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ANATOMIA E FISIOLOGIA

CONCEITOS, COMPLEXIDADE, CAVIDADES, PLANIMETRIA


Definição de Anatomia e Fisiologia
 Definição de Anatomia e Fisiologia
 Duas áreas da ciência – anatomia e fisiologia – fornecem os fundamentos para a compreensão das partes do corpo e suas
funções. A anatomia é a ciência que estuda as estruturas do corpo e as correlações entre elas. A anatomia foi estudada
inicialmente por dissecação, a secção cuidadosa das estruturas do corpo para o estudo de suas relações. Atualmente,
inúmeras técnicas de imagem também contribuem para o avanço do conhecimento anatômico. Enquanto a anatomia lida
com as estruturas do corpo, a fisiologia é a ciência que estuda as funções do corpo – como as partes do corpo funcionam.
Nomenclatura Anatômica

 Terminologia Anatômica (TA) é o padrão internacional em terminologia anatômica


humana. Foi desenvolvido pelo Comitê Federativo de Terminologia Anatômica (FCAT) e
pela Federação Internacional de Associações de Anatomistas (IFAA) e foi lançado em
1998.[1] Substitui o padrão anterior, Nomina Anatômica.[2] Terminologia Anatômica
contém terminologia para cerca de 7500 estruturas anatômicas brutas (macroscópicas)
humanas.[3] Em abril de 2011, o Terminologia Anatômica foi publicado on-line[4] pelo
Programa Internacional Federativo de Terminologias Anatômicas (FIPAT).
TERMINOLOGIA ANATÔMICA
Níveis de Organização Estrutural
Qual o nível de organização??
FISIOLOGIA-HOMEOSTASIA
 A homeostasia é a condição de equilíbrio no ambiente corporal interno resultante da interação constante entre os
muitos processos regulatórios corporais. A homeostasia é uma condição dinâmica. Em resposta às condições
variáveis, o equilíbrio corporal pode deslocar­se entre pontos em um intervalo estreito compatível com a
manutenção da vida. Por exemplo, os níveis de glicose sanguínea normalmente se encontram entre 70 e 110
miligramas de glicose por 100 mililitros de sangue.* Cada estrutura, desde o nível celular até o nível sistêmico,
contribui de algum modo para a manutenção do ambiente corporal interno dentro dos limites normais.
PLANIMETRIA-PLANOS E
DIREÇÃO
DIREÇÕES
PLANOS
CAVIDADES CORPORAIS
CAVIDADES
CAVIDADES
REGIÕES
SISTEMA ESQUELÉTICO
Funções dos ossos e do sistema esquelético
 O sistema esquelético desempenha várias funções básicas:
 1. Suporte. O esqueleto é o arcabouço estrutural do corpo, sustentando os tecidos moles e fornecendo pontos de fixação para os
tendões da maioria dos músculos esqueléticos.
 Proteção. O esqueleto protege os órgãos internos mais importantes de lesão. Por exemplo, os ossos do crânio
 2. protegem o encéfalo e a caixa torácica protege o coração e os pulmões.
 3. Assistência ao movimento. A maioria dos músculos esqueléticos fixa-se aos ossos; quando os músculos se contraem, tracionam
os ossos para produzir o movimento. Essa função será discutida em detalhes no Capítulo 10.
 4. Homeostasia mineral (armazenamento e liberação). O tecido ósseo compõe aproximadamente 18% do peso do corpo humano.
Ele armazena diversos minerais, especialmente cálcio e fósforo, que contribuem para a resistência dos ossos. O tecido ósseo armazena
em torno de 99% do cálcio corporal. Conforme a necessidade, os ossos liberam os minerais para a corrente sanguínea de modo a manter
o equilíbrio mineral essencial (homeostasia) e distribuí-los às outras partes do corpo.
 5. Produção de células sanguíneas. No interior de determinados ossos, um tecido conjuntivo chamado medula óssea vermelha
produz hemácias (eritrócitos), leucócitos e plaquetas em um processo chamado hematopoese. A medula óssea vermelha é composta por
hemácias em desenvolvimento, adipócitos, fibroblastos e macrófagos em uma rede de fibras reticulares; é encontrada nos ossos em
desenvolvimento do feto e em alguns ossos do adulto, como os ossos do quadril; costelas e esterno, vértebras, crânio e extremidades do
úmero e fêmur. No recém­nascido, toda a medula óssea é vermelha e está envolvida na hematopoese. Com o avanço da idade, grande
parte da medula óssea passa de vermelha para amarela. A produção de células sanguíneas é abordada em detalhes na Seção 19.2.
 6. Armazenamento de triglicerídios. A medula óssea amarela consiste, principalmente, em adipócitos que armazenam
triglicerídios. Os triglicerídios armazenados são uma reserva potencial de energia química.
Estrutura Histológica Óssea
Células Ósseas
Morfohistologia Óssea
OSSO: Regiões
Formação do Osso:
Ossificação
Endocondral
Ossificação Intramembranosa
Crescimento Ósseo
Formação Óssea
Fratura e reparo ósseo
 Fratura é qualquer perda da continuidade óssea. As fraturas são nomeadas de acordo com a gravidade, formato, posição da linha de fratura ou, até mesmo, com o nome do
médico que a descreveu pela primeira vez.
 Em alguns casos, um osso pode estar fraturado sem haver ruptura visível. A fratura por estresse é uma série de fissuras microscópicas no osso que se forma sem qualquer
evidência de lesão em outros tecidos. Em adultos saudáveis, as fraturas por estresse resultam de atividades extenuantes e repetitivas como corrida, saltos ou dança
aeróbica. As fraturas por estresse são bastante dolorosas e também são resultado de processos patológicos que interrompem a calcificação óssea normal como a
osteoporose (discutida em Desequilíbrios homeostáticos ao final deste capítulo). Cerca de 25% das fraturas por estresse envolvem a tíbia. Embora as imagens
radiográficas padrão muitas vezes não consigam revelar a presença de fraturas por estresse, a cintigrafia óssea as mostra com clareza.
 O reparo de uma fratura óssea envolve as seguintes fases (Figura 6.9):
 Fase reativa. Fase inflamatória inicial. Os vasos sanguíneos que cruzam a linha de fratura estão rompidos. Com o extravasamento sanguíneo das extremidades rompidas
dos vasos, uma massa de sangue (normalmente coagulado) se forma ao redor do local da fratura. Essa massa de sangue, chamada hematoma de fratura, em geral se forma
6 a 8 h depois da lesão. Visto que a circulação sanguínea no local onde o hematoma de fratura se desenvolve é interrompida, as células ósseas circunvizinhas morrem. O
edema e a inflamação que ocorrem em resposta às células ósseas mortas produzem mais resíduos celulares. Os fagócitos (neutrófilos e macrófagos) e osteoclastos
começam a remover o tecido morto ou danificado dentro e ao redor do hematoma de fratura. Este estágio pode durar até algumas semanas.
 Fase de reparação. Formação do calo fibrocartilaginoso. A fase de reparação é caracterizada por dois eventos: formação de um calo fibrocartilaginoso e de um calo ósseo
para preencher o intervalo entre as extremidades ósseas fraturadas.
 Vasos sanguíneos começam a crescer no hematoma da fratura e fagócitos começam a limpar as células ósseas mortas. Os fibroblastos do periósteo invadem o local da
fratura e produzem fibras de colágeno. Além disso, as células do periósteo se desenvolvem em condroblastos e começam a produzir fibrocartilagem nessa região. Esses
eventos promovem o desenvolvimento de um calo fibrocartilaginoso (mole), que consiste em massa de tecido de reparação composta por fibras de colágeno e cartilagem
que une as extremidades do osso. A formação do calo fibrocartilaginoso leva cerca de 3 semanas.
 Fase de reparação. Formação do calo ósseo. Nas áreas mais próximas ao tecido ósseo saudável bem vascularizado, células osteogênicas se desenvolvem em osteoblastos,
os quais começam a produzir trabéculas de osso esponjoso. As trabéculas unem as porções vivas e mortas dos fragmentos ósseos originais. Por fim, a fibrocartilagem é
convertida em osso esponjoso e o calo passa a ser chamado calo ósseo (duro). O calo ósseo persiste por 3 a 4 meses.
 Fase de remodelação óssea. A fase final do reparo da fratura é a de remodelação óssea do calo. As porções mortas dos fragmentos originais do osso fraturado são
gradativamente reabsorvidas pelos osteoclastos. Osso compacto substitui osso esponjoso na periferia da fratura. Às vezes, o processo de reparo é tão completo que a linha
de fratura é indetectável, mesmo na radiografia. Entretanto, uma área espessada na superfície do osso permanece como evidência da fratura consolidada.
Fratura e Reparo Ósseo
Ossos: Histologia:
Compacto e Esponjoso
Fisiologia Óssea
Patologia Óssea

 Osteoporose
 A osteoporose (literalmente osso poroso) afeta 10 milhões de pessoas por ano nos EUA (Figura 6.11). Além disso, 18
milhões de pessoas apresentam baixa massa óssea (osteopenia), o que as coloca em risco de desenvolver osteoporose. O
problema básico está na reabsorção óssea (degeneração) maior que a deposição óssea (formação). Isso se deve sobretudo
à depleção de cálcio do corpo – mais cálcio é perdido na urina, fezes e suor do que é absorvido da alimentação. A massa
óssea é tão depletada que ocorrem fraturas, muitas vezes de maneira espontânea, sob as tensões mecânicas cotidianas.
Por exemplo, uma fratura de quadril pode resultar da simples ação de sentar-­se muito rapidamente. Nos EUA, a
osteoporose causa mais de 1,5 milhão de fraturas por ano, principalmente nos quadris, punhos e vértebras. A osteoporose
afeta todo o sistema esquelético. Além das fraturas, a osteoporose causa atrofia das vértebras, diminuição da altura,
cifose e dor óssea.
 A osteoporose afeta principalmente pessoas idosas e de meia ­idade, sendo 80% delas mulheres. As mulheres mais velhas
sofrem de osteoporose com mais frequência que os homens por dois motivos: (1) os ossos das mulheres são menos
compactos que os dos homens e (2) a produção de estrogênios nas mulheres cai de maneira dramática na menopausa,
enquanto a produção do principal androgênio, testosterona, nos homens mais velhos diminui de maneira gradativa e
apenas discretamente. Os estrogênios e a testosterona estimulam a atividade dos osteoblastos e a síntese de matriz óssea.
Além do sexo, fatores de risco para o desenvolvimento de osteoporose incluem história familiar da doença, ascendência
asiática e europeia, estrutura corporal pequena e magra, sedentarismo, tabagismo, dieta pobre em cálcio e vitamina D,
consumo de mais de duas doses de etanol por dia e uso de determinados medicamentos.
Osteoporose
Osteoporose

 A osteoporose é diagnosticada por meio da coleta da história familiar e pelo exame de densitometria óssea. Realizada de modo semelhante à
radiografia, determina a densidade óssea. Também pode ser usada para confirmar o diagnóstico de osteoporose, determinar a taxa de perda
óssea e monitorar os efeitos do tratamento. Existe, também, uma ferramenta relativamente nova, chamada FRAX®, que incorpora fatores de
risco além da densidade mineral óssea para estimar de maneira precisa o risco de fratura. Os pacientes respondem a uma pesquisa online sobre
fatores de risco como idade, sexo, altura, peso, etnia, história prévia de fraturas, história parental de fratura de quadril, uso de glicocorticoides
(p. ex., cortisona), tabagismo, etilismo e artrite reumatoide. Com os dados, o FRAX® fornece uma estimativa da probabilidade da pessoa de
sofrer uma fratura do quadril ou outro osso importante da coluna, ombro ou antebraço por conta da osteoporose em 10 anos.
 As opções de tratamento da osteoporose são variadas. Com relação à nutrição, é importante uma dieta rica em cálcio para reduzir o risco de
fraturas. A vitamina D é necessária para o corpo conseguir utilizar o cálcio. A prática regular de exercícios físicos com sustentação do peso
tem se mostrado efetiva para a manutenção e formação de massa óssea. Esses exercícios incluem caminhada, corrida, escalada, subida de
degraus, jogar tênis e dançar. Exercícios de resistência como levantamento de peso também aumentam a resistência óssea e a massa muscular.
 Os medicamentos usados no tratamento da osteoporose são geralmente de dois tipos: (1) antirreabsortivos, que retardam o progresso da perda
óssea e (2) os formadores de osso, que promovem o aumento da massa óssea. Entre os medicamentos antirreabsortivos, citamos (1) os
bifosfonatos, que inibem os osteoclastos (alendronato de sódio, risedronato sódico, ibandronato e calcitonina); (2) os moduladores seletivos do
receptor de estrogênio, que imitam os efeitos dos estrogênios sem efeitos colaterais indesejáveis (raloxifeno); (3) a terapia de reposição de
estrogênio (TRE), que repõe os estrogênios perdidos durante e depois da menopausa (estrogênios conjugados), e a terapia de reposição
hormonal (TRH), que repõe os estrogênios e a progesterona perdidos durante e depois da menopausa (estrogênios conjugados com
medroxiprogesterona). A TRE ajuda a manter e aumentar a massa óssea depois da menopausa. As mulheres que fazem uso da TRE correm
risco discretamente maior de desenvolver AVE e coágulos sanguíneos. A TRH também ajuda a manter e aumentar a massa óssea. As mulheres
que utilizam a TRH correm risco mais elevado de desenvolvimento de doença cardíaca, câncer de mama, AVE, coágulos sanguíneos e
demência.
Raquitismo e osteomalacia

 O raquitismo e a osteomalacia são duas formas da mesma doença que resulta da calcificação inadequada da matriz
óssea extracelular, em geral causada por deficiência de vitamina D. O raquitismo é uma doença infantil, na qual os
ossos em crescimento se tornam “moles” ou com consistência semelhante a borracha, sendo facilmente deformados.
Como o osso novo formado nas lâminas epifisiais (de crescimento) não se ossifica, é comum observarmos joelho varo
e deformidades no crânio, na caixa torácica e na pelve. A osteomalacia é o equivalente do raquitismo em adultos, às
vezes chamada raquitismo do adulto. O osso novo formado durante a remodelação não se calcifica e a pessoa relata
graus variados de dor espontânea e à palpação nos ossos, sobretudo nos quadris e membros inferiores. Fraturas ósseas
também acontecem em decorrência de traumatismos mínimos. A prevenção e o tratamento do raquitismo e da
osteomalacia consistem na administração de doses adequadas de vitamina D e exposição moderada à luz solar.
Raquitismo
Raquitismo e Osteomalácia
Forma dos Ossos
Forma dos Ossos
Forma dos Ossos
Forma dos Ossos
Constituição Óssea
Humana
Acidentes
Ósseos
Acidentes Ósseos
Acidentes Ósseos
Exemplos
Divisão do
Esqueleto
Divisão do Esqueleto
Esqueleto Apendicular Superior
Escápula e
Úmero
Rádio e Ulna
Articulação
Cotovelo
OSSOS DA MÃO
OSSOS DA MÃO
RÁDIO
ULNA
ÚMERO
ESCÁPULA: VISTA
POSTERIOR
ESCÁPULA: VISTA
POSTERIOR
CLAVÍCULA
Cíngulo Inferior
Ossos do Cíngulo
Inferior
Sínfise Púbica

 A sínfise púbica é a articulação entre os dois púbis dos ossos do quadril e consiste em um disco de
fibrocartilagem. Inferiormente a essa articulação, os ramos inferiores dos dois ossos púbicos convergem para
formar o arco púbico. Nos estágios finais da gravidez, o hormônio relaxina (produzido pelos ovários e pela
placenta) aumenta a flexibilidade da sínfise púbica a fim de facilitar o parto do bebê. O enfraquecimento da
articulação, junto com o centro de gravidade já alterado decorrente do útero aumentado, também altera a
marcha da mãe durante a gravidez.
Pelves:
Masculina e
Feminina
Pelves
Pelves e ossos, diferenças

 Em geral, os ossos masculinos são maiores e mais pesados e possuem acidentes superficiais maiores que os
ossos femininos de idade e estrutura física comparáveis. As diferenças relacionadas com o sexo nas
características ósseas são prontamente aparentes quando se comparam as pelves masculinas e femininas
adultas. A maioria das diferenças estruturais pélvicas são adaptações às necessidades da gravidez e do parto.
A pelve feminina é mais larga e mais rasa do que a masculina. Consequentemente, há mais espaço na pelve
menor da mulher, sobretudo nas aberturas superior e inferior da pelve, para acomodar a passagem da cabeça
do bebê durante o parto.
Fêmur
Fêmur, extremidades
Patela
Tíbia e Fíbula

Pé Plano
 Os ossos que compõem os arcos do pé são mantidos em posição por ligamentos e tendões. Se esses
ligamentos e tendões estão fracos, a altura do arco longitudinal medial pode diminuir ou “desabar”. O
resultado é o pé plano, cujas causas incluem excesso de peso, anormalidades posturais, enfraquecimentos
dos tecidos de sustentação e predisposição genética. Os arcos caídos podem ocasionar in inflamação da
fáscia da planta do pé (fasciite plantar), tendinite do tendão do calcâneo, síndrome do estresse tibial,
fraturas por estresse, hálux valgo (joanetes) e calosidades. Muitas vezes, palmilhas feitas sob medida são
prescritas para tratar o pé plano

Hálux valgo (joanetes)


Deformidades

Hálux valgo. Angulação do hálux para fora da linha média do corpo, tipicamente
causada pelo uso de calçados apertados. Quando o hálux faz um ângulo no sentido do
dedo seguinte, é observada uma protrusão óssea na base do hálux. Também chamado
de joanete.
Joelho valgo. Deformidade na qual os joelhos estão anormalmente mais próximos e o
espaço entre os tornozelos é maior devido a uma angulação lateral da tíbia em relação
ao fêmur
Joelho varo. Deformidade na qual os joelhos estão anormalmente separados, havendo
uma angulação medial da tíbia em relação ao fêmur com os membros inferiores
arqueados para fora
Coluna vertebral
Coluna Curvatura
Anatomia Vertebral
C1 e C2
Sacro
Agentes anestésicos que atuam nos nervos sacrais e coccígeos
são muitas vezes injetados pelo hiato sacral, em um
procedimento chamado de anestesia caudal. Essa abordagem
não é tão comum quanto o bloqueio epidural lombar, porém
ela é preferível quando a distribuição do anestésico pelos
nervos sacrais é preferencial à distribuição pelos nervos
lombares. Uma vez que o hiato sacral se encontra entre os
cornos sacrais, os cornos são importantes referenciais ósseos
para localizar o hiato. Agentes anestésicos também podem ser
injetados pelos forames sacrais posteriores. Visto que os locais
de injeção, forames e hiato sacral, são inferiores à porção mais
baixa da medula espinal, há pouco perigo de danificar a
medula. A abordagem lombar é preferível devido à
considerável variação na anatomia do hiato sacral e ao fato de,
com o envelhecimento, os ligamentos dorsais e os cornos se
tornarem mais espessos, dificultando a identificação das
margens hiatais
Anestesia caudal
Ossos do Tórax
Costelas
Articulação das Costelas
Fraturas das Costelas

 As fraturas costais são as lesões torácicas mais comuns. Em geral, resultam de trauma direto, na maioria das vezes
impacto contra o volante do carro, quedas ou lesões com esmagamento do tórax. As costelas tendem a se quebrar
no ponto onde é aplicada a maior força, mas também podem se quebrar em seus locais mais fracos – o local de
maior curvatura, imediatamente anterior ao ângulo costal. As costelas intermediárias são as que fraturam com
mais frequência. Em alguns casos, as costelas fraturadas podem perfurar o coração, os grandes vasos, os pulmões,
traqueia, brônquios, esôfago, baço, fígado e rins. As fraturas costais são normalmente bastante dolorosas. As
fraturas costais não são mais imobilizadas por ataduras devido à pneumonia resultante da falta de ventilação
pulmonar adequada.
 A luxação costal, comum em esportes de contato, envolve o deslocamento de uma cartilagem costal do esterno,
com consequente dor, especialmente com a inspiração profunda.
 A separação costocondral envolve luxação de uma costela e sua cartilagem costal; em consequência disso, a
costela pode se mover para cima, se sobrepondo à costela de cima e causando dor intensa.
Hérnia de disco

 Os discos intervertebrais, que têm como função absorver choques, constantemente sofrem compressão. Se os
ligamentos longitudinais anteriores e posteriores sofrem lesão ou enfraquecem, a pressão desenvolvida no núcleo
pulposo pode ser alta o suficiente para romper a fibrocartilagem circundante (anel fibroso). Se isso ocorrer, o
núcleo pulposo pode herniar (protrair) posteriormente ou em um dos corpos vertebrais adjacentes. Essa condição é
chamada de hérnia de disco. Uma vez que a região lombar sustenta grande parte do peso corporal e é a área onde
mais ocorre flexão e encurvamento, as hérnias de disco acontecem, na maioria das vezes, na coluna lombar
Hérnia de disco
Curvaturas anormais na coluna
Curvaturas anormais na coluna

 Cifose é o exagero da curvatura torácica da coluna vertebral que resulta em uma “corcunda”. Na tuberculose da
coluna, os corpos vertebrais podem entrar em colapso parcial, causando uma angulação aguda da coluna
vertebral. Nos idosos, a degeneração dos discos intervertebrais ocasiona cifose. A cifose também pode ser
causada por raquitismo e má postura. Também é comum nas mulheres com osteoporose avançada.
 Lordose é o exagero da curvatura lombar da coluna vertebral. Pode resultar do peso maior do abdome, como na
gravidez, ou obesidade, má postura, raquitismo, osteoporose ou tuberculose da coluna.
Ossos do Crânio
Crânio em corte sagital
Base do crânio
Base do crânio
Cavidade nasal
 Normalmente, os processos palatinos dos ossos maxilares se unem entre a 10a e 12a semana do
desenvolvimento embrionário. Uma falha nessa união pode resultar em um tipo de fenda palatina. A
condição também pode envolver fusão incompleta das lâminas horizontais dos palatinos. Outra forma dessa
condição, chamada fenda labial, envolve uma fenda no lábio superior. A fenda labial e a fenda palatina
muitas vezes acontecem juntas. Dependendo da extensão e da posição da fenda, a fala e a deglutição podem
ser afetadas. Além disso, as crianças com fenda palatina tendem a apresentar alta incidência de otite,
podendo haver perda auditiva. Cirurgiões bucomaxilofaciais recomendam o fechamento da fenda labial
Fenda palatina logo nas primeiras semanas de vida. Os resultados da cirurgia são excelentes. Em geral, o reparo da fenda
palatina se completa entre os 12 e 18 meses de idade, de preferência antes de a criança começar a falar.
Uma vez que o palato é importante para a pronúncia de consoantes, a terapia com um fonoaudiólogo pode
ser necessária, bem como a terapia ortodôntica para alinhar os dentes. Pesquisas recentes sugerem
fortemente que a suplementação com ácido fólico (uma das vitaminas B) durante o início da gestação
diminui a incidência de fenda palatina e fenda labial. O mecanismo por trás disso ainda não é conhecido.
Seios nasais

Sinusite é a inflamação da membrana mucosa de um ou


mais seios paranasais. A sinusite pode ser causada por
infecção microbiana (vírus, bactéria ou fungo), reações
alérgicas, pólipos nasais ou desvio de septo nasal grave.
Se a inflamação ou alguma outra obstrução bloqueia a
drenagem de muco para a cavidade nasal, a pressão nos
seios paranasais se eleva, podendo se desenvolver uma
cefaleia sinusal. Outros possíveis sintomas são
congestão nasal, anosmia, febre e tosse. As opções de
tratamento incluem sprays ou gotas descongestionantes,
descongestionantes orais, corticosteroides nasais,
antibióticos, analgésicos para alívio da dor compressas
mornas e cirurgia.
Fontículos
Fontículos

 O crânio de um embrião em desenvolvimento consiste em cartilagem e mesênquima distribuído em finas lâminas ao redor do encéfalo em
desenvolvimento. A ossificação acontece de maneira gradativa, e a substituição por osso da maior parte da cartilagem e do mesênquima ocorre
lentamente. Ao nascimento, a ossificação dos ossos é incompleta e os espaços preenchidos pelo mesênquima se tornam regiões de tecido
conjuntivo denso entre os ossos do crânio ainda não totalmente desenvolvidos chamadas de fontículos, muitas vezes conhecidas como
“moleiras”. Os fontículos são áreas onde o mesênquima não ossificado se transforma no tecido conjuntivo denso do crânio. Com a
continuação da formação óssea depois do nascimento, os fontículos, por fim, são substituídas por osso por ossificação intramembranosa e as
finas junções de tecido conjuntivo colágeno que permanecem entre os ossos vizinhos passam a ser as suturas. Do ponto de vista funcional, os
fontículos atuam como espaçadores para o crescimento dos ossos do crânio circunvizinhos e conferem certa flexibilidade ao crânio fetal,
possibilitando sua mudança de forma ao passar pelo canal vaginal e, posteriormente, o rápido crescimento do encéfalo durante a infância.
Embora um recém­nascido possa ter muitos fontículos ao nascimento, a forma e a localização de seis deles são bastante constantes:
 • O fontículo anterior, o maior deles, está localizado na linha média entre os dois parietais e o frontal e tem o formato aproximado de
um losango. Em geral, fecha entre os 18 e 24 meses depois do nascimento
 • O fontículo posterior está localizado na linha média entre os dois parietais e o occipital. Por ser muito menor que o fontículo
anterior, em geral, fecha até 2 meses depois do nascimento
 • O par de fontículos anterolaterais, localizado lateralmente entre os ossos frontal, parietal, temporal e esfenoide, é pequeno e de
formato irregular. Em geral, esses fontículos se fecham em torno dos 3 meses de vida
 • O par de fontículos posterolaterais, localizado lateralmente entre os ossos parietal, occipital e temporal, tem forma irregular. Ele
começa a fechar 1 ou 2 meses depois do nascimento, porém o fechamento não se completa antes dos 12 meses.
 A extensão do fechamento dos fontículos ajuda o médico a calcular o grau de desenvolvimento do encéfalo. Além disso, o fontículo anterior
serve de referencial para a retirada de sangue para análise do seio sagital superior (um grande seio venoso na linha média dentro dos tecidos de
Osso Hióide
Hióide

 O hioide é um componente único do esqueleto axial porque não se articula com nenhum outro osso. Em lugar
disso, fica suspenso dos processos estiloides dos temporais por ligamentos e músculos. Localizado na região
anterior do pescoço entre a mandíbula e a laringe, o hioide suporta a língua, oferecendo locais de fixação para
alguns músculos da língua e para músculos do pescoço e da faringe. O hioide consiste em um corpo horizontal
e dois pares de projeções chamadas de cornos maiores e cornos menores. Os músculos e ligamentos se fixam
ao corpo e a esses dois pares de projeções.
 Muitas vezes, nos casos de estrangulamento, o hioide e as cartilagens da laringe e da traqueia sofrem fraturas.
Por isso são cuidadosamente examinados na necropsia quando se suspeita de estrangulamento como causa da
morte.

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