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Fundamentos de

Cinesiologia Aplicados
à Educação Física
Material Teórico
Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos Corporais:
Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Erica Leal Avigo

Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Aspectos Biomecânicos Aplicados
aos Segmentos Corporais: Membro
Superior, Tronco e Coluna Vertebral

• Cíngulo do Membro Superior


• Articulação do Ombro
• Articulação do Cotovelo
• Articulação Radiocarpal
• Estrutura da Mão
• Tronco e Coluna Vertebral

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecer os principais aspectos biomecânicos relacionados aos
sistemas ósseo, articular e muscular do membro superior, tronco e
coluna vertebral.
· Compreender e relacionar as especificidades das estruturas do
cíngulo do membro superior, tronco e coluna vertebral ao movi-
mento humano.

ORIENTAÇÕES
Seja bem-vindo(a) às nossas discussões sobre Fundamentos de cinesiologia
aplicados à Educação Física!
Saiba que esta Disciplina tem como propósito o estudo dos princípios da Ana-
tomia aplicados à execução do movimento humano e dos fatores mecânicos
internos e externos associados à execução desse movimento; conhecer a des-
crição da terminologia de movimento adotada por profissionais da área da
saúde e visão geral dos aspectos cinesiológicos e biomecânicos que são utiliza-
dos na análise do movimento humano; além de lhe proporcionar momentos
de leitura – textual e audiovisual – e reflexão sobre os temas que serão aqui dis-
cutidos, contribuindo com sua formação continuada e trajetória profissional.
Esta Disciplina está organizada em seis unidades, cujo eixo principal será
conhecer os conceitos da Cinesiologia e Biomecânica, e relacioná-los às
análises de movimentos dos executantes durante as aulas de Educação Física
e prática de atividades físicas; criar meios de análise dos movimentos dos
executantes nas aulas de Educação Física e durante a prática de atividades
físicas; aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos à atuação profissional;
além de adequar os movimentos conforme a capacidade e necessidades
individuais dos executantes. Isso é o que você encontrará nas próximas
unidades. Está preparado(a) para embarcar nesta viagem de estudos sobre o
movimento do corpo humano?
Ademais, perceba que a Disciplina em ensino a distância pode ser realizada
em qualquer lugar que você tenha acesso à Internet e em qualquer horário.
Dessa forma, normalmente com a correria do dia a dia não nos organizamos
e deixamos para o último momento o acesso ao estudo, o que implicará no
não aprofundamento do material trabalhado, ou ainda, na perda dos prazos
para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exem-
plo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado
horário todos ou alguns dias e determinar como o “momento do estudo”.

No material de cada unidade há videoaulas e leituras indicadas, assim como


sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados


em fóruns de discussão, assim como realize as atividades de sistematização,
estas que lhe ajudarão a verificar o quanto absorveu do conteúdo: são questões
objetivas que lhe pedirão resoluções coerentes ao apresentado no material
da respectiva Unidade para, então, prepará-lo(a) à realização das respectivas
avaliações. Tratando-se de atividades avaliativas, se houver dúvidas sobre
a correta resposta, volte a consultar as videoaulas e leituras indicadas para
sanar tais incertezas.

Lembre-se: você é responsável pelo seu processo de estudo. Por isso,


aproveite ao máximo esta vivência digital!
Contextualização
Será que conhecer os sistemas corporais diretamente envolvidos com o
movimento humano favorece a atuação de profissionais que lidam justamente
com o movimento? Você já deve lido tal questão anteriormente na Disciplina, e a
resposta continua a mesma: Sim! Sem sombra de dúvida!

Fonte: iStock/Getty Images

Conhecer sobre o movimento favorecerá sua futura atuação. Saber as estruturas


envolvidas no movimento lhe permite decidir com sabedoria qual melhor técnica
utilizar para a realização de uma tarefa motora, o que pode ser melhorado e como
agir para conseguir melhorar. Para exemplos de como conhecer as estruturas
favorece o entendimento da técnica, acesse os vídeos nos links a seguir:

100 metros rasos em 100 anos e o diferencial de Usain Bolt


Explor

https://goo.gl/RbZKuo
Avaliação Biomecânica da Corrida
https://youtu.be/G5gu6EFk4tU
Biomecânica - Usain Bolt
https://youtu.be/q_IpCqlud7c

Análises aprofundadas das estruturas envolvidas nos movimentos trazem


contribuições específicas para a melhora do desempenho. Análises mais simplistas
das estruturas do corpo humano (ósseo, articular e muscular), ainda que em menor
quantidade, favorecem também a melhora da técnica. Obviamente, apenas aspectos
principais dos sistemas corporais serão abordados nesta e em outras unidades, cabe
a você aprofundar seus conhecimentos em condições específicas dos movimentos
que lhe interessarem em sua futura atuação.

Hora de iniciar mais uma Unidade, um atlas de Anatomia pode ser muito
importante para o auxílio e entendimento da mesma.

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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos
Corporais: Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral

Cíngulo do Membro Superior


Cíngulo do membro superior (ou cintura escapular) é o termo utilizado para
discorrer sobre as atividades da escápula e da clavícula e, em menor grau, do
esterno. O termo cíngulo, especificamente, refere-se a um anel ósseo que conecta
os membros (superior e inferior) ao tronco. No caso do cíngulo do membro superior,
esse anel ósseo é incompleto, algo que contribui para que membro superior
direito não influencie diretamente nos movimentos do membro superior esquerdo
(diferentemente do que acontece com os membros inferiores). De forma mais
abrangente, escápulas, clavículas, esterno, úmero, caixa torácica, as articulações
esternoclaviculares, acromioclaviculares, “escápulotorácica” e glenoumeral (do
ombro) (Figura 1) formam o que chamamos de complexo do ombro. Tendo em
vista que as articulações são formadas a partir de referências ósseas específicas,
consulte um bom livro de Anatomia para rever as referências ósseas mencionadas
nesta Unidade.
Articulação Articulação
acromioclavicular esternoclavicular

Clavícula

Esterno

Figura 1 – Ilustração das estruturas ósseas e das articulações do cíngulo do membro superior
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images

A articulação esternoclavicular é sinovial plana e está entre a extremidade


esternal da clavícula e o manúbrio do esterno. Essa articulação é considerada o eixo
mais importante para os movimentos da clavícula e escápula e é o único ponto de
fixação esquelética do membro superior ao tronco. A articulação acromioclavicular
também é uma articulação sinovial plana e está entre o acrômio da escápula e a
extremidade acromial da clavícula. Já a articulação escápulotorácica, que está entre
a fossa subescapular e a caixa torácica, não é uma articulação sinovial verdadeira,
sendo considerada uma articulação “fisiológica”. Essa constatação se dá ao fato de
que ao contrário das demais articulações do nosso corpo em que a conexão é entre
osso e osso, na articulação escápulotorácica, a escápula repousa sobre os músculos
serrátil anterior e subescapular, e a caixa torácica está abaixo desses músculos.
Assim, a conexão não é entre osso e osso, pois há músculos entre os ossos. Ainda,

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a escápula é movimentada ao longo do tórax em decorrência dos movimentos das
articulações esternoclavicular e acromioclavicular.

Os movimentos que ocorrem no cíngulo do membro superior são: elevação,


depressão, protração, retração, rotação para cima e rotação para baixo (Figura 2).
É importante notar que os movimentos de protração e retração ocorrem de maneira
oposta entre as articulações acromioclavicular e esternoclavicular, ou seja, quando
a articulação acromioclavicular realiza protração, a articulação esternoclavicular
realiza retração, e vice-versa. Os movimentos dessas articulações podem ser descritos
tanto em relação às clavículas (aproximação ou afastamento), quanto em relação
às escápulas (aproximação ou afastamento). Assim, os movimentos de prostração
e retração que ocorrem nas articulações esternoclavicular e acromioclavicular são
opostos para as clavículas e para as escápulas.

Exemplos de movimentos que ocorrem no cíngulo do membro superior:


Explor

https://goo.gl/VwIpJT

Importante! Importante!

Os músculos do cíngulo do membro superior têm origem no esqueleto axial e inserção


na escápula e/ou clavícula. É importante notar que esses músculos não se fixam
no úmero e, portanto, não causam qualquer movimento articular no ombro. Esses
músculos fornecem estabilidade à escápula e desempenham papel estabilizador para
os movimentos da articulação do ombro como, por exemplo, durante os arremessos,
bloqueios, rebatidas, entre outros. Os cinco músculos principais são o trapézio (partes
descendente, transversa e ascendente), levantador da escápula, romboides, peitoral
menor e serrátil anterior (LIPPERT, 2013).

A Tabela 1 apresenta os movimentos articulares que esses músculos são


responsáveis.

Tabela 1 – Músculos do cíngulo do membro superior e seus respectivos movimentos articulares


Músculo Movimentos articulares
Trapézio
Parte descendente Elevação e rotação para cima
Parte transversa Retração
Parte ascendente Depressão e rotação para cima
Romboides Retração, elevação e rotação para baixo
Levantador da escápula Elevação e rotação para baixo
Peitoral menor Depressão, protração, rotação para baixo
Serrátil anterior Protração e rotação para cima

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Articulação do Ombro
Importante! Importante!

A articulação do ombro, conhecida também como articulação glenoumeral (Figura 3)


é sinovial esferoidal e tri-axial (movimentos ocorrem nos três eixos de movimento –
longitudinal, anteroposteior e médio-lateral). Essa articulação está entre a cabeça do
úmero e a cavidade glenoidal da escápula e é considerada a articulação mais móvel e que
apresenta maior amplitude de movimento articular em relação às demais articulações
do nosso corpo (LIPPERT, 2013).

Figura 3 – Ilustração da articulação do ombro na vista anterior


Fonte: iStock/Getty Images

Os movimentos que ocorrem na articulação do ombro, de acordo com o plano


de movimento são: no plano sagital, flexão, extensão e hiperextensão; no plano
frontal, abdução e adução; no plano transverso, rotação medial, rotação lateral,
abdução horizontal, adução horizontal; e nos três planos, circundução. Para
visualização de cada um desses movimentos, consulte os livros de Biomecânica que
constam no Material complementar desta Unidade, os quais apresentam ilustrações
desses movimentos.

Durante os movimentos da articulação do ombro, vários movimentos do cíngulo


do membro superior ocorrem simultaneamente. A Tabela 2 apresenta essa relação.

Tabela 2 – Relação entre os movimentos do cíngulo do membro


superior que ocorrem durante os movimentos da articulação do ombro
Articulação do ombro Cíngulo do membro superior
Flexão Protração, rotação para cima
Extensão Retração, rotação para baixo
Abdução Rotação para cima

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Articulação do ombro Cíngulo do membro superior
Adução Rotação para baixo
Rotação medial Protração (acromioclavicular), retração (esternoclavicular)
Rotação lateral Retração (acromioclavicular), protração (esternoclavicular)
Abdução horizontal Retração (acromioclavicular), protração (esternoclavicular)
Adução horizontal Protração (acromioclavicular), retração (esternoclavicular)

Os principais músculos da articulação do ombro são inseridos principalmente


na escápula e no úmero para que o braço seja movimentado. Os onze músculos
que cruzam a articulação do ombro são: deltoide, peitoral maior, latíssimo do
dorso, Infraespinal, redondo menor, redondo maior, supraespinal, subescapular,
coracobraquial (estabilizador), bíceps braquial e tríceps braquial (cabeça longa)
(LIPERT, 2013). A Tabela 3 apresenta os movimentos articulares que esses
músculos são responsáveis.

Tabela 3 – Músculos da articulação do ombro e seus respectivos movimentos articulares


Músculo Movimentos articulares
Deltoide
Parte clavicular (anterior) Abdução, flexão, rotação medial, adução horizontal
Parte acromial (medial) Abdução
Parte espinal (posterior) Extensão, hiperextensão, abdução, rotação lateral, abdução horizontal
Peitoral maior
Parte clavicular Flexão
Parte esternocostal Extensão
Subescapular Rotação medial
Supraespinal Abdução
Latíssimo do dorso Extensão, hiperextensão, adução, rotação medial
Redondo maior Extensão, adução, rotação medial
Infraespinal Rotação lateral, abdução horizontal
Redondo menor Rotação lateral, abdução horizontal

Articulação do Cotovelo
O complexo do cotovelo contém três articulações que permitem movimentos
entre os ossos do braço e do antebraço. As articulações umerounlar e umerorradial
permitem movimentos entre o osso úmero (braço) e os ossos ulna e rádio (antebraço),
e a articulação radioulnar proximal permite movimentos entre os ossos rádio e
ulna (antebraço).

A articulação umeroulnar é sinovial em gínglimo, sendo uniaxial (movimento em


apenas um eixo de movimento – eixo médio-lateral), e está entre a fossa do olecrano
(úmero) e o olecrano (ulna). Essa articulação é a principal para movimentar o antebraço
em relação ao braço. A articulação umerorradial também é uma articulação em

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Corporais: Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral

gínglimo e está entre o capitulo do úmero e a cabeça do rádio. Essa articulação auxilia
a articulação umeroulnar. A articulação radioulnar proximal é sinovial trocoidea e
também é uniaxial (eixo longitudinal). Os movimentos que ocorrem nas articulações
úmeroulnar e umerorradial são flexão e extensão, e os movimentos que ocorrem na
articulação radioulnar proximal são supinação e pronação.

Os principais músculos do complexo do cotovelo são bíceps braquial, tríceps


braquial, braquial, braquiorradial, pronador redondo, pronador quadrado, ancôneo
e supinador. A Tabela 4 apresenta os movimentos articulares que esses músculos
são responsáveis.

Tabela 4 – Músculos da articulação do cotovelo e seus respectivos movimentos articulares


Músculo Movimentos articulares
Braquial Flexão
Bíceps braquial Flexão
Braquiorradial Flexão
Pronador redondo Pronação
Pronador quadrado Pronação
Tríceps braquial Extensão
Ancôneo Auxilia extensão
Supinador Supinação

Articulação Radiocarpal
A articulação radiocarpal, tradicionalmente conhecida como articulação do
“punho”, é sinovial elipsoidal e biaxial (movimentos ocorrem em dois eixos de
movimento – médio-lateral e anteroposterior) e está entre a extremidade distal do
rádio e os ossos escafoide e simulnar (ossos do carpo). Essa articulação permite
movimentos da mão em relação ao antebraço, sendo no plano sagital, flexão,
extensão e hiperextensão; e no plano frontal, flexão radial (ou abdução) e flexão
ulnar (ou adução).

Os principais músculos da articulação radiocarpal são flexor ulnar do carpo,


palmar longo, flexor radial do carpo, extensor radial longo do carpo, extensor radial
curto do carpo e extensor ulnar do carpo (LIPERT, 2013). A Tabela 5 apresenta os
movimentos articulares que esses músculos são responsáveis.

Tabela 5 – Músculos da articulação radiocarpal e seus respectivos movimentos articulares


Músculo Movimentos articulares
Flexor radial do carpo Flexão, abdução
Flexor ulnar do carpo Flexão, adução
Extensor radial longo do carpo Extensão, abdução
Extensor radial curto do carpo Extensão

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Músculo Movimentos articulares
Extensor ulnar do carpo Extensão, adução
Palmar longo Auxilia extensão

Estrutura da Mão
A mão, que é a extremidade mais distal do membro superior, é considerada uma
estrutura complexa, pois contém vários elementos (ossos, articulações e músculos) e
é responsável pelas habilidades motoras finas. Assim, o funcionamento apropriado
dessa estrutura é fundamental para a maioria das atividades da vida diária.

Os dedos da mão são classificados por dígitos que podem ser enumerados de
1 a 5, sendo o polegar “D1” (ou primeiro dígito), indicador “D2”, dedo médio
“D3”, dedo anular “D4” e dedo mínimo “D5”. As articulações da mão são
articulações Carpometacárpicas (CMC), articulações Metacarpofalângicas (MCF)
e articulações Interfalângicas Proximais (IFP) e Distais (IFD) (Figura 4). De modo
geral, as articulações carpometacárpicas se encontram entre os ossos do carpo e as
extremidades proximais dos ossos metacarpos; as articulações metacarpofalângicas
se encontram entre as extremidades distais dos ossos metacarpos e as falanges
proximais; e as articulações interfalângicas se encontram entre as falanges.

Articulações I
FD
Falanges
distais

Articulações IF Falanges
P
médias
Articulação
interfalângica
do polegar (IF) Falanges
ões MCF proximais
culaç
Arti

Ossos
metacarpais

Articulações CMC

Ossos
carpais

Figura 4 – Ilustração da estrutura da mão na vista anterior


Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images

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Corporais: Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral

É importante destacar que as articulações do polegar se diferem das articulações


dos demais dígitos. Assim, enquanto a articulação carpometacárpica do polegar,
que é considerada uma articulação sinovial selar, é bastante móvel e permite os
movimentos de flexão, extensão, hiperextensão, abdução e adução, nos demais
dígitos (D2 a D5) essa articulação é considerada sinovial plana e há pouco
movimento (de “deslizamento”, em consequência de movimentos da articulação
radiocarpal). As articulações metacarpofalângicas são do tipo sinovial elipsóidea,
sendo a do polegar uniaxial (eixo médio-lateral) com os movimentos de flexão e
extensão no plano sagital); e dos demais dígitos (D2 a D5) biaxiais (eixos médio-
lateral e anteroposterior) com os movimentos de flexão e extensão (plano sagital) e
abdução e adução (plano frontal). Por fim, as articulações interfalângicas, que são
do tipo sinovial gínglimo e uniaxial, permitem movimentos de flexão, extensão e
hiperextensão (em algumas pessoas) em todos os dígitos.

Os principais músculos da estrutura da mão são flexor superficial dos dedos, fle-
xor profundo dos dedos, flexor longo do polegar, flexor curto do polegar, adutor do
polegar, flexor do dedo mínimo, abdutor do dedo mínimo, abdutor longo do polegar,
extensor curto do polegar, extensor longo do polegar, extensor longo dos dedos, ex-
tensor do indicador, extensor do dedo mínimo (LIPERT, 2013). A Tabela 6 apresenta
os movimentos articulares que somente os músculos extrínsecos são responsáveis. É
importante notar que na estrutura da mão há músculos extrínsecos (devido à inserção
proximal ser localizada mais próxima da articulação radiocarpal) e intrínsecos (devido
à inserção proximal ser na porção mais distal dos ossos carpais) (LIPPERT, 2013).
Nesta Unidade, nossa ênfase será somente nos músculos extrínsecos.

Tabela 6 – Músculos extrínsecos da estrutura da mão e seus respectivos movimentos articulares


Músculo Movimentos articulares
Flexor superficial dos dedos Flexão: articulações metacarpolângicas e interfalângicas proximais de D2 a D5
Flexor profundo dos dedos Flexão: articulações metacarpolângicas e interfalângicas proximais e distais de D2 a D5
Flexor longo do polegar Flexão: articulações carpometacárpica, metacarpofalângica e interfalângica do D1
Extensor longo dos dedos Extensão: articulações metacarpolângicas e interfalângicas proximais e distais de D2 a D5
Extensor do indicador Extensão: articulações metacarpolângicas e interfalângicas proximais e distais do D2
Extensor do dedo mínimo Extensão: articulações metacarpolângicas e interfalângicas proximais e distais do D5
Extensor curto do polegar Extensão: articulações carpometacárpica e metacarpofalângica do D5
Extensor longo do polegar Extensão: articulações carpometacárpica, metacarpofalângica e interfalângica do D1
Abdutor longo do polegar Abdução da articulação carpometacárpica do D1, extensão da articulação carpometacárpica do D1

O Quadro a seguir é apresentado com intuito de facilitar o seu estudo e


consultas futuras, principalmente quando estiver atuando profissionalmente. Cabe
ressaltar que esse Quadro foi elaborado com base nas informações apresentadas
por Lippert (2013).

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Quadro 1 – Cíngulo do membro superior (cintura escapular) e membro superior
Articulação Movimento Plano de movimento músculo (s) agonista(s) primário(s)
Trapézio (parte descendente), levantador da escápula,
Elevação* Não planar
romboides
Depressão* Não planar Trapézio (parte ascendente), peitoral menor
Esternoclavicular Trapézio (partes descendentes e ascendente),
Rotação para cima Frontal
Acromioclavicular levantador da escápula, peitoral menor
Rotação para baixo Frontal Romboides, Serrátil anterior
Protração* Não planar Serrátil anterior, peitoral menor
Retração* Não planar Trapézio (parte transversa), romboides
Deltoide (parte clavicular), peitoral maior (parte
Flexão Sagital
clavicular – até 60o aproximadamente)
Deltoide (parte espinal), latíssimo do dorso, redondo
Extensão Sagital maior, peitoral maior (parte esternocostal até 120o
aproximadamente)

Hiperextensão Sagital Latíssimo do dorso, deltoide (parte espinal)


Glenoumeral
(ombro) Abdução Frontal Deltoide, supraespinal
Adução Frontal Peitoral maior, redondo maior, latíssimo do dorso
Latíssimo do dorso, redondo maior, subescapular,
Rotação medial Transverso
peitoral maior, deltoide (parte clavicular)
Rotação lateral Transverso Infraespinal, redondo menor, deltoide (parte espinal)
Abdução horizontal Transverso Deltoide (parte espinal) Infraespinal, redondo menor
Adução horizontal Transverso Peitoral maior, deltoide (parte clavicular)
Umeroulnar Flexão Sagital Bíceps braquial, braquial, braquiorradial
Umerorradial Extensão Sagital Tríceps braquial
Radioulnar Supinação Transverso Bíceps braquial, supinador
proximal Pronação Transverso Pronador redondo, pronador quadrado
Flexão Sagital Flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo
Extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do
Extensão Sagital
Radiocarpal carpo, extensor ulnar do carpo
(punho) Abdução
Frontal Flexor radial do carpo, extensor radial longo do carpo
(flexão radial)
Adução (flexão ulnar) Frontal Flexor ulnar do carpo, extensor ulnar do carpo
Legenda: * tratam-se de movimentos lineares (sem eixo de rotação).

Tronco e Coluna Vertebral


Importante! Importante!

O tronco é o maior segmento do nosso corpo e, ao contrário da maioria dos segmentos


corporais que sãos dispostos aos pares (dois pés, duas mãos, dois braços, duas pernas
etc.), o tronco é um segmento único. A coluna vertebral é considerada o eixo longitudinal
do nosso corpo, que funciona como uma haste elástica modificada que proporciona ao
tronco suporte rígido e flexibilidade, além de proteger a medula espinal.

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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos
Corporais: Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral

A coluna vertebral é formada por 33 vértebras empilhadas, das quais 24 são


vértebras móveis (Figura 5). A localização dessas vértebras define curvaturas
anteroposteriores, de acordo com a região do tronco em que se encontram, e são
denominadas curvaturas cervical (7 vértebras), torácica (12 vértebras), lombar (5
vértebras), sacral (5 vértebras fundidas) e coccígeas (4 vértebras coccígeas fundidas).
Essas vértebras aumentam de tamanho progressivamente da região cervical para
a região lombar e o formato das vértebras é ligeiramente diferente, o que leva a
diferentes funções (FLOYD, 2011). Na postura ereta, cada vértebra deve sustentar
o peso da cabeça, dos braços e de todo o tronco posicionado acima dela. Dessa
forma, as vértebras localizadas mais inferiormente sustentam mais carga.

cervical

torácica

lombar

sacral

conccígea

Figura 5 – Vista lateral esquerda da coluna vertebral, ilustrando a pilha de vértebras e as curvaturas
anteroposteriores cervical (convexa), torácica (côncava) , lombar (convexa), sacral e coccígea (côncava)
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images

As duas primeiras vértebras cervicais são chamadas, respectivamente, de atlas e


áxis. As demais vértebras até a curvatura lombar não têm nome específico, de modo
que nos referimos a cada uma delas de acordo com sua região (cervical, torácica,
lombar) e localização da mais superior para a mais inferior, enumerando-as. Para
tanto, utilizamos a primeira letra da região em que a vértebra está localizada e
a enumeramos a partir da vértebra mais superior (i.e., C1, C2, ..., C7; T1, T2,
..., T12; L1, L2, ..., L5). Portanto, quando queremos nos referir, por exemplo,
à quarta vértebra lombar, simplesmente dizemos “L4”. É importante notar que
apesar de as duas primeiras vértebras terem nomes específicos, é mais comum nos
referirmos a elas como C1 e C2.

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Das quatro curvaturas apresentadas, as curvaturas
torácica e sacral são consideradas curvaturas primá-
rias, uma vez que já estão presentes no nascimento.
As curvaturas cervical e lombar (juntamente com a
coccígea) são consideradas curvaturas secundárias,
pois são formadas após o nascimento, principalmen-
te após aquisição da posição bípede, em decorrência
da sustentação do peso corporal (Figura 6).

De modo geral, as vértebras C2 a L5 apresentam


estruturas parecidas, sendo que cada uma tem um
corpo vertebral, que é a porção anterior da coluna
vertebral constituída de tecido ósseo esponjoso,
sendo sua principal função sustentar a carga que está
acima dele; um forame vertebral, que é um orifício
por onde passa a medula espinal; um processo Figura 6 – Ilustração das curvaturas
espinhoso e dois processos transversos, dispostos primárias (A) e secundárias
um de cada lado do processo espinhoso, nos quais (B) da coluna vertebral
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
vários músculos estão inseridos.

Consulte um livro de Anatomia para identificar as principais partes de uma vértebra e


Explor

suas características.

Entre os corpos vertebrais há discos intervertebrais. Discos intervertebrais são


formados por uma parte externa chamada de anel fibroso e uma parte central
chamada de núcleo pulposo. Enquanto o anel fibroso é constituído de anéis
concêntricos de fibrocartilagem que contêm o núcleo pulposo, o núcleo pulposo é
uma substância gelatinosa. Na nossa coluna vertebral há 23 discos intervertebrais,
a partir de C2 até L5, os quais correspondem por aproximadamente 25% do
comprimento total da coluna vertebral (LIPPERT, 2013). As principais funções
dos discos intervertebrais são sustentar e distribuir as cargas na coluna vertebral e
restringir o excesso de movimento no segmento móvel da coluna vertebral, que é
constituído por duas vértebras adjacentes e o disco intervertebral.

O segmento móvel é considerado a unidade funcional da coluna vertebral


(HALL, 2016), pois é a partir desse segmento que ocorrem os movimentos da
nossa coluna. Cada segmento móvel possui três articulações, sendo uma articulação
anfiartrodial, formada entre dois corpos vertebrais e um disco intervertebral; e duas
articulações sinoviais planas (deslizantes), formadas pelos processos articulares
superior e inferior.

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Com uma unidade, a coluna vertebral permite movimentação nos três planos
(sagital, frontal e transverso), e três eixos (médio-lateral, anteroposterior e
longitudinal) de movimento. Dessa forma, para movimentar nossa cabeça e tronco,
realizamos flexão, extensão e hiperextensão no plano sagital; flexão lateral para
a direita e para a esquerda no plano frontal; e rotação para a direita e para e
esquerda no plano transverso.

Importante! Importante!

Os movimentos entre os segmentos móveis são limitados, porém, quando somados


entre si, esses movimentos proporcionam grande mobilidade à coluna vertebral.
Normalmente, a maior mobilidade ocorre entre o início e término de cada região
da coluna (i.e., região cervicotorácica, região toracolombar e região lombossacral)
(HALL, 2016).

Os músculos da coluna vertebral estão localizados na região do pescoço e do


tronco e são divididos, de modo geral, em músculos anteriores, que são flexores,
músculos posteriores, que são extensores. Todos esses músculos são designados aos
pares (direito, esquerdo) e quando ativados bilateralmente promovem movimentos
de flexão, extensão e hiperextensão, enquanto que quando ativados unilateralmente
promovem movimentos de flexão lateral e rotação (LIPPERT, 2013). A Tabela
7 apresenta os principais músculos da coluna vertebral com seus respectivos
movimentos articulares.

Tabela 7 – Principais músculos da coluna vertebral e seus respectivos movimentos articulares


Músculo Movimentos articulares
Bilateral: flexão, hiperextensão
Esternocleiodomastóideo
Unilateral: flexão lateral, rotação para o lado oposto
Bilateral: flexão (auxiliar)
Escalenos
Unilateral: flexão lateral
Bilateral: extensão
Esplênio da cabeça
Unilateral: flexão lateral, rotação para o mesmo lado
Bilateral: extensão
Esplênio do pescoço
Unilateral: flexão lateral, rotação para o mesmo lado
Reto do abdome Flexão
Bilateral: flexão (auxiliar)
Oblíquo externo
Unilateral: flexão lateral, rotação para o lado oposto
Bilateral: flexão
Oblíquo interno
Unilateral: flexão lateral, rotação para o mesmo lado
Bilateral: extensão
Eretor da espinha
Unilateral: flexão lateral
Bilateral: extensão
Transversoespinais
Unilateral: rotação para o lado oposto
Interespinais Extensão
Intertransvesários Flexão lateral
Quadrado lombar Flexão lateral

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Desvios Posturais
Na coluna vertebral podem haver alguns desvios
indesejáveis nas curvaturas mencionadas. De modo
geral, o aumento acentuado da curvatura torácica é
conhecido como cifose; o aumento acentuado das
curvaturas cervical e lombar é conhecido como lordose
e a presença de curvatura(s) lateral(is) é conhecida
como escoliose. Não é objetivo desta Unidade
descrever as causas, efeitos e tratamentos para esses
desvios. Entretanto, é importante destacar que tais
desvios podem ser decorrentes de malformações
congênitas, consequências de doenças neurológicas
e, principalmente, de “má” postura (i.e. natureza
funcional). À medida que mantemos uma postura com
a curvatura exagerada, podemos ter uma tendência de
contrair os músculos que se encontram na concavidade
dessa curvatura enquanto há enfraquecimento dos
músculos que se encontram na convexidade dessa
curvatura (LIPPERT, 2013).

Imagine ou (se possível) observe uma pessoa que


Figura 7 – Ilustração de curvatura
tenha lordose na curvatura lombar (Figura 7). É bem lombar acentuada, caracterizando
provável que essa pessoa apresente contratura dos um desvio postural chamado
músculos extensores do tronco e fraqueza dos músculos lordose
do abdome. Fonte: iStock/Getty Images

Os quadros a seguir são apresentados com intuito de facilitar o seu estudo e consultas
Explor

futuras, principalmente quando estiver atuando profissionalmente. Cabe ressaltar que estes
quadros foram elaborados com base nas informações apresentadas por Lippert (2013).

Quadro 2 – Cíngulo do membro superior (cintura escapular) e membro superior


Articulação Movimento Plano de movimento Músculo(s) agonista(s) primário(s)
Trapézio (parte descendente), levantador da escápula,
Elevação* Não planar
romboides
Depressão* Não planar Trapézio (parte ascendente), peitoral menor
Esternoclavicular Trapézio (partes descendentes e ascendente),
Rotação para cima Frontal
Acromioclavicular levantador da escápula, peitoral menor
Rotação para baixo Frontal Romboides, Serrátil anterior
Protração* Não planar Serrátil anterior, peitoral menor
Retração* Não planar Trapézio (parte transversa), romboides

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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos
Corporais: Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral

Articulação Movimento Plano de movimento Músculo(s) agonista(s) primário(s)


Deltoide (parte clavicular), peitoral maior (parte
Flexão Sagital
clavicular – até 60o aproximadamente)
Deltoide (parte espinal), latíssimo do dorso, redondo
Extensão Sagital maior, peitoral maior (parte esternocostal até 120o
aproximadamente)

Hiperextensão Sagital Latíssimo do dorso, deltoide (parte espinal)


Glenoumeral
(ombro) Abdução Frontal Deltoide, supraespinal
Adução Frontal Peitoral maior, redondo maior, latíssimo do dorso
Latíssimo do dorso, redondo maior, subescapular,
Rotação medial Transverso
peitoral maior, deltoide (parte clavicular)
Rotação lateral Transverso Infraespinal, redondo menor, deltoide (parte espinal)
Abdução horizontal Transverso Deltoide (parte espinal) Infraespinal, redondo menor
Adução horizontal Transverso Peitoral maior, deltoide (parte clavicular)
Umeroulnar Flexão Sagital Bíceps braquial, braquial, braquiorradial
Umerorradial Extensão Sagital Tríceps braquial
Radioulnar Supinação Transverso Bíceps braquial, supinador
proximal Pronação Transverso Pronador redondo, pronador quadrado
Flexão Sagital Flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo
Extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do
Extensão Sagital
Radiocarpal carpo, extensor ulnar do carpo
(punho) Abdução (flexão
Frontal Flexor radial do carpo, extensor radial longo do carpo
radial)
Adução (flexão ulnar) Frontal Flexor ulnar do carpo, extensor ulnar do carpo
Legenda: * tratam-se de movimentos lineares (sem eixo de rotação).

Quadro 3 – Coluna vertebral


Região Movimento Plano de movimento Músculo(s) agonista(s) primário(s)
Flexão Sagital Esternocleidomastóideo
Esplênio da cabeça, esplênio do pescoço, eretor da
Extensão Sagital
espinha, transversoespinais, interespinais
Flexão lateral Frontal Esternocleiodomastóideo, transversoespinais
Pescoço
Rotação para o
Transverso Esplênio da cabeça, esplênio do pescoço
mesmo lado
Rotação para o lado
Transverso Esternocleiodomastóideo, transversoespinais
oposto
Flexão Sagital Reto do abdome, oblíquo externo, oblíquo interno
Extensão Sagital Eretor da espinha, transversoespinais, interespinais
Quadrado lombar, eretor da espinha, oblíquo externo,
Flexão lateral Frontal
oblíquo interno, intertransversários
Tronco Rotação para o
Transverso Oblíquo interno
mesmo lado
Rotação para o lado
Transverso Oblíquo externo, transversoespinais
oposto
Compressão do Reto do abdome, oblíquo externo, oblíquo interno,
-
abdome transverso do abdome

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
BIOMECÂNICA da corrida
https://goo.gl/55WCEI

Livros
Biomecânica do Esporte e do Exercício
MCGINNIS, P. M. Biomecânica do esporte e do exercício. Porto Alegre, RS:
Artmed, 2015.

Leitura
Atlas fotográfico de Anatomia
COLICIGNO, P. R. C. et al. Atlas fotográfico de Anatomia. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2009. HALL, S. J. Biomecânica Básica. 5. ed. São Paulo: Manole, 2009.
https://goo.gl/gjOZTT

Bases Biomecânicas do Movimento Humano


EXEMPO de plano de aula (arremesso). Portal do Professor. [20--]. .HAMILL, J.;
KNUTZEN, K. Bases biomecânicas do movimento humano. 2. ed. Barueri, SP:
Manole, 2008.
https://goo.gl/0Bmeml

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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos
Corporais: Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral

Referências
FLOYD, R. T. Manual de Cinesiologia estrutural. 16. ed. Barueri, SP:
Manole, 2011.

HALL, S. Biomecânica Básica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

LIPPERT, L. S. Cinesiologia Clínica e Anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2013.

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