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PERMANENTES JOVENS
Fraturas Coronárias
Fraturas de Esmalte
No esmalte podem ocorrer trincas ou a fratura propriamente dita. O tratamento para dentes
decíduos e permanentes será a mesma :Para as trincas no esmalte, a conduta é, aplicação
tópica de flúor, uso de dentifrícios fluoretados e bochechos com flúor.
Para as fraturas, se forem de pequeno porte, pode-se realizar o desgaste das bordas,
eliminando as arestas cortantes, melhorando a estética. Em fraturas maiores realiza-se a
restauração com resina fotopolimerizável.
As fraturas de esmalte e dentina sem exposição pulpar, tanto em dentes decíduos como
permanentes, o tratamento proposto é a reconstrução do dente com resina fotopolimerizável, ou
quando possível, a colagem do fragmento dentário. É importante, realizar a proteção do
complexo dentina-polpa com Hidróxido de Cálcio principalmente em fraturas maiores em que há
proximidade com a câmara pulpar.
Os dentes devem ser restaurados com resina fotopolimerizável, ou por meio da colagem do
fragmento, de acordo com o tamanho da fratura.
Em dentes permanentes jovens com necrose pulpar realizar o tratamento com hidróxido de
cálcio objetivando a apicificação.
Em dentes permanentes com ápice completo realizar o tratamento endodôntico de acordo
com o estado da polpa.
Dentes decíduos – as fraturas coronárias com exposição pulpar são raras na dentição
decídua, porem quando ocorre o tratamento proposto e a pulpotomia ou tratamento endodôntico
radical, dependendo da condição pulpar, na fase formativa, optamos pela pulpotomia com a
técnica do Formocresol, e na fase degenerativa optamos pelo tratamento radicular com a Pasta
Guedes-Pinto, colagem do fragmento ou restauração com resina composta e acompanhamento.
Fraturas Radiculares
Em caso de fratura radicular, o dente pode apresentar-se clinicamente extruído, com a coroa
ligeiramente para palatino. De acordo com Andreazem e Andreazem (1991), a cicatrização das
fraturas radiculares dependem do dano ocorrido na polpa e da possível invasão bacteriana na
linha de fratura. Interfere também no tipo de reparação, o tempo decorrido do acidente, o espaço
entre os fragmentos e a vitalidade pulpar.
A reparação pode ocorrer por deposição de tecido calcificado, em que se forma uma dentina
osteóide para o lado da polpa e cemento para o lado do periodonto. Isso acontece quando o
dente apresenta pouca extrusão, ausência de sangramento pelo sulco gengival e com pouco
tempo após o trauma é realizada a redução e contenção da fratura.
Quando ocorre uma separação maior entre os fragmentos, e o tratamento realizado entre 24
a 48 horas do trauma, o processo de reparação já teve início, assim, pode ocorrer a reparação
por deposição de tecido conjuntivo fibroso, ou interposição de tecido ósseo entre os fragmentos.
Em caso de grande extrusão do fragmento, inflamação ou mortificação pulpar, poderá ocorrer a
deposição de tecido de granulação entre os fragmentos, não havendo cicatrização da fratura.
O maior grau de sucesso com relação à reparação de fraturas radiculares ocorre no terço
apical, seguido do terço médio, sendo as fraturas do terço cervical de prognóstico ruim.
Dentes decíduos – O tratamento para fraturas radiculares em dentes decíduos será a redução
e contenção rígida por 90 dias, período em que deverá haver a cicatrização. Havendo infecção
pulpar e necrose, deve ser realizada a exodontia, entretanto, somente o fragmento coronário
deve ser removido, e o fragmento apical na maioria das vezes é reabsorvido fisiologicamente.
Dentes Permanentes – Deve ser realizada a redução da fratura, e contenção rígida por 90
dias, permitindo a estabilidade do tecido cicatricial.
Nas fraturas do terço cervical, que apresentam prognóstico ruim, se houver insucesso, pode-
se realizar o tratamento endodôntico, e fixar o fragmento coronário por meio de pinos intra
radiculares.
Referências:
Andreazen J.O., Andreazen F.M. Traumatismo dentário: soluções clínicas. São Paulo:
Panamericana, 1991,168p.
Fernandes, K.P.S. et al. Traumatismo dento alveolar. São Paulo: Santos, 2009. 230 p.
Paiva JG, Antoniazzi JH. Endodontia: bases para a prática clínica. 1ª ed. São Paulo:
Artes Médicas, 1984. 523p.
Paiva JG, Antoniazzi JH. Endodontia: bases para a prática clínica. 2ª ed. São Paulo:
Artes Médicas, 1988. 745p.
Lage Marques JL, Conti R, Antoniazzi JH. Conduta clínica frente ao traumatismo
dental. Rev. Assoc Paul Cirurg Dent, 48(6)1527-33, 1994.