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Fonte: https://www.todamateria.com.br/esqueleto-apendicular/
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Figura II. Membro superior (à esquerda) e membro inferior (à direita)
Fonte: https://www.todamateria.com.br/esqueleto-apendicular/
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Os traumas em extremidades são lesões muito comuns no cenário pré-
hospitalar. Fraturas, luxações e entorses ocorrerão conforme a energia
envolvida no trauma. Mesmo que muitas dessas lesões sejam de fácil
reconhecimento, devido à forma como se apresentam, em outras ocasiões suas
confirmações só ocorrerão por meio de exames de imagem, fato que não deve
implicar em assistência negligenciada.
Fratura é a ruptura total ou parcial de um segmento ósseo (úmero, rádio, ulna,
tíbia, fíbula, fêmur, etc.). Ela é fechada quando ocorre associada a ferimento
fechado, ou seja, não há visualização direta do osso fraturado, sem o
rompimento da pele. A fratura é aberta, ou exposta, quando está presente um
ferimento aberto, por onde é possível visualizar o osso fraturado, ou seja, a
integridade da pele é comprometida.
Luxações e entorses são lesões que ocorrem em articulações (punho, cotovelo,
ombro, joelho e tornozelo). Podem ou não ocorrer associadas a fraturas.
Luxação é o desalinhamento das extremidades ósseas em uma articulação,
tendo como consequência a perda do contato entre as superfícies articulares. A
entorse é a distensão brusca de uma articulação, além do seu grau normal de
amplitude.
COMO RECONHECER
Os sinais e sintomas das fraturas, entorses e luxações são semelhantes. É
comum que essas lesões estejam acompanhadas de dor, deformidade, edema,
impotência funcional no membro atingido e alterações motoras, sensitivas e
vasculares. Em determinadas fraturas também é possível observar a exposição
de fragmentos ósseos e perceber crepitação.
Crepitação é uma sensação áspera produzida pelas extremidades ósseas fraturadas, quando se
tocam à palpação.
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clínica do paciente. Dessa forma, uma vez identificado o trauma em
extremidades, o socorrista deve avaliar se:
Essa lesão está associada a risco de morte? Causou ou está causando
grande perda sanguínea?
Mesmo que o trauma em extremidade em si não apresente grandes riscos,
existem condições sistêmicas desfavoráveis? O paciente apresenta sinais de
choque?
Fonte: https://www.clinicaortopedia.com.br/e-fratura-ou-luxacao-saiba-reconhecer-os-sintomas/
CONDUTA
Caso o trauma em extremidade ocasione uma condição clínica grave (como
grande perda sanguínea, dificuldade respiratória, entre outros), o socorrista
deve ter sua atenção voltada para problemas prioritários relacionados ao
XABCD. Assim, deve-se tratar os problemas relacionados às vias-aéreas,
respiração, circulação e estado neurológico e, em seguida, realizar um
transporte rapidamente dando menos ênfase às imobilizações.
Por outro lado, para um caso em que o paciente esteja em uma situação de
menor potencial de risco de vida, deve-se seguir a abordagem do paciente e,
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cuidadosamente, ao final da avaliação primária (que é no final do “E”): expor,
avaliar e tratar o membro lesionado. Também se deve checar pulso, perfusão,
sensibilidade e motricidade (somente em lesão não evidente).
A biomecânica envolvida deve ser sempre considerada na investigação de
agravos adicionais. Em muitas situações, a equipe de socorristas reduzida pode
ser um obstáculo para a estabilização ainda na cena de emergência. Lesões
adicionais poderão ser identificadas no exame físico detalhado, durante a
avaliação secundária.
A estabilização provisória de membros fraturados, luxados ou com entorses tem
o potencial de minimizar a dor, restabelecer a função vascular, além de prevenir
lesões adicionais e o agravo das já existentes. Embora as estabilizações
possuam variações na sua forma de execução, alguns princípios devem ser
seguidos:
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Não se deve tentar colocar fragmentos ósseos para o interior das lesões,
mas caso, durante um alinhamento, algum osso retornar para o parte interna do
tecido muscular, não é preocupante. Lembre-se de não tentar se houver
resistência.
Não se deve tentar reduzir luxações e entorses (elas devem ser imobilizadas
na posição encontrada). Se ocorrer durante o procedimento de imobilização,
comunicar o médico.
A pegada realizada por um dos socorristas, deve ser sempre em pinça (“C”),
no qual o polegar ficará em cima, os demais dedos sustentarão o peso do
membro e receberão a tala moldável.
O membro deve ser primeiro tensionado e alinhado (no caso dos membros
inferiores: rente ao solo e só depois suspenso).
Um dos socorristas deverá ficar com o braço mais próximo à parte distal do
membro inferior lesionado apoiado sobre o próprio joelho (para estabilizar-se).
A tala deve ser moldada, preferencialmente, em membro íntegro e, caso não
seja possível, pode ser moldada, com cautela, em membro lesionado (vai
depender também se ambos os membros apresentam simetria).
A tala deve ficar alinhada com a ponta dos dedos, não podendo sobrar nem
ficar curta.
A tala deve estar rente à toda extensão do membro, folgas na região do
calcanhar, por exemplo, deixam margem para movimentação do membro.
A tala se molda ao membro e não ao contrário.
Ao estabilizar um segmento do membro, deve-se imobilizar uma articulação
acima e outra abaixo.
Enfaixamento sempre no sentido distal para o proximal.
A atadura deve cobrir a tala inteiramente, não podendo sobrar tala sem
atadura.
A atadura deve ficar firme (usar de uma proporcionalidade para que ela não
fique nem frouxa e nem excessivamente apertada.
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De preferência finalize com esparadrapo.
Sobras de ataduras e de esparadrapos devem cortados e descartados (para
evitar o risco dessas estruturas prenderem em algum local).
Fonte: SEDEI/GAEPH
Figura V. Estabilização de membro inferior (para fratura de fêmur) com a utilização de talas
rígidas de madeira
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Fonte: SEDEI/GAEPH
Figura VI. Estabilização de entorse ou luxação do joelho na posição encontrada com a utilização
de duas talas moldáveis.
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Fonte: SEDEI/GAEPH
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Coccolini, F., Stahel, P. F., Montori, G., Biffl, W., Horer, T. M., Catena, F.,
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Stahel PF, Burlew CC, Moore EE. Current trends in the management of
hemodynamically unstable pelvic ring injuries. Curr Opin Crit Care. 2017;23
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