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2ª Av. Odontoped e Orto.

 Cirurgia em odontopediatria
- Modificação de técnicas para adaptação das etapas de crescimento da criança
- Eliminação de focos, corpos estranhos e alterações de desenvolvimento na cavidade bucal.
- Avaliação cirúrgica:
~ história clínica sistêmica e pregressa;
~ físico: crescimento/ desenvolvimento;
~ patologias bucais, cronologia de erupção, ausência e retenção de dentes, assimetria alveolar e facial;
~ exame local físico: sinais e sintomas
- Princípios básicos:
~ necessidade e oportunidade cirúrgica;
~ condicionamento psicológico da criança e dos pais;
~ diagnóstico correto > precisão na indicação;
~ assepsia e antissepsia;
~ instrumentais e técnica adequados
- Planejamento:
~ diagnóstico definido;
~ exames complementares: de imagem e sanguíneos;

*Observar: idade, reabsorção radicular do temporário, erupção do permanente, desenvolvimento do


permanente: estágios de nolla > reabsorção de +2/3 da raiz > o permanente erupciona sem problemas
Exagerada reabsorção radicular > anestesia não pega, desenvolvimento dos arcos, presença ou
ausência de infecção, destruição total e ou que alcança a bifurcação radicular, abscesso dento alveolar
agudo com presença de celulite, interferência na erupção normal do dente permanente, mesiodens,
supranumerários, dentes natais ou neonatais, traumas dentais.

- Contraindicações
~ discrasias sanguíneas > preparação pelo hematologista;
~ tumores malignos > traumas favorecem a velocidade de crescimento de células neoplásicas;
~ estomatite infecciosa aguda, exceto se houver abscesso dentoalveolar agudo;
~ cardiopatia reumática;
~ enfermidade renal;
~ pericementite aguda;
~ diabetes;
~ dentes que permanecem em uma formação óssea irradiada > extrair em ultimo recurso;
~ infecção sistêmica aguda

*se houver extração do germe do permanente, deve-se reimplantar imediatamente, observando-o para
não lesar o folículo dentário

- Anestésico de eleição: lidocaína, citanest (prilocaína)

>Estabilização da cabeça da criança pelo ASB


>curetagem em geral não deve ser feita (pode causar alteração no esmalte do permanente), mas sim em
casos de lesão, capuz ou cisto;
>suturar quando o osso estiver exposto ou não haver a hemostasia > exodontias multiplas
>Dente anquilosado: fusão anatômica do cemento ou dentina radicular ao osso alveolar, causando
interrupção no ritmo de erupção do dente
~ arcada inferior é mais afetada;
~ 1º molar decíduo inferior é o mais frequente;
~ localização abaixo do plano normal de oclusão;
~ ausência de mobilidade;
~ radiograficamente: ausência de espaço pericementario
- leve: coroa 1 a 2mm abaixo do plano oclusal > aumento de coroa clínica com rc
- moderado: metade da coroa abaixo do plano oclusal > aumento de coroa clínica com rc
- severo: coroa parcialmente coberta por tecido mole > exodontia

Ulotomia > apenas um corte no tecido


Ulectomia > corte e remoção de parte do tecido
*se houver osso visível na radiografia, faz-se osteotomia

Supranumerários inclusos: extrair quando a raiz tiver em formação


Podem causar pressão nos dentes vizinhos, cistos, reabsorção radicular.
Por vestibular: acesso através da incisão de Neuman > gengiva inserida, livre e uma relaxante
(triangulo)
Por palatino: incisão nas papilas, de 1º molar a 1º molar decíduo

 Traumatismos bucodentais
- situações emergenciais: procedimentos imediatos para melhor conforto dos pacientes e do
prognostico do caso.

Emergência: precisa de atendimento imediato


Urgência: relativa
Risco de vida do dente > geralmente são urgências, mas podem variar com a intensidade e devem ser
atendidos como emergência.

- Fatores predisponentes a traumas dentais


~ fase do desenvolvimento da criança;
~ coordenação motora;
~ hiperatividade;
~ alterações estruturais de esmalte e dentina;
~ projeção de dentes anteriores superiores (overjet)

- Exames para diagnóstico


~ anamnese > história do trauma, saúde geral do paciente
~ exame clínico > tipo de trauma, altura do traço de fratura, exposição pulpar, deslocamento do dente,
intrusão, extrusão...
~ exame radiográfico > fratura radicular, fratura de tabua óssea, relação com germe do permanente,
situação de reabsorção e rizogenese, ápice radicular, estágio de erupção, traço de fratura em relação a
polpa, tamanho da câmara pulpar
~ teste de mobilidade;
*em bebês: palpação do rebordo alveolar

- Proposta de tratamento de acordo com a classificação


~ Lesões da estrutura mineralizada
>Trincas coronárias: selantes ou adesivos
>Fraturas de esmalte e dentina (não complicada): alisamento ou recomposição
> Fratura complicada de coroa (esmalte, dentina e polpa): restabelecer as funções do dente e sua
vitalidade
> Fratura total da coroa/ Fratura de coroa e raiz: exodontia
> Fratura radicular: imobilização e observação

~ Lesões de estruturas periodontais – afetam principalmente o ligamento periodontal


>Concussão: Observação
> Subluxação (não há deslocamento, só mobilidade): imobilização
> Luxação lateral: reposicionamento do dente e imobilização
> Intrusão: aguardar a reerupção e observar o dente permanente
> Extrusão: recolocar à posição anterior
> Avulsão: reimplante ou prótese

 Apinhamento
Exame ortodôntico > em oclusão
Diagnostico sagital > relação canino > soberano

Irregularidade presente na disposição dos dentes: rotação e/ou deslocamento vestíbulo-lingual, devido
a discrepância negativa entre dente e osso.

- Etiologia:
Combinação de dois fatores: arco dental com dentes muito largos e base óssea muito pequena

- Classificação:
~ Apinhamento primário: região anterior do arco (incisivos), dentição mista, 1º período transitório
(irrupção dos primeiros molares permanentes até a irrupção dos incisivos laterais superiores
permanentes).
>Temporário: irrompem na linha do rebordo alveolar, apresentando irregularidades de posição, não
exige mecanoterapia/autocorreção, mecanismo de compensação durante o desenvolvimento da oclusão
(espaço livre de nance, aumento da distância intercanino, vestibularização dos incisivos permanentes).
– Tratamento requerido: Avaliação constante do paciente para observar se os incisivos estão entrando
em alinhamento > autocorretivo.

>Definitivo: irrupção dos incisivos fora do rebordo alveolar, sem haver espaço disponível para o
alinhamento no rebordo; esfoliação precoce do canino decíduo > as mudanças dimensionais não são
suficientes para desencadear a correção do apinhamento e precisa de conduta interceptiva imediata.
#Etiologia:
*Genético: discrepância negativa entre dente e osso, determinada por dimensões dentária
incompatíveis com a base alveolar > nos dois arcos - Tratamento requerido: diminuição da massa
dentária (desgaste interproximal do canino decíduo ou extração seriada).
*Ambiental: discrepância entre a forma do arco e tamanho dentário > presente em arcos
atrésicos, com dimensões reduzidas que necessitam de expansão > geralmente no arco superior –
Tratamento requerido: regularização do arco dentário, com mecânica expansionista.
~ Apinhamento secundário: região intermediária do arco (pré-molares), fase de dentadura mista, 2º
período transitório (irrupção dos caninos, pré-molares e segundos molares até a linha de oclusão
desses). > aparelho fixo+extrações

~ Apinhamento terciário ou tardio: região ântero-inferior do arco, dentição permanente, na puberdade


ou pós-adolescência.

 Perda precoce dos dentes decíduos


O ICS é o dente mais perdido na dentição decídua

- Diagnóstico
Perda precoce ou esfoliação natural?
É perda precoce até 6 meses antes da perda natural
>Anamnese: como o dente foi perdido?
Quebra na sequência de erupção/esfoliação?
Analise radiográfica
Agenesia?
Estágio de desenvolvimento > nolah
Onde a raiz está desenvolvida?

- Influência na erupção
A perda precoce pode gerar aceleração ou retardo na erupção.
½ da raiz formada na extração > erupciona mais rápido/antes do tempo
Menos da metade da raiz formada na extração > perda precoce > atraso na erupção > forma novo osso
sobre o dente que mineraliza q dificulta a erupção, ou mucosa fibrosa

- Consequências clínicas
Incisivos > aspectos fonoarticulatórios
Caninos > linguo-versão dos incisivos inferiores, desvio da linha média nos casos unilaterais, aumento
da sobremordida
Molares > apinhamento, menor comprimento do arco > apinhamento secundário

Se ocorrerem perdas antes da erupção do 1º molar permanente, são consideradas perdas significantes,
que irão causar problemas posteriormente.

Não é necessário mantenedor de espaço quando o 1º molar permanente já está na boca.

Perda do 2º molar decíduo, antes do 1º molar permanente, se tem uma perda de espaço enorme > é
necessário a utilização de mantenedor de espaço.

- Migração mesial: força resultante da mastigação = mesial

Manutenção e recuperação do espaço


Tratamento
~ Perda do 1º molar decíduo após a erupção do 1º molar permanente > controle radiográfico (maior
que 7 anos)
~ migração sem perda de espaço > mantenedor de espaço
~ com perda de espaço > recuperador de espaço > placa com mola
Tipos de mantenedores de espaço
~ mantenedor funcional (removível) > restabelecem função e recupera a oclusão > evita a extrusão do
antagonista
~ banda-alça/coroa-alça > só mantem o espaço > indicado para perda de um único dente
~ arco lingual de nance > indicado para perdas múltiplas de dentes decíduos inferiores, uni ou
bilaterais, quando os incisivos inferiores permanentes já irromperam
~ botão lingual de nance > indicado para o arco superior > arco de nance com botão de acrílico
apoiado na porção anterior do palato > indicado para perdas múltiplas bilaterais de molares decíduos
superiores

*Perda do 2º molar decíduo antes da irrupção do 1º molar permanente > espera o 1º molar permanente
e usa placa para distalizar.

*O fechamento do espaço ocorre normalmente dentro de 6 meses após a perda do decíduo

Recuperadores de espaço
- não criam espaços, apenas recuperam o espaço pré-existente e que foi perdido
- são indicados para recuperar espaço de até 3mm nas regiões posteriores dos arcos
- melhor época para utilizá-los: dentadura mista
- após a recuperação do espaço se coloca um mantenedor para preservar o espaço até a erupção do
sucessor

1- Nos casos de discrepância dente-osso negativa (apinhamento) na dentição mista, em quais


situações o arco lingual de nance está indicado?
Correção do apinhamento primário ambiental
(perda precoce – perdas múltiplas de dentes decíduos inferiores, uni ou bilaterais)

2- Qual é a época mais adequada para exodontia do 1º molar decíduo inferior em um caso em que está
planejado um programa de extração seriada. Porque?
Depende do grau de desenvolvimento radicular do dente sucessor permanente, pois antes dele ter
completado entre metade e 2/3 da formação radicular, ocorre um atraso na irrupção do permanente
sucessor.

3- Porque o aparelho tipo banda-alça não deve ser o aparelho de primeira escolha para a manutenção
do espaço no arco inferior em casos de perda precoce?
Pois ele não devolve a função mastigatória e não impede a extrusão do dente antagonista

4- Paciente com suave apinhamento primário no período inter-transitório (período de passividade –


repouso na substituição dos dentes – 8 aos 10 anos) da dentição mista, se não perder precocemente
nenhum dente decíduo poderá ter, com boa probabilidade, os arcos dentários sem apinhamento
quando a dentição permanente se estabelecer, por volta dos 13 anos de idade.
O paciente possui um apinhamento temporário que não exige mecanoterapia, ou seja, muito
provavelmente ele vai ser autocorrigido por meio dos mecanismos de compensação durante o
desenvolvimento da oclusão, como pelo espaço livre de nance, aumento da distancia intercanina e
vestibularização dos incisivos permanentes.

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