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CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO

PACIENTE COM DISFUNÇÕES


MUSCULOESQUELÉTICAS
Alessandra Vaccari
Cátia Souza
Erika Rodrigues Alves
Janaina Mollmann
Nicole de Paula Mascolo
Samanta B. Pinto

Profª Orientadora Miriam de Abreu Almeida


Introdução
O presente trabalho tem como objetivo abordar
conceitos, diagnósticos e cuidados de enfermagem na
área da Traumato-ortopedia.

O estágio foi desenvolvido no 8ºN do HCPA,


unidade especializada em receber pacientes em pré e
pós-cirúrgicos gerais e de Traumato-ortopedia. A
diferença mais marcante na área física está nas camas
hospitalares de pacientes ortopédicos e
traumatológicos, que contém o arco ou quadro
balcânico para várias utilidades, desde auxiliar a
movimentação do paciente até servir de suporte para
a fixação de possíveis trações.
Cama hospitalar mecânica com quadro balcânico.
Cama hospitalar com suporte Cama hospitalar articulada com
balcânico. suporte balcânico.
Caso Clínico:
X.Y.Z, 37 anos, solteiro, natural e
residente em Porto Alegre, trabalha como
DJ, proveniente do HPS por colisão de um
táxi com sua moto, resultando em fratura
do fêmur proximal, diáfise femoral, platô
tibial e tornozelo esquerdo com lesão de
partes moles na face lateral do tornozelo
esquerdo e face anterior da tíbia
esquerda.
Paciente passou pelos seguintes
procedimentos:

 Utilização de tração transesquelética


 Osteossíntese de fêmur e tíbia,
 Redução cirúrgica de fratura
transtrocanteriana.
Revisão do Sistema
Musculoesquelético
O sistema
musculoesquelético inclui os
ossos, articulações, músculos,
tendões, ligamentos e bolsas
do corpo.
Existem 206 ossos no
corpo humano dividido em
quatro categorias: ossos
longos, ossos curtos, ossos
chatos e ossos irregulares.
São constituídos de
tecido ósseos esponjosos
(trabecular) ou cortical
(compacto).
A saúde e o funcionamento
adequado do sistema musculoesquelético
são interdependentes com os de outros
sistemas orgânicos.
A estrutura óssea fornece proteção
para os órgãos vitais, incluindo cérebro,
coração e pulmões.
Formação Óssea (Osteogênese)

Os ossos começam a sua formação na fase


intra-uterina do nosso desenvolvimento.

O processo que forma a matriz dos ossos e


os minerais enrijecedores é chamado de
Ossificação.

Existem dois tipos básicos de ossificação:


• Endocondral e
• Intramembranosa.
Endocondral é quando um tecido parecido
com a cartilagem (osteóide) é formado e
depois reabsorvido e substituído por osso.

A intramembranosa é aquela ossificação


que ocorre dentro da membrana.
Manutenção Óssea

O osso é um tecido dinâmico em


constante estado de turnover-
reabsorção e formação.
Fatores importantes que regulam o equilíbrio entre a formação e a
reabsorção óssea

• Estresse localizado (sustentação do


peso)
Age para estimular a formação e remodelação óssea. Sem esse estresse o osso perde cálcio e
fica fragilizado, sendo mais propenso a fratura; como no caso de repousos prolongados no
leito.

• Vitamina D (calcitriol)
Biologicamente ativa funciona para aumentar a quantidade de cálcio no sangue ao promover a
absorção do cálcio no trato grastrointestinal. Sua deficiência pode resultar no déficit de
mineralização óssea, deformidades e fraturas.

• Hormônio paratireóideo e a calcitonina


São os principais reguladores hormonais da hemostasia do cálcio.

• Suprimento sangüíneo
Para o osso também afeta a formação óssea. A diminuição deste diminui consecutivamente a
osteogênese e a densidade óssea. E quando há a privação de sangue do osso ocorre a necrose
óssea.
Consolidação Óssea

Segundo Smeltzer e Bare (2005), muitas


fraturas consolidam-se através de uma
combinação de processos de ossificação
intramembranosa e endocondral.

Quando um osso fratura, os fragmentos


ósseos não são apenas reagrupados com o
tecido cicatricial.

Em vez disso, o osso se regenera.


Consolidação da fratura ocorre em quatro
áreas:

• Medula óssea:
Onde células endoteliais sofrem rapidamente transformação e se transformam nas células
osteobláticas formadoras do osso.

• Córtex:
Onde os novos ósteons são formados.

• Periósteo:
Onde um calo endurecido/ósseo é formado através da ossificação intramembranosa
periférica à fratura, e onde um modelo de cartilagem é formado através da ossificação
endocondral adjacente ao sítio da fratura.

• Tecido mole externo:


Onde um calo (tecido fibroso) que faz a ponte estabilizando a fratura.
Buckwalter (2000) apud Smeltzer e
Bare (2005), sistematizou o processo
de consolidação da fratura em seis
estágios:
1°) Hematoma e inflamação:
A resposta do corpo é similar a outros locais, existe sangramento para dentro do tecido
lesado é formado um hematoma na fratura. As moléculas que estão no hematoma
iniciam o processo de consolidação da fratura. As extremidades da fratura ficam
desvitalizadas e a área da fratura é invadida por macrófagos que debridam o local.
Inflamação, inchação e dor estão presentes e este estágio pode durar vários dias.

2º) Angiogênese e formação da


cartilagem:
Ocorrem proliferação e diferenciação celular, os vasos e a cartilagem sobrepõem-se a
fratura.
3º) Calcificação da cartilagem:
No calo há formação de vesículas de matriz pelos condrócitos, e estas preparam a
cartilagem para a liberação e depósito de cálcio.

4º) Remoção da cartilagem:


A cartilagem calcificada é invadida por vasos sangüíneos e é reabsorvida por condroblastos
e osteclastos, e então é substituída por osso entrelaçado.
5º) Formação óssea:
Os minerais continuam se depositando até que o osso esteja firmemente unido. Esta fase
pode levar de três a quatro meses.

6º) Remodelação:
É o estágio final de reparação da fratura e consiste em remodelar o osso para dentro do seu
arranjo estrutural original. Esta fase pode levar meses a anos, depende do tipo de osso em
questão.
Caso 1:

Diagnóstico por imagem: Fratura por estresse em ulna.

História e Quadro Clínico: paciente do sexo masculino, 37


anos, praticante de musculação, com dor no antebraço há 2
meses.

Hipótese Diagnóstica: Fratura por estresse.

Foram solicitados exames radiográfico (RX) e por ressonância


magnética (RM).
Radiografia atual, 2 meses após a
Radiografia inicial, espessamento radiografia inicial, formação
fusiforme da cortical óssea na diáfise acentuada de calo ósseo reparador,
média da ulna. com imagem de fratura transversa.
Imagens por RM do antebraço, no plano coronal evidenciam
reação periosteal intensa, com espessamento heterogêneo da
cortical, com edema ósseo medular e de partes moles adjacentes.
Caso 2:

Radiografia obtida uma semana após a retirada do fixador mostrando o


calo ósseo.
DISFUNÇÕES
MUSCULOESQUELÉTICAS

Contusões, Estiramento, Entorses,


Luxações e Fraturas
Contusão

É o tipo de lesão nos tecidos causada


por impacto, chute ou queda, onde
pequenos vasos sanguíneos se rompem,
produzindo assim o hematoma.
Estiramento (distensão)

É uma “tração
muscular”, ou seja,
lacerações musculares
microscópicas e
incompletas induzida
pelo uso, alongamento
ou estresse excessivos,
com sangramento no
tecido.
Entorse
É uma lesão nos
ligamentos que estão em
volta das articulações,
provocada por um
movimento de torção ou
tração violenta, fazendo
com que a estabilização
seja perdida. Os vasos
sanguíneos se rompem
causando o edema, a
articulação fica sensível e
a pessoa sente dor ao
movimentar-se.
Tratamento
O tratamento destes tipos de lesões consiste em:
Repouso: que ajuda a impedir lesões adicionais e
promove a cura;
Elevação da parte lesionada: para controlar o edema;
Aplicação de frio: por 20 a 30 min, nas primeiras 24 a
48h, produz vasoconstrição, diminui o sangramento, o
edema e o desconforto;
Atadura compressiva: a compressão elástica ajuda a
controlar o sangramento, reduz o edema e fornece
suporte para os tecidos lesionados.
Após 48h da lesão o calor pode ser aplicado 15 a 30 min
4x ao dia para aliviar o espasmo muscular e promover a
vasodilatação, absorção e reparação.
Luxação Articular
Ocorre quando as superfícies articulares dos
ossos formadores das articulações estão em desalinho,
ou seja, fora do contato anatômico. Estas luxações
podem ser congênitas, ou presentes no nascimento
(mais freqüentes no quadril); espontâneas ou
patológicas, causadas por algum tipo de doença nas
articulações; ou traumáticas, resultante de uma lesão de
rompimento da articulação frente a um impacto.
Sinais e sintomas de uma luxação são
evidenciados por dor, alteração no contorno da
articulação, comprimento do membro e no eixo dos
ossos luxados, e perda da mobilidade normal.
Tratamento
A articulação é imobilizada por talas,
ataduras, aparelhos gessados ou tração e
mantida em posição estável. Analgesia e outros
fármacos são utilizados para facilitar a redução
fechada. O tratamento que cabe ao enfermeiro
dirige-se mais para o conforto, avaliação do
estado neurovascular do paciente e proteção da
articulação durante a recuperação.
Fratura

É quando ocorre a ruptura na


continuidade do osso, sendo definida de acordo
com seu tipo de extensão. Acontece quando o
osso é exposto a um estresse maior que ele
pode suportar, seja este por: impactos diretos,
forças de esmagamento, movimentos de torção
repentinos e contrações musculares extremas.
Tipos de fraturas:
Existem 2 tipos de fraturas:
 FECHADAS: Quando o osso se quebrou, mas a pele não foi
perfurada.
 EXPOSTAS: Quando o osso está quebrado e a pele rompida.
  Deve-se desconfiar de fratura sempre que a parte suspeita não
possua aparência ou função normais ou quando haja dor no local
atingido, incapacidade de movimentar o membro, posição anormal
do mesmo ou, ainda, sensação de atrito no local suspeito.
  
Classificação das fraturas expostas:
Classificação das fraturas
TRATAMENTO
•Redução manual (fechada)
•Redução aberta ou Osteossíntese(cirúrgica)
•Imobilização

•Reabilitação
Complicações

•Choque hipovolêmico
•Síndrome da Embolia Gordurosa
•Infecção
•Lesão de Vasos e Nervos
Adjacentes
Síndrome Compartimental
Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem para
um paciente com fratura

Risco para déficit do volume de líquido


relacionado à hemorragia e ao choque:
Atentar para aspecto e quantidade das drenagens,
monitorar sinais vitais com freqüência observando se há
hipotensão, pele úmida e fria, agitação, palidez.

Troca de gases prejudicada relacionada à


imobilidade e aos êmbolos pulmonares ou gordurosos
potenciais:
Avaliar alterações no estado mental (agitação,
confusão, irritabilidade e desorientação) pode ser sinal
de hipóxia confirmando com gasometria arterial,
incentivar exercícios respiratórios.
Risco para disfunção neurovascular periférica:
Avaliar o membro afetado para coloração e
temperatura, ouvir as queixas do paciente para pressão
na perna, avaliar sensações de dormência no membro,
observar enchimento capilar.

Risco para lesão relacionado ao


tromboembolismo:
Avaliar circulação periférica, pulsos (comparando com
outro membro), calor e edema, administrar
anticoagulantes conforme prescrição.
Risco para infecção relacionado à fratura
aberta ou à intervenção cirúrgica:
Monitorar aspecto da lesão e drenagens,
realizar técnica asséptica nas trocas de
curativos, administrar antibióticos profiláticos,

Risco para Síndrome por Desuso


relacionado à lesão e à imobilização:
Estimular as mudanças de decúbito e o uso do
membro imobilizado dentro dos limites
permitidos, realizar exercícios passivos das
articulações que não estão imobilizadas.
Dor aguda relacionada com o
distúrbio musculoesquelético:
Avaliar a dor junto ao paciente pedindo
que descreva-a, administrar analgésicos
conforme a prescrição médica, orientando
o paciente para comunicar a presença de
dor e realizar manobras que aliviem a dor,
aplicar modalidades de calor ou frio
conforme a prescrição.
APARELHO GESSADO
Dispositivo de imobilização externa rígido,
moldado aos contornos do corpo.

Objetivos: imobilizar uma parte do corpo em


uma posição específica e aplicar pressão
uniforme sobre o tecido mole subjacente.
Também é utilizado especificamente para
imobilizar a fratura reduzida, corrigir
deformidade ou sustentar e estabilizar as
articulações enfraquecidas.
Tipos de Aparelho Gessado

As imobilizações podem ser feitas


com tala, aparelhos de fibra de vidro e
gesso propriamente dito.
 A. G. curto de braço
(antebraquiopalmar):
estende-se da parte
inferior do cotovelo até a
dobra palmar, fixado ao
redor da base do polegar.
Se o polegar for incluído,
ele é conhecido como
aparelho gessado em
espiga de polegar ou em
manopla
(antebraquiomanual).
 A. G. longo de braço
(axilopalmar) :
estende-se do nível
superior da dobra
axilar até a dobra
palmar proximal. Em
geral, o cotovelo é
imobilizado em ângulo
reto.
 A. G. toracobraquial: compreende a região torácica,
clavicular e o braço até a região metacarpiana. Deve-se
proceder à imobilização da cintura escapular e úmero.
 A. G. inguino-maleolar: consiste da imobilização desde a
raiz da coxa até a região maleolar.
 A. G. pelvi-hemipodálico: compreende desde a região
torácica até a plantar do membro afetado, deixando o
lado oposto totalmente livre. Usado para imobilização
das articulações coxofemorais, bacia e fêmur, processos
unilaterais.
 A. G. pelvipodálico: consiste de imobilização da região
torácica até a plantar do membro afetado, do lado
oposto até a região distal do fêmur.
 A.G Curto de Perna
(suropodálico):
estende-se da parte
inferior do joelho até
a base dos artelhos.
O pé é flexionado em
ângulo reto até a
posição neutra.
 A. G. Longo de Perna:
estende-se da junção
dos terços superior e
médio da coxa até a
base dos artelhos. O
joelho pode ficar
discretamente
flexionado.
 A. G. para Deambulação: um aparelho
gessado curto ou longo reforçado para
suportar a força.
 A. G. em espiga para o quadril: envolve o
tronco e o membro inferior. Um aparelho
gessado em espiga duplo para o quadril
inclui ambas as pernas.
 Colete gessado: abrange desde a região torácica alta até
a lombossacra. É adotado nos casos de alguns pós-
operatórios de artrodese de coluna e imobilização de
baixa coluna.
 Halogesso: utilizado nas imobilizações de cervical e no
pós-operatório de coluna, empregado tanto para
tratamento definitivo ou temporário como forma de
imobilização pós-operatória.
 Calção gessado: estende-se desde a região torácica
inferior até a distal do fêmur bilateral. Utilizado na
imobilização dos ossos da cintura pélvica, articulação
coxofemoral e no pós-operatório.
Diagnósticos de Enfermagem e
Intervenções para o paciente
com Aparelho Gessado
Integridade cutânea prejudicada relacionada com
lacerações e abrasões;
Tratar as lacerações cutâneas e abrasões para
promover a cura.

Risco para disfunção neurovascular periférica


relacionada com as respostas fisiológicas à lesão e efeito
de compressão mecânica do aparelho gessado;
Monitorar a circulação, movimento e sensação do
membro afetado.
Déficit de conhecimento relacionado
com a falta de familiaridade com o
aparelho gessado (colocação, manutenção
e retirada) evidenciado por verbalização.
Informar o paciente sobre o problema
patológico e à finalidade e expectativas do
regime de tratamento prescrito.
Material necessário para a
confecção de uma imobilização:

 malha tubular
 algodão ortopédico
 luva de procedimento
 gesso
 faixa de crepe
Cuidados de Enfermagem –
antes da colocação
 Orientar o paciente;
 Observar condições de pele e existência
de lesões;
 Retirar a sujidade da área;
 Posicionar corretamente a parte a ser
engessada;
Cuidados durante...
 Promover conforto ao paciente;
 Verificar se há consistência suficiente para
suportar as solicitações mecânicas
previstas (marcha, movimentação no
leito);
 O acabamento é fundamental, dando ao
aparelho boa aparência e função. Deve ser
executado antes que ocorra o
endurecimento do gesso.
Cuidados depois:
 Realizar e orientar o transporte do
paciente com aparelho gessado ainda
úmido de forma correta, segurando-o com
as mãos espalmadas, evitando depressões
em seu interior; além disso, colocar
coxins;
 Preocupar com o ambiente,
posicionamento e complicações;
 Membros imobilizados: deverão estar sempre
elevados;
 Região torácica e quadril: decúbito dorsal;
 Primeiras 24 horas: observar constantemente em
relação à dor, edema, perfusão periférica,
parestesia e ao posicionamento;
TRAÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA
Baseia-se na
aplicação de uma força,
de modo a evitar
espasmos musculares,
imobilizar, reduzir e
alinhar fraturas. Pode-se
obter a força de tração
pela força resultante da
aplicação de duas forças
de tração em diferentes
direções.
Princípios da tração efetiva:

 Para que se obtenha uma tração efetiva, é


preciso que exista uma força de contra-
tração, que geralmente é o próprio peso
do paciente;
 O enfermeiro deve orientar o paciente
sobre o procedimento, explicando seus
objetivos;
 A tração deve ser contínua para ser
efetiva, não deve ser interrompida;
 Promover contra-tração com o
posicionamento correto do leito:
 Membros superiores: leito na horizontal;
 Membros inferiores: leito em
Trendelemburg (pacientes com trauma
cranioencefálico, insuficiência cardíaca
congestiva ou com problemas
respiratórios não devem ser mantidos
em Trendelemburg);
 Halo craniano: leito em proclive.
Trendelemburg Proclive
 Deve-se evitar situações
que diminuam ou limitem
a tração (exemplo: mau
posicionamento do
paciente; este deve estar
alinhado no centro do
leito.);
 As cordas devem estar
bem esticadas,
desobstruídas e sem nós;
 Os pesos devem pender
livremente, sem encostar
no chão ou na cama.
A tração é usada principalmente
como uma intervenção de curto prazo
até que sejam possíveis outras
modalidades, como a fixação externa ou
interna. Isso reduz o risco da síndrome
do desuso e minimiza a duração da
hospitalização, permitindo
freqüentemente que o paciente seja
cuidado no ambiente domiciliar.
Tipos de Tração

 Tração Manual

 Tração Cutânea

 Tração Esquelética
Tração cutânea
Tração Transesquelética
Diagnóstico e Intervenções de
Enfermagem para o paciente sob
tração:
Déficit de conhecimento relacionado com o
regime de tratamento.
O paciente deve obter esclarecimentos sobre
tratamento e seus objetivos, para assim, melhor seguir
as orientações médicas e de enfermagem.

Mobilidade física prejudicada relacionada com o


distúrbio musculoesquelético e a tração.
O paciente deve ser estimulado a se movimentar
dentro das suas possibilidades, utilizando o trapézio e
realizar atividades com fisioterapeuta.
Ansiedade relacionada com o estado de
saúde e o aparelho de tração.
O paciente submetido ao tratamento com
tração, por ter seus movimentos e suas
atividades limitadas, depende da equipe de
enfermagem e de seus familiares para se
movimentar, tomar banho, vestir-se, etc;
pode ficar ansioso ou até se deprimir. Por
isso, o enfermeiro tem papel essencial, para
amparar o paciente, encorajar seu
enfrentamento, encorajar sua família a
promover atividades de distração e
divertimento.
Dor aguda relacionada com o distúrbio
musculoesquelético.
O enfermeiro deve adotar todas as medidas de
prevenção do aparecimento de úlceras de pressão;
ajudar o paciente a se posicionar no leito; observar
sinais de dor; administrar analgesia prescrita.

Déficit de autocuidado, como alimentação,


banho/higiene, vestir-se/arrumar-se e/ou higiene
intima, relacionado com a tração.
A equipe de enfermagem deve realizar e/ou auxiliar
o paciente nas suas atividades de auto cuidado,
como banhar-se( banho no leito, na maioria das
vezes), vestir-se; deixar seus objetos próximos ou
alcançá-los, mas sem interferir na sua autonomia.
COMPLICAÇÕES POTENCIAIS:

 Úlcera de pressão;
 Pneumonia;
 Constipação;
 Anorexia;
 Estase e infecção urinária;
 Estase venosa com TVP.
Monitorando e Prevenindo
Complicações
 O enfermeiro deve inspecionar a pele do
local da tração, para assim detectar
reações alérgicas à fita adesiva e lesões;
palpar para detectar presença de dor;
estimular o paciente a se movimentar
utilizando o trapézio, prevenindo o
aparecimento de úlceras de pressão; deve
ser fornecido um colchão piramidal
também.
É preciso muita atenção para o aspecto
do local de inserção dos pinos;
inspecionar se estão presentes sinais de
infecção e secreções.
O enfermeiro deve auscultar os
pulmões do paciente, estimular
exercícios respiratórios e de tosse, para
evitar complicações respiratórias.
 O paciente deve adotar uma dieta rica
em fibras e ingerir bastante líquidos
para evitar problemas de motilidade
intestinal.
 A quantidade de líquidos ingeridos deve
ser monitorada e comparada com a
quantidade eliminada, pois, devido a
posição de decúbito dorsal constante, o
paciente pode apresentar estase e
infecção urinária.
 Deve-se evitar também a pressão sobre os
nervos periféricos; avaliar regularmente a
sensibilidade local e estimular os movimentos.
Relatar imediatamente qualquer alteração.
 A realização do exame circulatório é
essencial (pulso periférico, coloração da pele,
enchimento capilar e temperatura da pele)
para detectar indicadores de trombose
venosa profunda. 
 Atentar para queixas do paciente de
formigamento, dormência.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Após a elaboração do presente trabalho
concluímos que a busca por
conhecimento com maior especificidade
na área de Traumato-ortopedia permitiu-
nos uma aproximação dos conceitos e
técnicas, com isso aperfeiçoando o
cuidado ao paciente com disfunções
musculoesqueléticas.
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Acessado em: 29 de abril de 2006.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à professora orientadora Enfª
Miriam de Abreu Almeida pelo conhecimento
transmitido, pela dedicação e interesse que
demonstrou em nos proporcionar maior
experiência no campo de estágio.

Valeu pela
dedicação!!!!

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