos sanguíneos cutâneos, onde causam
maior variação de temperatura, e uma dilatação menos pronunciada nos vasos mais
profundos, causando pouca ou nenhuma variação de temperatura.
A radiação com infravermelho sobre o tecido em processo inflamatório pode
gerar uma ligeira elevação da temperatura com notado aumento da atividade celular
(Toyokawa et al.,2003), teorias indicam que a energia gerado pelo aumento da
temperatura é absorvida pelas células através de sua membrana plasmática,
melhorando a circulação local.
Para Schindl (1997), e Inoue(2000), a ação do infravermelho, existente na
terapia com Moxa, possuem efeitos biológicos de regeneração celular, pois causa
uma infiltração de fibroblastos, no tecido subcutâneo, uma maior regeneração de
colágeno na região lesada, capaz de provocar o aumento da angiogênese no local
das lesões e ainda um aumento na força tênsil o epitélio em regeneração, isso
ocorre em todas as faixas de radiação.

3 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo qualitativo com vistas a identificar a ação da
moxabustão no tratamento de estrias nacaradas. Por considerar que esta análise se
da à partir da percepção das pesquisadoras, em relação ao caso em estudo.
Severino (2002), sobre as características qualitativas esclarece que quaisquer
que sejam a distinções que se possam fazer para caracterizar as variam formas de
trabalho cientifico, é preciso afirmar preliminarmente que todos eles têm em comum
a necessária procedência de um trabalho de pesquisa e de reflexão que seja
pessoal, autônomo, criativo e rigoroso.
Lakatos et.al (1986) complementa que no processo de pesquisa qualitativa o
ambiente natural é fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é instrumento
chave, assim como a interpretação dos fenômenos e a atribuição de um significado
é básica no processo deste tipo de pesquisa.
Laville e Dione (1999) define que a denominação refere-se evidentemente ao
estudo de um caso, talvez o de uma pessoa, mas também o de um grupo, de uma
15

comunidade, de um meio, ou então fará referência a um acontecimento especial,


uma mudança politica, um conflito.
O estudo será realizado em dois indivíduos. Um voluntário do sexo masculino
de 16 anos e uma do sexo feminino de 27 anos com estrias do tipo nacaradas
geradas em situações distintas, a saber: gravídicas, estiramento da adolescência.
Será utilizado o paquímetro da marca Vonder, para acompanhamento das
medidas de comprimento e largura das estrias tratadas. As medidas serão
realizadas antes a primeira aplicação e após a última.
Após a explicação do procedimento a ser realizado e assinado o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO I) e do Termo de Consentimento de
Participação do Sujeito (ANEXO II), os voluntários receberam o tratamento em sua
própria casa entre os dias 24/05/2012 e 16/06/2012. As pesquisadoras aplicaram o
procedimento de forma a gerar uma hiperemia visivelmente intensa. A duração
média foi de três minutos para cada região. O tratamento foi realizado 3 vezes por
semana totalizando 10 sessões.
A avaliação clinica foi realizada pelas pesquisadoras com supervisão do
professor orientador. Utilizou-se também o registro fotográfico para a análise de
dados, com o uso de uma câmera Canon 7D, lente canon 50mm com a configuração
de f 1.8, velocidade 1/60, diafragma f 5.0, ISO 1000, sem flash, no início meio e fim
do tratamento. As fotos foram realizadas sem custo, com a colaboração do fotógrafo
Anderson Pinheiro – monitor do Laboratório de Informática da Univali Unidade Ilha,
no Laboratório de Cosmetologia e Estética da UNIVALI – Unidade Ilha, situada na
SC 401, nº 5025, Business Decor, Bairro Saco Grande – Florianópolis – Santa
Catarina.

4 ANÁLISE DOS DADOS


Na Figura 1, é possível observar a hiperemia causada imediatamente após a
aplicação da Moxaterapia. Com o auxílio de um termômetro infravermelho para
mensurar a temperatura cutânea, foi verificada a temperatura máxima de 43,5o
alcançada ao longo do procedimento (Figura 2), o que segundo Kitchen (1992) já
causaria morte tecidual, o que provavelmente incentiva o processo de cicatrização e
regeneração cutânea.
16

Figura 1: Estria hiperemiada, após a aplicação da Moxa


Fonte: Pesquisadoras

Figura 2: Termômetro infravermelho para mensurar a temperatura cutânea


Fonte: Pesquisadoras
17

Após o período de aplicação da Moxabustão, foi possível observar que a


coloração das estrias do voluntário G. D. R. (Figuras 3 e 4) de nacarada abrilhantada
passaram a uma coloração mais semelhante à cor da pele.

Figura 3: Voluntário G. D. R antes das aplicações


Fonte: Anderson Pinheiro

Figura 4: Voluntário G. D. R. após 10 sessões de Moxaterapia


Fonte: Anderson Pinheiro
18

Apesar de se ter tido uma pequena alteração na condição de luz da primeira


para a última foto do voluntário G. D. R, foi possível verificar o resultado.
Com relação às medidas com paquímetro, obteve-se alteração apenas na
largura de uma das estrias do voluntário G. D. R., que iniciou o tratamento com a
largura máxima de 5 mm e passou para 4 mm, 1 mm de redução da largura. As
demais estrias dos dois voluntários permaneceram com o mesmo tamanho.
No modelo masculino observou-se uma melhora na textura das estrias
tratadas. A pele apresentou-se um pouco mais lisa e a coloração de nacarada
abrilhantada a uma coloração mais semelhante à cor da pele do modelo, por um
provável aumento de tecido de granulação local.
Durante o processo de cicatrização o tecido de granulação tem papel
fundamental no desenvolvimento da cicatriz.
A melhora da textura da pele, que antes se apresentava com aspecto rugoso,
tornou-se mais lisa devido o provável aumento do tecido de granulação local, sendo
ele o marco ao processo de cura.
O processo de vascularização é vital para o desenvolvimento dos tecidos, a
vasodilatação em alguns casos proporciona um aporte maior de nutrientes.
A alteração da coloração das estrias do modelo masculino de nacarada
abrilhantada á uma coloração mais semelhante à cor da pele indica os benefícios
proporcionados da intensa vasodilatação local imediatamente após a aplicação da
moxa sobre as estrias. Um tecido com maior aporte sanguíneo desempenha melhor
suas funções devido à oxigenação e aporte nutricional, favorecendo uma
cicatrização mais facilitada.
O processo de renovação celular também percebido no modelo masculino é
provável pelo estimulo da ação do calor e do infravermelho, estimulando assim um
processo de cicatrização.
Já na voluntária P. D. N (Figuras 5 e 6) a qual apresenta estrias bastante
largas, observou-se um clareamento e certo preenchimento da área da estria, o que
pode ser explicado por uma provável neovascularização incentivada pela aplicação
da moxabustão, aumento do aporte de mecanismos reparadores na região e
formação de tecido de granulação.
19

Figura 5: Voluntária P. D. N antes das aplicações de Moxa.


Fonte: Anderson Pinheiro

Figura 6: Voluntária P. D. N depois de 10 aplicações de Moxaterapia


Fonte: Anderson Pinheiro

As melhoras da textura da pele que antes se apresentavam com aspecto


rugoso tornaram-se mais lisas devido o provável aumento do tecido de granulação
local, sendo ele o marco ao processo de cura.
O processo de vascularização é vital para o desenvolvimento dos tecidos, a
vasodilatação em alguns casos proporciona um aporte maior de nutrientes.
Para Schindl (1997), e Inoue(2000), a ação do infravermelho, existente na
terapia com Moxa, possue efeitos biológicos de regeneração celular, pois causa uma
infiltração de fibroblastos, no tecido subcutâneo, uma maior regeneração de
20

colágeno na região lesada, capaz de provocar o aumento da angiogênese no local


das lesões e ainda um aumento na força tênsil do epitélio em regeneração, isso
ocorre em todas as faixas de radiação, portanto é possível extrapolar estas
afirmações para a aplicação de Moxaterapia em estrias nacaradas como explicação
de causa para a melhora considerável nesta condição.
Ambos os voluntários relataram que as sensações durante o tratamento com
a moxa era de ardência no local, certo desconforto, porém completamente
suportável.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando que o objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados de
aplicação da Moxabustão no tratamento de estrias, percebeu-se que o calor
associado ao infravermelho, proporcionado pelo tratamento da Moxabustão, que se
trata de um método “rudimentar”, antigo foi eficaz no tratamento. É possível concluir
que a combinação dos efeitos do calor e dos raios infravermelhos foi capaz de
contribuir no processo de regeneração cutânea a partir da morte tecidual induzida
pela alta temperatura, como afirma Kitchen (1992).
Esta condição combinada às ações dos raios infravermelhos, que segundo
Inoue (2000) e Schindl (1997) possuem efeitos biológicos de regeneração celular,
por causarem uma infiltração de fibroblastos no tecido subcutâneo, uma maior
regeneração de colágeno na região lesada, capazes de provocar o aumento de
angiogênese no local das lesões e ainda um aumento na forca tênsil no epitélio em
regeneração.
Considerando que as estrias nacaradas são de difícil tratamento, o resultado
obtido tem caráter relevante, apontando a Moxabustão como uma técnica
promissora na área da Cosmetologia e Estética. Uma vez que foi utilizada a
Moxabustão isoladamente e por um curto período de tempo, sugere-se estudos
aplicados por um período mais longo, como também terapias combinadas a fim de
incrementar o resultado.
21

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http://www.fisio-tb.unisul.br/Tccs/09b/karen_tamires/TCCKaren_Tamires.pdf.
23

ANEXO I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado para participar, como voluntário, em uma pesquisa.
Após ser esclarecido sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte
do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é
sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa você não será
penalizado de forma alguma. Não haverá necessidade de pagamento pela pesquisa
e as sessões de aplicação da moxa serão realizadas pelas pesquisadoras.
1. Título do projeto: ESTUDO PRÁTICO SOBRE A APLICAÇÃO DA MOXATERAPIA
EM CASO DE ESTRIAS NACARADAS.
Pesquisador responsável: Marcela Carolina Machado
Telefone para contato: (48) 99149386
Pesquisador: Paula Dutra Neubauer
Telefone para contato: (48) 88133786
Pesquisador: Caroline Stefanes
Telefone para contato: (48) 84588661
Esta pesquisa tem como objetivo principal avaliar a ação terapêutica da moxaterapia
em caso de estrias nacaradas.
Inicialmente você passará por uma avaliação (realizada pelas pesquisadoras em
conjunto com a professora orientadora) e ao preenchimento de uma ficha contendo
dados importantes para sua participação, bem como para registros de
acompanhamento melhora no aspecto da estria a ser tratada.
Existem contra indicações para realização da moxaterapia sendo assim, se você
possuir algumas das citadas abaixo não poderá participar da pesquisa.
• Moxa direta em pontos descarnados
• Moxa nas proximidades de uma mucosa
• Cefaléia
• Doenças febris
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Você terá direito a 21 (vinte e um) dias de tratamento, realizando 03 (três) sessões
por semana, totalizando 10 (dez) sessões de moxaterapia. O atendimento será
realizado na casa dos voluntários pelas pesquisadoras.
Após análise e discussão dos resultados, a instituição deverá receber a
divulgação dos dados da pesquisa mediante reunião.
25

No caso de participação a esta pesquisa, você receberá por e-mail a evolução com
todo o resultado obtido pela pesquisa. As pesquisadoras comprometem-se também
a ficar a disposição para contato, caso você necessite de esclarecimentos
relacionados à pesquisa.
O responsável pela instituição e o voluntário serão convidados a participar da
apresentação do Trabalho de Iniciação Científica obtido com os resultados desta
pesquisa.
Paula Dutra Neubauer
____________________________________
Assinatura do pesquisador:
Caroline Stefanes
____________________________________
Assinatura do pesquisador
____________________________________
Marcela Carolina Machado CPF do professor responsável
____________________________________
Assinatura do professor responsável
____________________________________
Nome e CPF da voluntário da pesquisa
____________________________________
Assinatura do voluntário da pesquisa
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ANEXO II
CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO DO SUJEITO
Eu, __________________________________________, RG _____________,
CPF__________________________ abaixo assinado concordo em participar do
Presente estudo como sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido sobre a
pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os benefícios decorrentes
de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a
qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ou interrupção de meu
acompanhamento, assistência ou tratamento.
Local e data: ____________________________________________________
Nome: _________________________________________________________
Assinatura do sujeito ou responsável: _________________________________
Telefone e e-mail para contato: ______________________________________

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