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Fernanda Carvalho – 5° semestre

Destística Restauradora

Complexo dentina - polpa


*Slide Prof. Tamires Sampaio – aula 09/03/2021*

 Valorização dos princípios estéticos, físicos e mecânicos;

 Influência do procedimento operatório e restaurador na terapia de polpas vitais;

 Dentina e polpa tem uma intima relação estrutural e funcional;

 Trata-se como complexo, tecidos integrados;

 O que faz na dentina, a polpa responde;

 Dentina-polpa: relação para manter equilíbrio;

Dentina:
 Hidroxiapatita 68%
 Matéria orgânica 22%
 Agua 10%

 Isolante térmico, químico e elétrico;


 Excelente agente de proteção de tecido pulpar;
 Mais dentina, melhor;

 Primária:
-Mais rápida;
-dente erupcionado, pronto acabou;

 Secundaria:
-Menos lenta em relação á primeira;
-Ao longo da vida diminui a câmera pulpar e os túbulos dentinarios;
-tipo fisiológico;
-depois que o ápice esta fechado;

 Terciária: DEFESA DENTAL


-Formada diante agressões (carie);
-Patológica;
-racional e reparadora (cárie ativa aguda/estímulos de alta intensidade);
Estrutura da dentina:
 Prolongamentos odontoblásticos;
 Fluido tissular;
 Fibras nervosas.
 Temos os túbulos dentinários;

Importante: quanto número de túbulos, quanto diâmetro, aumentam de tamanho próximo a polpa.

Polpa:
 Tecido conjuntivo, suprimento vasculonervoso, cavidade inextensível;
 Células odontoblásticas;
 Células mesenquimais indiferenciadas com fibras nervosas e vasos: células blastóides;
 Integridade biológica e física.
 Odontoblastóides ou odontoblastos secundários.

Quanto mais próximo da polpa estiver o preparo, mais crítica é a técnica, mais perigoso vai ser!
O mesmo material que pode ser indicado e considerado biocompatível se aplicado em cavidade rasa ou
media podem ter efeitos tóxicos indesejáveis em cavidades profundas.

Toxidade reduzida do material restaurador 75%

Dor e sensibilidade
 Teoria Hidrodinâmica:
 Microbianas, traumáticas, estímulos térmicos, elétricos, táteis, químicos e osmóticos;

 20% dos túbulos possuem receptores hidrodinâmicos em que a movimentação desses fluidos no
interior dos túbulos, para fora e para dentro, estimulando por diferença de pressão as
terminações nervosas  causando sensibilidade.

Estímulos agressores:
 Cárie ativa  tecido amolecido, alteração de cor;

 Dentina infectada que sabe que não tem a capacidade de remineralização;

 Dentina cariada profunda que tem pouca degradação, tem capacidade de remineralização;
consegue intervir;

 Dentina esclerosada, a terciária, dentina mais escurecida que não precisa remover, deixa la;
 Preparo cavitário tem que tomar muito cuidado pois determina se vai ter sensibilidade ou não;
 Quanto maior o preparo, aprofundando, maior o dano;

Como o dente se defende?


 Deposição de dentina intertubular;
 Dentina terciária;
 Inflamação pulpar: intervenção.

Tipos de agressão ao complexo dentinho-pulpar


 Injúria à polpa:

1- Lesões cariosas;

2- Preparo curativo: calor, pressão, ar;

3- Procedimentos restauradores:
- Não pode colocar perto a câmara pulpar, pois será nocivo;

- Antes de colocar o amálgama ou resina composta, tem que colocar algo (proteção pulpar), pois esses
dois não podem ficar perto da polpa pela TOXICIDADE(resina composta) E CONDUTIBILIDADE
TÉRMICA(amálgama);

4 - Pressão excessiva/secagem excessiva;

5- Profundidade biológica/extensão e profundidade do preparo.

Diagnóstico
 Teste de vitalidade: pulpite reversível;

 Profundidade biológica da polpa: vai dizer qual material usar;

 Radiografia: bidimensional;

 Evitar exposição pulpar por cárie;


 Bloquear agressões à polpa;
 Remineralizar dentina descalcificada;
 Remoção parcial da dentina cariada.

O melhor material para proteger a polpa, é a dentina! Não tem 1 material que seja melhor que a
própria dentina.

 Quanto mais o paciente é jovem, mais ele tem um potencial de resposta ao tratamento;
 Profundidade: rasa, media ou profunda;
Rasa:

 Restauração com resina composta;

 Selamento, sistema adesivo, garante a proteção da polpa;

 Ela é protegida pelo próprio selamento que é feito pelo material restaurador;

 Cuidado com o sistema adesivo próximo a polpa;

Média;

 Não resulta em danos significativos para a polpa, pois tem a dentina como um bom isolante, protetor
da cavidade pulpar;

 Resina composta;

Profunda:

 NÃO pode usar amálgama;

 Ter muito cuidado por estar perto da polpa!!

 Tratamento expectante (conservadores): visam conservar a polpa;

 Pode expor a polpa ou não; quando não é exposta, as abordagens são proteção pulpar indireta, mas
quando atinge a polpa, é proteção direta.

 Quando a polpa não é exposta, é proteção pulpar indireta;


 Quando a proteção pulpar ocorre diretamente na polpa, sobre a polpa, chama-se proteção
DIRETA.

Proteções indiretas da polpa:


 Capeamento indireto;
 Tratamento expectante;

Proteções diretas à polpa:


 Capeamento direto;
 Curetagem pulpar;
 Pulpoctomia.

Para escolher o tratamento, precisa-se atender a alguns critérios, como informação, se a coroa
ta muito destruída, tamanho da exposição pulpar, quantidade e cor do sangue e se está com a
rizogênese completa.
Tratamento expectante:
Paciente chega com risco de exposição pulpar!
 Capeamento pulpar indireto;
 Evitar exposição pulpar por cárie;
 Tratamento de espera;

OBSERVAÇÃO: Escolher esse tratamento geralmente para pacientes jovens, com um caso de cárie
aguda, extensa; remove-se a cárie, ligando o alerta para não ter exposição pulpar;

 Se faz isso quando não se vê na radiografia uma necrose, lesão periapical ou se o paciente
estiver com episódio de dor aguda;

 Remineralizar dentina descalcificada.

Como proceder?

1. Remoção parcial da dentina infectada e amolecida;

2. Começar pelas paredes circundantes;

3. Não deixar os agentes irritantes atingir a polpa;

4. Interromper o circuito metabólico da carie;

5. buscar remineralizar a dentina remanescente;

6. Usar medicação para estimular.

 Se faz geralmente em 2 sessões;

 Faz uso de produtos à base de hidróxido de cálcio;

 1° sessão:
 Se faz a radiografia para descartar a possibilidade de pulpite irreversível, de necrose; Ver se ta
próxima a polpa;
 Inicia com exame clinico, teste de vitalidade;
 Depois se faz a remoção parcial da dentina cariada, amolecida;
 Começando com as paredes circundantes, com baixa rotação, broca esférica;
 Mantem dentina afetada que não está tão afetada;
 Vai recobrir com Cimento de hidróxido de cálcio e atacar com o ácido p/ a resina;
 Se faz a Restauração provisória com Ionômero de vidro ou com Óxido de zinco e Eugenol;
 Vai pra casa e depois de 30 a 60 dias retorna.
 2° sessão: RESTAURAÇÃO PERMANENTE;
 Remover a dentina cariada remanescente que ficou;
 Promoveu uma barreira mineralizada;
 Fazer a restauração normalmente.

Capeamento pulpar indireto:


 Quando coloca o material protetor sobre a dentina e não tem tecido cariado;
 Indicado quando tem lesão cariosa profunda que não atinge a polpa;
 Finalidade: Bloquear estímulos elétricos, químicos e manter o ambiente que favoreça a
recuperação do tecido pulpar;

 Técnica:
 Fazer radiografia;
 Fazer exame clinico;
 Remover tecido cariado;
 Forrar com cimento de hidróxido de cálcio;
 Coloca-se ionômero de vidro;
 Fazer restauração final.

Capeamento pulpar direto:


 Consiste em colocar revestimento biocompatível sobre a polpa exposta;

 Exemplo: A polpa estava sadia, fez a remoção do tecido cariado e sem a intenção houve a
exposição pulpar.

 A restauração deve ser pequena;


 Tem como objetivo promover uma resposta biológica, formando uma barreira mineralizada. Uma
ponte de dentina onde houve a exposição;
 Analisar se o sangramento é vermelho vivo, se é um sangramento abundante, ou se é vermelho
vinho;
 Material usado: Hidróxido de cálcio PA (pó forrador – podendo misturar com soro, anestésico
ou agua destilada);
 Irrigação e jato de ar no local do sangramento;
 Por cima vai o cimento de ionômero de vidro e depois o ionômero mesmo, pois não deve colocar
agua ácida diretamente para não diluir;

Quando é contraindicado o tratamento expectante e o capeamento direto?


Sintomas de inflamação pulpar irreversível;

Evidencia de degeneração pulpar;


Curetagem pulpar:
 Em casos de exposição pulpar que se acha que houve contaminação bacteriana.
 Difere do capeamento direto pela quantidade de tecido pulpar que vai remover;
 Remove-se por conta da suspeita de infecção por cárie; prefere-se remover uma quantidade
maior
 Estimular a reparação do espaço perdido;

 1° sessão:
 Diagnóstico clinico e radiográfico;
 Anestesia o paciente;
 Isolamento absoluto;
 Remove todo o tecido cariado;
 Se ver que tinha o tecido cariado, remove toda a lesão cariosa;

Qual a diferença?
 Capeamento direto não mexe na área da exposição e na curetagem pega uma broca ponta
diamantada estéril e vai ampliar um pouco a cavidade;
 Faz a irrigação com soro fisiológico e o hidróxido de cálcio;
 Se remove parte do tecido pulpar com a cureta;

Ampliação + corta polpa + irriga com hidróxido de cálcio + seca + coloca hidróxido de cálcio
novamente + jato de ar + cimento ionômero de vidro

 Espera 40 – 60, 90 dias;


 Tem que fazer teste de vitalidade quando retornar

 2ª sessão:
 Faz o isolamento;
 Remover o cimento de oxido de zinco e Eugenol;
 Remove-se com a cureta com cuidado;
 Expor a área atingida;
 Remove o hidróxido de cálcio;
 Inspecionar COM MUITO CUIDADO com a lima #25 e ver se formou a barreira calcificada;
 Restaurar o dente com o material que escolher.

Pulpotomia:
 Conservar a polpa;
 Exposição pulpar não acidental ampla;
 Remover a polpa coronária e deixar só a radicular;
 Indicações: não é indicado pra qualquer pessoa;
 Quanto mais o sangue está escuro, mais indica que é falta de oxigênio;
 Dentes decíduos (por ter rizogênese incompleta);
 Pode fazer como um tratamento de emergência para não fazer a pulpectomia (remoção total da
polpa);
 Avaliar sangramento (vermelho vivo) e ter uma boa quantidade de remanescente e o paciente
não pode estar sentindo dor;
 Após a completa remoção: lavar com soro fisiológico;
 Aplicar o hidróxido de cálcio ate controlar o sangramento;
 Secar a cavidade com bolinha de algodão;
 Fazer uma camada de hidróxido de cálcio;
 Fazer mais outra com hidróxido;
 Vedar com cimento;
 Restauração provisória e depois a definitiva.

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