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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
4 FERIDAS .................................................................................................... 9
8 OSTOMIAS ............................................................................................... 27
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Fonte:.dermoecia.com.br
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micróbios; e células de Merkel ou discos, que existem entre a epiderme e a derme e
se ligam às terminações nervosas sensoriais que atuam como tato ou barorreceptores
(DOMANSKY; BORGES et al., 2012).
A segunda camada é a derme mais profunda, que é composta por tecido
conjuntivo denso irregular. É a camada de pele que existe entre a epiderme e o tecido
subcutâneo e é rica em fibras de colágeno e elastina. Promove a sustentação da
epiderme e participa dos processos fisiológicos e patológicos dos órgãos da pele.
Pode variar em espessura de 0,6 mm (área mais fina) a 3 mm e, em sua escala
máxima, possui três áreas distintas: a área superficial ou papilar, que permanece em
contato com a epiderme e consiste em tecido conjuntivo frouxo, principalmente é
composto por feixes de fibras colágenas mais espessas e onduladas dispostas
lateralmente, com pequenos vasos linfáticos e sanguíneos, terminações nervosas,
colágeno e elastina, corpúsculos de Meissner, e tem a função de facilitar a nutrição.
A segunda camada é a camada profunda ou reticular, que é composta por
tecido conjuntivo denso amorfo com fibras colágenas mais espessas e dispostas
lateralmente, consistindo na base dos folículos pilosos, glândulas, vasos linfáticos e
sanguíneos, terminações nervosas, colágeno e elastina. As camadas fornecem
oxigênio e nutrientes à pele.
A terceira área é a adventícia, circundada por glândulas pilossebáceas,
glândulas e vasos sanguíneos, composta por finos feixes de colágeno, na derme
existem anexos cutâneos como glândulas sebáceas e sudoríparas, cabelos e unhas
(TASSINARY, 2019; OLIVEIRA, 2011).
A camada final é composta pelo tecido subcutâneo ou tecido subcutâneo,
considerado um órgão endócrino, composto por células de gordura, que têm a função
de armazenar reservas de energia, proteger contrachoques, formar uma manta
térmica e moldar o corpo (TASSINARY, 2019).
O ectoderma e o mesoderma são responsáveis pela composição da pele
humana e seus apêndices. O ectoderma se dobra para formar tubos neuronais, a parte
externa produz epiderme e apêndices cutâneos, e a parte interna do tubo
(neuroectoderma) produz melanócitos, nervos, receptores sensoriais, sistema
nervoso periférico e sistema nervoso central, compartilham as mesmas células
embrionárias, portanto têm uma conexão direta, permitindo a troca constante de
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informações sobre o ambiente externo entre esses sistemas (obs.: comunicação via
neuropeptídeos e mediadores celulares) (DOMANSKY; BORGES et al., 2012).
3 FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
Fonte: institutomarianealtomare.com.br
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cicatrização pode ser influenciado por uma variedade de fatores, incluindo fatores
locais, incluindo estresse, ambiente seco, trauma, infecção, necrose; e fatores
sistêmicos, como idade, presença de doenças crônicas e estado de desnutrição
(BUSANELLO, LARA, DEUS, BOHLKE, MELLO-CARPES, 2014).
Por se tratar de um processo multifatorial, não apenas fatores locais, mas
também fatores sistêmicos como etiologia da ferida, estado nutricional e presença de
doença devem ser considerados no processo de avaliação. É uma avaliação
abrangente do indivíduo, não apenas da ferida (CORNELL, MEYR, STEINBERG,
ATTINGER, 2010), onde uma avaliação holística do paciente torna-se essencial, pois
sua condição clínica afetará diretamente o resultado no sucesso desse processo
(GARBUIO et al., 2018).
A avaliação adequada permite ações de intervenção em situações
potencialmente danosas que levam à recuperação total (ABBADE, 2010). Por isso,
além de uma avaliação holística do indivíduo, ressalta-se a importância do uso de
ferramentas que contemplem todos os elementos do processo de cura.
Na literatura, a terminologia utilizada para descrever a avaliação de lesões de
pele é diversa, dificultando o consenso sobre quais parâmetros são mais adequados
para monitorar o processo de avaliação de diferentes tipos de lesões. No entanto,
algumas das ferramentas encontradas são avaliações específicas da etiologia,
enquanto outras realizam avaliações amplas (GARBUIO et al., 2018).
Portanto, conhecer os diferentes instrumentos, os parâmetros que eles avaliam
e sua especificidade em relação a cada etiologia são fundamentais para fazer
escolhas no local de atendimento. Uma avaliação precisa da lesão é parte essencial
do seu tratamento, pois orientará o processo de tomada de decisão quanto ao cuidado
dessa ferida. Portanto, a gestão do cuidado prestado ao paciente é de
responsabilidade dos profissionais enfermeiros, e para uma ótima qualidade do
cuidado, o processo de tomada de decisão deve ser baseado nas melhores evidências
científicas (SOUZA, MACIEL, MÉIER, DANSKI, LACERDA, 2010).
Inflamatória
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Começa após o trauma, levando ao reparo e substituição de células mortas e
danificadas por células saudáveis.
Sinais típicos de inflamação, como edema, congestão, febre moderada e dor.
Duração: 4 a 5 dias (DEALEY, 2012).
Proliferativa ou de reconstrução
Processos de produção de colágeno, angiogênese, formação de tecido de
granulação, retração e reepitelização de feridas.
O halo pode ser palpado do dia 5 ao dia 9 após a lesão. A duração desta fase
é em média de 12 a 14 dias.
Epitelização
O estágio em que as células epiteliais cobrem a ferida. A presença de tecido
de granulação. Tem duração variável. Pode iniciar no 2º dia nas feridas por primeira
intenção ou somente após o preenchimento da cavidade através de uma ferida com
segunda intenção de curar.
Remodelação ou maturação
Na fase final do processo de cicatrização, ocorre a reorganização do colágeno.
Esse processo pode começar por volta da terceira semana após o trauma e
continuar por vários meses ou até mais de um ano (SOCIEDADE BRASILEIRA PARA
ESTUDO DA DOR, 2022).
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Flutuações da temperatura - Temperaturas extremas podem causar danos
aos tecidos.
Patologias associadas/comorbidades - Diabetes, distúrbios imunológicos,
câncer, insuficiência vascular, etc. podem interferir no processo de cicatrização.
Câncer e tratamento oncológico - Desnutrição e hipoalbuminemia são
comuns em pacientes com câncer. A quimioterapia e a radioterapia também inibem a
proliferação celular.
Medicação associada - Os corticosteróides têm efeitos anti-inflamatórios,
antimitóticos, reduzem a síntese de componentes do estroma e retardam a
epitelização. Os esteróides também interferem no processo de cicatrização ao inibir a
proliferação de fibroblastos, e também interferem na estrutura e entrelaçamento do
colágeno, fragilizando o tecido que cobre a ferida.
Dor e estresse - Aumenta a produção de glicocorticóides, que levam ao
aumento de açúcar no sangue. Eles também dificultam a migração de granulócitos e
macrófagos, suprimindo o sistema imunológico e as respostas inflamatórias (DEALEY,
2012).
Idade - Com a idade, a taxa de metabolismo celular diminui. Eles estão em
maior risco de desnutrição devido à má absorção.
Tabagismo - Por reduzir a síntese de colágeno, levando à vasoconstrição e
diminuição da oxigenação tecidual, está associado ao aumento da incidência de
complicações (DEALEY, 2012).
Infecção - Além de prolongar a fase inflamatória e retardar a síntese e a
epitelização do colágeno, retarda o processo de cicatrização ao competir com a ferida
por nutrientes (AMANTELN, GIRONDI, MAIAARCR; NASCIMENTO, KNIHS, 2016)
Tecido inviável (necrose) - Previne a migração de epitélio e nutrientes para
o leito da ferida. Além disso, promove a proliferação de bactérias.
4 FERIDAS
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causada por processos patológicos que se iniciam dentro ou fora dos órgãos
associados (BERTOLINI et al., 2018).
Quanto à profundidade
Feridas superficiais: quando atingem as camadas da pele (epiderme e
derme);
Feridas simples: quando não é necessário tratamento médico ou
diferenciado;
Feridas complexas: quando há necessidade de medicação ou tratamento
diferenciado;
Feridas profundas: quando atingem abaixo da camada da pele.
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Cirúrgicas: Para fins terapêuticos, as causadas por instrumentos cirúrgicos
podem ser:
A. Incisivos: Perda mínima de tecido;
B. Excisivo: A área da pele é removida.
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Assim, as feridas complexas, podendo ser agudas ou crônicas, apresentam
difícil resolução e associam-se a perda cutânea extensa, infecções importantes,
comprometimento da viabilidade dos tecidos (com isquemia e/ou necrose de tecidos)
e/ou associação com doenças sistêmicas que prejudicam os processos normais de
cicatrização (COLTRO, FERREIRA, BATISTA, NAKAMOTO, MILCHESKI, TUMA
JÚNIOR, 2011), inadequado dos recursos disponíveis, seja por não documentação
adequada e prejuízo da continuidade do cuidado, seja por intervenções profissionais
não baseadas em evidências, os prejuízos financeiros e humanos são ainda maiores.
Considerando as mudanças no perfil demográfico em todo o mundo, com
tendência a envelhecimento da população, a presidente da European Wound
Management Association (EWMA) (SEPPÄNEN, 2014) aponta que o número de
pessoas com feridas e a procura por serviços de saúde continuará a crescer devido
ao crescente envelhecimento da população e também ao aumento de pessoas com
doenças crônicas, sendo um grande desafio para os sistemas de saúde. Chega a ser
extrema ao dizer que os sistemas de saúde irão falir caso não pensem em estratégias
para reduzir custos. Como formas de resolver estas questões, ressalta a importância
de investimentos em educação e treinamentos, desenvolvimento de estratégias para
melhoria do processo de comunicação em saúde, destacando a telemedicina, as
intervenções baseadas em evidências no manejo de feridas, a atuação
multiprofissional e aumento do autocuidado. E destaca que ainda estamos diante do
desafio de disponibilizar dados relevantes para todos os envolvidos no cuidado
(SEPPÄNEN, 2014).
Na prática clínica, é importante avaliar as feridas e documentar a avaliação, de
forma a viabilizar a continuidade do cuidado por outros profissionais e permitir a
correta tomada de decisão sobre as medidas a serem implementadas ou mantidas,
conforme os resultados apresentados. O adequado registro sobre o paciente e o
tratamento em uso é apontado como um desafio no acompanhamento das feridas
(SEPPÄNEN, 2014).
A avaliação do paciente com feridas e a documentação desta avaliação, devem
incluir:
a) História e exame subjetivo;
b) Dados objetivos: condições gerais, exames laboratoriais, doenças
associadas;
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c) Avaliação do risco;
d) Avaliação completa da lesão: localização, tempo de evolução, mensuração,
descrição dos tecidos do leito, bordas e ao redor da ferida, características do
exsudato;
e) Diagnóstico do tipo de ferida, suas necessidades e o planejamento de ações
(PEREIRA, 2018).
O sistema de classificação Red/Yellow/Black – RYB, proposto por Cuzzel
(1988) em 1988, é amplamente utilizado na avaliação de feridas e classifica-as de
acordo com a coloração, que reflete o balanço entre tecidos novos e necrosados.
Mandelbaum et al., (2003 apud, PEREIRA, 2018) descreveram o sistema RYB:
Uma crítica ao sistema RYB é que este orienta para que cada ferida seja
classificada em uma cor (vermelha, amarela ou preta), enquanto na prática,
encontramos combinações dessas cores em grande parte das feridas. O mais
apropriado seria avaliar o leito da ferida conforme a quantidade de cada tecido,
estabelecendo porcentagens de cada tecido.
Considerando os tecidos que podem ser encontrados nas feridas, o tratamento
consiste em remover os tecidos inviáveis (necrose e tecido fibrinóide), promovendo
aumento do tecido de granulação (tecido viável) (PEREIRA, 2018).
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5 TRATAMENTO DE FERIDAS
Fonte: i.ytimg.com
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5.2 Desbridamento
AUTOLÍTICO
Trata-se de um método seletivo e atraumático, porém, pode ser mais
prolongado.
Procedimento
1) Limpeza do leito da ferida com soro fisiológico 0,9% morno, em jato;
2) Para potencializar a ação, é útil fazer "cortes" paralelos em tecido necrótico
seco e duro com bisturi;
3) pele intacta circundante e aplique uma cobertura para um bom ambiente.
* A aplicação de um hidrogel (composto de 70% a 90% de água) potencializa
o processo fisiológico de desbridamento.
ENZIMÁTICO (QUÍMICO)
As enzimas são aplicadas topicamente para remover o tecido inativado através
da degradação do colágeno.
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Contraindicações: Úlceras isquêmicas, fúngicas e neoplásicas; pacientes com
distúrbios de coagulação.
Procedimento
1) Limpe o leito da ferida pulverizando com solução salina 0,9% morna.
2) Seque a pele intacta circundante e aplique uma fina camada do produto
especificado no leito da ferida. Mais comumente usados: Colagenase (pode destruir
tecido vivo) e papaína (não destrói tecido vivo) 1 - Não padronizado. Dado o risco de
maceração, a pele ao redor das lesões deve ser protegida com produtos de barreira.
3) Bloqueie a lesão3) Ocluir a lesão
INSTRUMENTAL
Técnica estéril. Mais rápido e barato. Empregase tesouras, lâminas de bisturi e
outros instrumentais.
Procedimento
1) Limpeza do leito da ferida com soro fisiológico 0,9% morno, em jato. Para o
desbridamento instrumental, pode-se utilizar as seguintes técnicas:
Slice - Remoção da necrose é feita com auxílio de tesoura ou bisturi. Pinçar o
tecido necrótico na borda, com a pinça de dissecção; dissecar o tecido necrótico em
finas lâminas, em um único sentido, utilizando a lâmina de bisturi;
Square – Com a lamina de bisturi realizar pequenos quadradinhos (de 2 mm a
0,5 cm) no tecido necrótico que posteriormente podem ser delicadamente removidos
da ferida um a um, sem risco de comprometimento tecidual mais profundo. Esta
técnica também pode ser utilizada para facilitar a penetração de substâncias
desbridantes no tecido necrótico.
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Cover - a necrose é removida em forma de tampa, as bordas do tecido
necrótico são deslocadas, assim, é possível visualizar e retirar o tecido comprometido
do íntegro. O enfermeiro devidamente habilitado poderá realizar o desbridamento
instrumental, conforme protocolo instituído.
Interromper o procedimento antes do aparecimento do tecido viável, em caso
de sangramento, queixa de dor, cansaço (do cliente/paciente ou do profissional),
tempo prolongado e insegurança do profissional.
MECÂNICO
Remoção do tecido morto usando força física: fricção, hidroterapia, irrigação,
entre outros. Pode prejudicar o tecido de granulação.
Indicação: lesões agudas com sujidade
Contraindicação: lesão crônica.
Procedimento
Fricção:
1) Limpeza do leito da ferida com soro fisiológico 0,9% morno, em jato;
2) Esfregar a gaze ou esponja embebida com solução salina no leito da lesão
em um único sentido;
3) Arrancar, num movimento único, a gaze do leito da lesão após 24h da
aplicação desta embebida em soro fisiológico 0,9%.
CIRÚRGICO
Consiste na ressecção da necrose e parte do tecido viável, tornando a ferida
crônica em aguda.
Método rápido para a retirada de tecido desvitalizado, no entanto tem custo
elevado, risco anestésico, sangramentos e infecção.
Procedimento
Procedimento médico.
5.3 Curativo
Recomendações gerais:
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1. A seleção do curativo é baseada nas características da ferida: tipo de tecido
no leito da ferida, quantidade/tipo de exsudatos, profundidade, a condição da pele ao
redor do leito da ferida.
2. Manter um leito limpo úmido é o objetivo, pois isso promove a granulação,
cicatrização e fechamento.
3. Avalie a ferida a cada troca de curativo para verificar a resposta ao
tratamento e escolha do curativo em uso.
4. Siga as recomendações do fabricante, especialmente relacionadas à
frequência de trocas de curativos
5. O plano de cuidados deve orientar os tempos usuais de uso do curativo e
dar um plano para as mudanças conforme necessário devido à sujidade, etc.
6. Se a ferida não cicatrizar em duas semanas, considere o excesso de
colonização e reavalie a seleção do curativo.
A escolha do curativo
A seleção dos curativos é apenas um componente do tratamento de feridas;
Não existe mágica em nenhum tratamento de lesões. Cada tratamento é
uma sequência de ações, orientações e cuidados;
Cada ferida e cada paciente devem ser vistos de forma única e individual;
Nem todos os produtos são apropriados para todas as feridas e suas fases
de cicatrização. Cada qual tem sua fase específica;
Para que a equipe tenha sucesso no tratamento da ferida, o profissional deve
criar um plano de cuidados personalizado para cada paciente, dentro do protocolo
Os princípios básicos de tratamento de feridas devem sempre nortear todo
o tratamento.
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6 ÚLCERAS VENOSAS
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com
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variável, geralmente relacionada ao tamanho da lesão (ABBADE, 2006; OLIVEIRA et
al., 2012).
O severo aumento da lesão causa um comprometimento das capacidades do
indivíduo, gerando desconforto e dependência de terceiros para a realização das
atividades básicas, provocando grande impacto socioeconômico. O processo de
restauração do tecido epitelial necessita da ativação sistêmica da cascata de
cicatrização, que apresenta 3 fases: a inflamatória, a proliferativa e a de
maturação/reparo. A primeira fase promove a ativação das defesas do organismo,
enquanto a segunda gera a proliferação celular e a produção intensa de colágeno,
e a última promove a remodelação tecidual e a recuperação da coloração e
elasticidade da pele.
As falhas mais críticas do sistema de reparo tendem a ocorrer nas fases
iniciais do processo de cicatrização, e podem ser acentuadas pela presença de
diabetes, idade avançada do paciente, tabagismo, uso de medicamentos, dentre
outros fatores. Geralmente, essas falhas se manifestam sob a forma de acentuação
do edema, redução da proliferação vascular e baixa de migração das células de
defesa para o local da lesão (PALAGI et al., 2015).
A presença de UV pode causar sofrimento físico, emocional e psicológico ao
paciente, pois acarreta mudanças no estilo de vida e na qualidade de vida (AGUIAR
et al., 2016; NERI, FELIS, SANDIM, 2020). Além da dor considerada o sintoma mais
comum em pacientes com úlcera venosa, a redução da capacidade funcional do
membro acometido pode interferir na realização das atividades diárias (AGUIAR et al.,
2016).
A UV é considerada um problema de saúde pública (GRASSE et al., 2018;
NERI, FELIS, SANDIM, 2020) devido ao custo do tratamento de lesões e afastamento
temporário ou aposentadoria por invalidez. Além disso, enquanto algumas pessoas
recebem auxílio-doença, outras precisam deixar de trabalhar para receber esse
benefício, o que reduz significativamente sua renda mensal (SILVA et al., 2019).
Segundo Campoi et al., (2019), o tratamento das úlceras venosas deve ser
sustentado por três abordagens: tratamento da estase venosa, utilizando o repouso e
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a terapia compressiva; terapia tópica, com escolha de coberturas locais, que
mantenha úmido e limpo o leito da ferida, e sejam capazes de absorver o exsudato e
a prevenção de recidivas.
Para Macedo et al., (2018),
7 ÚLCERAS PÉPTICAS
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serão abordadas apenas as úlceras gástricas e as duodenais. (SONNENBERG, 2011,
apud, BERNARDO, 2017).
Quando esses mecanismos de defesa são perturbados, por exemplo, pela
bactéria Helicobacter pylori ou por aspirina, as pessoas podem desenvolver a úlcera
péptica. De acordo com CARVALHO (2013), a úlcera péptica é uma doença do trato
gastrointestinal caracterizada por lesão da mucosa na presença de ácido e pepsina,
como consequência da ação corrosiva resultante da hipersecreção de ácido gástrico
na mucosa, causada por um desequilíbrio entre o sistema protetor da mucosa e
fatores agressores.
ÚLCERAS ESOFÁGICAS
Fonte: image/jpeg
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rápido, as secreções sanguinolentas nas fezes ficarão vermelhas. Outros sintomas
podem incluir náuseas, indigestão abdominal e cólicas abdominais. Essa dor
abdominal pode acordar à noite e pode ser aliviada com antiácidos ou leite. A dor pode
ser sentida cerca de 2 a 3 horas depois de comer.
Diagnóstico
Endoscopia digestiva alta: É um teste no qual um tubo fino com uma câmera
na ponta é inserido na boca e no trato gastrointestinal para ver o estômago e o
intestino delgado. Durante a endoscopia, seu médico também pode realizar uma
biópsia do revestimento do estômago para testar a presença de Helicobacter pylori.
Outros exames de imagem, como a radiografia, também podem ser realizados com a
mesma finalidade. Para diagnosticar a causa subjacente de uma úlcera péptica,
alguns testes podem ser necessários, como testar a presença da bactéria
Helicobacter pylori, que causa a úlcera. Os exames utilizados neste caso são: Exames
de sangue e fezes.
ÚLCERAS GÁSTRICAS
Fonte: mdsaude.com
Sinais e Sintomas:
Dor e/ou sensação de queimação na área entre o esterno e o umbigo,
especialmente com o estômago vazio, pois não há comida para digerir e o ácido pode
irritar a ferida;
Dor que acorda o paciente à noite e passa com alimentos ou antiácidos;
Características dolorosas de úlceras duodenais que desaparecem com a
comida e depois reaparecem (dor-comer-dor-comer-dor).
Vômitos com sangue;
Fezes escuras ou vermelhas, indicando a presença de sangue.
ÚLCERAS DUODENAIS
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Fonte: felipegastro.com.br
8 OSTOMIAS
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(terminal), anel, tubo duplo e colostomia de Paul-Mikulicz. A indicação, a experiência
do cirurgião, o estado geral do paciente e a localização do intestino onde é realizada
a colostomia são determinantes do tipo de escolha. A ostomia, especialmente a
colostomia, é bastante consistente no tratamento da doença colorretal, mas tal
procedimento pode levar a uma variedade de complicações. Estes apresentam alta
morbimortalidade, o que leva a uma diminuição da qualidade de vida dos estomizados
(HENDREN, HAMMOND, GLASGOW, PERRY, BUIE, et al., 2015).
As complicações podem ser classificadas como recentes ou tardias, resultando
em internações hospitalares mais longas, taxas de readmissão mais altas e custos
hospitalares mais elevados (MESSARIS, SEHGAL, DEILING, KOLTUN, STEWART,
MCKENNA, et al., 2012).
As complicações a curto prazo incluem principalmente local inadequado,
esfoliação da pele, retração ou necrose do estoma, desidratação e extravasamento
do conteúdo do cólon, etc., causando danos à pele. O estágio tardio é principalmente
hérnia paraestomal, prolapso de estoma, estenose, fístula, dermatite ou abscesso
periostoma. Complicações sistêmicas também podem ocorrer, principalmente
relacionadas a distúrbios hidroeletrolíticos em estomas de alto deslocamento, anemia,
pneumonia e sepse (SHABBIR, BRITTON, 2010).
A atenção à saúde do colostomizado é regulamentada e garantida pelo Decreto
nº 400, de 16 de novembro de 2009, que assegura o atendimento das necessidades
do colostomizado nas unidades básicas de saúde e serviços profissionais, incluindo a
promoção do autocuidado, promoção do cuidado à saúde, prevenção de
complicações, fornecimento de coletores e dispositivos assistivos e treinamento de
profissionais de saúde (BRASIL, 2009).
O atendimento e o acompanhamento desses pacientes devem ser realizados
por profissionais tecnicamente especializados e qualificados, visando reduzir o
número de complicações e proporcionar aos pacientes um atendimento
multiespecializado e personalizado, o que tem demonstrado auxiliar na recuperação
e estimular o autocuidado (MIRANDA, LUZ, SONOBE, ANDRADE, MOURA, 2016). A
orientação sobre os cuidados e prevenção de complicações relacionadas à estomia
deve ser complementada por suporte emocional dedicado, que pode ser fornecido em
sessões de aconselhamento individual ou em grupo para minimizar o impacto
psicológico e social (SPIERS, SMITH, SIMPSON, NICHOLLS, 2016).
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A estomia ainda é um fenômeno que produz múltiplos efeitos psicossociais que
afetam diretamente a qualidade de vida dos pacientes após a cirurgia. Compreender
que a perda do controle voluntário sobre a excreção fisiológica e a convivência diária
com uma bolsa presa ao abdômen podem levar à perda da autoestima, sintomas
depressivos, isolamento social, imagem corporal preconceituosa, ruptura das relações
conjugais e privação da liberdade humana (WU, BOUSHEY, POTTER, STACEY,
2014).
Ileostomia
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Fonte: felipegastro.com.br
Colostomia
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com
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O local em que será confeccionada a estomia depende da doença, da urgência
do procedimento e das condições clínicas do paciente, sendo feita geralmente onde
há mobilidade do cólon, como ceco, cólon transverso e sigmoide, podendo ser
classificadas de acordo com o modo e o local em que são confeccionadas, como a
colostomia em alça, colostomia terminal, colostomia úmida e a colostomia perineal
(PAULA; SPERANZINI, 2014).
Colostomia é identificada através da porção do intestino grosso que é
exteriorizada, sendo que a consistência da evacuação varia de acordo com a região
em que o intestino sofreu interrupção. São basicamente quatro tipos de colostomia:
colostomia ascendente, colostomia transversa, colostomia descendente e colostomia
sigmoide.
Usualmente a colostomia em alça é realizada em caráter temporário, podendo
ser confeccionada no cólon transverso (quadrante superior direito ou esquerdo do
abdome) ou sigmoide. Escolhido o segmento que será exteriorizado, uma laparotomia
ou uma incisão direta no quadrante onde ficará localizada são as técnicas de escolha
para confecção da estomia. Um cateter de polietileno é utilizado para sustentação da
alça exteriorizada e para evitar a retração da mesma, sendo removido em torno de
dez dias (PAULA; SPERANZINI, 2014).
No caso da colostomia ser terminal, geralmente é confeccionada no quadrante
inferior esquerdo do abdome, devendo a alça ser exteriorizada sem tensão excessiva
e com suprimento sanguíneo adequado, com abertura que permita a passagem de
dois dedos a fim de não “angustiar” o segmento e permitir que o procedimento de
irrigação da colostomia seja realizado futuramente pelo paciente. A protrusão da
colostomia terminal varia de 1 a 1,5 centímetros (PAULA; SPERANZINI, 2014). Com
boca proximal funcionante e a distal sepultada, conhecida como “Hartmann”.
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Foto: image/jpeg
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8.2 Cuidados com estomias intestinais
A – Ileostomia; B – Colostomia.
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Fonte: CONVATEC (2018)
A – Sistema de 1 peça;
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Fonte: Pedroza (2015).
B – Sistema de 2 peças;
C – Bolsa drenável;
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Fonte: Pedroza (2015).
D – Sistema fechado
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pele em vários níveis, hérnias, infecção, estenose, prolapso, retração, entre outras
(AGUIAR et al., 2011).
As complicações são classificadas em imediatas, precoces e tardias, podem
estar relacionadas à falta de demarcação pré-operatória, à técnica cirúrgica e aos
cuidados pósoperatórios. Entre as complicações imediatas podem ocorrer
hemorragias, isquemia, necrose e edema; já em complicações precoces há retração,
descolamento mucocutâneo, evisceração periestomia e fístula periestomia; nas
complicações tardias também podem ocorrer retração, estenose, prolapso e hérnia
paraestomia. Entre as complicações da pele periestomia há a dermatite de contato ou
irritativa, alérgica, por trauma mecânico e foliculite (PAULA; MATOS, 2015).
Sangramento: considerado pouco frequente, caracterizado pela perda
sanguínea na linha de sutura mucocutânea, por hemostasia inadequada de vasos
situados no tecido subcutâneo ou submucoso. Pode levar a hematomas na parede
abdominal ou no mesentério e se não tratadas adequadamente, podem comprometer
a vascularização do segmento exteriorizado (PAULA; MATOS, 2015).
Isquemia e necrose: podem ocorrer quando há redução do suprimento
sanguíneo no local, alterando a coloração do estoma, é mais comum nos primeiros
cinco dias após a realização da cirurgia. O estoma perde sua coloração normal ficando
descorado, pode acontecer em sua totalidade ou apenas uma parte dele. A necrose é
a consequência da progressão da isquemia (PAULA; MATOS, 2015).
Edema: ocorre com frequência, pode ser considerada uma resposta
fisiológica ao trauma cirúrgico. É de extrema importância que o manuseio da alça
intestinal que será exteriorizada pela equipe cirúrgica seja realizado com cuidado
(PAULA; MATOS, 2015).
Retração: pode ser completo ou incompleto, acontece devido à redução do
estoma, ficando inferior à superfície da pele. Acarreta como consequência a não
aderência da bolsa coletora que causa um escoamento de fezes e dermatite de
contato ou irritativa (PAULA; MATOS, 2015).
Descolamento mucocutâneo: caracterizada pela deiscência parcial ou total
da linha de sutura entre a borda do segmento intestinal exteriorizado e a pele do
orifício cutâneo da parede abdominal, pouco frequente. Comumente precedida por
infecção com supuração ou celulite e edema (PAULA; MATOS, 2015).
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Evisceração periestomia: complicação grave e rara, pode ocorrer no pós-
operatório imediato, havendo exteriorização de vísceras pela abertura na parede
abdominal onde foi exteriorizada a estomia (PAULA; MATOS, 2015).
Fístula periestomia: caracterizada pela comunicação irregular do estoma e
a pele periestoma, sendo um fator predisponente a doença de Chron, ou pela técnica
realizada na intervenção cirúrgica e os cuidados realizados após a intervenção
(OLIVEIRA, 2014).
Estenose: redução da abertura do estoma, tornando difícil o escoamento do
efluente, podendo levar à obstrução intestinal. Comumente causado pela doença de
Chron quando possui inflamação no estoma ou na pele periestoma e hiperplasia
(OLIVEIRA, 2014).
Prolapso: ocorre quando há exteriorização de segmento da alça intestinal,
em extensão variável, através do orifício da estomia, podendo acontecer devido à
elevação da pressão abdominal após o procedimento, aumento de peso, quando o
intestino é suturado de maneira errônea na parede do abdômen, ou quando acontece
uma ampla fissura na parede abdominal no instante da sutura do estoma (OLIVEIRA,
2014).
Hérnia paraestomia: caracterizada pela protuberância de vísceras
abdominais através do trajeto da estomia e contidas pela pele. Ocorrência comum,
sem medidas reais para evitá-la (PAULA; MATOS, 2015).
Dermatite de contato ou irritativa: acarretada pela forma errada de aderir
a bolsa coletora à pele deixando espaços, o que leva ao contato das fezes com a pele,
lesionando-a. Seu meio de prevenção se dá por limpeza adequada da pele periestoma
com água e sabão, além da colocação da bolsa de maneira adequada, podendo ser
tratada com pomadas específicas para estomas. Esse tipo de dermatite é a mais
comum da pele periestoma, normalmente são molhadas, com eritema e dolorosas
(DINIZ et al., 2013).
Dermatite alérgica: contraída através dos materiais utilizados, tanto a bolsa
coletora quanto por outros produtos usados na pele periestoma (OLIVEIRA, 2014).
Dermatite por trauma mecânico: quando a remoção da bolsa é realizada
de forma errônea provocando traumas, lesionando a pele periestoma e também pela
higiene exagerada, deixando a pele sensível, além de ser decorrente de excesso de
trocas da bolsa coletora (OLIVEIRA, 2014).
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Foliculite: advém da raiz dos pelos, é formada por uma infecção provocada
por um vírus, bactérias ou fungos, na maioria das vezes ocasionada pela bactéria
Staphylococcus aureus. Apresenta-se pela pele minúsculas espinhas, rubor e
inflamação. Recomenda-se higienização com água limpa e sabão neutro, secar
suavemente sem friccionar a área afetada, evitando lesões, realizar compressa morna
para minimizar a algia e prurido. Tem-se como fatores predisponentes a dermatite de
contato ou irritativa, sobrepeso e exposição longa de roupas que seguram o calor
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, 2017).
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paciente é essencial, tanto para a instrução a respeito ao reconhecimento precoce de
problemas no corpo periestoma, quanto para a sua reabilitação correta
(BAVARESCO, 2019).
Destaca-se, em alguns estudos, que o enfermeiro, em atividades de
estomaterapia, comumente não está ligado apenas ao cuidado direto, mas também a
tarefas administrativas de planejamento da necessidade do suporte, a atribuições
gerenciais e na coordenação dos materiais (PACZEK, 2020).
Alguns profissionais de enfermagem remetem-se à ostomia como sendo
estritamente um orifício no intestino que se inteira com o espaço exterior e tem como
finalidade a expulsão de fezes. Outros a apontam como a porta de um órgão para a
parte externa do corpo. Essa análise não está totalmente incorreta, porém os
trabalhadores não possuem o entendimento básico primordial para a assistência
(OLIVEIRA, LOPES E DECESARO, 2017).
Frente à indicação quanto à orientação do indivíduo com ostomia, pesquisas
exibem a inserção de serviços educativos, como o conteúdo de recuperação
aprimorada no pós-cirúrgico, um avanço perioperatório categorizado com instrução
longa em relação à ostomia, envolvem diminuição no período de internação e redução
da quantidade de complicações referentes à ostomia (BAVARESCO, 2019).
Nota-se que existe deficiência de multidisciplinaridade e troca de saberes
profissional. A atividade em conjunto viabiliza um contato maior entre enfermeiros e
demais profissionais de saúde, e suas práticas criadas para cuidar do paciente com
ostomia colaboram para o desenvolvimento do trabalho de saúde e para as mudanças
nas intervenções que influenciam na saúde coletividade (OLIVEIRA, LOPES E
DECESARO, 2017).
Nota-se que, além da preocupação dos trabalhadores em adquirir a aptidão na
sua área, é, também, dever da empresa incentivar as pessoas na procura pela
aprendizagem, oferecendo inovações contínuas para retribuir às perspectivas
comercial e viabilizando uma melhora na assistência aos pacientes (OLIVEIRA, 2019).
Na fase pós-operatória, o enfermeiro resgatará a orientação do autocuidado
com a ostomia e sua ação, tal como sua serventia, manuseio e substituição de
materiais coletores e utilização de adjuvantes, oferecimento de indicações práticas
para ajustar às circunstâncias sanitárias, recursos domiciliares destes indivíduos e
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imprescindibilidade de adaptações no seu cotidiano, assim como explicação de dúvida
(ALENCAR, 2018).
A assistência de enfermagem é competente na ascensão do bem-estar e do
autocuidado ao indivíduo ostomizado. O atendimento de enfermagem junto aos
encontros em grupo amplia o cuidado satisfatório, proporciona cuidado à família e
ampara o paciente ostomizado a dar novo significado a vida, refazer a própria imagem
e resgatar a sua autoestima (MONTEIRO et al., 2016).
Para o progresso de práticas que assegurem o autocuidado, é imprescindível
que o profissional apoie suas condutas no saber científico, a começar das melhores
comprovações e de alusivos teóricos da área, encaminhando os propósitos, as
atitudes e as variadas maneiras de assistir (BAVARESCO et al., 2019).
Nas práticas educativas no ambiente ambulatorial têm de conceber lugares
para a atuação do paciente e percepção sobre os seus conhecimentos e ações visto
que, a conduta do profissional contribui para que o indivíduo experimente a situação
de sujeito autossuficiente e independente (MONTEIRO et al., 2016). Ao prestar o
cuidado, paciente e trabalhador partilham conhecimentos e estabelecem juntos
quanto à aceitabilidade de determinada ação e as táticas utilizadas para a eficiência
da assistência devem resultar principalmente do usuário que experimenta o cuidado
(MONTEIRO et al., 2016).
Assim, a oferta de qualificações através da educação continuada e permanente
poderia contribuir para os enfermeiros no cuidado integral, na promoção de saúde, no
domínio de patologias de base, o auxílio às complicações resultantes e a sua
preparação, aperfeiçoando a particularidade de vida dos pacientes, com redução de
internações por causas evitáveis e, por consequência, os consumos públicos,
considerando a assistência holística aos indivíduos ostomizados (OLIVEIRA, LOPES
E DECESARO, 2017).
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