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1.

0 INTRODUÇÃO

A pele é um tecido elástico que acompanha todas as alterações do corpo


humano, como crescimento, mudança de peso, gravidez. No entanto, em casos de
distensões da pele muito rápidas, como ocorre durante a gravidez, pode ocorrer o
rompimento das fibras elásticas, surgindo então as estrias. Há evidências que o seu
aparecimento seja multifatorial, não somente fatores mecânicos e endocrinológicos,
mas também predisposição genética e familiar. As estrias são alterações cutâneas
indesejáveis, definidas como cicatrizes lineares visíveis que se dispõem
paralelamente umas as outras, podendo ser raras ou numerosas e indicam uma
lesão na pele, decorrente do desequilíbrio elástico localizado.

Dentre os tratamentos para no combate das estrias, destaca-se o uso da


carboxiterapia, o qual consiste na aplicação de injeções de gás sob a pele para
eliminar marcas de celulite, estrias, gordura localizada e também para eliminar
flacidez da pele. O processo se resume basicamente em injetar gás carbônico sobre
a pele que ajudaria na circulação celular e oxigenação de tecidos, fazendo com que
a pele forme colágeno e novas fibras elásticas.

Deste modo, o presente estudo tem como tema o uso da carboxiterapia para
o tratamento de estrias, através do qual pretende-se responder a questão problema:
Como o uso da carboxiterapia auxilia no desaparecimento ou amenização das
estrias? Assim, esta pesquisa teve como objetivo geral verificar os efeitos da
carboxiterapia no tratamento de estrias, e especificamente, buscou-se explicar a
caracterização de pele e o aparecimento das estrias; bem como entender a
funcionalidade da carboxiterapia; além de analisar as formas de tratamento
possíveis com a infusão do gás e avaliar os resultados que o tratamento pode
proporcionar.

A escolha do tema justifica-se pela pesquisa aprofundada de um dos tantos


procedimentos atualmente disponíveis para o tratamento de estrias. Assim, a
relevância da realização deste trabalho está no conhecimento adquirido sobre a
utilização da carboxiterapia, possibilitando explicando a sua técnica e seus
benefícios focando sempre ao uso do tratamento de estrias.

A metodologia utilizada para realização deste trabalho foi do tipo bibliográfica,


sendo que a abordagem teórica foi qualitativa, em que o foco foi de caráter subjetivo
do objeto analisado, estudando as suas particularidades.

Para tanto foram selecionados artigos que se referiam ao uso da


carboxiterapia para o tratamento de estrias, buscando amparo em trabalhos já
publicados acerca do tema, como também em recursos que a internet propicia, a
partir de consultas de trabalhos, notícias e informações pertinentes ao tema
proposto, além de livros e artigos indexados no Scielo, anais brasileiros de
dermatologia na área de carboxiterapia.
2.0 REFERENCIAL TEÓRICO

As estrias caracterizam-se por afecções dermatológicas comuns, sendo


desagradáveis esteticamente, de modo que incomodam homens e, principalmente,
mulheres de diferentes faixas etárias.

Basicamente os estudos apontam que a origem das estrias pode estar


relacionada a fatores mecânicos (Teoria Mecânica), segundo o qual, o surgimento
das estrias está ligado a um repentino estiramento da pele, em fases específicas da
vida do indivíduo, que pode ser desde o crescimento na fase da puberdade; ou
ainda o aumento do peso corporal, como a obesidade; ou, durante a gravidez. Ou é
resultado de atividades metabólicas (Teoria Metabólica), segundo o qual, as
estriações da pele derivam de alterações hormonais no organismo, tais como
elevação dos níveis de cortisol e estrogênios, alteração da atividade metabólica. E
ainda, pode ser resultante de um processo infeccioso, o qual pode desencadear
danos às fibras elásticas e, por conseguinte, provocarem estrias.

Independente da origem da estria, esta se mostra um problema que, ainda,


não apresenta solução, apesar dos diversos tratamentos alternativos, tanto médicos
como fisioterapêuticos, que suavizam as linhas recentes, bem como as mais antigas
e esbranquiçadas que deformam a pele.

Dentre as possibilidades de tratamento para as estrias destacam-se o uso da


carboxiterapia, a qual consiste na administração subcutânea de anidro carbônico,
gás carbônico ou CO2, através de injeção hipodérmica, diretamente nas áreas de
celulite, flacidez cutânea, estrias e gordura localizada.

Deste modo, considerando a busca pelo tratamento adequado das estrias,


neste estudo, inicialmente apresentam-se algumas considerações sobre a
constituição da pele e o desenvolvimento das estrias. Em seguida aborda-se a
carboxiterapia como um recurso nesse tratamento, analisando suas características,
efeitos e particularidades.
2.1 A PELE E AS ESTRIAS: ASPECTOS CONCEITUAIS

A pele é considerada o maior órgão sensitivo do ser humano, possui um


manto de revestimento do nosso organismo, que é indispensável à vida humana,
composta por água, lipídios e proteínas. É um órgão que contém tecidos, tipos
celulares e estruturas especializadas. Ele proporciona diversas funções tais como
proteção, lesões mecânicas e químicas, regeneração e prevenção (NASCIMENTO,
2007).

A pele tem mecanismos sensoriais que detectam movimento, pressão e dor, é


dividida anatômica e funcionalmente em três camadas, diferencia-se em epiderme
(camada externa), derme (camada intermediária) e hipoderme (camada interna)
(NOGUEIRA, 2009).

A Epiderme é a camada mais externa, compactada e impermeável, perfurada


apenas por poros. Ela não apresenta rede vascular. Apresenta as seguintes
camadas: córnea, a grande barreira impermeável que age na retenção de líquidos,
camada granulosa, nutrida pelos capilares dérmicos, e camada basal, onde se
encontram os melanócitos, possui as células de Langerhans, provável função na
iniciação da resposta imune e as células de Merkel, ligadas às terminações
sensitivas. A epiderme e a derme se unem pela membrana basal, a sua estrutura
garante a pele parte das suas propriedades mecânicas (TAMURA, 2010).

A derme é composta por elementos celulares, é a camada que contém as


fibras colágenas e elásticas, sendo um dos elementos responsáveis pela formação
das rugas, também assegura a nutrição da epiderme. Resiste à penetração da
agulha por ser um tecido firme e compacto. É altamente vascularizada e contém
terminações nervosas, por esse motivo, as injeções intradérmicas são mais
dolorosas do que em outros planos (NOGUEIRA, 2009).

A derme compõe-se de três porções: a derme papilar, a derme perianexial e a


derme reticular. A derme papilar é constituída por tecido conjuntivo frouxo, camada
pouco espessa de fibras colágenas finas, fibras elásticas, e numerosos fibroblastos.
A derme perianexial é estruturalmente igual à derme papilar. E a derme reticular é
composta por tecido conjuntivo denso não modelado, composto por feixes colágenos
mais espessos, estendendo-se até o subcutâneo. As fibras colágenas compreendem
95% do tecido conectivo da derme (TAMURA, 2010).

A hipoderme é a camada mais profunda da pele, é constituída de um tecido


conjuntivo frouxo e por tecido adiposo, é composto por nervos e vasos sanguíneos,
ele está envolvido na regulação das temperaturas, proteção e suporte (NOGUEIRA,
2009).

As estrias são uma afecção que têm sido estudada há muitos anos, Roederer
em 1773 fez o primeiro estudo científico em gestantes, Troisier e Menetrier em 1989,
apresentaram as estrias como uma doença inócua e desfigurante. Em 1984, Unna
desconfiou que fatores endógenos influenciariam as fibras elásticas do tecido
conjuntivo, e em 1936, Nardelli pela primeira vez as chamou de estrias atróficas.
Deste modo teve início a busca da fisiopatologia e tratamento das estrias (BONETTI,
2007).

Silva; Takemura e Schwarts (2009) explicam que as estrias, são distúrbios


estéticos de grande relevância social em razão de seu efeito no corpo e seu impacto
no psicológico do indivíduo. Seu aparecimento geralmente se dá em adultos, mas
pode ocorrer também em jovens, dependendo de fatores biológicos e mecânicos.
São mais frequentes no sexo feminino e surgem especialmente nos glúteos, mamas,
abdome, flancos, dorso e coxa.

Como já mencionado, conforme estudos realizados, a origem das estrias


pode estar relacionado a três situações, neste sentido, Guirro e Guirro (2005)
explicam que existem três teorias que tentam apresentar justificativas para o
acometimento de estrias: de ordem mecânica; endocrinológica; e infecciosa.

No primeiro caso, Teoria Mecânica, a justificativa apresentada é de que as


estrias são sequelas de períodos de crescimento rápido, ou por meio de processos
gravídicos, onde tem-se o estiramento da pele e a consequente ruptura ou perda de
fibras elásticas. Dessa maneira, a distensão abdominal na gestante, a deposição de
gordura em obesos, e o estirão de crescimento seriam os prováveis fatores
representativos da causação de estrias (GUIRRO; GUIRRO, 2005).

As estrias atróficas são referidas pela Teoria Endocrinológica como derivadas


de diversas patologias, particularmente nas que são tratadas por meio de hormônios
adrenais corticais (GUIRRO; GUIRRO, 2005). Reforçando o argumento, Toschi
(2004) sugere que o uso prolongado de corticosteróides pode representar um
caminho para a formação de estrias, principalmente em aplicações tópicas
prolongadas na região cutânea. A justificativa para esse fato está representada pela
presença de um hormônio esteróide em todos os quadros de acometimento de
estrias, que incidem tanto sobre os fatores mecânicos - gravidez, obesidade e
adolescência – quanto em terapêuticas medicamentosas tópicas ou não, com base
em corticóides.

Finalmente, tanto Toschi (2004) quanto Guirro e Guirro (2004) concordam que
processos infecciosos também podem desencadear danos às fibras elásticas e, por
conseguinte, provocarem estrias. Determinados medicamentos utilizados em
infecções, como alguns antibióticos ou remédios utilizados no tratamento de
tumores, são passíveis de provocar hiperpigmentações das estrias, além de, em
altas doses, promoverem esclerose, gangrena, pregueamento e eritema.

Moreira e Giusti (2013, p. 23) explicam que as estrias,

[...] são atrofias da pele adquirida devido ao rompimento de fibras elásticas


e colágenas, a princípio avermelhadas, depois esbranquiçadas e
abrilhantadas (nacaradas), há evidências que o seu aparecimento seja
multifatorial, não somente fatores mecânicos e endocrinológicos, mas
também predisposição genética e familiar, levando ao desequilíbrio das
estruturas que compõem o tecido conjuntivo. Surgem principalmente nas
coxas, nádegas, abdômen, mamas e dorso do tronco.

Conforme Pereira et al. (2007) explica, as estrias inicialmente são


avermelhadas e com a evolução se tornam esbranquiçadas, descritas como: tiras ou
linhas, com depressão ou elevação do tecido, na qual há uma mudança de cor e
textura. As estrias aparecem no corpo onde a pele sofreu uma força mecânica
excessiva.
A busca por recursos e técnicas apropriados para a reparação do tecido
conjuntivo lesado pelas estrias tem sido constante, procurando encontrar meios que
senão erradicarem, pelo menos minimizarem as consequências físicas e psíco-
sociais dos portadores de estrias (AZEVÊDO; TEIXEIRA; SANTOS, 2009).

Na terapêutica fisioterápica para as estrias, diversas abordagens são


utilizadas atualmente, não buscando a cura da estria, mas sim a melhora do aspecto
visual e da composição do tecido, dentre esses, um dos recursos utilizados é a
carboxiterapia, foco do presente estudo.

2.2 CARBOXITERAPIA NO TRATAMENTO DE ESTRIAS

A carboxiterapia é um procedimento estético de característica intervencionista


não cirúrgico que se fundamenta na aplicação de injeções de gás na pele com
objetivo de eliminar problemas oriundos da mesma, como as celulites, estrias,
gordura localizada, flacidez da pele. Também tem como objetivo fundamental
proceder ao crescimento do cabelo. É uma forma de intervenção muito simplória e
com grande eficiência no sentido de estimular o metabolismo celular, sem o sentido
de agredi-lo.

Carboxiterapia refere-se à técnica de se injetar gás carbônico através da pele


com fins terapêuticos. No início seu uso era restrito ao tratamento de arteriopatias
periféricas, insuficiências venosas, úlceras dos membros inferiores e acúmulo de
tecido adiposo. Nos dias atuais tem sido empregada no tratamento da lipodistrofia
ginóide, estrias, flacidez cutânea, alopecias e gordura localizada (WORTHINGTON;
LOPEZ, 2006).

Mendes (2009, p. 3) explica que a carboxiterapia:

É uma forma de intervenção não cirúrgica de grande eficiência em


problemas da pele, agindo de forma rápida e muito eficaz, sem
necessariamente agredir o organismo, apenas estimula-o a reagir
diante de coisas indevidas devidas que são oriundas de ocorrência que
atingem o metabolismo.
A terapia de dióxido de carbono (CO2) refere-se à administração transcutânea
e subcutânea de CO2 para fins terapêuticos. Caracteriza-se pelo uso terapêutico
do gás carbônico medicinal com 99,9% de pureza administrado de forma
subcutânea (percutânea) tendo como objetivo uma vasodilatação periférica e
melhora da oxigenação tecidual (BRANDI, 2001).

Neste sentido, Abramo (2011) explica que a infusão controlada de CO 2,


conhecida popularmente como carboxiterapia, é uma técnica que trabalha com
injeção do dióxido de carbono (CO 2) no tecido subcutâneo. É uma prática que tem
proporcionado melhora fisiológica, com melhor irrigação sanguínea do local e,
consequentemente, melhor oxigenação do tecido.

Segundo Mendes (2009, p. 3):

A sua aplicação é ampla e, quando aplicado no rosto, aumenta a produção


de colágeno. Nas nádegas, reduz a celulite, já no couro cabeludo, estimula
o crescimento dos fios de cabelo, e, na gordura localizada, destrói as
células de gordura.

Os benefícios gerados pela carboxiterapia seriam atribuídos a vasodilatação


arteriolar, neoangiogênese, potencialização do efeito Bohr, aumento da velocidade
microcirculatória e ativação de barorreceptores cutâneos provocados pela aplicação
do gás CO2 (WORTHINGTON; LOPEZ, 2006).

O CO2 tem um poder de difusão muito forte, por esse motivo não oferece
riscos ao paciente. Ele é atóxico e é eliminado facilmente do tecido, sendo assim, os
riscos de embolia gasosa fatal nesse tratamento são mínimas (BRANDI, 2001).

A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio depende do pH do meio, a acidez


estimula a liberação de oxigênio diminuindo assim esta afinidade. O aumento da
concentração de dióxido de carbono (CO 2) no meio abaixa a afinidade por oxigênio
(O2), ocorrendo liberação de O2 para os tecidos e captação da molécula de CO 2, que
será transportada e eliminada pela expiração, caracterizando efeito Bohr (BORGES,
2010).
O aumento da circulação interfere no aumento da oxigenação local e, por sua
vez, um tecido bem oxigenado possui um metabolismo mais acelerado, resultando
em maior lipólise, melhor cicatrização e maior produção de colágeno, que irá refletir,
por exemplo, na cicatrização de feridas, perda de peso, melhoria das estrias e de
problemas como flacidez e rugas. O aumento do oxigênio é importante, pois elimina
a formação de fluidos entre as células. O resultado é um menor número de células
gordurosas e um subcutâneo mais firme. Portanto, a utilização desse gás promove o
aumento do fluxo dos vasos sanguíneos, com consequente aumento do
metabolismo e vascularização da área a ser tratada (LEVER; LEVER, 1991).

Nas estrias a carboxiterapia provoca um processo inflamatório local, levando


ao aparecimento de leve edema e hiperemia, ocorre um processo de reparação
tecidual que melhora a circulação e oxigenação dos tecidos, aumentando a
capacidade de replicação de fibroblastos, consequentemente a produção de fibras
colágenas e elásticas na pele estriada (DOMINGUES; MACEDO, 2006; PONTE,
2013).

Como recomendação médica para a aplicação de carboxiterapia, se faz


necessário que várias sessões sejam programadas para tal intento, já que não se
pode começar com aplicações muito fortes, pois a existência da dor pode determinar
a cessação do tratamento, por isso recomenda-se que se comece com pequenas
doses de aplicação de gás, para que o paciente se acostume (MENDES, 2009).

Mendes (2009) cita algumas contraindicações para o uso do carboxiterapia


são, como a alergia na pela; a obesidade; período de gravidez; presença de herpes,
acne ou infecção na região a ser aplicado; gangrena; urticária; angioedema;
indivíduos que sofrem de epilepsia, de distúrbios psiquiátricos, ou ainda de doença
cardíaca ou pulmonar

Essas contraindicações estão diretamente ligadas a problemas infecciosos na


pele e a problemas congênitos que podem causar problemas caso o carbox seja,
aplicado. Justamente por ser um procedimento de correção estética simples, suas
indicações são somente para problema de ordem estética, sem a proeminência de
outros problemas. Não existe um número padrão de aplicação, esse varia de acordo
com cada caso, sendo necessário uma avalição geral do paciente e seus objetivos
para determinar quantas seções serão necessárias para o alcance do objetivo
(MENDES, 2009).

Além da carboxiterapia auxiliar na eliminação da celulite, gordura localizada,


rugas, olheiras, estrias e flacidez, existem outros benefícios que essa técnica traz,
como aumento do fluxo sanguíneo local, favorecimento de produção de fibras de
colágeno que sustentam a pele, aumenta o metabolismo local, melhora o aspecto e
diminuiu o tamanho das cicatrizes, facilitam a cicatrização de feridas crônicas,
favorecem a queima de gordura e desfaz nódulos de celulite (PINHEIRO, 2010).
3.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no trabalho realizado sobre o tem o uso da carboxiterapia para o


tratamento de estrias, e que buscava responder a questão problema de como o uso
da carboxiterapia auxilia no desaparecimento ou amenização das estrias,
desenvolveu-se um estudo que inicialmente procurava apresentar informações sobre
a pele e sua constituição, abordando sobre o surgimento das estrias, sobretudo em
relação as fatores que determinam sua aparição, bem como o tratamento destas por
meio do uso da carboxiterapia.

Assim, a partir da pesquisa e leitura de artigos científicos sobre o assunto,


elaborou-se o referencial teórico deste trabalho, no qual se caracteriza e define os
elementos que constituem a pele humano, destacando que este é o maior órgão do
corpo. Explicando a origem da estria, os fatores que contribuem para o seu
surgimento, a descrição do que fisiologicamente ela representa, e principalmente
seu tratamento por meio da carboxiterapia. A carboxiterapia, técnica onde se utiliza
o CO2 através injeções locais, e tem se mostrado altamente eficiente no combate as
estrias.

Considerando o expresso no referencial teórico, pode-se afirmar que o


objetivo geral deste estudo foi alcançado, já que se pode verificar os efeitos da
carboxiterapia no tratamento de estrias. Igualmente, os objetivos específicos
também foram alcançados, e especificamente, buscou-se explicar a caracterização
de pele e o aparecimento das estrias; bem como entender a funcionalidade da
carboxiterapia; além de analisar as formas de tratamento possíveis com a infusão do
gás e avaliar os resultados que o tratamento pode proporcionar.

A pesquisa indicou que a carboxiterapia é um recurso eficaz quando utilizado


no tratamento das estrias. Por meio dessa técnica se verifica a neocolagenase, além
da diminuição da flacidez, bem como a melhora da microcirculação vascular, o que
promove uma vasodilatação e consequente aumento da drenagem veno-linfática.
Os estudos utilizados como fonte para este trabalho, comprovam que o uso
da carboxiterapia no tratamento das estrias causa um aumento da espessura da
derme, o que evidencia a estimulação da neocolagenase e a consequente
reestruturação das fibras colágenas.

A aplicação da carboxiterapia nas estrias tem como resultado uma importante


diminuição no seu comprimento, largura, coloração e aspecto cicatricial,
independente do seu tempo de existência ou da coloração da mesma.
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