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Índice
Introdução.................................................................................................................................3

Elementos de estudo sobre os movimentos articulares e miologia..........................................4

Anatomia músculo - esquelética...............................................................................................4

Classificação do músculo-esquelético quanto à sua função.....................................................4

Partes do músculo-esquelético.................................................................................................5

Características do músculo-esquelético....................................................................................5

Organização macroscópica e função geral do músculo-esquelético........................................6

Modo de inserção dos músculos...............................................................................................7

Acção do músculo....................................................................................................................7

Músculo do corpo humano.......................................................................................................8

Conclusão...............................................................................................................................10

Referências bibliográficas......................................................................................................11
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Introdução
O presente trabalho debruça-se sobre a anatomia músculo-esquelética, ou Miologia, que é o
estudo dos músculos. Os músculos são os órgãos responsáveis pelo movimento dos animais. Eles
possuem a capacidade de contrair-se e de relaxar, e, em consequência, de transmitirem
movimentos aos ossos nos quais se inserem. Pretende-se com este trabalho estudar a anatomia
músculo esquelética desde a classificação, organização do músculo-esquelético, características,
função e as acções do músculo-esquelético.
De forma administrativa, o trabalho é elaborado no âmbito do cumprimento dos requisitos
avaliativos na cadeira de Anatomia animal e humana, para a segunda sessão, na UCM. Dessa
maneira, o trabalho reveste-se de extrema importância para os estudantes do curso de Biologia,
uma vez que a Miologia é parte da Anatomia que por sua vez, se encaixa na Biologia.
Importa nesta página introdutória fazer a menção da metodologia científica que norteou a
elaboração deste trabalho. Nesses termos, a pesquisa bibliográfica é que tornou possível a
efectivação do trabalho. Essa pesquisa caracterizou-se por leituras e consultas de obras
científicas que vão mencionadas na página das referências bibliográficas do trabalho.
A sua estrutura é conduzida pela vastidão do próprio tema e compõe os seguintes elementos
temáticos: (i) Anatomia músculo- esquelética; (ii) Classificação do músculo-esquelético quanto à
sua função; (iii) Partes do músculo-esquelético; (iv) Organização macroscópica e função geral do
músculo-esquelético; (v) Características do músculo-esquelético (vi) modo de inserção dos
músculos e (vi) acção do músculo.
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Elementos de estudo sobre os movimentos articulares e miologia

Anatomia músculo - esquelética


“O sistema esquelético-muscular é formado pela união de ossos, articulações e músculos,
constituindo um elemento de suporte, protecção e movimento do corpo humano, com
características anatómicas adaptadas as funções que desempenha” (Barbosa, p. 12 )

“O músculo-esquelético é assim chamado porque liga-se aos ossos do esqueleto, formando a


principal massa muscular do corpo. Chama-se também músculo voluntário porque o músculo-
esquelético pode ser conscientemente controlado pelo cérebro”. (Pozzobon et All, p 10)

Segundo (Barbosa, p. 12), O corpo contém mais de 350 músculos esqueléticos. O movimento do
corpo, como por exemplo acenar ou andar, resulta da contracção ou relaxamento do músculo-
esquelético. Normalmente um movimento específico é o resultado da contracção de vários
músculos e relaxando simultaneamente. Os músculos esqueléticos individuais são separados de
outros músculos e mantidos em posição por camadas de tecido conjuntivo fibroso conhecido
como fáscia.

Classificação do músculo-esquelético quanto à sua função.


Guimarães (2016, p. 14) classifica os músculos da seguinte maneira:
a)Agonistas: músculos que actuam em conjunto activamente para produzir um movimento
desejado. Exemplo: na flexão do cotovelo, o músculo branquial anterior, o bíceps é agonista.

b)Antagonistas: músculos que se opõem à acção dos agonistas. Quando o agonista se contrai, o
antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Exemplo: na flexão do
cotovelo, o antagonista do branquial anterior é o tríceps branquial.

c) Sinergistas: são aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocorram
movimentos indesejáveis durante a acção principal. Exemplo: na flexão do cotovelo, o musculo
que actua como principal, mas há outros cuja função de ajudar, que é o musculo branquial
anterior e o coracobranquial.
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d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente.
Estabilizam a parte proximal do membro quando a parte distal se movimenta.

Partes do músculo-esquelético
Para (Jones & Bartlett, p.12), um músculo-esquelético típico possui uma porção média e duas
extremidades. A porção média é denominada de ventre muscular e consiste na parte mais espessa
do músculo, possuindo um aspecto carnoso e cor vermelho-escuro. O ventre muscular é
constituído essencialmente por feixes de células (fibras) musculares unidas por tecido conjuntivo
e, consequentemente, corresponde à parte activa ou contráctil do músculo.
As extremidades correspondem à parte passiva do músculo, transmitindo a força da contracção
do ventre para o osso, uma vez que é por meio delas que os músculos se fixam ao esqueleto.
Assim, quando os músculos se contraem e o comprimento é reduzido os pontos de fixação se
aproximam um do outro e as peças esqueléticas são movimentadas ao redor das articulações
sinoviais. Desta forma, as extremidades prendem-se à pelo menos dois ossos, de maneira que o
músculo cruza uma ou mais articulações.
Quando as extremidades de um músculo possuem um aspecto cilindróide ou de fita são
designadas de tendões quando laminares, são denominadas de aponeuroses. Ambos são
esbranquiçados e brilhantes, muito resistentes e praticamente inextensíveis, sendo constituídos
por tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas. Enquanto os tendões, na maioria, unem os
músculos fusiformes e penados aos ossos, as aponeuroses estão associadas aos músculos planos.
Em geral, há um tendão em cada extremidade, embora possa haver mais de um em determinados
músculos, cada um fixando-se em um osso ou parte diferente deste. Entretanto, nem sempre os
tendões ou aponeuroses se fixam nos ossos, podendo fazê-lo em outras estruturas como
cartilagens, cápsulas articulares, septos intermusculares, tendões de outros músculos, derme,
entre outras; assim como podem inexistir naquelas situações em que o ventre muscular fixa-se
directamente no osso formando as chamadas “inserções carnosas”.

Características do músculo-esquelético
Segundo (Barbosa, p.22 ) O músculo-esquelético ou estriado é conhecido com as seguintes
características:
 Contem bandas claras e escuras;
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 Células alongadas e multinucleadas;


 Controle voluntário;
 É fixado aos ossos do esqueleto;
 É controlado pelo sistema nervoso somático.

Organização macroscópica e função geral do músculo-esquelético


Na perspectiva de (Correia, p.14) A maior parte do músculo-esquelético consiste em tecido
muscular estriado, que se encontra no ventre muscular, a parte vermelha e central do músculo. O
tecido muscular estriado é responsável pela capacidade de contracção do músculo e é constituído
por células musculares – as fibras musculares – que estão organizadas em feixes. Assumem,
também, importância na composição do músculo as estruturas do tecido conjuntivo que têm cor
esbranquiçada: os mísios, os tendões e as aponevroses. Os mísios são membranas que envolvem
e separam quer fibras musculares, quer feixes de fibras musculares. Os tendões encontram-se nas
extremidades dos músculos que têm forma alongada e asseguram a transmissão da força gerada
pelo ventre muscular aos ossos. São formados por tecido conjuntivo denso modelado, sendo,
portanto, muito resistentes ao alongamento. Nos músculos de forma larga, a união aos ossos é
feita por estruturas de forma plana, as aponevroses, que também servem para separar músculos
ou regiões musculares.
A principal propriedade do tecido muscular é a capacidade de contrair, isto é, gerar tensão no
sentido do encurtamento do músculo. Um músculo atravessa sempre pelo menos uma articulação
móvel, inserindo-se em segmentos ósseos aos quais transmite a força desenvolvida através das
aponevroses e tendões. Assim, a força de contracção tende a encurtar o músculo e, em
consequência, deslocar um dos segmentos ósseos onde o músculo se insere, gerando movimento
na articulação. O movimento específico que produz na articulação depende da posição que
apresenta em relação a ela e da orientação da sua linha de tracção, ou seja, a linha imaginária que
une as extremidades do músculo. Apesar de o músculo poder produzir movimento em qualquer
dos segmentos ósseos onde se insere, normalmente quando se contrai utiliza um dos segmentos
ósseos onde se insere como ponto fixo – Origem do músculo – para poder movimentar o outro
segmento em que se insere, designando-se essa extremidade por Inserção do músculo. Em
situações excepcionais, quando a extremidade corporal está fixa, a contracção de um músculo
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pode deslocar o segmento corporal onde tem origem. Nesses casos, diz-se que o músculo
trabalha “com origem e inserção invertidas”.

Modo de inserção dos músculos.


Segundo (Pedro 214), Na sua maior parte, ligam-se ao esqueleto. Alguns, porém – os
subcutâneos, por exemplo, fixam-se à pele e outros a órgãos, como os músculos do globo ocular;
a uma mucosa, como os músculos da língua; anuma aponevrose, como os do véu palantino; a
uma cartilagem, como os músculos da laringe, ou mesmo ao dentão doutro músculo, como os
lombricais. Estes casos são, no entanto, poucos frequentes. A maior parte dos músculos estriados
inserem-se no esqueleto, quer directamente, quer por intermédio de um tendão ou de uma
aponevrose de inserção. Uma da inserções é considerada fixa e a outra móvel. A inserção fixa
faz-se quase sempre directamente através de fibras carnudas, que por vezes s confundem com as
dos músculos vizinhos; a inserção móvel é tendinosa, limitada e nítida. Os músculos são
independentes na maior parte do seu trajecto. Ao nível dos membros é frequente vários deles
terem origem comum, embora se separem em seguida; no entanto, podem mudar de expansões
aponevroticas no seu ponto de terminação. Os músculos parietais imbricam as suas inserções, as
digitações, bem visíveis sob a pele do tórax. Estes músculos cruzam as suas aponevroses na linha
média com as do lado oposto e originam um rafetendinoso, com a linha branca da parede
abdominal.

Acção do músculo
“Os músculos mobilizam alavancas ósseas. Entede-se por linha de acção de um músculo a linha
que une as suas inserções proximal e distal ou, quando um tendão se reflecte, a linha que vai do
ponto de reflexão à inserção terminal. A acção do músculo depende da maneira como a sua linha
de acção atravessa os eixos articulares. Qualquer estudo mecânico se base a necessariamente no
conhecimento das linhas de acção ne dos eixos articulares quando um músculo atravessa uma
única articulação, chama-se monarticular, é um musculo de velocidade; quando atravessa
diversas, chama-se poliarticular e actua sobre as diferentes articulações que atravessa, em
especial sobre a última. Neste caso, é quase sempre um músculo de força os músculos associam a
sua acção ao longo de um membro formando cadeias de movimento um músculo nunca funciona
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isoladamente, mas sim em grupos chamados agonistas, aos quais se opõem antagonistas, que
tornam o movimento mais preciso”. (Pedro 217)

Músculo do corpo humano


Na perspectiva de (Pedro 2014 p. 219), os músculos do corpo humano são:
a) Os músculos da cabeça e do rosto são os músculos mastigadores, a língua e os anexos ao
globo ocular. Alguns encontram-se ligados à pele, como os músculos da mímica, ou
asseguram ainda a oclusão das pálpebras e, da boca, como os orbiculares. Os músculos da
fronte e da região occipital são reunidos pela aponevrose epicraniana subjacente ao couro
cabeludo.
b) Os músculos da coluna vertebral são quase todos extensores, acção que associa muitas vezes
com a inclinação lateral da ráquis ou com a sua rotação. Ocupam goteiras ósseas (músculos
das goteiras) na face posterior dos arcos vertebral e depois o sacro e a bacia, onde se inserem,
e sobem numa massa comum até à base do crânio. Estes músculos projectam na direcção de
cada vértebra um feixizinho musculotendinoso, em caibro. Assim, cada vértebra é mobilizada
separadamente e o ráquis por inteiro.

c) Os músculos do tronco são os músculos das paredes torácicas e abdominais.O diafragma,


músculo respiratório principal, separa o tórax do abdómen. Os músculos das paredes,
propriamente ditas, do tronco encontram-se divididos em três camadas, cada uma orientada
em sentido oposto ao da camada vizinha. São eles os músculos intercostais e os músculos
abdominais. Estes últimos apoiam-se nos grandes rectos, que vão verticalmente do tórax à
bacia, e econstituem-lhes uma bainha de dislizamento antes de se entrecruzarem na linha
média, ou linha branca, que marca o centro do um bigo.

d) O membro superior liga-se às paredes do tórax pelos músculos peitorais e grande dentado, à
frente, oque confere a estes músculos acção respiratória. O músculo grande dorsal e trapézio
ligam-no atrás ao áxis, à bacia e a cabeça. A inserção axial do trapézio torna-o o agente da
suspensão de todo o membro superior.

Ainda na perspectiva de (Pedro p. 221), O coto da espádua deve a sua forma arredondada ao
deltóide, poderoso músculo que reveste a extremidade superior do úmero.
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Os músculos do braço reúnem-se em duas cavidades, uma anterior, que contém os flexores do
antebraço sobre o braço, bíceps e braquial anterior;
Os músculos do antebraço são menos volumosos do que os precedentes,
mais desenvolvidos na face anterior e formam dois grupos. Quanto aos extensores, encontram-se
colocados na face posterior do antebraço.
Os músculos da mão agrupam-se em duas massas: um, anexa ao polegar, desenha o relevo
externo da palma e é constituída palos chamadosmúsculos tenáricos; a outra forma o relevo
interno, menos saliente, e agrupa os músculos anexos ao dedo mínimo, chamados hipotenáricos.
Entre os metacárpicos inserem-se os músculos interósseos flexores da primeira laringe dos
dedos, que afastam ou aproximam. A flexão das duas últimas falanges depende dos músculos
vindos do antebraço, cujos longos tendões chegam aos dedos, rodeados de cápsulas sinoviais.
A face dorsal da mão e dos dedos mostra apenas a passagem dos tendões extensores.
e) O membro inferior caracteriza-se pela sua poderosa muscultura, relacionada com a sua
posição e a locomoção verticais. O grande nadegueiro, músculo da locomoção de pé, com a força
de 300 kg, cobre com a sua massa os músculos rotadores da coxa, a qual se reflecte graças a um
músculo longo vindo da coluna vertebral, o psoa. As coxas são mantidas juntas por meio de
músculos que se opõem ao seu afastamento e conservam a bacia em equilíbrio, os adutores ou
músculos dos cavaleiros, porque permitem apertar o cavalo entre as coxas. Um músculo
volumoso, o quadriceps, forma o relevo da face posterior da coxa são flexores da perna.
Na perna, a massa muscular mais importante é a dos músculos da barriga da perna, ou tríceps
sural, cujo relevo é desenhado pelos gémeos. O tríceps termina no tendão-de-aquiles. É graças ao
tríceps sural que nos mantemos de pé. Outros músculos profundos ou da região anterior da perna
descem para o pé, os quais são agentes quer da sua flexão dorsal, quer da tensão da abóbada
plantar.A planta do pé é constituída por musculozinhos que actuam sobre os dedos e sobre a
abóbada, cuja concavidade mantêm.
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Conclusão

A pesquisa levada a cabo para a elaboração deste trabalho permitiu a compreensão da anatomia
músculo-esquelética, também designada miologia. A maior parte destes ossos ligam-se ao
esqueleto, mas há outros, porém que fixam à pele e outros a órgãos, como os músculos do globo
ocular; a uma mucosa, como os músculos da língua; numa aponevrose, como os do véu
palantino; a uma cartilagem, como os músculos da laringe, ou mesmo ao dentão doutro músculo,
como os lombricais. Estes casos são, no entanto, poucos frequentes. A maior parte dos músculos
estriados inserem-se no esqueleto, quer directamente, quer por intermédio de um tendão ou de
uma aponevrose de inserção.
Importa salientar que o nosso corpo conta com mais de 350 músculos esqueléticos que permitem
o movimento do corpo, de acordo com as necessidades emitidas pelo cérebro. Normalmente um
movimento específico é o resultado da contracção de vários músculos e relaxando
simultaneamente. Os músculos esqueléticos individuais são separados de outros músculos e
mantidos em posição por camadas de tecido conjuntivo fibroso conhecido como fáscia. Assim, a
acção do músculo depende da maneira como a sua linha de acção atravessa os eixos articulares.
Quando atravessa diversas, por exemplo, chama-se poliarticular e actua sobre as diferentes
articulações que atravessa, em especial sobre a última.
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Referências bibliográficas

Pozzobon, Adriane, Pereira, Gabriela Augusta Mateus & Jung, Leonardo. Anatomia na Prática,
Sistema Musculo esquelético.
Pedro , Carlos José, (2014) Anatomia humana e animal. Universidade Católica de Moçambique
– Beira.
Jones & Bartlett. Learning, LLC, The Musculoskeletal System.
Flávio de Rezende Guimarães et all. Aspectos anatómicos dos músculos estriados esqueléticos.
Correia, Pedro Pezarat. Estudo do movimento. Universidade técnica de Lisboa.
Barbosa, Marcello H. Nogueira. Divisão de Radiologia –CCIFM, Faculdade de Medicina
Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.

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