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Brazilian Journal of Health Review 10000

ISSN: 2595-6825

Análise dos fatores de risco para o envelhecimento da pele: aspectos


nutricionais

Analysis of risk factors for skin aging: nutritional aspects


DOI:10.34119/bjhrv4n3-035

Recebimento dos originais: 07/04/2021


Aceitação para publicação: 07/05/2021

Kenia Johner
Mestranda em Envelhecimento Humano – UPF Passo Fundo
Universidade de Passo Fundo - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em
Envelhecimento Humano
BR 285, Bairro São José, Passo Fundo, RS, Brasil
E-mail: keniajohner@hotmail.com

Cláudio Fernando Goelzer Neto


Mestre em Ciências da Saúde: Métodos Diagnósticos e Epidemiologia das Doenças.
Universidade de Passo Fundo - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em
Envelhecimento Humano
BR 285, Bairro São José, Passo Fundo, RS, Brasil
E-mail: nandogoelzer@gmail.com

RESUMO
A pele é uma barreira de proteção contra o meio externo e desempenha diversas funções
fisiológicas importantes. O envelhecimento da pele se dá por dois processos diferentes,
um chamado envelhecimento intrínseco e o outro chamado envelhecimento extrínseco.
Esse trabalho tem como objetivo verificar a relação da ingestão dietética com o
envelhecimento cutâneo. A pesquisa é um estudo de revisão bibliográfica, realizada com
base em livros, artigos e revistas, a respeito do envelhecimento e de como os hábitos
nutricionais atuam de forma a preveni-lo. Como qualquer outro tecido corporal, a pele
tem necessidades nutricionais específicas, de forma a garantir uma formação,
desenvolvimento e regeneração adequados assim como uma correta realização das suas
funções biológicas. Embora seja uma área ainda pouco explorada, acredita-se que a
alimentação contribui para a satisfação das necessidades da pele, fornecendo-lhe
micronutrientes e outros compostos, importantes para a sua integridade e atividade.

Palavras chave: Nutrição, Pele, Alimentação, Envelhecimento, Dieta

ABSTRACT
The skin is a protective barrier against the external environment and performs several
important physiological functions. The aging of the skin occurs by two different
processes, one called intrinsic aging and the other called extrinsic aging. This study aims
to verify the relationship between dietary intake and skin aging. The research is a
bibliographic review study, carried out based on books, articles and journals about aging
and how nutritional habits act in order to prevent it. Like any other body tissue, the skin
has specific nutritional needs, so as to guarantee adequate formation, development and
regeneration as well as a correct fulfillment of its biological functions. Although it is an
area that has not yet been explored, it is believed that food contributes to the satisfaction

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of the skin's needs by providing it with micronutrients and other compounds important
for its integrity and activity.

Keywords: Nutrition, Skin, Feeding, Aging, Diet

1 INTRODUÇÃO
A pele é uma fronteira mediadora entre o organismo e o ambiente, e têm várias
funções como o de proteção, função estéticas e sensoriais que influenciam na relação do
indivíduo com o meio em que vive (HARRIS, 2009).
O envelhecimento é um processo a que todo ser vivo está sujeito com o avançar
da idade, tendo como consequências diversas alterações que podem ser perceptíveis ou
não (SCOTTI; VELASCO, 2003).
Na pele ocorre por acúmulo de danos moleculares nas células epiteliais e existem
dois processos que podem ocasioná-lo: o envelhecimento intrínseco, de natureza genética,
tendo como exemplo mudanças hormonais associadas à menopausa, e o envelhecimento
extrínseco, que ocorre por acúmulos de danos ao DNA, causados por exposições
excessivas aos raios solares ultravioletas e fatores ambientais como poluição, fumo,
consumo excessivo de álcool e estresse (BARROS; BOCK, 2012).
Com o envelhecimento, a pele vai perdendo algumas funções como: manutenção
homeostática, revestimento e proteção contra agentes externos, capacidade de regulação
das trocas aquosas e replicação celular. Além disso, ocorre diminuição da elasticidade,
provocando fragilidade, atrofia, perda de vasos sanguíneos, colágeno e gordura
caracterizando, assim, a exteriorização do envelhecimento por meio do aparecimento das
rugas, linhas de expressão e flacidez (GUIRRO, 2004)
Como qualquer outro tecido corporal, a pele tem necessidades nutricionais
específicas, de forma a garantir uma formação, desenvolvimento e regeneração
adequados assim como uma correta realização das suas funções biológicas.
Mas, para além das suas funções biológicas, tem ainda um papel fundamental na
aparência física, estando fortemente associada à percepção da idade e da beleza dos
indivíduos. (BOELSMA; HENDRIKS; ROZA L, 2001).
Scotti e Velasco (2003) reiteram que a pele tem papel importante na autoestima,
nas relações sociais e na qualidade de vida do ser humano. Quando possuímos uma
aparência jovem, saudável e bonita, nos sentimos mais confiantes e seguros para enfrentar
a vida cotidiana e também sermos mais bem aceitos pela sociedade.

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2 METODOLOGIA
A pesquisa refere-se a um estudo de revisão bibliográfica. Para tal, foram
selecionados os seguintes bancos de dados: SciELO, LILACS e Google Acadêmico.
Além disso, foram escolhidos os idiomas: português, inglês e espanhol. Os levantamentos
dos estudos referentes ao tema escolhido incluíram o período de 2000 a 2017 e os
seguintes descritores, nas respectivas línguas, foram selecionados: “envelhecimento
cutâneo”, “envelhecimento de pele”, “dieta”, “nutrição”; “pele” e “alimentação”.
Além disso, foram pesquisados livros técnicos, sites de busca na internet e teses
relacionadas ao tema principal.

3 A PELE
A pele é uma barreira externa do ser humano, que serve como uma fronteira entre
o organismo e o ambiente, que tem como função a proteção para manter integro o
organismo. Além disso, desempenha funções estéticas e sensoriais que estejam ligadas ao
meio ambiente. Apresenta a função de nutrição, pigmentação, queratogênese,
termorregulação, transpiração, perspiração, defesa e absorção (HARRIS, 2009).
Existem dois tipos de pele no organismo: a pele glabra, presente na palma das
mãos e na sola dos pés que caracterizam – se por serem: lisa, sem pelos e composta por
uma camada ceratínica; e a pele pilificada que constitui o restante do corpo e caracteriza
– se por ser mais fina e composta por células e estruturas que garantem as funções de:
proteção, homeostase, órgão sensorial, síntese de colecalciferol, barreira hídrica e de
defesa (PUJOL, 2011).
A pele é constituída essencialmente de três grandes camadas de tecidos: uma
superior,a epiderme; uma camada intermediária, a derme e uma camada profunda, a
hipoderme (KEDE e SABATOVICH, 2004).

3.1 EPIDERME
A epiderme é um epitélio de revestimento muito fino, com a espessura de uma
folha de papel dependendo da localização da camada córnea, com espessura mínima de
0,04 mm nas pálpebras em média de 0,06 a 1 mm e espessura máxima de 1 a 1,5 mm nas
palmas e planta dos pés. A epiderme é constituída por epitélio estratificado pavimentoso
que são células escamosas em várias camadas sendo a célula principal o queratinócito que
produz a queratina. A queratina é uma proteína resistente e impermeável que tem a função
de proteção. Também na epiderme existem os melanócitos que são produtores de

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melanina que dão cor a pele e formam 13% da população celular total da epiderme. As
células de Langerhans elas representam na epiderme 4% e desempenham um papel
importante no sistema imunológico que detectam os antígenos. (KEDE e SABATOVICH,
2004).

3.2 DERME
Outra camada da pele é a derme que nutre a epiderme. É composta por tecido
fibroso como: proteínas fibrosas, colágeno, elastina e ácido hialurônico. Tem importância
biológica, pois possui propriedades hidrofílicas do colágeno e mucopolissacarídeos da
substância fundamental que armazena e cede a água rapidamente. (PEYREFITTE;
MARTIN et. al, 1998).

3.3 HIPODERME OU TECIDO SUBCUTÂNEO


A hipoderme não faz parte da pele, porém é de extrema importância por fixar a
epiderme e a derme às estruturas subjacentes, sendo também conhecida como tela
subcutânea, tecido subcutâneo ou fáscia superficial. Como os mamíferos consomem
energia de modo contínuo, mas se alimenta com intermitência, entende-se a importância
de um reservatório de energia, representado pelo tecido adiposo. A distribuição da
gordura não é uniforme em todas as regiões do corpo. Nos indivíduos normais, algumas
regiões nunca acumulam gordura, como a pálpebra, a cicatriz umbilical a região esternal,
o pênis, e as dobras articulares. Em outras regiões pelo contrário, há maior acúmulo de
tecido adiposo: a porção proximal dos membros, a parede abdominal, especialmente as
porções laterais (GUIRRO e GUIRRO, 2004).

4 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
Berger (1995), afirma que “ao contrário da doença, o processo de envelhecimento
é um fenômeno normal e universal”.
Envolve um conjunto de alterações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas que
ocorrem progressivamente no organismo, diminuindo as funções de vários órgãos, entre
eles a pele, que se torna vulnerável ao meio ambiente. (RIBEIRO, 2010).
A medida que os indivíduos envelhecem, a pele perde uma de suas grandes
propriedades, a elasticidade, com a qual se acomoda às diferentes situações de alterações
de tensão. Associado a isto, também ocorre perda de colágeno; além disso, ela perde

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igualmente a sua hidratação, tornando-se seca por menor capacidade funcional das
glândulas sudoríparas e sebáceas. (ORIA, 2003).
Existem dois tipos de processos de envelhecimento: intrínseco ou cronológico e
extrínseco ou fotoenvelhecimento. O primeiro é de origem natural e inevitável e está
relacionado a fatores genéticos cumulativos gerados por mutações recorrentes no DNA
mitocondrial e à diminuição da proliferação celular caracterizado pelo aparecimento de
rugas finas; por atrofia e ressecamento da pele que são desencadeados devido à
diminuição de água e ácido hialurônico acelerando, assim, o processo de senescência
(MOI, 2004).
Enquanto que o envelhecimento extrínseco ou fotoenvelhecimento depende da
relação de associação entre fatores ambientais como o tabagismo, alcoolismo e poluição
com o tempo, a frequência e a intensidade de exposição da pele à radiação solar.
Caracteriza-se por apresentar pele espessada, adelgaçada, amarelada, seca; flácida e com
a presença de rugas profundas (BAGATIN, 2008).
Há evidências que esses processos de envelhecimento, intrínseco e extrínseco,
possuem mecanismos biológicos, bioquímicos e moleculares, em parte sobrepostos.
Mudanças celulares como alterações qualiquantitativas das proteínas da matriz
extracelular estão envolvidas, resultando na perda da capacidade de retração e do poder
tensor com a formação de rugas, aumento da fragilidade e diminuição da cicatrização de
feridas (MA et al, 2002).
A pele torna-se mais fina, pálida, seca e há um aumento de rugas. O sistema
superficial capilar torna-se visível, desordens pigmentares aparecem, a pele perde a
firmeza e as suas propriedades mecânicas. Células cutâneas se proliferam na epiderme
dando aparência irregular. Há menos colágeno e fibras elásticas, resultando na diminuição
da elasticidade da pele. Os fibroblastos e os queratinócitos se reproduzem mais
lentamente. A função de barreira da pele é diminuída e o sistema de defesa da pele é
menos eficiente, pois as células de Langerhans são exauridas e as que restam são menos
ativas. A atividade do fibroblasto é diminuída, com síntese lenta de colágeno, o qual sofre
ligação cruzada pela glicose no fenômeno da glicação (SOUSSELIER;
BERTHON,1998).
Ademais, com esse processo de envelhecimento há um decréscimo geral no
número de folículos pilosos da região corporal, e atrofia e fibrose dos mesmos. Em adição,
têm sido descrito um acréscimo do número de folículos pilosos na fase telogênica do ciclo
celular do pelo (BOLOGNIA, 1995).

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O número de glândulas sebáceas permanece aproximadamente o mesmo durante


toda a vida, enquanto que o tamanho tende a aumentar com a idade. As diferenças na
secreção sebácea, nos vários tempos de vida, estão associadas com mudanças
concomitantes na produção de androgênios. Níveis reduzidos de androgênios levam à um
decréscimo da renovação celular em glândulas sebáceas envelhecidas da face, resultando
em hiperplasia glandular na velhice. O fotoenvelhecimento está associado ao
desenvolvimento de tumores sebáceos benignos e malignos (ZOUBOULIS;
BOSCHNAKOW,2001).
Não existe, portanto, um processo único de envelhecimento da pele. As
influências multifatoriais sejam elas genéticas, metabólicas, adquiridas ou extrínsecas
provenientes do ambiente vão agir em sentidos diversos, as quais implicam no
conhecimento da estrutura da pele e de seu funcionamento (PRUNIERAS, 1994).
Diante do exposto é sabido que apesar do envelhecimento cutâneo representar
apenas uma pequena parte de todo o processo de envelhecimento é notório que o aumento
da expectativa de vida induza uma maior procura de modalidades de intervenção que
melhorem a aparência e revertam os sinais e marcas causadas pelo envelhecimento. Pois
os aspectos e funções estéticas e sensoriais desenvolvidas pela pele interferem
diretamente nos aspectos sociais, psicológicos e na relação do indivíduo com o meio
ambiente. Dessa forma, subentende-se que os indivíduos irão procurar profissionais de
estética com maior frequência a fim de buscar métodos que auxiliam na minimização e
até mesmo prevenção das alterações provocadas pelo envelhecimento cutâneo (PUJOL,
2011).

5 RADICAIS LIVRES
A teoria de que o envelhecimento é resultado de danos causados por radicais livres
é creditada a Denham Harman que, em 1956, baseou-se na observação de que a irradiação
em seres vivos levava à indução da formação de radicais livres, os quais diminuíam o
tempo de vida desses seres e produziam mudanças semelhantes ao envelhecimento
(WICKENS, 2001). De acordo com esta teoria, o lento desenvolvimento de danos
celulares irreversíveis leva ao envelhecimento (PODDA, 2001).
As moléculas orgânicas e inorgânicas e os átomos que contêm um ou mais elétrons
não pareados, com existência independente, podem ser classificados como radicais livres
(HALLIWELL, 1994).

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Essa configuração faz dos radicais livres moléculas altamente instáveis, com
meia-vida curtíssima e quimicamente muito reativas. A presença dos radicais é crítica
para a manutenção de muitas funções fisiológicas normais (POMPELLA, 1997).
Essas moléculas instáveis também podem ser formadas pelos efeitos do sol,
contaminação, por tabaco e bebida alcoólica, podendo danificar as membranas das
células, provocando efeitos negativos sobre a pele e acelerando o processo do
envelhecimento, devido a morte ou ao mau funcionamento das mesmas. Os radicais livres
atacam as células na parte superficial da epiderme degradando os fibroblastos da derme
e podendo, inclusive, lesar a cadeia de DNA, proteínas, carboidratos, lipídios e as
membranas celulares na parte mais profunda da epiderme, causando até mesmo câncer
nos casos mais graves (Buchli, 2002; PÛvoa Filho, 1995; Spence, 1991;
Quiroga&Guillot, 1987).

6 ANTIOXIDANTES E O ESTRESSE OXIDATIVO


A produção contínua de radicais livres durante os processos metabólicos levou ao
desenvolvimento de muitos mecanismos de defesa antioxidante para limitar os níveis
intracelulares e impedir a indução de danos (Sies, 1993).
Os antioxidantes são agentes responsáveis pela inibição e redução das lesões
causadas pelos radicais livres nas células. Uma ampla definição de antioxidante é
“qualquer substância que, presente em baixas concentrações quando comparada a do
substrato oxidável, atrasa ou inibe a oxidação deste substrato de maneira eficaz” (Sies &
Stahl, 1995).
O sistema de defesa antioxidante do organismo tem como principal função inibir
ou reduzir os danos causados às células pelas espécies reativas de oxigênio. Existe uma
grande variedade de substâncias antioxidantes, as quais podem ser classificadas em
função da origem e/ou localização em antioxidantes dietéticos e antioxidantes intra e
extracelulares (JACOB; 1985).
O desequilíbrio entre moléculas oxidantes e antioxidantes que resulta na indução
de danos celulares pelos radicais livres tem sido chamado de estresse oxidativo (Sies,
1993).
Dentre os vários fatores que modulam o estresse oxidativo, destaca-se a dieta
(MAYNE ,2003)
A utilização de compostos antioxidantes encontrados na dieta ou mesmo sintéticos
é um dos mecanismos de defesa contra os radicais livres que podem ser empregados nas

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indústrias de alimentos, cosméticos, bebidas e também na medicina. (Doroshow, 1983;


Halliwell et al., 1995; Weijl et al., 1997).
Os estudos sobre os antioxidantes têm ressaltado, principalmente, o uso de
nutrientes isolados no tratamento e prevenção de doenças. Entretanto, nos alimentos é
encontrada uma grande variedade de substâncias que podem atuar em sinergismo na
proteção das células e tecidos (Jacob, 1995; Niki et al., 1995; Hercberg et al., 1998).

7 NUTRIÇÃO E PELE
Sabe-se que existe uma correlação entre o aumento de radicais livres e
envelhecimento, portanto, carências vitamínicas A, E, C e de oligoelementos como cobre,
selênio e zin-co podem acelerar o processo fisiológico do envelhecimento cutâneo
(ORIÁ, 2003)
Com isso, como meio de prevenção ao envelhecimento da pele é necessária uma
nutrição antioxidante para se neutralizar os radicais livres, com uma dose diária de
nutrientes adequados como a vitamina E, coenzima Q10, glutationa, n-acetilcisteína-
precursor da glutamina, ácido lipoico, vitamina B2, zinco, enzimas antioxidantes,
nutrição energética (MATHEUS e OKIGAMI, 2011).

7.1 VITAMINAS ANTIOXIDANTES


Os alimentos, principalmente as frutas, verduras e legumes contêm agentes
antioxidantes, tais como as vitaminas C, E e A, a clorofilina, β-caroteno, os flavonóides,
carotenóides, curcumina são capazes de sequestrar os radicais livres com grande
eficiência. (Stavric, 1994; Fotsis et al., 1997; Pool-Zobel et al., 1997).
As defesas antioxidantes do organismo podem ser restabelecidas com dietas
apropriadas e suplementos vitamínicos (Caragay, 1992; Anderson, 1996).

7.1.1 Vitamina A
É necessária para o crescimento e diferenciação das células epiteliais, estabiliza
as membranas e mantém a integridade das células epiteliais. Presenteem ovos, fígado e
pescado, a pró-vitamina A também se encontra em vegetais verdes, tomates e
laranjas. A deficiência de vitamina A se observa principalmente em síndromes de má
absorção, requerendo ao menos um ano decarência para esgotar as reservas hepáticas.
Manifesta-se a nível cutâneo com xeroses, hiperpigmentação e hiperqueratosefolicular.
Histologicamente, a deficiência de vitamina A se caracteriza por hiperqueratose laminada

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adjacente e os folículos pilosos com tampões de queratina e atrofia das glândulas sebáceas
(CATAPOS, 2005).

7.1.2 Vitamina C
Segundo Pereira (2008), apesar da vitamina C estar presente em todas as células
animais e vegetais, associada às proteínas, suas principais fontes alimentares são
representadas por vegetais folhosos e frutas.
O ácido ascórbico é uma vitamina muito importante para os sistemas biológicos
já que é considerado um excelente antioxidante, reduzindo as substâncias reativas geradas
pelo metabolismo celular, os radicais livres, que são capazes de atacar proteínas e o
próprio DNA. Doa elétrons ao radical alfa-tocoferoxil (radical livre da vitamina E),
evitando a peroxidação lipídica da membrana celular. Além disso, participa da síntese do
colágeno e carnitina, do metabolismo da tirosina e também atua na biossíntese de
hormônios como catecolaminas e neuropeptídios (FIORUCCI et al, 2002).
Atua no fortalecimento do sistema imunitário, favorece a cicatrização de feridas e
a integridade das paredes dos vasos sanguíneos, facilitando, assim, a circulação
sanguínea. Favorece uma boa dentição, formando tecido osteoide, ajuda na absorção do
ferro, além de prevenir o escorbuto (FIORUCCI et al, 2002).
O ácido ascórbico é essencial para a formação das fibras de colágeno que é a
principal proteína estrutural encontrada na matriz extracelular e nos tecidos conectivos
do corpo humano e corresponde a 30% do total das proteínas existentes. Existem mais de
20 tipos diferentes de colágeno, sendo os mais importantes os tipos: I, II, III, IV e V que
compõem a maior parte do colágeno presente nos músculos, ossos, tendões e pele, sendo
que os tipos I e II contribuem com cerca de 85 a 90% e 8 a 11%, respectivamente, do
colágeno total da pele (JUNQUEIRA, 2008).
A ingestão diária de ácido ascórbico deve ser igual à quantidade excretada ou
destruída por oxidação. Um adulto sadio perde de 3% a 4% de sua reserva corporal
diariamente. Dessa forma, de acordo com as DRIs a quantidade recomendada de ingestão
diária de vitamina C para indivíduos adultos foi estipulada em 90 mg ao dia para homens
e 75 mg ao dia para mulheres. No caso de gestantes e lactantes a ingestão deve aumentar
para 85mg ao dia e 120 mg ao dia, respectivamente. Já os fumantes, que apresentam maior
estresse oxidativo, devem aumentar sua ingestão em 35 mg ao dia. Nestas doses ainda
haverá pequena excreção de metabólitos urinários, indicando que a dosagem não é
excessiva (AMAYA-FARFAN et al, 2001).

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7.1.3 Vitamina E
A vitamina E é um componente dos óleos vegetais encontrada na natureza em
quatro formas diferentes α, β, γ e δ-tocoferol, sendo o α-tocoferol a forma antioxidante
amplamente distribuída nos tecidos e no plasma. A vitamina E encontra-se em grande
quantidade nos lipídeos, e evidências recentes sugerem que essa vitamina impede ou
minimiza os danos provocados pelos radicais livres associados com doenças específicas,
incluindo o câncer, artrite, catarata e o envelhecimento. A vitamina E tem a capacidade
de impedir a propagação das reações em cadeia induzidas pelos radicais livres nas
membranas biológicas (Traber&Packer, 1995). Os danos oxidativos podem ser inibidos
pela ação antioxidante dessa vitamina, juntamente com a glutationa, a vitamina C e os
carotenóides, constituindo um dos principais mecanismos da defesa endógena do
organismo (BIANCHI & ANTUNES, 1999).

7.2 FLAVONÓIDES ANTIOXIDANTES


Entre os antioxidantes presentes nos vegetais, os mais ativos e frequentemente
encontrados são os compostos fenólicos, tais como os flavonóides. Exemplos de fontes
de flavonóides são frutas, verduras, cerveja, vinho, chá verde, chá preto e soja. A maioria
dos flavonóides presentes no vinho provém da uva, especialmente da pele, e do processo
fermentativo (Decker, 1997).
O ácido elágico, encontrado principalmente na uva, morango e nozes, tem sido
efetivo na prevenção do desenvolvimento do câncer induzido pelas substâncias do cigarro
(CARAGAY,1992).
A curcumina, um composto fenólico usado como corante de alimentos, é um
antioxidante natural derivado da cúrcuma (Curcuma longa) que tem sido extensivamente
investigado. A curcumina seqüestra os radicais livres e inibe a peroxidação lipídica,
agindo na proteção celular das macromoléculas celulares, incluindo o DNA, dos danos
oxidativos (Kunchandy& Rao, 1990; Subramanian et al., 1994).
Os compostos fenólicos podem inibir os processos da oxidação em certos
sistemas, mas isso não significa que eles possam proteger as células e os tecidos de todos
os tipos de danos oxidativos. Esses compostos podem apresentar atividade pró-oxidante
em determinadas condições (Decker, 1997).
Existe na literatura muita controvérsia sobre o mecanismo de ação dos
flavonóides. Os flavonóides atuam como antioxidantes na inativação dos radicais livres,
em ambos os compartimentos celulares lipofílico e hidrofílico. Esses compostos têm a

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capacidade de doar átomos de hidrogênio e, portanto, inibir as reações em cadeia


provocadas pelos radicais livres (Hartman&Shankel, 1990; Arora et al., 1998).
A quercetina está presente nas frutas e vegetais, e é o flavonóide mais abundante
encontrado no vinho tinto. Entretanto, esse antioxidante pode reagir com ferro e tornar-
se um pró-oxidante (Gaspar et al., 1993).
É também, o mais abundante flavonóide presente na dieta humana, representa
cerca de 95% do total dos flavonóides ingeridos . A cebola, maçã e brócolis são as fontes
majoritárias da quercetina (NIJVELDT, 2001.)
Hertog et al. encontraram altas concentrações de quercetina em cebola (284-486
mg/ kg), couve (100 mg/ kg), vagem (32-45 mg/ kg), brócolis (30 mg/ kg), repolho (14
mg/ kg) e tomate (8mg/ kg). Entre as frutas estudadas, a concentração média de quercetina
encontrada foi de 15 mg/ kg, sendo que na maçã esta foi maior, entre 21 e 72 mg/ kg. Em
bebidas, como a cerveja, café, achocolatado e vinho branco, o teor foi de
aproximadamente 1 mg/ l. Já, para o vinho tinto, o teor observado foi de 4 -16 ml/ l, suco
de limão, 7 mg/ l, suco de tomate, 3 mg/ l e nos demais sucos, 5 mg/l. O chá preto é a
bebida que apresenta maior concentração de quercetina, em torno de 10-25 mg/l.

7.3 MINERAIS ANTIOXIDANTES


7.3.1 Zinco
O Zinco é um mineral antioxidante que atua nos mecanismos celulares de defesa
contra os radicais livres. As principais fontes dietéticas do zinco são leite, fígado,
moluscos, arenque e farelo de trigo (KRAUSE; MAHAN, 2005).
O Zinco é capaz de prevenir a peroxidação lipídica devido à capacidade de
estabilizar membranas estruturais e de proteger células. Há dois mecanismos
evidenciados nesse papel antioxidante, que são: proteção de grupos sulfidrilas contra
oxidação, como ocorre com a enzima d-ácido aminolevulínico desidratase e na inibição
da produção de espécies reativas de oxigênio por metais de transição como ferro e cobre.
O Zinco também compõe a estrutura da enzima antioxidante superóxido dismutase. Em
caso de deficiência desse mineral, a atividade da enzima é reduzida (MAFRA;
COZZOLINO, 2004).

7.3.2 Selênio
Os alimentos de origem animal foram identificados pelo “Total Diet Study” da
FDA (Food And Drug Administration), como a principal fonte alimentar de selênio.

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Alimentos como carnes (vermelha, branca e vísceras) contribuem com 50% do selênio
dietético e os cereais contribuem com, aproximadamente, 25% a 35% do total de selênio
ingerido diariamente pela população americana. Produtos lácteos e ovos fornecem cerca
de 10% e 20%, respectivamente. As frutas e os vegetais são pobres em selênio fornecendo
menos que 5% do total da ingestão de selênio (LITOV & COMBS, 1991; PENNINGTON
& YOUNG, 1991).
As frutas e os vegetais possuem menos de 0,1 mcg/g de selênio em sua
composição. Os cereais e grãos possuem teor variado dependendo do local de cultivo
(menos de 0,1 a mais de 0,8 mcg/g), pois as plantas parecem não necessitar de selênio e
assim contêm quantidades variáveis, dependendo de quanto selênio é disponível no solo
para captação (ANDERSON, 2002; BURK & LEVANDER, 2003; FERREIRA et al.,
2002).
A castanha do Pará, uma oleaginosa muito rica em selênio possui 2.960 mcg/100g,
aproximadamente, mas também é rica em fenilalanina (730mg/100g) (TUCUNDUVA,
2002).
A ingesta de alimentos ricos em selênio vem ganhando importância em todas as
faixas etárias, pois ele é participante de seleno enzimas com distintas funções, incluindo
a glutationa peroxidase, que se destaca como enzima antioxidante nas membranas
celulares. Essas enzimas impedem a formação de radicais livres, reduzindo os peróxidos
lipídicos e o peróxido de hidrogênio e protegendo o organismo da agressão oxidativa.
Outra função do selênio é seu papel na imunocompetência, em que os neutrófilos e
macrófagos de animais deficientes em selênio têm baixa concentração de glutationa
peroxidase, o que pode afetar suas propriedades antimicrobianas (TRINDADE, 2005).

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O envelhecimento da pele é um fenômeno global, porém os hábitos e
comportamentos de uma pessoa são decisivos para definir a aparência da pele. Entre os
vários fatores que contribuem para isso estão os fatores genéticos, os fatores externos -
como poluição e exposição aos raios solares em épocas mais quentes - e os fatores
internos - como fumo e uma alimentação deficiente.
A nutrição equilibrada é um elemento chave para a manutenção da saúde e da
beleza da pele e o único fator contra o envelhecimento que pode ser modificado. A
carência de nutrientes, sobretudo dos antioxidantes, contribuem para gerar uma grande
quantidade de radicais livres atuantes na pele. Uma pele atacada por radicais livres

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apresenta visíveis sinais de envelhecimento: perda de brilho, sinais de desidratação,


diminuição da elasticidade, formação de manchas hipercrômicas, rugas superficiais,
médias e profundas.
É impossível evitar completamente a formação desses radicais livres, mas isso
pode ser atenuado. Portanto, seguir os mandamentos de uma alimentação correta é
fundamental para diminuir seus efeitos.
Com a elaboração desse trabalho foi possível perceber que uma alimentação
equilibrada atua diretamente na prevenção do envelhecimento cutâneo. No entanto, os
estudos e a literatura ainda sofrem limitações em relação à quantidade de pesquisas
realizadas envolvendo o tema. Dessa forma, é preciso buscar mais pesquisas,
experimentos e estudos de caso que possam sustentar os resultados esperados pela
associação entre uma alimentação saudável e nutricionalmente adequada com o retardo
do envelhecimento cutâneo.

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