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Fernanda Carvalho – 6º semestre

Endodontia clínica

Tratamento dos dentes traumatizados


*Aula digitalizada do prof. Braitt – 19/10/2021*

Lesões traumáticas:
 Intensidade;
 Tipos;
 Danos físicos;
 Óbito.

Fatores que afetam o prognóstico:


 Tempo decorrido entre a injuria e o tratamento  prognóstico duvidoso;
- Muito importante!
- Até 4 horas do decorrido entre 1 e outro, será duvidoso;

 Condições do osso alveolar;


 Condições dos tecidos moles;
 Condições do dente no alvéolo;

 Condição do tecido pulpar: Esperar até 15 dias para ver se o tecido responde;

- Anóxia  morte por falta de oxigênio;

- Deixa de receber os estímulos, parece que está necrosado;


- Não fazer o tratamento endodôntico de primeira;

Exame do paciente:
 História clínica:
 Natureza do acidente  Se houve contato com terra ou vidro;
 Local da ocorrência;
 Tempo decorrido;
 Estado geral do paciente;

 Inspeção clínica: Exame visual, palpação e percussão.


Obs: Não deixar acompanhante entrar na sala!

 Amarria  amarrar o dente no outro, sendo rígida ou semi rígida;

 Amarria Rígida SÓ SE USA quando há uma fratura VERTICAL TRANSVERSAL no máximo 30 dias;

 Por que não se usa nos outros casos a amarria rígida?

 Para que o dente se movimente no alvéolo e se mantenha funcional, caso contrario, haverá
anquilose (reabsorção radicular externa como consequência de um trauma); perde a função e o
corpo pensa que é um corpo estranho.

 Tratamento dos tecidos moles;


 Imobilização das unidades atingidas;
 Observação do desenvolvimento da patologia pulpar;
 Medicação sistêmica;
 Testes de vitalidade: frio, calor, teste elétrico e transiluminador (rósea é saldável e cinza ou
azul está necrosado);
 Exame radiográfico: Lâmina dura, região periapical e osso alveolar;

 Olhar se tem Fratura radicular, coronária/câmara pulpar, situação do desenvolvimento radicular


e grau de intrusão ou extrusão;

Diagnóstico e tratamento
Caso 1:

 Suspeita de fratura do osso alveolar;

 Quando mais cedo tratar o traumatizado, melhor;

Dentes sem fratura nem lesão periodontal


 Metamorfose cálcica da polpa: quando o dente calcifica por dentro;
 Necrose pulpar asséptica: faz o canal;

Obs: se não cuidar no dia do trauma, depois de um tempo começa a acontecer reabsorção óssea

Dente com fratura coronária a nível dentinário:


Proteção dentinária – restauração coronária
 Quando há um trauma, uma pancada, e o dente resiste, é pior do que quando o dente saí na hora da
pancada;

 Mas se a fratura for muito próximo à polpa ou com exposição pulpar, faz a proteção pulpar e faz a
restauração.

Fratura coronária atingindo o corno pulpar:


 Dentes lesionados  lesão vertical ou transversal;
 Tipos de fratura;
 Idade do paciente;
 Tempo decorrido do acidente;
 Restauração projetada;

Fratura pode ser:


 Coronária ou radicular;
 E a fratura radicular pode ser com ou sem fratura coronária;
 Transversal ou vertical;

Fratura radicular
 Nem sempre indica remoção da unidade ou tratamento endodôntico;

 Cicatrização da raiz fraturada: manter os fragmentos vitais, evitando inflamação e infecção do


tecido pulpar.

 Transversal:

- A fratura transversal pode estar no terço cervical, médio ou apical;

- Quanto mais apical a fratura, melhor o prognóstico para polpa e para o dente;

- Problema: a pior fratura é a transversal do terço médio;

- Não se faz aumento de coroa clinica dos dentes anteriores;

- Pronta imobilização da unidade.... Tratamento endodôntico NÃO É FEITO!

Extrusão acidental de hipoclorito durante tratamento endodôntico de dente com raiz fraturada:
 Não se usa HIPOCLORITO DE SÓDIO para não ir para a mucosa e ter uma reação;

 Tratamento de urgência: usar uma seringa para tirar o exsudato negro avermelhado;
 Primeiro, puxa o exsudato para tirar o hipoclorito e esperar 8 dias para começar o tratamento;

 Faz a pulpectomia só até o local da fratura, irriga com soro e com clorexidina;

 O local se calcifica;

Fratura vertical
 Em dente multirradicular dependendo do local, pode salvar o dente;

Luxação
 Intrusão: Até 4mm pode deixar que volta ao normal e só na ortodontia para consertar;

 Extrusão: Saiu do alvéolo;

- Quando sai mais de 4mm, retira o dente e limpa o alvéolo, pois existe um coagulo que se empurrar,
ele pode degradar e se transformar em aminoácido e ocorrer anquilose, logo termina de extrair o
dente e limpa o alvéolo para reintroduzir o dente;

Luxação completa (avulsão)


 Tempo decorrido entre o acidente e o atendimento;
 Local do acidente;
 Presença ou ausência de fraturas radiculares ou coronárias;
 Splintagem (amarria) semirrígida;

Protocolo:
 Recolocação do dente no alvéolo;
 Splintagem semirrígida;
 24 a 48 hrs após, realizar a abertura técnica, remover o conteúdo do CR, realizar a limpeza e
modelagem;
 Colocação de uma pasta de hidróxido de cálcio;
 Troca da pasta de Ca(OH)2 o quanto for necessário;
 Obturação e proservação;

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