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AVALIAÇÃO E TRATAMENTO

DE FERIDAS COMPLEXAS
Ana Carolina Machado
Enfermeira Assessora Técnica – Região Araçatuba
Qual a importância do tratamento de feridas?

O que devemos avaliar?

É importante conhecer os produtos? E sua composição?

É preciso monitorar o tratamento para


verificar a efetividade ?

Existe ferida que não cicatriza?


A B
C

D E
AVALIAÇÃO
T = Tecido M=
E = Borda R=
desvitalizad Desequilíbri
I = Infecção da ferida Reparação
o o da
inviável tecidual
(necrótico) umidade

Desbridamento Absorção – manejo Fechamento da


do exsudato ferida

Estimular
Uso cobertura com
epitelização e
antimicrobiano
proteção
T Tissue non-viable or deficiente
Tecido inviável
TECIDO VIÁVEL

• TECIDO DE GRANULAÇÃO

• EPITÉLIO
TECIDO DE GRANULAÇÃO

Exsudato
claro e aquoso

Firme
Sem infecção

Exsudato
amarelo e viscoso
Com infecção

Fríavel

Ferida estagnada
TECIDO INVIÁVEL

NECROSE DE COAGULAÇÃO:
NECROSE SECA = ESCARA

• ESFACELO: NECROSE ÚMIDA


MANEJO DO TECIDO NECRÓTICO

DESBRIDAMENTO

Instrumental
(Cirúrgico/ Conservador)
Mecânico
Enzimático/ Químico
Autolítico
Biológico
DESBRIDAMENTO
Infection and/or
I inflammation
Infecção e/ou inflamação
Grande desafio

Determinar clinicamente quando há


infecção!!!
FATORES DE RISCO PARA
INFECÇÃO DAS FERIDAS
Características do indivíduo:
Desequilíbrio do sistema
imunológico.
- Diabetes mal tratada
- Radioterapia ou
quimioterapia
- Desnutrição proteico-
energética
Ambiente da ferida:
- Presença de necrose
- Excesso de exsudato
- Ferida cavitária com
descolamento
- Localização
INFECÇÃO LOCAL
(SINAIS SUTIS/ CLÁSSICOS)

Ferida estagnada (atraso na cicatrização)


Tecido granulação friável (sangrante)
Hipergranulação
Descoloração do leito da ferida
Alteração nas características do exsudato:
viscosidade (purulento), coloração e
quantidade (↑)
Eritema
Edema periferida
Calor local
Dor nova ou aumento da dor
Mau odor
BIOFILME

DIFERENCIAÇÃO NA
PROGRESSÃO DA INFECÇÃO

Crescimento microbiano
virulência e/ou número

Os níveis de microorganismos na ferida podem ser definidos em:

Contaminação Colonização Infecção Local Infecção Disseminada Infecção Sistêmica

Vigilância Intervenção

Antimicrobiano não Antimicrobiano tópico e ATB


Antimicrobiano tópico
indicado sistêmico
BIOFILME
ATRASA O PROCESSO DE
CICATRIZAÇÃO!

➢ Presente em cerca de 80% das


feridas de difícil cicatrização.
➢ A falta da biopelícula visível não
indica a ausência de biofilme.
M Desequilíbrio da umidade
Moisture imbalance
QUAL A FUNÇÃO DO EXSUDATO?

• Fornecer um ambiente úmido para as feridas.


• Previne o ressecamento do leito da lesão.
• Facilita a migração das células reparadoras para
o microambiente da ferida.
• Fornece nutrientes essesciais para o metabolismo
das células.
• Favorece a proliferação celular.
• Promove a separação dos tecidos necrosados ou
danificados (autólise).
EXCESSO DE EXSUDATO
Deteriora o leito e Causa maceração
retarda a evolução das dos tecidos
feridas circundantes

Impacto na vida
do paciente

Aumento da
Aumenta a carga
demanda de microbiana
recursos

Inibe divisão Pode ser sinal da


celular presença de
biofilme
ESCOLHA DA COBERTURA

Feridas Feridas Feridas


Feridas Pouco Moderadamente Altamente
Secas Exsudativas Exsudativas Exsudativas

Hidratação Manutenção Controle do Excesso


do Meio de Exsudato
Úmido
E Borda da ferida
Edge of wound non-advancing
BORDAS DA FERIDA

Processo de migração de células da


periferia para o centro da lesão dando
origem ao tecido de epitelização.
BORDAS INVIÁVEIS
Quais as principais lesões no ambiente
de estágio/trabalho?

Qual o sentimento do paciente em relação à ferida?

Qual o sentimento dos familiares em relação à ferida?

Qual o sentimento do profissional em relação à ferida?

Quais as prioridades no atendimento?


FERIDAS COMPLEXAS

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QUEIMADURAS
 No Brasil, há uma estimativa de que aconteçam
aproximadamente 1.000.000 de acidentes com
queimaduras por ano

 É definida como sendo uma lesão traumática que


acontece na pele e é ocasionada por algum agente
externo.
CLASSIFICAÇÃO DAS
QUEIMADURAS
QUEIMADURA DE
PRIMEIRO GRAU

 Lesão da epiderme
 Ausência de flictenas
 Hiperemia
 Sem repercussões hemodinâmicas
 Acelera a cicatrização da epiderme
 Restauração
QUEIMADURA DE
ESPESSURA PARCIAL

QUEIMADURA DE SEGUNDO
GRAU SUPERFICIAL
 Epiderme e derme são atingidas
 Presença de flictenas
 Hiperemia edema e dor
 Preserva anexos epidérmicos
 Baixa probabilidade de sequelas
 Regeneração
 Pode ser superficial ou profunda
QUEIMADURA DE
ESPESSURA PARCIAL

QUEIMADURA DE SEGUNDO GRAU


PROFUNDO
➢ Maior destruição do colágeno dérmico
➢ Apêndices cutâneos profundos preservados
➢ Dolorosa, superfície esbranquiçada
➢ Sequelas cicatriciais
➢ Regeneração lenta
➢ Provável enxertia pele
BOLHAS:
ROMPER OU NÃO ROMPER?
POTENCIAIS RAZÕES PARA ROMPER
BOLHAS INTACTAS

✓ O exsudato oriundo da área queimada


constitui um excelente meio de cultura para o POTENCIAIS RAZÕES PARA NÃO ROMPER
desenvolvimento e a proliferação bacteriana. BOLHAS INTACTAS

✓ Bolhas grandes e extensas podem exercer ✓ Bolhas podem promover uma barreira
pressão sobre o leito da ferida e adjacências. natural contra infecção.

✓ Podem impedir a avaliação de queimaduras ✓ Agravo da ferida pode ocorrer na


profundas. ausência de antimicrobianos tópicos ou
curativos adequados.
✓ Componentes do fluído podem ser
prejudiciais à reparação tecidual, incluindo:
→ Supressão da resposta dos linfócitos e
neutrófilos.
→ Aumento da resposta inflamatória, o que
pode aumentar o risco de infecção

✓ Bolhas na mãos, pés e articulações podem


impedir os movimentos.
QUEIMADURA DE
TERCEIRO GRAU

 Necrose de coagulação da pele, músculo, ossos;


 Coloração marmórea a carbonizada, indolor;
 Profundas alterações locais e sistêmicas ;
 Enxertia cutânea obrigatória ;
Áreas carbonizadas
DIVISÃO DE ACORDO COM A
GRAVIDADE

 A gravidade de uma queimadura


não se mede somente pelo grau
da lesão, mas também pela
extensão da área atingida
CÁLCULO DA ÁREA
ATINGIDA

Regra dos Noves”:


CLASSIFICAÇÃO:
EXTENSÃO

Porcentagem:
• Queimaduras leves ("pequeno queimado"): atingem
menos de 10% da superfície corporal.

• Queimaduras moderadas ("médio queimado"): atingem


de 10% a 20% da superfície corporal.

• Queimaduras graves ("grande queimado"): atingem mais


de 20% da área corporal.
CUIDADOS APÓS
CICATRIZAÇÃO
É POSSÍVEL PREVENIR UMA
QUEIMADURA?

Com certeza podemos prevenir!


 As formas de prevenção referem-se a identificar o risco
e educar as pessoas para que evitem o acidente.
 Evitar acender churrasqueira com álcool, evitar crianças
próximas a fogão ou churrasqueira, etc.
É POSSÍVEL PREVENIR
OS AGRAVOS?

Sim!

- Manter ferimento limpo


- Higiene adequada da lesão
- Remoção de tecidos inviáveis
- Controle de esxudato
- Escolher uma cobertura adequada
- Manter bordas saudáveis e protegidas
- Prevenir infecção
- Rápida cicatrização
ULCERAS DE MMII

 As úlceras dos membros inferiores são muito frequentes em


todo o mundo e têm grande importância médico-social, pois,
sendo extremamente incapacitantes, afetam de modo
significativo a produtividade e a qualidade de vida dos
indivíduos, além de determinar gastos significativos para os
serviços de saúde.
TIPOS DE ÚLCERAS
ÚLCERAS ARTERIAS

Ocorrem com menor frequência, correspondem a,


aproximadamente, 20% das feridas de MMII.
Causadas pela obstrução das artérias: o sangue não consegue
chegar adequadamente aos tecidos para nutrir e oxigenar as
células. Isso resulta em morte celular e, consequentemente,
lesões.
Frequentes na região acima da canela e nas extremidades dos
dedos dos pés.
CARACTERÍSTICAS
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
DAS ÚLCERAS ARTERIAS

• Eliminar uso do tabaco


• Alimentação saudável
• Evitar cruzar as pernas
• Fazer caminhadas de pelo menos 30 minutos
diariamente
• Combater a obesidade
• Cuidar da limpeza e hidratação da pele
ÚLCERAS VENOSAS OU
VARICOSAS

Correspondem a, cerca de, 80% das feridas que


acometem pernas e pés.
Fisiopatologia consiste na dificuldade do retorno do
fluxo sanguíneo dos membros inferiores para o coração.
Causada pela estagnação do sangue nas pernas, além
de ocasionar varizes e inchaço, prejudicando, assim, a
oxigenação dos tecidos.
O local que apresenta essas características fica mais
sensível e, até mesmo, um leve traumatismo, pode
resultar em uma ferida. Essa lesão pode evoluir para a
úlcera, que é a uma condição crônica.
CARACTERÍSTICAS
TERAPIA COMPRESSIVA

✓ A terapia compressiva é fundamental para se


alcançar esse objetivo no processo de cicatrização
age na macrocirculação, aumentando o retorno
venoso profundo.
✓ A compressão do membro aumenta a pressão
tissular favorecendo a reabsorção do edema e
melhorando a drenagem linfática. Além disso, age
na microcirculação diminuindo a saída de líquidos.
✓ A pressão externa que a compressão deve realizar
no tornozelo dos pacientes com úlcera venosa é em
torno de 35 a 40mmHg e gradualmente menor na
região abaixo do joelho.8,3
ÚLCERAS MISTAS

 As úlceras mistas resultam da combinação da


hipertensão venosa crônica com patologias arteriais
periférica, ou seja, as úlceras de caraterística mistas são
causadas pela combinação de doenças venosas e
arteriais. É importante conhecer qual o fator
predominante, para oferecer o tratamento mais
adequado.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DAS ULCERAS DE PERNA

✓ ÍNDICE TORNOZELO BRAÇO (ITB)


✓ O índice tornozelo/braço é método não invasivo, usado na
prática médica para a detecção de insuficiência arterial.
✓ Esse exame baseia-se na medida das pressões arteriais do
tornozelo e dos braços, utilizando-se um esfigmomanômetro
e um aparelho de doppler-ultra-som manual e portátil.
ÍNDICE TORNOZELO
BRAÇO (ITB)

Pressão Arterial
Sistólica do
Braço direito e ITB: Pressão Sistólica do Tornozelo
esquerdo
Maior Pressão Sistólica do Braço
(artéria
(mm Hg)
braquial)

PAS T 92 mmHg
= = 0.56
PAS B 164mmHg

Pressão Arterial Sistólica


do Tornozelo
(tibial posterior e pedioso)
ITB
INTERPRETAÇÃO

Valor do ITB Interpretação

> 1,3 Anormal: calcificação arterial (rigidez) pode estar presente

> 1,0 a 1,3 Normal: provavelmente não há doença arterial periférica

Insuficiência arterial leve: não há doença obstrutiva arterial periférica


0,81 a 0,9
significativa

Insuficiência arterial moderada: doença obstrutiva arterial periférica


0,51 a 0,8
moderada

Insuficiência arterial severa: doença arterial periférica grave (“isquemia


≤ 0,5
crítica”)
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
DAS ÚLCERAS VENOSAS
• Eliminar o uso de tabaco
• Fazer exercício físico diariamente, principalmente realização de
caminhadas
• Ter uma alimentação equilibrada e uma ingestão de líquidos adequada
• Evitar permanecer de pé ou sentado com os pés no chão mais que
uma hora seguida
• Fazer elevação das pernas intermitente durante o dia
• Não usar calçado nem apertado, nem demasiado largo
• Combater a obesidade
• Utilização de uma adequada contenção elástica –
após validação e/ou prescrição do seu médico/enfermeiro de referência
• Controle das doenças de base
• Identificar sinais de risco de ulceração
• Cuidar da limpeza e hidratação da pele
CUIDADOS COM AS PERNAS
ÚLCERAS NEUROPATICAS

Lesões decorrentes de alterações sensitivas, motoras e


tróficas
✓ DIABETES MELITTUS
✓ HANSENIASE
✓ LESÃO MEDULA ESPINHAL

O diabetes melittus representa principal causa da


neuropatia periférica. Devido aos danos metabólicos
causados pela hiperglicemia, hipoglicemia e a deficiência
de insulina.
NEUROPATIA
SENSITIVO-MOTORA

✓ Perda da sensibilidade protetora e atrofia de


musculatura intrínseca

✓ Desequilíbrio entre extensores e flexores

✓ Deformidades ostio-articulares

✓ Alteram os pontos de pressão levando a


hiperqueratose
LESÕES NEUROPATICAS
PÉ DIABÉTICO

A neuropatia diabética
periférica é a complicação crônica
mais comum do diabetes mellitus.
Quando associada ao
comprometimento vascular, nos
membros inferiores, gera um
conjunto de alterações nos pés, o
qual caracteriza o “pé diabético”.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DA
ÚLCERAÇÃO POR DIABETES

Controlar a glicemia
Avaliar o risco dos pés
Estabelecer autocuidado com os pés e unhas
Adequar calçados
Conhecer os riscos e prevenir complicações
AVALIAÇÃO DOS PÉS
CUIDADOS COM OS PÉS
CALÇADOS E PALMILHAS
ADEQUADOS
LESÃO POR PRESSÃO

Lesão por pressão é um dano na pele e/ou tecidos moles


subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea
ou relacionado a um dispositivo médico ou outro artefato.
Pode-se apresentar com pele intacta ou ulcera aberta.

A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento


pode também ser afetada pelo microclima, nutrição,
perfusão, comorbidades e pela sua condição.
Em 2016 NPIANP (National Pressure Injury Advisory Panel) anunciou a
mudança na terminologia Úlcera por Pressão para Lesão por Pressão e
a atualização da nomenclatura dos estágios do sistema de
classificação;
A nova expressão descreve de forma mais precisa a lesão, tanto na
pele intacta como na pele ulcerada.
ESTÁGIOS
DA LESÃO POR PRESSÃO

• Estagio I

• Pele íntegra com área de


eritema que não
embranquece com digito
pressão no local;
ESTÁGIOS
DA LESÃO POR PRESSÃO

• Estágio II
• Perda da pele em sua espessura
parcial com exposição da derme.
O leito da ferida é viável, de
coloração rosa ou vermelha, úmida
e pode também apresentar-se como
uma bolha intacta (preenchida com
exsudato seroso) ou rompida.
ESTÁGIOS
DA LESÃO POR PRESSÃO

• Estágio III

• Perda da pele em sua


espessura total;
• Comprometimento de
epiderme, derme e
hipoderme;
ESTÁGIOS
DA LESÃO POR PRESSÃO

• Estágio IV
• Perda da pele em sua
espessura total e perda
tissular com exposição
ou palpação direta;
• Presença de fáscia,
músculo, tendão,
ligamento e ossos
visíveis;
ESTÁGIOS
DA LESÃO POR PRESSÃO

• Não Classificável

• Perda da pele em sua


espessura total e perda
tissular na qual a
extensão do dano não
pode ser confirmada,
devido a escara ou
esfacelo.
ESTÁGIOS
DA LESÃO POR PRESSÃO

• Tissular Profunda
• Pele intacta ou não, com área
localizada e persistente de
descoloração de cor vermelho
purpura ou marrom, que não
embranquece na digito pressão.
ESTÁGIOS
DA LESÃO POR PRESSÃO

•Lesão por Pressão


relacionada a dispositivo
médico
• É resultado do uso de
dispositivos criados e
aplicados para fins
diagnósticos e terapêuticos;
• Essas lesões devem ser
categorizadas usando o
sistema de classificação de LP.
ESTÁGIOS
DA LESÃO POR PRESSÃO

• Lesão por Pressão


em membranas
mucosa
• É encontrada quando há história
de uso de dispositivos médicos
no local;
• Não podem ser categorizadas
devido a característica do tecido.
FATORES INTRÍNSECOS E
EXTRÍNSECOS

Pressão, Cisalhamento, Atrito, Microclima

Imobilidade/Postura, Sensibilidade
reduzida, Perfusão Tecidual

Idade avançada, Medicações (ex:


Sedativos), Doenças Agudas, Desnutrição
FRICÇÃO E
CISALHAMENTO
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
DE LESÕES POR PRESSÃO
 Identificar as pessoas de risco de lesão por pressão
 Identificar e avaliar a pele nos locais de risco
 Manter a pele limpa e hidratada
 Utilizar superfícies de distribuição de pressão, se necessário
 Estabelecer horários e técnicas de reposicionamento, de
acordo com necessidade
 Utilizar produtos de proteção da pele, se necessário.
ESCALA DE BRADEN
LOCAIS DE MAIOR
RISCO DE LPP
REPOSICIONAMENTO ÓSSEO

 O reposicionamento é utilizado para reduzir a


duração e a intensidade da pressão exercida
sobre áreas vulneráveis das proeminências
ósseas e deve ser realizado em todos os
indivíduos em risco ou com LP, a menos que seja
contraindicado.
CABECEIRA ELEVADA
USO DE ALMOFADAS E
COXINS
COLCHÃO PNEUMÁTICO
X COLCHÃO PIRAMIDAL

X
ALMOFADA GEL/AR/ÁGUA

X
CALCANHARES ELEVADOS
MASSAGEM DE CONFORTO

 A massagem na presença de inflamação aguda


e em áreas onde exista a possibilidade de haver
vasos sanguíneos danificados ou pele frágil está
CONTRA-INDICADA.
PROTEGER TODAS
AS REGIÕES
TRATAMENTOS

92
CONSENSOS
INTERNACIONAIS
LIMPEZA DA FERIDA

 Fricção x Irrigação
LIMPEZA DA FERIDA

Esfregar ou friccionar uma ferida não remove da superfície as


bactérias, mas redistribui-as, podendo ainda, introduzir corpos
estranhos e traumatizar os novos tecidos de granulação.
Deve se utilizar a técnica de irrigação para limpeza das lesões
preservando assim oLIMPEZA DA FERIDA
tecido de granulação e não traumatizando e
proliferando as bactérias.
Podendo ser feito sobre pressão com auxilio de seringa e agulha ou
apenas irrigado utilizando um agulha 40x12 no frasco de soro.
• Seringa de 35 ml com agulha 25x10
(19 G) - pressão aproximada de 8 psi

• Seringa de 20 ml com agulha


• 40X12 (18G) 9,5 psi
• 25X8 (21G) 13,5 psi

• Adaptação com frascos de soro de


Pressão adequada: 4-15
125 ou 250 ml perfurados por agulhas
psi
(4,5 a 5,0 psi) Pressão ideal : 8 psi
PSI: POUNDS PER
SQUARE INCH ABSOLUTE
USO DE ANTISSÉPTICOS
USAR OU NÃO USAR?
Se recomenda utilizar
soro fisiológico e não
se recomenda limpar de
forma rotineira a ferida
com antissépticos.
Antissépticos tópicos NÃO são
seletivos e podem ser
citotóxicos.

Podem matar as células


envolvidas na cura:
queratinócitos, fibroblastos,
neutrófilos e macrófagos.
FINALIDADES DOS
CURATIVOS
• Reaproximar as bordas separadas;
• Proteger a ferida contra contaminação e infecções de
microrganismos nocivos;
• Promover hemostasia;
• Fazer desbridamento e remover o tecido necrótico;
• Reduzir o edema e absorver exsudato;
• Manter a umidade da superfície da lesão e fornecer
isolamento térmico;
• Promover a cicatrização da lesão;
• Diminuir a intensidade da dor;
• Oferecer conforto psicológico, impedindo que o
paciente tenha contato visual com a lesão.
CLASSIFICAÇÃO DAS
COBERTURAS

 Passivas: São aqueles que simplesmente


ocluem lesão. (p.ex., gazes);
 Interativas: Mantêm um microambiente
úmido favorecendo a restauração do tecido
danificado (p.ex.,Hidrogel , Hidrocolóides,
Hidrofibras e as espumas).
AGE

• Produto a base de AGE


• Amplamente utilizado
• Poucos dados científicos
POMADAS

• Prescrição médica
• Interação medicamentosa
• Reações adversas
• Curto período de ação
• Resistência micro organismo
HIDROGEL

• Composição:
– Hidrocoloide (CMC)
– Alginato de Cálcio e Sódio

• Indicação:
– Lesões secas e com
pouca exsudação.
HIDROGEL

• Realizar curativo 3 camadas

• Troca do curativo
• Diária
SĀF-GEL
27/08/2018 03/10/2018 07/11/2018 14/01/2019

4 meses e 18 dias
HIDROCOLOIDE

➢ Composição:
Camada interna de hidrocolóide:
Carboximetilcelulose sódica (CMC Na)
Pectina
Gelatina
Camada externa com revestimento:
Espuma de poliuretano

➢ Indicação:
Cobertura primária: ferida superficial
Lesões até moderado exsudato

Cobertura secundária: impermeabilização


HIDROCOLÓIDE
HIDROCOLOIDE

Curativo Primário Curativo Secundário


TIPOS DE TERAPIA
COMPRESSIVA

ELÁSTICA
INELÁSTICA
BOTA DE UNNA

➢Composição:
Pasta de Óxido de Zinco

➢ Indicação:
Úlcera venosa
Edema linfático
BOTA DE UNNA
BANDAGEM ELÁSTICA

SurePress foi desenvolvida para corrigir os vários


graus de deficiência da circulação venosa na
perna, exercendo uma compressão pré-
determinada quando aplicada corretamente em
volta da perna.
BANDAGEM ELÁSTICA

12/12/2014
03/02/2015

01 mês e 22 dias
CARVÃO ATIVADO

• Composição:

1 camada de alginato de cálcio,


sódio e CMC
2 lâminas de carvão ativado

• Indicação:
Controle de odor
CARVÃO ATIVADO
HIDROFIBRA COM PRATA

Quebra o biofilme
Maximiza a transferencia de prata a bactéria
Ácido Etilenodiamino
Tetra-Acético
Quebra o biofilme
Melhora a transferencia de prata mediante a cobertura

cloreto de
benzetônio Mata as bacteria planctônicas
Previne a reformulação do biofilme, deixando sua
estrutura frágil

Inibe a formação de biofilme


Maximiza a efetividade da prata iônica
Coincide com o pH da superficie da pele sana
HIDROFIBRA COM PRATA

• Indicação:

• Feridas com média a alta exsudação

• Feridas com elevada carga


microbiana

• Feridas infectadas

• Queimaduras de espessura parcial

• Combate e previne formação de


biofilme
FOURNIER

125
DEISCÊNCIA CIRURGICA

126
QUEIMADURA DE ESPESSURA
PARCIAL

10 dias
ALGINATO DE CÁLCIO

• Composição:
Fibras de alginato de cálcio e sódio

• Indicação:
Feridas agudas e crônicas
sangrantes
ALGINATO DE CÁLCIO
CURATIVO COM ESPUMAS
MULTICAMADAS

BARREIRA À PROVA D’ÁGUA

ESPUMA MACIA

AQUACELTM

BORDA DE SILICONE
ESPUMA
MULTICAMADAS
CURATIVO DE PRESSÃO
NEGATIVA (VÁCUO)

• Acelera a granulação da ferida e


faz a aproximação das margens
• Aumenta fluxo sanguíneo
• Redução de edema
• Redução resposta inflamatória local
CURATIVO DE PRESSÃO
NEGATIVA (VÁCUO)
TRATAMENTOS
COMPLEMENTARES

 CAMERA HIPERBÁRICA
 OZONIOTERAPIA
 LASERTERAPIA
A B
C

D E
V.H.S.S. – QUEIMADURA SEGUNDO
GRAU SUPERFICIAL E PROFUNDA
DEPOIMENTO

Ana Carolina
Celular: 17 99153-9560

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