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Jornal da Associação Médica Formosana (2018)117,261e267

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Página inicial do jornal:www. jfma-online.com

artigo de revisão

Rasgo cementário: saber o que temos

negligenciado na prática odontológica
Po-Yuan Jenga, Arlinda Luzi Luzia,**, Rocio Marco Pitarcoa,***,
Mei-Chi Changb,c,f, Yu-Hsueh Wud, Jiiang-Huei Jenge,*

aDepartamento de Odontologia, Universidad CEU Cardenal Herrera, Valência, Espanha

bUniversidade de Ciência e Tecnologia Chang Gung, Kwei-Shan, Taoyuan City, Taiwan
cDepartamento de Odontologia, Chang Gung Memorial Hospital, Taipei, Taiwan
dDepartamento de Odontologia, Far Eastern Memorial Hospital, New Taipei City, Taiwan
eFaculdade de Odontologia, National Taiwan University Medical College e Departamento de

Odontologia, National Taiwan University Hospital, Taipei, Taiwan

Recebido em 20 de agosto de 2017; recebido no formulário revisado em 5 de setembro de 2017; aceito em 6 de setembro de 2017

PALAVRAS-CHAVE A ruptura do cemento é um tipo especial de fratura da superfície radicular, contribuindo para a degradação periodontal e periapical. No entanto, é um

desafio para os médicos diagnosticar, resultando em tratamento tardio ou inadequado. Revisamos os fatores predisponentes, localização, características
Lágrima de cimento;
Clínico radiográficas/clínicas, diagnóstico e tratamentos das rupturas de cemento. Pela literatura, os pacientes com ruptura de cemento eram principalmente do

características; sexo masculino, com mais de 60 anos. Possíveis fatores predisponentes incluem sexo, idade, tipo de dente, força oclusal traumática e dentes vitais.

Rasgos cementários foram comuns em dentes anteriores superiores e inferiores, únicos ou múltiplos, e podem estar presentes nos terços cervical,
Fratura radicular superficial;
Periodontal/ médio e apical das raízes. A morfologia das rupturas de cimento pode ser em forma de peça ou em forma de U. Clinicamente, A ruptura cementária

periapical mostra uma bolsa periodontal unitária e sinais/sintomas que simulam periodontite localizada, periodontite apical e fraturas radiculares verticais. O

tratamento de rupturas de cimento inclui raspagem, alisamento radicular, tratamento de canal radicular, cirurgia periodontal/periapical, regeneração
discriminação;
Recorrência; tecidual guiada, enxerto ósseo e reimplante intencional. A recorrência da ruptura do cemento é possível, especialmente quando a fratura envolve o ápice

da raiz. A extração é recomendada para dentes com mau prognóstico. Em conclusão, as rupturas de cimento podem envolver tanto o periodonto quanto
Fatores predisponentes
o A recorrência da ruptura do cemento é possível, especialmente quando a fratura envolve o ápice da raiz. A extração é recomendada para dentes com

mau prognóstico. Em conclusão, as rupturas de cimento podem envolver tanto o periodonto quanto o A recorrência da ruptura do cemento é possível,

especialmente quando a fratura envolve o ápice da raiz. A extração é recomendada para dentes com mau prognóstico. Em conclusão, as rupturas de

cimento podem envolver tanto o periodonto quanto o

Conflitos de interesse: Os autores não possuem conflitos de interesse relevantes para este artigo.
* Autor correspondente. Faculdade de Odontologia, Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Taiwan e Departamento de Odontologia, Hospital da Universidade
Nacional de Taiwan, nº 1, Chang-Te Street, Taipei, Taiwan.
* * Autor correspondente. Departamento de Odontologia, Universidad CEU Cardenal Herrera, Pou de condesa road, Number 5, 46115, Alfara del
Patriarca, Valência, Espanha.
* * * Autor correspondente. Departamento de Odontologia, Universidad CEU Cardenal Herrera, Pou de condesa road, Number 5, 46115, Alfara del
Patriarca, Valência, Espanha.
Endereço de e-mail:arlinda.luzi@uchceu.es (AL Luzi),rocio.marco@uchceu.es (RM Pitarca),jhjeng@ntu.edu.tw (J.-H. Jeng).
fContribuição igual ao primeiro autor.

http://dx.doi.org/10.1016/j.jfma.2017.09.001
0929-6646/Direitos autoraisª2017, Associação Médica Formosense. Publicado pela Elsevier Taiwan LLC. Este é um artigo de acesso aberto sob a licença
CC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
262
área periapical. Os dentistas devem entender os fatores predisponentes e as características clínicas das rupturas de
cimento para diagnóstico/tratamento precoce para evitar perda óssea/extração dentária.
direito autoralª2017, Associação Médica Formosense. Publicado pela Elsevier Taiwan LLC. Este é um
artigo de acesso aberto sob a licença CC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/
4.0/).
Introdução
A ruptura do cemento é um tipo especial de fratura radicular
superficial envolvendo o cemento e, às vezes, a dentina radicular.
Figura 1AeF).1,2Isso leva ao aparecimento de uma bolsa profunda,
retendo placa e cálculo e, eventualmente, causando periodontite.2e5
Casos de rotura de cemento são raramente relatados na literatura,
pois a presença dessa doença é muitas vezes negligenciada, mal
diagnosticada e subnotificada. Os dentistas podem tratar esses
casos clínicos como lesões periodontais e periapicais puras devido
ao diagnóstico incorreto de rompimento do cimento. Em alguns
casos, a presença de ruptura de cemento foi percebida após a
extração de dentes que não cicatrizaram.1,2,6Alguns casos de falha
por motivo desconhecido são devidos à presença de ruptura do
cemento.
A ruptura do cemento pode apresentar dificuldade no
diagnóstico clínico. Pode envolver ruptura dos tecidos periodontais
e periapicais, edema dos tecidos moles, dor e exsudação do trato
sinusal.Figura 1AeF). Relatos de casos mostraram que os clínicos
trataram os dentes com rasgos de cimento por tratamento
periodontal não cirúrgico, tratamento de canal radicular ou/e
retratamento não cirúrgico sozinho muitas vezes não são eficazes
para erradicar esta doença.3,7e9Se os dentistas pudessem
diagnosticar a ruptura do cemento adequadamente, tratamentos
desnecessários e perda óssea adicional poderiam ser evitados. Os
médicos, assim como seus pacientes, poderiam ter gasto menos
dinheiro, tempo e esforço para resolver a situação.
As características clínicas, habilidades diagnósticas e diagnóstico
diferencial de lacerações de cemento devem ser resumidas e
enfatizadas. No entanto, informações limitadas foram registradas
na literatura publicada. A ruptura do cemento muitas vezes não é
mencionada ou discutida profundamente nos livros de periodontia
ou endodôntica. O objetivo deste estudo é revisar os fatores
predisponentes, localização, características clínicas, diagnóstico,
morfologia, histologia e manejo das rupturas do cemento.
Epidemiologia e fatores predisponentes das
roturas do cemento
A prevalência, incidência, etiologia e mecanismos de ruptura do
cemento na população em geral são desconhecidos. Os casos
relatados foram principalmente do sexo masculino, sendo mais
comum em pacientes com mais de 60 anos. No entanto, vários
fatores são suspeitos de serem os fatores predisponentes,
conforme resumido em tabela 1, incluindo idade, sexo, tipo de
dente, trauma de oclusão e vitalidade dos dentes.1,5,10e12
Idade
A idade é considerada um fator predisponente para ruptura do
cemento.Figura 1CeF), indicando as alterações no cemento/
P.-Y. Jeng et al.
dentina durante o envelhecimento. A maioria dos casos
relatados foi em pacientes com mais de 50 anos. De acordo
com o estudo de Lin et al. (2011), entre 71 pacientes, 10 (14,1%)
tinham mais de 80 anos, 29 (40,9%) tinham 70 anose80, 13
(18,3%) tinham 60e70 anos e 19 tinham menos de 60 anos.1
Uma possível explicação são as alterações do cemento com o
envelhecimento.2,5,10Ao longo da vida, a espessura do cemento
em idosos e adolescentes varia de 3 a 5 vezes, dependendo da
porção radicular e do tipo de dente.13e15Em pacientes idosos, a
adesão do proteoglicano (entre a dentina e o cemento)
enfraqueceu. Além disso, a função do colágeno é restringir o
estiramento do ligamento periodontal (PDL). Quando a
extensão do PDL não é controlada adequadamente, pode
exercer força extensa ou inadequada no cemento e contribuir
para a separação do cemento da dentina.
Gênero
Em relação ao sexo, a ruptura do cemento ocorreu com maior
frequência em pacientes do sexo masculino. No estudo de Lin et al.
(2011), entre 71 pacientes com roturas de cimento, 55 (77,5%) eram do
sexo masculino, enquanto 16 eram do sexo feminino. A relação entre
sexo e ruptura do cemento apresentou diferença estatisticamente
significativa (P-valor < 0,001).1Até agora, não havia nenhuma explicação
óbvia para essa relação. Provavelmente, os homens têm forças oclusais
mais fortes do que as mulheres ou existem diferenças intrínsecas de
cemento entre os sexos. Mas mais casos devem ser coletados para uma
análise mais aprofundada.
trauma dental
Embora a maioria dos casos tenha mais de 50 anos, foi relatado um
paciente do sexo masculino de 22 anos com ruptura de cemento no
incisivo central.6Aparentemente, pode haver outros fatores
predisponentes. A anamnese do paciente incluía história de trauma
durante briga com irmão. Além disso, um caso de ruptura de
cemento em um incisivo central, no qual o paciente foi atingido por
uma bola de beisebol há 20 anos.9No estudo de Lin et al., apenas 6
pacientes lembravam história de lesão traumática.1
Evento traumático, como lesão aguda, é frequentemente
descrito como um fator de ruptura do cemento.1,2,5,10,11Quando
uma força excessiva é aplicada ao dente e os ligamentos
periodontais são muito estressados, as fibras podem levar à
separação do cemento da dentina. O cemento é incorporado
pelas fibras de Sharpey (fibras extrínsecas), que conectam o
cemento ao osso. Em contraste, a conexão da junção cemento-
dentina por uma camada semelhante a glicoproteína é
geralmente mais fraca do que a conexão entre o cemento e o
PDL.16O cemento é mais suscetível a se separar da dentina sob
força excessiva. No entanto, no estudo de Lin et al., a maioria
dos pacientes (57/63) não tinha memória de
Lágrimas de cimento não são tão raras 263

figura 1 (A)Uma mulher de 55 anos recorreu à Clínica Endodôntica para avaliação de retratamento endodôntico para o número 21 em 2016.
Ao exame clínico constatou-se abscesso periodontal em torno do número 21, com bolsa profunda e trato sinusal. O exame radiográfico mostrou
tratamento endodôntico prévio de # 21, destruição óssea periodontal e uma lágrima de cimento em forma de peça localizada ao redor da base da
destruição óssea, (B)Após raspagem e curetagem subgengival, o inchaço diminui. Mas bolso profundo, destruição óssea e um pequeno trato sinusal
ainda estão presentes. Nenhum retratamento endodôntico foi feito para este caso. (C)Um homem de 79 anos foi encaminhado da clínica odontológica
local devido a abscesso persistente de # 31 após tratamento de canal radicular em novembro de 2016. O paciente não tinha histórico de trauma
dentário e observou-se um abscesso e bolsa profunda no lado lingual. Foi dada imobilização temporária. O exame radiográfico mostrou a presença de
perda óssea periodontal e apical com ruptura do cemento sobre os #31, 32 (setas), bem como a TC de feixe cônico (dados não mostrados). Após o
tratamento periodontal não cirúrgico, o abscesso desaparece, (D)Abscesso recorrente foi observado em # 31 em maio de 2017. Portanto, extração de
# 31 foi executado. A imagem do lado bucal do #31 extraído foi mostrada. (E)A imagem do lado lingual do #31 extraído revelou defeito
côncavo com margem bem demarcada (seta) mostrando o local das rupturas de cemento. (F)O fragmento de lágrima de cimento removido
(G)O exame histopatológico evidenciou a presença de cemento predominantemente celular e o diagnóstico de rotura de cemento.
264
tabela 1 Possíveis fatores predisponentes de roturas de cimento.
IdadeePrincipalmente em pessoa idosa1,2,4,5,10,22
Gêneroeprincipalmente no masculino1
Trauma de oclusão11,12,17,22
Vitalidade dos dentes: principalmente em vital
(não tratados endodonticamente) dentes1,2,11
Posição dos dentes: Principalmente na parte superior e
dentes anteriores inferiores1,2,4,11,22
trauma dental, o que implica que a lesão traumática não é a
principal causa de ruptura do cemento.1,2
Trauma de oclusão
Outro fator predisponente é o trauma de oclusão,11,12,17incluindo
hábitos parafuncionais (por exemplo, bruxismo), carga oclusal
inadequada/severa e força tensional excessiva. É especialmente
verdadeiro em pessoas idosas que sofrem de perda múltipla de
dentes, levando à desarmonia oclusal. Mas mostra que os incisivos
superiores e os incisivos inferiores são os dentes mais
popularmente afetados com ruptura de cimento,1sugerindo que
raízes únicas e dentes anteriores com forças oclusais (protrusivas
ou laterais) são o possível fator predisponente de roturas de
cimento.
Prótese
A prótese pode aumentar a carga oclusal dos dentes pilares.
Também afeta o estado periodontal e o prognóstico a longo prazo
dos dentes, especialmente quando altas cargas oclusais estão
presentes.18,19Além disso, de acordo com vários estudos, o estresse
da ponte fixa está concentrado na região cervical do dente, assim
como no conector.20,21Foi relatado um caso de rompimento do
cimento em um pilar de uma ponte fixa de três elementos (do dente
3.5 ao 3.7).22A ruptura foi localizada estendendo-se do terço cervical
ao terço médio do dente 35 (segundo pré-molar inferior esquerdo).
Outros dois casos de ruptura de cemento em um dente pilar
também foram relatados.12,23Os dentes posteriores carregam mais
carga oclusal do que os dentes anteriores. Se a hipótese de que a
alta carga oclusal contribui para a ruptura do cimento, deve haver
uma maior incidência de ruptura do cimento nos dentes
posteriores. Lin et ai. coletaram 16 casos de ruptura do cemento
com prótese, mas a localização da ruptura do cemento não estava
disponível no artigo.1Se a presença de prótese aumenta o risco de
ruptura do cemento permanece desconhecido.
tratamento de canal
Outros possíveis fatores predisponentes são tratamento periodontal
prévio e tratamento endodôntico. Mas as rupturas de cimento são
encontradas principalmente em dentes não tratados endodonticamente
(polpa vital).1,2Isso é muito diferente da fratura radicular vertical (FRV),
que se apresenta principalmente em dentes tratados endodonticamente,
24sugerindo que os mecanismos de fratura radicular em lágrimas de
cimento e VRF podem ser diferentes. Possíveis explicações são que o
tratamento do canal radicular não está relacionado à ruptura do cimento
ou que o tratamento do canal radicular torna os dentes mais propensos
à FRV do que a indução da ruptura do cimento.
P.-Y. Jeng et al.
Características clínicas das rupturas de cemento
Localização da ruptura do cemento
Para o tipo de dente, os dentes anteriores (incisivos) foram os mais
comumente afetados pela ruptura do cemento.1,2Leknes et ai.
relataram 22 dentes com ruptura de cemento, sendo 18 (81%)
dentes anteriores e 4 pré-molares.4Ishiwaka et ai. (1996) também
obtiveram resultados semelhantes.22Além disso, as frequências de
rompimento do cemento em dentes superiores ou inferiores são
quase as mesmas. Entre os 71 casos, 36 eram dentes superiores,
enquanto 35 eram dentes mandibulares.1
A ruptura do cemento pode ocorrer nas porções coronal,
média e apical da raiz. As rupturas do cemento são mais
comuns no terço médio (45,3%) e apical (41,5%) da raiz. Os
sinais e sintomas de roturas de cimento simulavam apenas
periodontite ou periodontite apical.2
Curiosamente, os relatos disponíveis de casos ou séries de casos
raramente referem ruptura do cemento na área do terço apical.4e
12,22,23,25e28Essa diferença provavelmente ocorre porque a maioria
dos primeiros casos foi relatada por periodontistas, mas não por
endodontistas. Foi relatada uma ruptura cementária especial em
forma de U na área apical dos dentes afetados com sintomas e
sinais concomitantes de periodontite apical,1,2,12
indicando que a ruptura do cemento também é uma entidade endodôntica.
Cerca de 77,4% das rupturas de cimento são em forma de peça, enquanto
22,6% são em forma de U, principalmente na região apical.2
Quanto à localização mesiodistal, as roturas de cimento
são as mais frequentes nas faces proximais (79,6%),2
por serem facilmente detectados pelo exame radiográfico. Além disso, a
maioria dos casos apresenta uma ruptura de cemento por indivíduo.13
Mas duas ou mais rupturas de cimento também podem ser observadas
nos mesmos pacientes.11,22,25,27
Características clínicas das rupturas de cemento
Geralmente, as características clínicas são resumidas emmesa 2. A
característica clínica mais comum da ruptura do cemento é um aumento
na profundidade de sondagem periodontal, sangramento à sondagem,
edema e supuração gengival, abscesso periodontal ou apical e
destruição óssea, mobilidade dentária, não responsiva ao tratamento
endodôntico, pode afetar vários dentes e possível recorrência.Figura 1A
e B).1,11,12,17,29A maioria das rupturas de cimento tem bolsas periodontais
com mais de 6 mm de profundidade. O local da sondagem profunda está
relacionado ao local da ruptura do cemento. O inchaço pode ser indolor
ou doloroso.1
Curiosamente, a maioria das rupturas de cimento foram
encontradas em dentes vitais sem tratamento endodôntico prévio.
1,2Além disso, maior recessão gengival e perda de inserção foram
observadas na superfície radicular com lágrimas de cimento do que
nas superfícies de cimento intactas.4,10À palpação e percussão,
pode-se notar mobilidade e frêmito. No entanto, a presença de
rupturas de cimento (especialmente em forma de U) muitas vezes
leva à ruptura do tecido periodontal e periapical. Mas os sintomas e
sinais ainda estão presentes mesmo após o tratamento periodontal
e endodôntico não cirúrgico. Estudos recentes têm mostrado o
envolvimento apical de lágrimas de cimento e periodontite apical
concomitante.1e3
Mais especificamente, um corpo radiopaco, fino, vertical,
intraósseo, paralelo à superfície radicular é frequentemente notado
nas radiografias.Figura 1), enquanto o deslocamento do fraturado
Lágrimas de cimento não são tão raras 265

podem ser facilmente observados em radiografias periapicais,

mesa 2 Características clínicas das roturas de cemento.
Em geral 1. Bolsa periodontal unilateral profunda.
características 2. A resposta pulpar costuma ser vital. Mas não vital também
é possível devido a erros de diagnóstico.
3. Destruição óssea periodontal ou apical, com
possível mobilidade dentária.
4. Sem resposta ao tratamento endodôntico.
5. Inchaço gengival, trato
sinusal e exsudação.
6. Dor.
7. Pode afetar vários dentes.
8. Possível recorrência.
Mais específico 1. Um fragmento de cimento fraturado pode ser
características observado em radiografias periapicais.
2. Exame histopatológico de lágrimas
de cimento fraturadas em
junção cemento-dentinária.
3. A remoção total do rompimento do cemento fraturado é
crucial para o sucesso do tratamento.
fragmento também é possível. Na maioria dos casos, observa-
se perda de osso circundante com evidentes lesões
periodontais e apicais.1,4,10Se a ruptura do cimento não for
tratada com sucesso, mais destruição óssea levará à extração
do dente eventualmente.
Diagnóstico e diagnóstico diferencial
A ruptura do cemento requer diagnóstico diferencial com①Doença
periodontal sem ruptura de cemento②Fratura de raiz vertical③
Lesão endodôntica-periodontal. Especialmente no caso de bolsa
unitária, os médicos devem diagnosticar a lesão com cuidado.
tomando os fragmentos fraturados durante raspagem/ alisamento
radicular, cirurgia periodontal e apical para exame histopatológico
são melhores para confirmação.
O diagnóstico diferencial entre ruptura do cemento e fratura vertical
da raiz (VRF) é resumido emTabela 3. Tanto o VRF quanto o rompimento
do cimento mostram uma bolsa periodontal profunda e isolada,
destruição óssea periodontal/apical e inchaço gengival. VRF geralmente
ocorre em dentes tratados endodonticamente,24,30,31enquanto a ruptura
do cemento ocorre tanto em dentes vitais quanto em dentes tratados
endodonticamente.1,2Para o diagnóstico, os pacientes podem ser
questionados sobre a dieta, história de trauma e início de inchaço e dor.
VRF é mais comum na direção vestíbulo-lingual,30,31enquanto a ruptura
do cemento é mais comum nas superfícies proximais. A bolsa profunda
está presente no local das rupturas de cemento, enquanto a bolsa
profunda pode ser unilateral ou em dois lados opostos do mesmo dente
afetado.30Tanto o rompimento do cimento quanto o VRF mostram lesões
radiolúcidas semelhantes. A ruptura do cimento também pode exigir
uma ou mais radiografias para mostrar um fragmento fino na superfície
da raiz para confirmação. Os VRF geralmente não são discerníveis por
radiografias periapicais, a menos que haja deslocamento de fragmentos
radiculares fraturados.31
Em vários relatos de casos, dentes com rupturas de cemento são
tratados endodonticamente, mas em vão, devido a erros de
diagnóstico ou envolvimento apical.3,6e9,12Quando essas lesões
atingirem um estágio avançado, esses dentes devem ser extraídos.
Em dentes sem tratamento endodôntico prévio, o diagnóstico
diferencial é mais fácil. Em vez disso, o teste de vitalidade pulpar
fornece informações úteis. Rasgos de cemento geralmente não
afetam o estado da polpa, enquanto problemas de origem
endodôntica mostram inflamação ou necrose pulpar. Palpação,
percussão e teste de mobilidade não indicam origem pulpar ou
periodontal, mas podem ajudar a localizar o dente com patologia.
32,33Além disso, a ruptura do cemento e a lesão de origem pulpar

Clinicamente, rupturas de cimento geralmente acompanhadas de
bolsa profunda, abscesso, destruição óssea periodontal e periapical,
a detecção de fragmentos fraturados em radiografias é importante
para fazer o diagnóstico diferencial apenas com periodontite,
periodontite apical e fratura radicular vertical. Em geral, 80,0%
(36/45) dos dentes puderam ser diagnosticados corretamente antes
do tratamento por meio de um exame cuidadoso.1,2Enquanto um
diagnóstico provisório de ruptura do cemento
apresentam um padrão ligeiramente diferente de edema e
destruição óssea. Inchaço de origem pulpar é muitas vezes
localizado no ápice radicular ou na área de furca dos molares.32,33
Em contraste, o inchaço da ruptura do cemento é rastreado até a
superfície da raiz, dependendo da localização ápico-coronária do
fragmento. Seria traçado próximo ao ápice, se o fragmento de
cemento estiver na 3ª área apical. A destruição óssea de origem
endodôntica pode ser em torno

Tabela 3 Diagnóstico diferencial e tratamento entre rotura do cemento e fratura radicular vertical.
Lágrima de cimento Fratura de raiz vertical
tipo de dente Principalmente em dentes anteriores Principalmente em molares

vitalidade dos dentes Principalmente em dentes vitais (também alguns Geralmente em dentes tratados endodonticamente com/sem pino
em dentes não vitais).
sondagem Um bolso profundo isolado, Uma ou duas bolsas isoladas e profundas no
estreito ou largo lado oposto de um dente, estreitas Mais
Localização Mais comum nas superfícies proximais ou ao comum na direção vestíbulo-lingual
redor do ápice da raiz
Radiográfico Um fino fragmento radiopaco ao longo da Fragmentos fraturados Não podem ser
exame superfície da raiz detectados na radiografia, a menos que haja
Prótese Sem prótese na maioria dos deslocamento. Com/sem prótese
dentes afetados
Tratamento Remoção completa do fragmento Extração de dente
Padrão de Fratura Fratura superficial da raiz Fratura ao longo do eixo vertical da raiz
266
no ápice, na área da furca ou ao longo da superfície da raiz.32
Geralmente tem uma base larga, formando uma imagem
radiolúcida em forma de U.33O da lesão cementária/doença
periodontal é ao longo da raiz, com a área cervical larga, formando
uma radiolucidez em forma de V. Ao decidir se o problema é de
origem pulpar ou não, as possíveis causas devem ser
cuidadosamente avaliadas. Possíveis causas de pulpite irreversível e
necrose pulpar podem ser traumas, restaurações profundas, cáries
grandes e trincas.33,34
O diagnóstico diferencial é mais desafiador quando o dente
é tratado endodonticamente. Se o fragmento de cimento não
for claramente visível na radiografia e houver perda óssea
vertical ao redor do dente, os clínicos podem considerar falha
endodôntica. Por exemplo, no caso de Damasceno et al. (2012),
a dor estava presente ao redor de um dente com tratamento
endodôntico feito há 12 anos. O clínico suspeitou de falha
endodôntica e realizou retratamento não cirúrgico.8Finalmente
percebeu a lesão de rompimento do cemento na radiografia
após o tratamento, pois a dor persistia. No caso de Stewart et
al. tratou um dente endodonticamente três vezes, mas o trato
sinusal não foi resolvido. Eles descobriram o fragmento de
cemento durante uma cirurgia exploratória.6Assim, antes de
considerar uma falha endodôntica, os clínicos devem examinar
as radiografias cuidadosamente e procurar possíveis
explicações (por exemplo, má obturação do canal radicular,
canal perdido, canal insuficientemente preenchido .) e possível
cirurgia apical para inspeção direta.
Em suma, os clínicos necessitam de um amplo conhecimento da
patologia dental e periodontal, a fim de diagnosticar e tratar rupturas de
cemento. Quando uma perda óssea localizada está presente, deve-se
levar em consideração a ruptura do cemento como uma possível causa.
Exame histológico da ruptura do cemento
Os achados histológicos incluíram lamelas do cemento,
cementócitos e fibras do ligamento periodontal aderidas. A
estrutura principal dos espécimes era de aparência lamelada
interrompida por algumas estruturas globulares.5,11A estrutura
lamelar sugeria aposição contínua do cemento ao longo da
vida. Em alguns casos, tecido de granulação ou cisto radicular
pode aderir ao espécime.2,5Além disso, 77,6% dos fragmentos
de cemento envolviam a junção cemento-dentinária, enquanto
22,4% envolviam apenas o cemento.2
Tratamento de lágrimas de cimento
O objetivo do tratamento é remover a fonte da patologia e
restaurar a estrutura e a função do tecido afetado.10A
remoção total dos fragmentos de cimento fraturados é o
mais importante para o sucesso do tratamento das rupturas
de cimento. O tratamento pode incluir três métodos
mecânicos:①raspagem e alisamento radicular ou cirurgia
periodontal (Figura 1A e B),②tratamento endodônticoº
cirurgia apical e③reimplante intencional.35Às vezes, os
dentes devem ser extraídos devido ao prognóstico
imprevisível ou ruim (Figura 1Ce1F).
Dependendo da localização da ruptura do cemento e da
gravidade da doença periodontal, os médicos podem ter
abordagens diferentes. A ruptura do cemento é avaliada
radiograficamente antes do tratamento. Quando o fragmento está
no terço coronal, pode ser removido com métodos não cirúrgicos
P.-Y. Jeng et al.
tratamento (raspagem e alisamento radicular).7,8,22No entanto,
quando o fragmento está em uma área mais profunda ou quando a
abordagem não cirúrgica falhou, a cirurgia de retalho periodontal
pode ser necessária.5,7,8,10,23Se o fragmento estiver no terço apical
com periodontite apical acompanhada, pode ser necessário realizar
tratamento endodôntico, depois ostectomia no nível do ápice para
expor o fragmento e, em seguida, remover totalmente os
fragmentos fraturados durante a cirurgia apical. Antes de realizar
qualquer abordagem cirúrgica, deve-se tentar primeiro uma
abordagem não cirúrgica.
Após a remoção do fragmento de cimento fraturado, a
regeneração tecidual guiada (GTR) com/sem grade óssea pode
ser usada para reparo e reconstrução dos defeitos ósseos
periodontais e apicais.3,7e10Onde as rupturas de cimento são
difíceis de remover completamente, procedimentos de
reimplante intencionais podem ser feitos para salvar o dente.35
Alguns dentes afetados devem ser extraídos em casos avançados
(detecção tardia, diagnóstico incorreto .) com perda óssea severa,3
para evitar mais destruição óssea e dificuldade para uma futura
terapia com implantes.
Conclusão
A ruptura do cemento sempre foi um desafio diagnóstico
para os clínicos. O diagnóstico precoce é possível após
compreensão de suas características clínicas e fatores
predisponentes e observação cuidadosa. Na verdade, a
ruptura do cemento não é tão rara e pode afetar o terço
cervical, médio e até apical das superfícies radiculares
mimetizando lesão periodontal e periapical isoladamente. A
ruptura do cemento ocorreu principalmente em homens
com mais de 60 anos de idade, em dentes anteriores
superiores e inferiores, dentes simples ou múltiplos
adjacentes, e a maioria dos fragmentos fraturados pode ser
cuidadosamente examinada em radiografias periapicais,
talvez também por tomografia computadorizada de feixe
cônico (CBCT), uma nova ferramenta de diagnóstico no
tratamento endodôntico moderno.
A ruptura do cemento pode ser detectada através de um exame
cuidadoso dos fragmentos fraturados em radiografias e durante
cirurgia periodontal e apical não cirúrgica/cirúrgica. Possíveis
fatores predisponentes da ruptura do cemento incluem gênero,
idade, tipo de dente, oclusão traumática e principalmente em
dentes não tratados endodonticamente. Clinicamente, apresenta
bolsa periodontal unitária e pode apresentar sinais e sintomas
simulando periodontite localizada ou periodontite apical. Requer
diagnóstico diferencial apenas com periodontite, lesões
endodônticas, VRF etc. O desbridamento total do fragmento de
cimento fraturado com/sem tratamento endodôntico prévio é
importante para o sucesso clínico. Isso pode ser feito por raspagem
e alisamento radicular ou desbridamento cirúrgico com/sem GTR e
enxerto ósseo. No entanto, a recorrência da ruptura do cemento às
vezes é observada devido à extensão adicional dos locais fraturados
anteriores. Se o prognóstico do dente afetado for imprevisível ou
ruim, os dentes podem ser extraídos.
Reconhecimento
Este estudo é apoiado pela Faculdade de Odontologia, UCHCEU,
Valência, Espanha e Escola de Odontologia e Departamento de
Odontologia, National Taiwan University Medical College e
Lágrimas de cimento não são tão raras
Hospital Universitário Nacional de Taiwan (NTUH101-S1862,
NTUH102-S2180, NTUH103-S2368, NTUH104-S2658, NUTH-106-
UN-001), Ministério da Ciência e Tecnologia (MOS), Taipei,
Taiwan, (NSC100-2314-B- 002-09, NSC100-2314-B-002-94) e
Chang Gung Memorial Hospital (CMRPF1G0101, CMRPF1F0071,
CMRPF3E0023). Os autores negaram qualquer conflito de
interesse para esta submissão.
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