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UNIVERSIDADE DE EXCELÊNCIA

Aline dos Santos Cerqueira


Amauri Freitas Gomes da Silva
Bruno de Sena Cunha
Dayane Francellyne Cassiano Santana
July Yasmin Santana
Luana Araújo Requião
Nhaira Wikelli Mota Neves
Nairim Karine de Freitas Neves Souza
Tainá Ferreira Lima

LUXAÇÃO E FRATURA DE COTOVELO

Feira de Santana
2023
Luxação e fratura de cotovelo

As luxações agudas do cotovelo em adultos ocorrem na grande maioria


das vezes na articulação umeroulnar. No que diz respeito à classificação, a
maioria delas refere-se à posição da ulna em relação ao úmero. A mais comum
manifestação desta patologia é a luxação posterior, sendo que outras
localizações como anterior, medial, lateral e divergente são raras. Algumas
lesões podem estar associadas à luxação aguda do cotovelo, tendo destaque à
fratura da cabeça e do colo do rádio, a do epicôndilo medial ou lateral, e do
processo coronóide . Duas teorias são sugeridas para explicar o mecanismo de
lesão nos casos de luxação do cotovelo. A teoria da hiperextensão sugere que
a lesão ocorre após a aplicação de uma carga sobre a mão com o cotovelo
estendido, fazendo com que o olécrano colida com sua fossa, o que promove
um mecanismo de alavanca da ulna e rádio contra suas restrições capsulares.
Concomitantemente, as forças em valgo podem levam a fratura da cabeça
radial. Outra teoria sugere que o deslocamento ocorra de modo que a carga
seja direcionada para o antebraço com o cotovelo em uma posição fletida

A luxação posterior ou postero-lateral é encontrada em mais de 80% de


todas luxações do cotovelo. Quando lateral, constitui acontecimento muito raro,
provocando normalmente lesão extensa de todo o compartimento medial dos
tecidos moles.Embora a luxação do cotovelo possa ser diagnosticada
clinicamente, o edema muitas vezes obscurece os marcos ósseos em torno do
cotovelo, as fraturas supracondilianas do úmero ou fraturas associadas devem
ser consideradas, tornando essencial o exame radiológico.Se a luxação for do
tipo associada e houver fraturas e ou lesões associadas ao deslocamento, o
especialista solicita que sejam realizados novos exames de imagem como
tomografia computadorizada e ou ressonância magnética, para avaliar as
fraturas e lesões. Esses exames permitem ao especialista a avaliação de
fraturas incompletas ou com desvio mínimo, lesão na cartilagem e outras
lesões e, também, o planejamento do procedimento cirúrgico.
Diversos testes podem ser usados para a avaliação dos tipo de lesão do
cotovelo por meio do exame físico é realizando 3 testes: teste de Cozen, teste
do cotovelo de golfista e Scratch Collapse Test. O Teste de Cozen Para
realizar esse teste, o médico posiciona o cotovelo do paciente a 90° e mantém
seu antebraço em pronação. Em seguida, ele solicita que o paciente faça a
extensão ativa do punho, que é um movimento contrário à resistência que está
imposta. Caso a sensação de dor apareça, o resultado é positivo para
epicondilite lateral.

Teste do cotovelo de golfista Nesse teste, o paciente deve ficar com o


cotovelo a 90° e abdução do ombro também a 90°. Em seguida, ele deve
realizar uma extensão total do membro superior a partir de uma flexão. Assim
como o próprio nome do teste já sugere, um resultado positivo indica a
presença da epicondilite medial (cotovelo de golfista). Já o Scratch Collapse
Test Estando em pé ou sentado, o paciente flexiona o cotovelo bilateralmente
em 90°. O médico ortopedista, então, aplica uma força de rotação interna sobre
o braço distal enquanto o paciente resiste ao movimento. Em seguida, estando
ainda nessa posição, o médico aplica raspagem sobre a área de compressão
do nervo no cotovelo afetado e, logo depois, aplica novamente uma força de
rotação interna sobre o braço distal enquanto o paciente resiste ao movimento.
Se positivo, o teste indica perda temporária de resistência à força aplicada pelo
ortopedista no lado afetado, ou seja, síndrome do túnel cubital.

A luxação do cotovelo é particularmente comum em lutadores, pois


esses atletas frequentemente realizam movimentos que colocam grande
pressão na articulação do cotovelo. Por exemplo, um lutador pode tentar
agarrar e controlar o braço de seu oponente, torcendo-o ou esticando-o em
uma posição desfavorável. Esses movimentos podem colocar uma grande
quantidade de pressão na articulação e podem causar uma luxação. Além
disso, as quedas durante a luta também podem contribuir para essa
lesão. Quando um lutador cai, ele pode usar as mãos para tentar amortecer a
queda. Se o impacto for forte o suficiente, pode levar a uma luxação do
cotovelo. Os lutadores também podem estar em risco de desenvolver a
chamada “síndrome do lutador”, que é uma condição na qual a articulação do
cotovelo é danificada ao longo do tempo devido ao estresse repetido. Isso pode
causar dor e perda de mobilidade na articulação e pode aumentar o risco de
luxação.

O objetivo do tratamento da luxação do cotovelo é restaurar a


congruência articular sem causar maiores danos aos tecidos moles, e devido a
isto, a anestesia adequada é essencial para diminuir a força necessária à
redução. Antes de qualquer redução deve ser realizada a avaliação
neurovascular cuidadosa que documente qualquer déficit sensitivo ou motor. A
patologia das luxações do cotovelo nunca foi claramente definida, o que
justifica o fato de que vários procedimentos cirúrgicos tenham sido elaborados
para o tratamento deste problema

O paciente deve ser orientado a evitar posições de risco para novas


luxações. Gelo pode ser aplicado para diminuir o processo inflamatório.
Inicialmente, o tratamento foca na recuperação da mobilidade do ombro. Em
seguida, deve centralizar no fortalecimento muscular, com especial atenção
aos músculos que formam os tendões do manguito rotador e aos músculos
estabilizadores da escápula. A reabilitação pode ser necessária durante um ou
dois meses. Depois dessa fase, o indivíduo precisa continuar o fortalecimento
muscular - com um treinamento domiciliar ou em academia, mas sempre com
muita atenção para evitar movimentos que podem causar a luxação ou
subluxação. Esse tratamento pode auxiliar na estabilização do ombro em
muitos casos.
Referencias :

RECKERS, Leandro Jose et al. Luxação lateral bilateral isolada do cotovelo. scielo, 2006.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/aob/a/th39npFLMxF4s6xWNLRDjdS/. Acesso em: 16
set. 2023.

MATOS , Carlos . Luxação do cotovelo no esporte. dr carlos ortopedista, 2019. Disponível em:
https://drcarlosmattos.com.br/luxacao-do-cotovelo-no-esporte/. Acesso em: 16 set. 2023.

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