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Cinesiologia Aplicados
à Educação Física
Material Teórico
Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos Corporais:
Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Aspectos Biomecânicos Aplicados
aos Segmentos Corporais: Membro
Superior, Tronco e Coluna Vertebral
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecer os principais aspectos biomecânicos relacionados aos
sistemas ósseo, articular e muscular do membro superior, tronco e
coluna vertebral.
· Compreender e relacionar as especificidades das estruturas do
cíngulo do membro superior, tronco e coluna vertebral ao movi-
mento humano.
ORIENTAÇÕES
Seja bem-vindo(a) às nossas discussões sobre Fundamentos de cinesiologia
aplicados à Educação Física!
Saiba que esta Disciplina tem como propósito o estudo dos princípios da Ana-
tomia aplicados à execução do movimento humano e dos fatores mecânicos
internos e externos associados à execução desse movimento; conhecer a des-
crição da terminologia de movimento adotada por profissionais da área da
saúde e visão geral dos aspectos cinesiológicos e biomecânicos que são utiliza-
dos na análise do movimento humano; além de lhe proporcionar momentos
de leitura – textual e audiovisual – e reflexão sobre os temas que serão aqui dis-
cutidos, contribuindo com sua formação continuada e trajetória profissional.
Esta Disciplina está organizada em seis unidades, cujo eixo principal será
conhecer os conceitos da Cinesiologia e Biomecânica, e relacioná-los às
análises de movimentos dos executantes durante as aulas de Educação Física
e prática de atividades físicas; criar meios de análise dos movimentos dos
executantes nas aulas de Educação Física e durante a prática de atividades
físicas; aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos à atuação profissional;
além de adequar os movimentos conforme a capacidade e necessidades
individuais dos executantes. Isso é o que você encontrará nas próximas
unidades. Está preparado(a) para embarcar nesta viagem de estudos sobre o
movimento do corpo humano?
Ademais, perceba que a Disciplina em ensino a distância pode ser realizada
em qualquer lugar que você tenha acesso à Internet e em qualquer horário.
Dessa forma, normalmente com a correria do dia a dia não nos organizamos
e deixamos para o último momento o acesso ao estudo, o que implicará no
não aprofundamento do material trabalhado, ou ainda, na perda dos prazos
para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exem-
plo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado
horário todos ou alguns dias e determinar como o “momento do estudo”.
https://goo.gl/RbZKuo
Avaliação Biomecânica da Corrida
https://youtu.be/G5gu6EFk4tU
Biomecânica - Usain Bolt
https://youtu.be/q_IpCqlud7c
Hora de iniciar mais uma Unidade, um atlas de Anatomia pode ser muito
importante para o auxílio e entendimento da mesma.
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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos
Corporais: Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral
Clavícula
Esterno
Figura 1 – Ilustração das estruturas ósseas e das articulações do cíngulo do membro superior
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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a escápula é movimentada ao longo do tórax em decorrência dos movimentos das
articulações esternoclavicular e acromioclavicular.
https://goo.gl/VwIpJT
Importante! Importante!
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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos
Corporais: Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral
Articulação do Ombro
Importante! Importante!
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Articulação do ombro Cíngulo do membro superior
Adução Rotação para baixo
Rotação medial Protração (acromioclavicular), retração (esternoclavicular)
Rotação lateral Retração (acromioclavicular), protração (esternoclavicular)
Abdução horizontal Retração (acromioclavicular), protração (esternoclavicular)
Adução horizontal Protração (acromioclavicular), retração (esternoclavicular)
Articulação do Cotovelo
O complexo do cotovelo contém três articulações que permitem movimentos
entre os ossos do braço e do antebraço. As articulações umerounlar e umerorradial
permitem movimentos entre o osso úmero (braço) e os ossos ulna e rádio (antebraço),
e a articulação radioulnar proximal permite movimentos entre os ossos rádio e
ulna (antebraço).
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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos
Corporais: Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral
gínglimo e está entre o capitulo do úmero e a cabeça do rádio. Essa articulação auxilia
a articulação umeroulnar. A articulação radioulnar proximal é sinovial trocoidea e
também é uniaxial (eixo longitudinal). Os movimentos que ocorrem nas articulações
úmeroulnar e umerorradial são flexão e extensão, e os movimentos que ocorrem na
articulação radioulnar proximal são supinação e pronação.
Articulação Radiocarpal
A articulação radiocarpal, tradicionalmente conhecida como articulação do
“punho”, é sinovial elipsoidal e biaxial (movimentos ocorrem em dois eixos de
movimento – médio-lateral e anteroposterior) e está entre a extremidade distal do
rádio e os ossos escafoide e simulnar (ossos do carpo). Essa articulação permite
movimentos da mão em relação ao antebraço, sendo no plano sagital, flexão,
extensão e hiperextensão; e no plano frontal, flexão radial (ou abdução) e flexão
ulnar (ou adução).
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Músculo Movimentos articulares
Extensor ulnar do carpo Extensão, adução
Palmar longo Auxilia extensão
Estrutura da Mão
A mão, que é a extremidade mais distal do membro superior, é considerada uma
estrutura complexa, pois contém vários elementos (ossos, articulações e músculos) e
é responsável pelas habilidades motoras finas. Assim, o funcionamento apropriado
dessa estrutura é fundamental para a maioria das atividades da vida diária.
Os dedos da mão são classificados por dígitos que podem ser enumerados de
1 a 5, sendo o polegar “D1” (ou primeiro dígito), indicador “D2”, dedo médio
“D3”, dedo anular “D4” e dedo mínimo “D5”. As articulações da mão são
articulações Carpometacárpicas (CMC), articulações Metacarpofalângicas (MCF)
e articulações Interfalângicas Proximais (IFP) e Distais (IFD) (Figura 4). De modo
geral, as articulações carpometacárpicas se encontram entre os ossos do carpo e as
extremidades proximais dos ossos metacarpos; as articulações metacarpofalângicas
se encontram entre as extremidades distais dos ossos metacarpos e as falanges
proximais; e as articulações interfalângicas se encontram entre as falanges.
Articulações I
FD
Falanges
distais
Articulações IF Falanges
P
médias
Articulação
interfalângica
do polegar (IF) Falanges
ões MCF proximais
culaç
Arti
Ossos
metacarpais
Articulações CMC
Ossos
carpais
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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos
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Os principais músculos da estrutura da mão são flexor superficial dos dedos, fle-
xor profundo dos dedos, flexor longo do polegar, flexor curto do polegar, adutor do
polegar, flexor do dedo mínimo, abdutor do dedo mínimo, abdutor longo do polegar,
extensor curto do polegar, extensor longo do polegar, extensor longo dos dedos, ex-
tensor do indicador, extensor do dedo mínimo (LIPERT, 2013). A Tabela 6 apresenta
os movimentos articulares que somente os músculos extrínsecos são responsáveis. É
importante notar que na estrutura da mão há músculos extrínsecos (devido à inserção
proximal ser localizada mais próxima da articulação radiocarpal) e intrínsecos (devido
à inserção proximal ser na porção mais distal dos ossos carpais) (LIPPERT, 2013).
Nesta Unidade, nossa ênfase será somente nos músculos extrínsecos.
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Quadro 1 – Cíngulo do membro superior (cintura escapular) e membro superior
Articulação Movimento Plano de movimento músculo (s) agonista(s) primário(s)
Trapézio (parte descendente), levantador da escápula,
Elevação* Não planar
romboides
Depressão* Não planar Trapézio (parte ascendente), peitoral menor
Esternoclavicular Trapézio (partes descendentes e ascendente),
Rotação para cima Frontal
Acromioclavicular levantador da escápula, peitoral menor
Rotação para baixo Frontal Romboides, Serrátil anterior
Protração* Não planar Serrátil anterior, peitoral menor
Retração* Não planar Trapézio (parte transversa), romboides
Deltoide (parte clavicular), peitoral maior (parte
Flexão Sagital
clavicular – até 60o aproximadamente)
Deltoide (parte espinal), latíssimo do dorso, redondo
Extensão Sagital maior, peitoral maior (parte esternocostal até 120o
aproximadamente)
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cervical
torácica
lombar
sacral
conccígea
Figura 5 – Vista lateral esquerda da coluna vertebral, ilustrando a pilha de vértebras e as curvaturas
anteroposteriores cervical (convexa), torácica (côncava) , lombar (convexa), sacral e coccígea (côncava)
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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Das quatro curvaturas apresentadas, as curvaturas
torácica e sacral são consideradas curvaturas primá-
rias, uma vez que já estão presentes no nascimento.
As curvaturas cervical e lombar (juntamente com a
coccígea) são consideradas curvaturas secundárias,
pois são formadas após o nascimento, principalmen-
te após aquisição da posição bípede, em decorrência
da sustentação do peso corporal (Figura 6).
suas características.
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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos
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Com uma unidade, a coluna vertebral permite movimentação nos três planos
(sagital, frontal e transverso), e três eixos (médio-lateral, anteroposterior e
longitudinal) de movimento. Dessa forma, para movimentar nossa cabeça e tronco,
realizamos flexão, extensão e hiperextensão no plano sagital; flexão lateral para
a direita e para a esquerda no plano frontal; e rotação para a direita e para e
esquerda no plano transverso.
Importante! Importante!
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Desvios Posturais
Na coluna vertebral podem haver alguns desvios
indesejáveis nas curvaturas mencionadas. De modo
geral, o aumento acentuado da curvatura torácica é
conhecido como cifose; o aumento acentuado das
curvaturas cervical e lombar é conhecido como lordose
e a presença de curvatura(s) lateral(is) é conhecida
como escoliose. Não é objetivo desta Unidade
descrever as causas, efeitos e tratamentos para esses
desvios. Entretanto, é importante destacar que tais
desvios podem ser decorrentes de malformações
congênitas, consequências de doenças neurológicas
e, principalmente, de “má” postura (i.e. natureza
funcional). À medida que mantemos uma postura com
a curvatura exagerada, podemos ter uma tendência de
contrair os músculos que se encontram na concavidade
dessa curvatura enquanto há enfraquecimento dos
músculos que se encontram na convexidade dessa
curvatura (LIPPERT, 2013).
Os quadros a seguir são apresentados com intuito de facilitar o seu estudo e consultas
Explor
futuras, principalmente quando estiver atuando profissionalmente. Cabe ressaltar que estes
quadros foram elaborados com base nas informações apresentadas por Lippert (2013).
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
BIOMECÂNICA da corrida
https://goo.gl/55WCEI
Livros
Biomecânica do Esporte e do Exercício
MCGINNIS, P. M. Biomecânica do esporte e do exercício. Porto Alegre, RS:
Artmed, 2015.
Leitura
Atlas fotográfico de Anatomia
COLICIGNO, P. R. C. et al. Atlas fotográfico de Anatomia. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2009. HALL, S. J. Biomecânica Básica. 5. ed. São Paulo: Manole, 2009.
https://goo.gl/gjOZTT
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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos
Corporais: Membro Superior, Tronco e Coluna Vertebral
Referências
FLOYD, R. T. Manual de Cinesiologia estrutural. 16. ed. Barueri, SP:
Manole, 2011.
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