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Revisão Ortopedia e Traumatologia

Tecidos que compõe:

🡪Epiteliais: estruturas de revestimento, como pele, mucosa e glândulas.

🡪Muscular: subdividido em musculatura lisa,


esquelética e cardíaca.

🡪Conjuntivo: quando há predomínio de matriz


extracelular, como ocorre em ossos e cartilagens.

🡪Nervoso.

O sistema musculoesquelético promove o movimento


do corpo. O controle dos movimentos é realizado pelo
sistema nervoso.

Sistema musculoesquelético + sistema muscular =


sistema neuromuscular.

Sistema musculoesquelético: é formado por ossos,


articulações, músculos e nervos.

1. OSSOS

🡪Esqueleto axial: composto do crânio, coluna e caixa torácica.

🡪Esqueleto apendicular: Cintura escapular, MMSS, MMII e pelve.

Tipos de ossos: longos curtos, chatos, irregulares e sesamoides.

Elementos orgânicos que compõem os ossos: células e matriz óssea.

Células dos ossos

1. Osteoblastos: grandes células ativas que sintetiza a matriz óssea e se


localizam nas superfícies ósseas.
2. Osteócitos: células maduras localizadas em lacunas no interior da
matriz óssea e são responsáveis pela sua manutenção.
3. Osteoclastos: células multinucleadas, originárias de tecido hematopoiéticos, que
se localizam nas superfícies ósseas e são responsáveis pela reabsorção óssea.
4. Osteoprogenitoras: células de reserva e podem se diferenciar tanto em
osteoblasto quando em osteoclasto, estando localizadas na superfície do osso, na
camada profunda do periósteo e no endósteo.

*As células dos ossos se renovam!

Elementos inorgânicos que compõem os ossos:

Substância intercelular

1. Matriz óssea: fibras colágenas, proteoglicanos, fosfolipídios, glicoproteínas e


fosfoproteínas.
2. Sais minerais: cálcio e fosfato na forma de cristais de hidroxiapatita.

A composição e a forma com que os ossos estão organizados confere resistência às


forças de tensão pelo colágeno e compressão pela hidroxiapatita.

*Se aplicar nos ossos uma força maior do que ele aguenta, ele pode sofrer lesões.

Metabolismo ósseo: O metabolismo ósseo depende de 02 fatores.

1. Fatores bioquímicos
2. Fatores mecânicos: mecanotransdução, processo que o tecido ósseo transforma o
estimulo mecânico em reações bioquímicas, determinando a resposta celular, que
pode ser a formação ou reabsorção óssea.

Macroscópico: macroscopicamente o osso pode ter dois formatos diferentes.

1. Cortical: presentes nas diáfises (parte do meio). É denso!


2. Esponjoso: presente em regiões metafisárias e epifisárias (extremidades)

Observação: a FISE ou placa epifisária não está presente em todos, ela é uma placa do
crescimento. Essa estrutura é muito vulnerável, não é resistente igual as outras estruturas.
Presente em crianças, por isso as fraturas em crianças são mais “perigosas”.

*O tecido ósseo é bastante inervado e bastante vascularizado.


COMPARAÇÃO DE OSSO INFANTIL x ADULTO

Canal de Havers e Canal de Volkman: locais onde passam nervos e vasos sanguíneos.

Tipo de fratura comum: necrose avascular – corta a


vascularização de um local para o outro.

*Quando ocorre uma fratura por necrose avascular a


busca de vascularização é nas regiões mais próximas.

OSSOS – FRATURA

🡪 O osso é capaz de se regenerar, para isso acontecer


de maneira efetiva depende dê:

1. Bom aporte vascular – leva os nutrientes para o local da lesão;


2. Ambiente mecânico adequado – proximidade de uma região quebrada da
outra, com estabilidade (não ficar mexendo, imobilizar) com placa, gessos.

Mas o que é fratura?

É a perda da continuidade do osso. As características morfológicas de uma fratura


dependem da energia envolvida no trauma. A formula da energia cinética é a que
melhor permite entender as variáveis envolvidas na magnitude do trauma.
𝑚.𝑣²
𝐸𝑐 = 2

Os traumas dependem de:

1. Fatores extrínsecos (traumas): forças externas, basicamente compressão, tensão e


cisalhamento.
2. Fatores intrínsecos (ossos e partes moles): dependem da sua elasticidade (capaz
de voltar ao normal) e plasticidade (deforma, volta ao normal e ficam
micro-lesões), da capacidade de absorção de energia antes da ocorrência da
quebra e de sua resistência à fadiga e densidade.

Características gerais de uma fratura: quando há fratura geralmente o diagnóstico é


muito evidente, o paciente sente dor, ocorre a perda de função e movimentos ativos
(perda de alavancas, músculos), o membro acometido possui uma postura
característica da lesão, deformidades angulares.

Entretanto, o diagnóstico é confirmado com exames de imagem, radiografias,


tomografias computadorizadas (TC), e ressonância magnética (RM).

Tipos de fratura: Podem ser separadas de acordo com:

1. Localização anatômica: terços proximal, médio e distal da diáfise, subtrocantérica,


supracondiliana, de colo;
2. Direção do traço da fratura: em espiral, oblíqua e transversa.
3. Desviada ou não desviada: valgo, varo, desvio angular anterior e posterior e
rotacional.
4. Expostas ou fechadas.
5. Trauma direto ou indireto: direto – de alta a baixa energia; indireto – tração,
compressão, angulação e rotação.
Observação: o aspecto radiográfico subestima muito a gravidade real da lesão. Pela
radiografia pode não parecer tão grave assim, mas quando visto a olho nu a lesão pode
estar extremamente grave.

🡺 No momento do trauma, as extremidades ósseas encontram-se avasculares e o


seu potencial de reparo dependerá da preservação do envelope de tecidos
moles vizinhos e do hematoma existente no foco de fratura.
🡺 Fraturas expostas, portanto, além de maior risco de associação a infecções, têm
maior probabilidade de evoluir com distúrbios de consolidação.

Assim que quebrar um osso o objetivo principal do corpo será de reparar a lesão!

1. Citocinas e elementos químicos são produzidos - recrutamento celular.


2. O elemento essencial: hematoma da fratura - células indiferenciadas
pluripotenciais e vários fatores de crescimento.
3. O aporte vascular é essencial para que o osso fraturado seja reparado. Sem ele
não há comotransportar novas células e mediadores químicos para o sítio de
fratura. A preservação dos tecidos moles é essencial para o bom prognóstico da
consolidação de uma fratura, pois a nutrição do osso depende, essencialmente,
do envelope em que está inserido

Imobilidade pós-fratura

🡪 Toda fratura se associa a um espasmo muscular – aproximar os ossos e permitir certo


grau de imobilidade no sítio da fratura.

🡪 Quando imobilizamos uma fratura, por exemplo, com um gesso (tutor), estamos
assegurando um certo grau de estabilidade ao segmento, mantendo o seu alinhamento
até que o tecido ósseo seja reparado.

1. Estabilidade relativa – permite certo grau de micromovimentos entre os extremos


ósseos. Todas as vezes em que oferecemos estabilidade relativa ao foco de
fratura, com a preservação do aporte vascular ao osso, estamos promovendo um
ambiente ideal para a consolidação óssea natural por meio da formação de calo
ósseo.

Mas o que é um tutor? é um gesso, fixador externo, placa em ponte ou uma haste
intramedular. Dispositivo que mantém o alinhamento do segmento ósseo fraturado,
agindo como uma ponte ou como um elemento que compartilha a carga com o osso,
protegendo-o durante o processo de consolidação e evitando que o alinhamento
obtido seja perdido.

Consolidação óssea

Consolidação direta:

🡺 Quando, de maneira cirúrgica, obtém-se uma redução anatômica seguida de


uma estabilidade absoluta dos fragmentos ossos fraturados, a qual acarreta uma
consolidação óssea direta, também conhecida como consolidação primária ou
intramembranosa.

Consolidação indireta, secundária ou endocondral:

🡺 A consolidação óssea por meio da formação de calo ósseo é um processo


absolutamente natural desenvolvido ao longo dos séculos com o intuito de
preservar a capacidade de sobrevivência dos animais vertebrados na natureza.

Na fase (2) de consolidação óssea ocorre a


angiogênese, que é a formação de novos vasos
sanguíneos no local que estava avascular.

Em quanto tempo ocorre a consolidação?

Geralmente a consolidação óssea ocorre em


cerca de 3 a 4 meses pós-lesão.
Ossos – crianças

Lesão fisária: lesão da cartilagem de crescimento em um osso longo, própria do


esqueleto imaturo. Vale ressaltar que o crescimento inadequado pode causar
anormalidades no osso.

Fraturas: compressão axial, desuso, radiação, infecção, tumor, deficiência vascular,


comprometimento neural, anormalidade metabólica, lesão pelo frio, queimadura, lesão
por eletricidade, lesão por esforço, lesão por laser.

🡪Frequentemente a fise é mais frágil que o osso e o ligamento sob torção, cisalhamento
e flexão. A compressão axial também pode lesar a fise, embora rara; é prudente
acompanhar o paciente mesmo com raios X inicial sem evidências da lesão fisária.

Sequelas: parada do crescimento, retardo temporário do ritmo de crescimento normal


deformidade angular, discrepância dos membros.

*A rigidez articular em crianças é rara.

Classificação por Salter-Harris

Tipo I Fratura passa ao longo da


placa de crescimento.
Tipo II Fratura comete a placa de
crescimento e metáfise
parcialmente.
Tipo III Fratura intra-articular com
separação parcial da epífise.
Tipo IV Fratura passa a partir da
superfície articular por todas
as camadas da fise através
da metáfise.
Tipo V Lesão por compreensão.
Comprime a placa.

Distúrbios de consolidação
*O tempo médio de consolidação varia muito, por isso é importante a realização de exames de imagem
para comprovar a falta de consolidação óssea.

🡺 Provavelmente ocorre após o período de 4 meses, em que passou esse tempo e o


osso ainda não consolidou.

União ou consolidação retardada: A linha da fratura continua claramente visível nas


radiografias, mas não se nota nenhuma separação indevida dos fragmentos ou
qualquer cavitação nas superfícies, e nem calcificação ou esclerose. Essa consolidação
indolente da fratura pode estar relacionada à gravidade da lesão, à irrigação
sanguínea insuficiente, à idade e às condições nutricionais do paciente, ou a outros
fatores. Não se trata de uma fratura não consolidada, mas sim de uma variação da
consolidação normal há um atraso.

Consolidação viciosa: O foco de fratura preserva o seu potencial de reparação, mas o


mau alinhamento entre os fragmentos durante o processo de reparação resulta em
deformidades, dismetrias e perda de função. O osso está tentando se consolidar mas há
pouco alinhamento ósseo para isso.

Ausência de consolidação ou pseudoartrose: é o estágio final de uma falta de


consolidação. Falsa articulação.

1. Ocorre interrupção no processo de consolidação - falta de suprimento vascular,


instabilidade no foco de fratura, perda óssea segmentar e proliferação de
outros tecidos no foco de fratura impedem a reparação do foco de fratura.
2. A maioria dos especialistas concorda que deve haver falta de evidência clínica
ou radiográfica de consolidação durante pelo menos 3 meses antes que se
possa utilizar o termo “pseudartrose” para descrever a fratura.
3. Pode haver formação de calo - pseudartrose hipertrófica/ ou a não formação
de calo - pseudartrose atrófica.
4. Forma-se tecido cartilaginoso sobre as superfícies da fratura e a cavidade entre
as superfícies é preenchida por um fluido límpido semelhante ao fluido articular
normal ou ao fluido bursal, gerando uma falsa articulação.

Só deve ser utilizado quando existirem sinais clássicos radiográficos, caracterizados por
esclerose dos bordos da fratura e um espaço sinovial entre eles, simulando uma
neoarticulação.
Complicações

Imediatas ou tardias: dependendo da energia inicial do trauma, podem colocar em


risco a viabilidade do membro acometido ou até mesmo a vida do paciente.

Sitêmicas ou locais

🡺 Sistêmicas: relacionadas aos traumas de alta energia que determinem um quadro


de politraumatizado com o envolvimento de vários órgãos ou decorrente de um
esmagamento do membro. Em ambas as situações, um ciclo de eventos poderá
conduzir à disfunção de múltiplos órgãos e até mesmo à morte. A resposta
sistêmica é uma soma de vários processos patofisiológicos, incluindo embolia
gordurosa, hiperestimulação inflamatória, ativação da cascata da coagulação e
estimulação neuroendócrina. São complicações maiores.
🡺 Locais: imediatas - síndrome compartimental, a lesão nervosa e arterial, que pode
determinar uma consequente isquemia do membro que, caso não seja
solucionada prontamente, coloca em risco todo o membro. A infecção óssea está
principalmente associada a fratura exposta ou é consequente a uma
osteossíntese.

Outros tipos de complicações:


-Infecção;

-Consolidação Viciosa;

-Consolidação retardada/pseudoartrose;

-Lesão associada (p. ex, nervo, vaso);

-Trombos venosa profunda/embolismo pulmonar;

-Síndrome compartimental aguda.

Variáveis que influenciam nas complicações:

1. Gravidade da lesão (fratura exposta, tecidos adjacentes).


2. Tipo de osso (esponjoso – mais rápida, maior superfície de contato, vascularização,
osteoblastos que o osso cortical).
3. Fraturas intra-articulares.
4. Irrigação sanguínea/necrose óssea.
5. Idade (teoricamente jovens evoluem mais rápido que idosos).
6. Doenças, distúrbios e hormônios.
7. Infecção.
8. Nicotina – diminui a irrigação sanguínea/ dificulta a cicatrização.
9. Estabilização

2.ARTICULAÇÕES

Cartilagem articular: É um material viscoelástico altamente organizado composto por


células cartilagíneas chamadas de condrócitos, água e uma matriz ectracelular. A
matriz extracelular contém proteoglicanos, lipídeos, água e eletrólitos dissolvidos.

Não possui vasos sanguíneos, linfáticos e nervos.

Cartilagem hialina: Cobre as extremidades dos ossos longos e, juntamente com o fluido
sinovial, forma uma superfície articular lisa. Desempenha um papel importante na função
do sistema musculoesquelético, possibilitando a ocorrência de quase todos os
movimentos, sem atrito entre as superfícies articulares das articulações diartrósicas
(sinoviais). A cartilagem articular adulta é uma estrutura avascular sem inervação.

Cartilagem elástica: Tecido conjuntivo muito especial, encontrado sobretudo em locais


como a parte externa das orelhas e partes da laringe.

Fibrocartilagem: Funciona como amortecedor nas articulações que suportam e nas que
não suportam peso. Suporta grandes tensões em todas as direções. Exemplos: sínfise
púbica, o disco intervertebral e os meniscos dos joelhos.

Tipos de articulações:
1. Fibrosas: são articulações onde há quantidade variável de tecido fibroso entre as
superfícies ósseas, com nenhum ou mínimo movimento.
1.1 Sinartroses, representadas pelas suturas cranianas
1.2 Sindesmoses, membrana interóssea entre rádio e ulna e entre tíbia e fíbula.

2. Cartilaginosas: os ossos são unidos por fibrocartilagem ou cartilagem hialina, com


nenhum ou mínimo movimento entre si.
2.1 Sincondroses, fises dos ossos longos no esqueleto imaturo/infantil.
2.2 Sínfises, presente no púbis.
3. Sinoviais: articulações onde há líquido sinovial e movimento entre os ossos, e cuja
estabilidade depende de ligamentos e da cápsula articular. São subdivididas de
acordo com o seu formato e o tipo básico de movimento que permitem.

A estabilidade/coaptação das articulações sinoviais e a sua flexibilidade dependem de


alguns fatores:

1. Formato da superfície óssea.


2. Tensão ligamentar e da cápsula articular.
3. Estrutura muscular ao redor da articulação.

Uma articulação perfeitamente congruente é teoricamente mais estável.


No entanto, como a cartilagem depende do líquido sinovial para se nutrir, uma leve
incongruência é necessária para fazer este líquido fluir dentro da articulação, ainda que
através de uma pequena película.

A presença desta película de líquido sinovial auxilia na manutenção de pressão negativa


no interior da articulação, com efeito de sucção entre as superfícies articulares, o que
aumenta a estabilidade.

A cápsula articular e os ligamentos têm por função estabilizar a articulação e servir de


base para a aderência da membrana sinovial, produtora do líquido sinovial.

Os ligamentos atuam de modo passivo, gerando suporte aos movimentos das


articulações ao ficarem tensos quando os movimentos ocorrem próximo ao seu limite
fisiológico ou em plano anormal.

Líquido sinovial e Bursa

Líquido sinovial, o que é? é um líquido que serve para lubrificar – minimizar a resistência
de atrito das superfícies de carga.

Bursa, o que é? são estruturas em formato de saco e achatadas, alinhadas com uma
membrana sinovial e repletas de fluido sinovial. Entre ossos e tendões ou músculos.
“Almofadas”.

🡺 Produzem pequenas quantidades de fluido, que


permitem a execução de movimentos suaves,
quase sem atrito, ao mesmo tempo em que tem a
propriedade de amortecer impactos ou pressões
sobre saliências ósseas.
🡺 Os sintomas da bursite incluem inflamação,
sensibilidade localizada, aquecimento, edema,
eritema da pele (se superficial) e perda de função.

Lesões da cartilagem

Tipo 1 (superficiais) envolvem dano microscópico aos condrócitos e à matriz


extracelular (lesão celular).

Tipo 2 (espessura parcial) envolvem ruptura microscópica da superfície da


cartilagem articular (fraturas ou fissuras condrais – camada debaixo). Esse tipo de
lesão tem tido, tradicionalmente, um prognóstico muito ruim, pois ela não penetra
no osso subcondral e, portanto, não provoca uma resposta inflamatória.

Tipo 3 (espessura total) envolvem ruptura da cartilagem articular com penetração


no osso subcondral, que produz um processo inflamatório importante.

IMPORTANTE: As lesões circunscritas à cartilagem articular não ocasionam uma reação


inflamatória, mas as células respondem à lesão com um esforço de proliferação celular e
de síntese de matriz nova. Raramente, ou mesmo nunca, esse esforço irá restaurar a
superfície articular normal. Quando a lesão atravessa a cartilagem e atinge o osso, o
tecido de reparo que se formará no osso irá se prolongar até a área da lesão condral,
gerando um tecido fibrocartilaginoso que, em determinadas circunstâncias, reconstituirá
uma superfície articular funcional.

*Quando há uma lesão na cartilagem, há um risco maior dessa lesão evoluir para uma
artrite/artrose.

3.MÚSCULOS

Os músculos esqueléticos se ligam aos ossos por meio de espessamentos de tecido


conjuntivo, que podem ser estreitos e espessos (tendões) ou espalhados em largas áreas
de inserção óssea (aponeuroses).

Alguns músculos têm mais de uma origem e mais de uma inserção. O conjunto músculo
e tendão/aponeurose é denominado unidade musculotendínea.

Grupos musculares: vários músculos que desempenham função semelhante, são


separados de outros músculos pela fáscia.

Todo músculo atravessa uma ou mais articulações, e sua contração ou alongamento


promovem movimento nestas articulações através da tração exercida sobre o osso =
ALAVANCAS.

Contrações Musculares
🡺 As contrações musculares nem sempre levam ao encurtamento muscular.

Força gerada > resistência externa: contração concêntrica.

Força gerada < resistência interna: contração excêntrica.

🡺 Se as forças geradas pelo músculo forem equivalentes à resistência externa, não


havendo movimento macroscópico do músculo, estamos diante de uma
contração isométrica.

Lesões Musculares

Distensão leve (Grau I): Ruptura de algumas fibras musculares com edema e desconforto
menores. Associadas a perda mínima ou nenhuma de força e restrição de movimento.
Sensibilidade local pode estar presente, e aumenta quando o estresse é aplicado à
estrutura. Os pacientes com distensão de Grau I em geral podem continuar as atividades
normais tanto quanto possível, mas devem ser monitorados para evitar exacerbação da
lesão.

Distensão moderada (Grau II): Maior dano ao músculo e perda visível de força. Dor
moderada a grave está presente, ao lado de alguma perda de função e de
estabilidade articular.

Distensão grave (Grau III): Ruptura que se estende sobre todo o ventre muscular. Dor
grave ou perda de função. Se a dor aumenta quando o estresse é aplicado à estrutura,
há comprometimento da integridade resultante do tecido.

Lesões no Tendão

1. Tendinite: Inflamação do tendão, que, apesar da popularidade do rótulo


diagnóstico, raramente foi provada de forma histológica. Mudanças patológicas
consistentes com inflamação crônica costumam estar presentes. Degeneração de
tecido, caracterizada por atrofia celular, também pode ser observada. Cálcio
pode se depositar ao longo do tendão (i. e., tendinite calcificada).
2. Tendinose: Alteração degenerativa e crônica do tendão acompanhada de dor e
muitas vezes associada a espessamento do tendão.
3. Paratendinite: Termo que inclui peritendinite, tenossinovite para descrever um
distúrbio inflamatório dos tecidos que circundam o tendão, tais como a bainha
tendínea. Em muitos casos, essas condições parecem resultar da fricção repetitiva
do tendão e de sua bainha.

4.LIGAMENTOS

🡺 Os ligamentos do esqueleto são bandas fibrosas de tecido conjuntivo denso que


servem de conexão entre os ossos e as articulações. A estrutura ampla dos
ligamentos varia com sua localização (intra-articular ou extra-articular, capsular) e
função.

A organização celular dos ligamentos os torna ideais para sustentar carga de tensão.
Os ligamentos contribuem para a estabilidade da função articular, pois evitam
movimentos excessivos, agem como guias no movimento direto e fornecem
informações proprioceptivas.

Comportamento dos ligamentos durante:

🡺 Treinamento: Respondem à carga com um aumento total na massa, na rigidez e


na resistência à falha. Além das mudanças estruturais, as propriedades materiais
mostram um aumento na tensão e deformação máxima para ruptura (falha).
🡺 Imobilização e inatividade: Comprometem drasticamente as propriedades
materiais estruturais dos ligamentos resultando em diminuição significativa na
capacidade das cicatrizes de resistirem à deformação; diminuição na resistência
máxima; falha na absorção de energia e rigidez.

NERVOS

Sistema neuromuscular: É definido como a integração entre o sistema que envia e


monitora as informações sobre movimento e postura do corpo (nervoso) e aquele que
tem a capacidade de ação e movimento (muscular). Sua operação visa otimizar os
movimentos em termos de eficiência energética e de adequação às vontades do
indivíduo, sendo a qualidade deste controle dependente de fatores predisponentes e
adquiridos, havendo piora progressiva com o envelhecimento/ doenças e lesões.

🡺 Cada músculo recebe inervação de um ou mais nervos, que entram no ventre


muscular em conjunto com os vasos sanguíneos.
🡺 Receptores localizados nos músculos, articulações, ligamentos e cápsulas
articulares enviam informação ao cérebro, gerando sensações de posicionamento
e equilíbrio, a propriocepção.
🡺 São terminações nervosas sensíveis a forças de tensão, compressão ou
cisalhamento, conhecidas como mecanoceptores.
🡺 O desempenho adequado do sistema musculoesquelético depende do equilíbrio
de todas as estruturas envolvidas.
🡺 A falha de uma ou mais delas leva à sobrecarga de outras partes do corpo,
dificultando ou impossibilitando a locomoção e os movimentos, predispondo a
alterações degenerativas articulares, em especial nos pacientes geneticamente
predispostos.

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