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Sumário
REFERÊNCIAS.................................................................................................70
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Tecido ósseo
Funções:
Composição:
- Componentes Materiais
- Organização Estrutural
- Osso cortical apresenta porosidade baixa, com 5 a 30% do volume ósseo, composto
por tecido não mineralizado.
Remodelação óssea
O esqueleto é constituído por mais de 200 ossos, que dão rigidez, forma e
sustentação ao corpo e protegem o cérebro, coração, pulmões e outros órgãos vitais. O
esqueleto acumula massa óssea até a faixa dos 30 anos, sendo que esta é maior no
homem do que na mulher. A partir daí, perde-se 0,3% ao ano. Na mulher, a perda é
maior nos 10 primeiros anos pós-menopausa e, mais ainda, na mulher sedentária.
No processo normal de envelhecimento, os ossos se modificam ao longo da vida,
e o organismo está constantemente fazendo e desfazendo ossos (atividade osteoblástica
e osteoclástica, respectivamente). Esse processo depende de vários fatores, tais como a
genética, boa nutrição, manutenção de bons níveis de hormônios e prática regular de
exercícios físicos. Os osteócitos são as células responsáveis pela formação do colágeno
que dá sustentação ao osso.
Os canais que interligam os osteócitos permitem que o cálcio, essencial para a
formação óssea, saia do sangue e ajude a formar o osso. Quando a destruição do osso é
maior do que a sua reparação, ou seja, quando a atividade osteoclástica predomina sobre
a osteoblástica, o equilíbrio se desfaz enfraquecendo a resistência mecânica dos ossos e
tornando-os vulneráveis aos pequenos traumas.
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Osteopenia
O termo osteopenia é usado para descrever qualquer condição que envolva uma
redução fisiológica (em relação à idade) da quantidade total de osso mineralizado. A
osteopenia consiste na diminuição da densidade mineral dos ossos, sendo precusora da
osteoporose. Classifica-se como osteopenia quando a massa óssea é de 10 a 25% menor
que a considerada normal, quando ultrapassa esse valor é considerada osteoporose.
Osteoporose
Osso normal
Osso e Piezoeletricidade
2. SISTEMA NEUROMUSCULAR
Toda atividade fisiológica do corpo humano pode ser influenciada pelo sistema
nervoso. Os nervos provêem dos circuitos através dos quais os impulsos elétricos são
recebidos e enviados a praticamente, todas as partes do corpo. O encéfalo atua como um
computador, integrando todas as informações, selecionando uma resposta adequada e,
em seguida, instruindo as partes do corpo envolvidas a realizarem a ação apropriada.
Portanto, o sistema nervoso forma uma ligação vital, permitindo a comunicação e a
coordenação da interação entre os vários tecidos do organismo, assim como o mundo
exterior.
A divisão sensorial
• Pele
• Músculos e tendões
• O Órgão Tendinoso de Golgi (OTG) detecta a tensão aplicada por um músculo sobre
seu tendão, fornecendo informações sobre a força da contração muscular.
A divisão motora
O SNC transmite informações para várias partes do corpo por meio da divisão
motora, ou eferente, do sistema nervoso periférico. Após o SNC processar a informação
que recebe da divisão sensorial, ele decide como o corpo deve responder ao estímulo.
Do encéfalo e da medula espinhal, redes de neurônios vão a todas as partes do corpo,
fornecendo instruções ás áreas alvos – no caso, os músculos.
Figura 7: Ação integrada dos músculos agonistas, antagonistas e sinergistas na contração muscular.
Fonte: Costill, 2013
O músculo esquelético é composto por vários tipos de tecido. Entre eles, estão
células musculares, o tecido nervoso, o sangue e vários tipos de tecidos conjuntivos. Os
músculos individuais são separados entre si e mantidos no lugar por um tecido
conjuntivo denominado fáscia. Existem três camadas separadas de tecido conjuntivo no
músculo esquelético. A camada mais extensa que envolve todo o músculo é denominada
epimísio. À medida que observamos mais para o interior do epimísio, um tecido
conjuntivo denominado perimísio envolve feixes individuais de fibras musculares.
Esses feixes individuais de fibras musculares são denominados fascículos. Cada fibra
muscular de um fascículo é revestida por um tecido conjuntivo denominado endomísio.
Fibras musculares.
Junção Neuromuscular
Cada célula muscular esquelética está conectada ao ramo de uma fibra nervosa
originária de uma célula nervosa. Essas células nervosas são denominadas
motorneurônios e se estendem para fora a partir da medula espinhal. O motoneurônio e
todas as fibras musculares que ele inerva formam uma unidade motora. A estimulação
de motoneurônios inicia o processo de contração. O local onde o motoneurônio e a
célula muscular se encontram é denominado junção neuromuscular. Nessa junção, o
sarcolema forma uma bolsa denominada placa motora.
A extremidade do motoneurônio não entra em contato com a fibra muscular,
sendo separada por um pequeno espaço denominado fenda neuromuscular. Quando um
impulso nervoso atinge a extremidade do nervo motor, o neurotransmissor acetilcolina
é liberado e se difunde através da fenda sináptica para se ligar aos sítios receptores da
placa motora. Isso provoca o aumento da permeabilidade ao sódio, resultando numa
despolarização denominada potencial da placa motora (PPM). O PPM sempre é forte
o suficiente para ultrapassar o limiar e é o sinal para que o processo contrátil comece.
Contração Muscular
para serem enviados à medula espinhal e, por meio de uma ação reflexa, eles são
recebidos novamente nos receptores. Através dessa ação reflexa, ocorre um efeito de
freio aplicado, evitando o alongamento das fibras musculares e, o mais importante de
termo de pliometria, uma contração muscular com muita potência é liberada. O receptor
sensorial primário, responsável por detectar o alongamento rápido das fibras
musculares, é o fuso muscular, que é capaz de responder a magnitude e o índice de
mudança no comprimento das fibras musculares. O órgão tendinoso de golgi está
localizado nos tendões e responde à tensão excessiva resultante de contrações fortes e
do alongamento do músculo. Esse dois receptores sensoriais funcionam em nível
reflexo e transmitem uma grande quantidade de informações ao cérebro através da
medula espinhal. Um exemplo clássico de trabalho pliométrico são os saltos, mas pode
se destinar aos membros superiores..
3. CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
Biomecânica
Bio – Vida
Conceitos:
• Melhoria da performance
• Ergonomia
- análise da técnica
- desenho de equipamentos
- melhoria da performance
Áreas de estudo
Osteocinemática
Planos de movimento
Plano frontal (2) – também chamado de plano lateral ou coronal, divide o corpo
verticalmente em partes anterior e posterior.
Eixos
Eixo ântero -posterior – linha imaginária em torno da qual ocorre a rotação no plano
frontal.
FLEXÃO
LATERO – LATERAL
SAGITAL EXTENSÃO
(TRANSVERSO)
HIPEREXTENSÃO
ADUÇÃO
ABDUÇÃO E ADUÇÃO NA
HORIZONTAL
Graus de liberdade
1 PLANO
1 EIXO
2 PLANOS
2 EIXOS
3 PLANOS
3 EIXOS
OMBRO 3
COTOVELO 1
PUNHO 2
QUADRIL (COXOFEMORAL) 3
JOELHO 1
TORNOZELO 1
a) Articulações sinartrodiais
.
(b) Articulações anfiartrodiais
ligamentos – fazem a trajetória de um osso ao outro, tendo como função reforçar todo
o conjunto articular.
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(A) Artrodial (articulação deslizante não axial) – também conhecida como plana,
caracteriza-se por duas superfícies planas ou chatas que se encontram, permitindo
limitado movimento de deslizamento. O movimento nesse tipo de articulação não
ocorre em um eixo e é denominado não axial. Exemplos são os ossos cárpicos do
punho e as articulações tarso metatarsianas no pé.
(D) Gínglimo (articulação em dobradiça) - tipo de articulação que permite uma larga
amplitude de movimentos em apenas um plano. Exemplos são as articulações do
cotovelo, tornozelo e joelho.
CINÉTICA
Força
Definição:
Qualquer interação, de impulso ou tração, entre dois objetos, que faça com que um
objeto acelere positiva ou negativamente (HAMILL, 2016).
Segundo Hall (2016), “Uma força pode ser considerada como um impulso ou uma
tração agindo sobre um corpo”.
Volume: é a quantidade de espaço que um corpo ocupa (cm3 ou m3). 1L = 1000 cm3
Portanto: volume = altura, comprimento e largura.
Atrito: é a força que atua na interface das superfícies em contato na direção oposta ao
movimento.
Força musculoesquelética.
3ª Lei de Newton (lei da ação e reação) – Afirma que as forças não agem isoladamente,
mas sim com um par interativo, que sempre que um corpo atua sobre o outro, o segundo
exerce uma reação igual e oposta ao movimento inicial.
reação
ação
Figura 32: Ação e reação em uma largada de uma corrida de sprint. O atleta aplica força contra o bloco.
A terra (via bloco) aplica uma força igual e oposta contra o atleta. (Fonte: Carr, 1998).
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4. CENTRO DE GRAVIDADE
Figura 34: Relação entre centro de gravidade e sistema de alavancas aplicado a luta. (Fonte:
Carr, 1998).
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5. SISTEMA DE ALAVANCAS
Uma alavanca é uma barra rígida que gira em torno de um ponto fixo quando uma
força é aplicada para vencer a resistência.
Uma quantidade maior de força ou um braço de alavanca mais longo aumentam o
movimento de força.
Há três classes de alavancas, cada uma com uma função e uma vantagem mecânica
diferente.
Diferentes tipos de alavancas também podem ser encontradas no corpo humano. No
corpo humano, a força que faz com que a alavanca se mova, na maioria das vezes e
muscular. A resistência que deve ser vencida para que o movimento ocorra, inclui o
peso da parte a ser movida, a gravidade ou peso externo. A disposição do eixo em
relação à força e a resistência vão determinar o topo de alavanca.
BR = BF
BF BR
BF
BR
Figura 37: Representação esquemática de alavancas de segunda classe (Fonte: Hamill, 2016).
BR BF
BF
BR
R
BR
BF
NO CORPO HUMANO:
Torque
Se for exercida uma força sobre um corpo que possa girar em torno de um ponto
central, diz-se que a força gera um torque. Como o corpo humano se move por uma
série de rotações de seus segmentos, a quantidade de torque que um músculo
desenvolve é uma medida muito proveitosa de seu efeito.
Para empregar o valioso conceito de torque, devem-se compreender os fatores
relacionados à sua magnitude e as técnicas para seu cálculo. A magnitude de um torque
está claramente relacionada à magnitude da força que o está gerando, mas um fator
adicional é a direção da força em relação à posição do ponto central. A distância
perpendicular do pivô à linha de ação da força é conhecida como braço de alavanca da
força. Um método para calcular o torque é multiplicar a força (F) que gerou pelo braço
de alavanca (d). O torque é o produto da força vezes a distância (T= F x D).
FIGURA 39: Efeito do torque em função da força e distância. (Fonte: Hall, 2005).
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Morfológic
o
2 Considerar fatores de influência e suas interações Biomecânic
o
Ambienta
l
Observar / Medir
5
Qualitativa Quantitativa
(observar) (medir)
Avaliação
6
Figura 40: modelo para análise do movimento. (Fonte: Harris, Hoffman, 2000).
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Análise qualitativa
Análise quantitativa
Postura pode ser definida como a posição e orientação espacial globais do corpo e
seus membros relativamente uns aos outros (KENDEL, et. al. 1991, apud AMADIO
1998). Normalmente está relacionada à posição ereta, fundamentada em uma
estabilidade, proveniente de um sistema de orientação do corpo em função de fatores
externos. O movimento está associado a postura, uma vez que este funciona como um
gerador de ações que desloca os segmentos corporais (uns em relação aos outros ou o
corpo todo em relação ao espaço). O movimento surge a partir da desestabilização,
sendo assim, uma determinada postura será fundamental para a execução bem sucedida
de um determinado movimento. Postura não é um conceito estático, visto que está
relacionada aos momentos gerados por oscilações do centro de gravidade.
O equilíbrio das forças atuantes durante posturas diversas está intimamente
relacionada a coluna vertebral, mediada através de suas curvaturas funcionais e suas
propriedades elásticas.
A coluna vertebral, apesar de apresentar certa flexibilidade, é composta de
elementos rígidos conectados por ligamentos e músculos. Devido a sua importância no
contexto da Educação Física, é importante uma abordagem mais ampla no aspecto
biomecânico.
Coluna vertebral
Figura 42: Coluna vertebral, vista anterior, perfil e vista posterior, respectivamente.
Fonte: Netter, 2000.
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1- Medula espinhal, 2- raiz nervosa espinhal dorsal, 3- gânglio da raiz dorsal, 4- raiz
ventral, 5- nervo espinhal, 6 e 7- disco intervertebral (aqui com exemplo de hérnia de
disco: a parte vermelha central está herniada póstero-lateralmente sobre raiz nervosa,
"4", provocando compressão dessa), 6- Anulus fibrosus, 7- Nucleus pulposus, 8- Corpus
vertebrae
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- Função de mobilidade
O disco invertebral é a peça que liga dois corpos vertebrais adjacentes, além de
amortecer os impactos que atingirem o eixo vertebral e de promover a mobilidade.
(localizada no pescoço), a cifose toráxica (ao nível das costelas), a lordose lombardi (ao
nível do abdómen) e por fim a cifose sacrococcígea, ao nível do sacro e do cóccix.
As cifoses são curvaturas primárias e são desenvolvidas durante o período
embrionário, as lordoses são chamadas de curvaturas secundárias pois são
desenvolvidas conforme se assume a postura ereta.
O aumento dessas curvaturas representam quadros patológicos. Sendo:
Hiperlordose, cervical ou lombar; hipercifose torácica.
Hérnia de Disco
- Se o anel fibroso não tiver mais a resistência , devido à idade, traumas repetidos ou
doenças traumáticas e congênitas, o anel fibroso poderá abrir passagem entre as lâminas
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Figura 47: Movimento de rotaçào do tronco, expondo a coluna à forças de tensão e cisalhamento.(Fonte:
Hamill,2016).
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Marcha
Corrida
força compressiva em níveis elevados, apesar da relação entre força de impacto e lesões
não estar totalmente esclarecida.
Segundo Amadio (2000) “os músculos alteram a distribuição do estresse no osso,
diminuindo ou eliminando o estresse tênsil por produzir estresse compressivo que o
neutralizam parcial ou totalmente”. Portanto, o fortalecimento muscular dos membros
inferiores é um importante aliado na diminuição do risco de lesões. Ë importante o
fortalecimento não só dos músculos primários, mas os músculos antagonistas,
sinergistas e estabilizadores.
Os trabalhos musculares no andar e correr, em relação ao tipo de contração
muscular são o concêntrico e o excêntrico. O trabalho excêntrico, como por exemplo,
descer uma ladeira, exerce maior sobrecarga sobre a musculatura esquelética, em
relação ao trabalho concêntrico.
Figura 50: Fases concêntrica e excêntrica no andar e correr. (Fonte: Carr, 1998).
Figura 51e 52: Atividade muscular durante a marcha e a corrida. (Fonte: Carr, 1998).
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Figura 53: Atividade muscular durante a marcha e a corrida. (Fonte: Hamill, 2016).
FLEXÃO DO COTOVELO
Referências
ACSM. Diretrizes do ACSM para os Testes de esforço e sua prescrição. 6a ed. Rio de Ja
neiro: Guanabara Koogan S. A. 9a ed. 2014.
CARR, Gerry. Biomecânica dos esportes, um guia prático. São Paulo: Manole, 1998.
DELAVIER, Friederic. Guia dos movimentos de musculação. 2a ed. São Paulo: Manole,
2000.
HALL, Susan J. Biomecânica básica. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
HALL, Susan J. Biomecânica básica. 19a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Universidade de São Paulo, 2000.
Internet
www.sbotologia.com.br
www.http://treino.desnivel.pt/
www.colegiosaofrancisco.com.br
www. http://w3.ufsm.br