Você está na página 1de 30

BIOMECÂNICA DO TECIDO ÓSSEO

Composição e Estrutura do Tecido Ósseo

Componentes Materiais

Carbonato de Cálcio 60% - 70% do peso do osso

(Rigidez)
Fosfato de Cálcio

Colágeno 05%-10% (Flexibilidade)

Água 25% - 30% (Resistência)

Idade e saúde do osso


Composição e Estrutura do Tecido Ósseo
Componentes Estruturais
Osso Cortical: Tecido Conjuntivo compacto e

mineralizado encontrado nas diáfises dos

ossos longos.

Osso Esponjoso: Tecido Conjuntivo mineralizado

menos compacto com alta porosidade

encontrado nas extremidades dos ossos

longos e nas vértebras.


Composição e Estrutura do Tecido Ósseo
Componentes Estruturais

Diáfise: haste longa do osso. Ele é constituída


principalmente de tecido ósseo compacto,
proporcionando, resistência ao osso longo.
Epífise: extremidades alargadas de um osso longo. A
epífise de um osso o articula, a um segundo osso,
em uma articulação. Cada epífise consiste de uma
fina camada de osso compacto que reveste o osso
esponjoso, sendo recoberto por cartilagem.
Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da
epífise.
Composição e Estrutura do Tecido Ósseo
Tipos de Ossos
A) Os ossos longos apresentam o comprimento
maior que a largura e a espessura. Exemplos:
fêmur, úmero e tíbia.
B) Os ossos chatos (planos) são finos e achatados.
Exemplos: escápula, costelas e ossos do crânio.
C) Os ossos curtos apresentam comprimento,
largura e espessura quase iguais. Exemplos: a
patela, “rótula”, os ossos do carpo e do tarso.
D) Os ossos irregulares são estruturas esqueléticas
de formato irregular como o sacro.
Crescimento e Desenvolvimento dos Ossos

Crescimento Longitudinal do Osso

Placas Epifisárias: centro de


crescimento de um osso que
produz novo tecido ósseo como
parte do processo de crescimento
normal até o fechamento durante
a adolescência ou início da fase
adulta.
Crescimento e Desenvolvimento dos Ossos
Crescimento e Desenvolvimento dos Ossos

Crescimento Circunferencial do Osso

Osteoblastos: Células Ósseas que


produzem novo tecido ósseo
Osteoclastos: Células ósseas que
reabsorvem o tecido ósseo
Osteócitos: São osteoblastos maduros
que perderam sua função, mas atuam
na regulação de substâncias químicas.
Crescimento e Desenvolvimento dos Ossos

Modelagem e
Remodelagem Óssea
Resposta ao Exercício/Estresse
Modelagem e Remodelagem Óssea

Densidade Magnitude
Formato Direção
Tamanho Estresse

Peso corporal= proporciona o estresse mecânico mais


constante para os ossos, a densidade dos minerais ósseos em
geral mantém paralelismo com o peso corporal, sendo que os
indivíduos mais pesados possuem ossos mais maciços.
Resposta ao Exercício/Estresse
Hipertrofia Óssea

Magnitude da sobrecarga/estresse Densidade

Contribuição para todo o sistema esquelético e não só para a


região estressada.

Melhora da vascularização, aumento na demanda sanguínea.

Atividades sem impacto? Bike, Hidroginástica e Natação.

Natação= ausência da gravidade na fase de flutuação.


Resposta ao Exercício/Estresse
Atrofia Óssea

Magnitude da sobrecarga/estresse Densidade

Nível de estresse reduzidos: acamados, idosos,


sedentários e astronautas.

Desmineralização óssea, cálcio entra na corrente sanguínea, será


filtrado pelos rins, cálculos renais.

Atividade osteoclástica, mas redução da osteoblástica.


Fig. 9.5 Capacidade mineral óssea de atletas do sexo
feminino de diferentes modalidades, em diferentes
regiões do corpo, expressa em valores percentuais em
relação ao grupo controle. Adaptado de Fehling et al.
Osteoporose

Osteopenia: Condição com menor


densidade dos minerais ósseos que
predispõe os indivíduos às
fraturas.

Osteoporose: Distúrbio
envolvendo redução da massa e da
resistência dos ossos, que resulta
em uma ou mais fraturas.
Osteoporose

Mineral ósseo
Mulheres: 25-28 anos
Homens: 30-35 anos

Após a 3ª década de vida:


0,5-1,0% de perda ao ano.
Após a menopausa:
6,5% ao ano (5-8 anos)
Tríade da Mulher Atleta

Exigências esportivas: 1) Alimentação Desequilibrada


Endurance e “Beleza” 2) Amenorréia
Peso excessivamente baixo 3) Osteoporose

1) Distúrbios alimentares: Anorexia e Bulimia.

2) Diminuição da Gordura Corporal.

3) Diminuição de estrogênio.
Princípios das Lesões Ósseas

Arqueamento: Carregamento
assimétrico que produz
tensão em um lado do eixo
longitudinal do corpo e
compressão no outro lado.

A compressão e tensão puras


são forças axiais.

Quando uma força não axial


é aplicada sobre uma
estrutura, esta se arqueia,
criando estresse compressivo
em um lado e estresse de
tensão no lado oposto.
Princípios das Lesões Ósseas
EFEITOS DO CARREGAMENTO
Quando uma força atua sobre um Quando um atleta de saltos ornamentais aplica
objeto, resultam dois efeitos em força na extremidade de um trampolim, a
potencial: A aceleração e a tábua tanto acelera como deforma. O grau de
deformação. deformação que ocorre em resposta a uma
determinada força depende da rigidez do
Quando uma força externa é objeto sobre o qual atuou.
aplicada sobre o corpo humano,
vários fatores influenciam se uma
lesão ocorre.

Entre eles estão a magnitude e a


direção da força, e a área sobre a
qual ela é distribuída.
Assim como as propriedades
físicas dos tecidos corporais
carregados.
Lesão – Fratura Óssea
Lesão – Fratura Óssea
Força por Macrotrauma ou Microtrauma

A fratura pode ocorrer


quando aplica-se uma
simples carga que excede
a força limite do osso ou
pelas aplicações repetidas
de uma carga de mais
baixa magnitude, ou seja,
as fraturas por fadiga.
Fratura por Estresse/Fadiga

São resultantes de forças de baixa magnitude


aplicadas de modo repetido.
Aumento na magnitude ou na frequência do estímulo
ósseo produz uma reação de estresse, que pode
causar microlesões.

O osso responde às microlesões remodelando.


Quando não há tempo para que o processo de reparo
seja completado antes que uma microlesão adicional
ocorra, essa condição pode progredir para uma
fratura por estresse.

Aumentos na duração ou na intensidade do treino


sem que haja tempo suficiente para o
remodelamento ósseo são os principais fatores,
assim como a fadiga muscular e mudanças abruptas
na superfície ou na direção da corrida.
Principais Tipos de Lesões Ósseas
Fratura: Interrupção na continuidade de um osso.

A natureza de uma fratura depende da direção, magnitude, taxa de carga e


duração do estímulo mecânico aplicado, bem como da saúde e da maturidade
do osso no momento da lesão.

As fraturas são classificadas:


Simples/Fechada: quando as extremidades
do osso permanecem dentro dos tecidos
moles circundantes.
Exposta/Aberta: ao menos uma parte óssea
projeta-se para fora da pele.
Principais Tipos de Lesões Ósseas
Fraturas por avulsão são causadas por forças de tração em que um tendão ou
ligamento arranca uma pequena lâmina de tecido ósseo do restante do osso.
Movimentos explosivos de arremesso e de salto podem resultar em fraturas
por avulsão do epicôndilo medial do úmero e do calcâneo.
Principais Tipos de Lesões Ósseas
Fraturas em galho verde são mais comuns em crianças do que em adultos, e
são causada por estímulos de flexão ou de torção.
 Maior quantidades de colágeno, sendo mais flexíveis e resistentes.

Fraturas cominutivas são causadas quando a taxa de sobrecarga é rápida.


Principais Tipos de Lesões Ósseas
Cargas de flexão e de torção excessivas podem produzir
fraturas espirais nos ossos longos.
Principais Tipos de Lesões Ósseas
A aplicação simultânea de forças em direções opostas em um osso
longo gera um torque conhecido como momento flexor, que pode causar flexão .
Quando ocorre a flexão, a estrutura sofre tensão em um lado e
compressão no lado oposto. Como o osso é mais forte para resistir à
compressão do que para resistir à tensão, o lado do osso que sofre tensão
fraturará primeiro.
“Um momento flexor é gerado na perna de um
jogador de futebol quando o pé está ancorado
no chão e dois marcadores aplicam forças em
diferentes pontos da perna em direções opostas”
Principais Tipos de Lesões Ósseas
O torque aplicado sobre o eixo
Quando o corpo de um esquiador gira
longo de um osso longo, causa em relação ao calçado e ao esqui
torção, giro, da estrutura. A torção durante uma queda, as forças em
torção podem causar uma fratura
gera uma força de cisalhamento ao espiral na tíbia.
longo da estrutura.
Lesões Epifisárias
10% das lesões esqueléticas agudas em crianças/adolescentes afetam a
epífise e incluem lesões na lâmina epifisial cartilaginosa, na cartilagem
articular e na apófise.
As epífises dos ossos longos são chamadas de epífises de pressão, e as
apófises são chamadas de epífises de tração, em referência ao tipo de
estímulo fisiológico presente.
Tanto o estímulo agudo quanto o repetitivo podem prejudicar a lâmina de
crescimento, resultando potencialmente em fechamento precoce da junção
epifisial e cessação de crescimento ósseo.
Lesões Epifisárias
A osteocondrose, envolve a
interrupção do suprimento sanguíneo
a uma epífise, com necrose tecidual
associada e deformação potencial da
epífise.

Resulta de crescimento anormal, lesão


traumática ou uso excessivo da epífise
ainda em desenvolvimento.

Causadas por trauma repetitivo, Doença de Sever


alterações vasculares, desequilíbrios
hormonais e fatores genéticos.
A osteocondrose de uma apófise,
conhecida como apofisite, está
associada a avulsões traumáticas.
Principais Tipos de Lesões Ósseas

Osteoporose

Você também pode gostar