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ATIVIDADE SISTEMA MUSCULAR E SISTEMA ARTICULAR

Aluno: Ademar José de Campos


Data: 26/03/2023
Curso: Enfermagem

SISTEMA MUSCULAR
1- CONCEITO
Os músculos são estruturas anatômicas de formas e comprimentos variáveis,
formadas por miócitos e que se inserem aos ossos através de tendões, são
caracterizados pela contração (capacidade de diminuir o comprimento) e
relaxamento, onde estas ações movimentam partes do corpo, inclusive os órgãos
internos. Os músculos representam cerca de 40% a 50% do peso corporal total, e
são capazes de transformar energia química em energia mecânica.
O sistema muscular é composto por tecido contrátil altamente desenvolvido em
células musculares denominadas fibras, que trabalham apenas por contração, não
podendo alongar-se ativamente.

2- FUNÇÕES DOS MÚSCULOS


Além de gerar ou prevenir movimentos, o sistema muscular está associado a
outras funções como: aumentar a rigidez de determinadas partes, contribuir para
a manutenção da temperatura corpórea nos endotérmicos, proteger as vísceras,
auxiliar na distribuição do peso e no contorno corporal.
Outra função relacionada ao movimento é o fluxo de substâncias dentro do
corpo. Os músculos cardíacos e lisossão os principais responsáveis pelo
transporte de substâncias como o sangue e os alimentos de uma parte do corpo
para outra.

3- TIPOS DE MÚSCULOS
O corpo humano contém três tipos de músculos: músculo não estriado (músculo
liso), músculo estriado esquelético e músculo estriado cardíaco.
Músculo Não Estriado (Músculo Liso): neste tipo de músculo as células não
apresentam as estriações que são microscopicamente visíveis nas células
musculares esqueléticas. Como este músculo é encontrado nas paredes das
vísceras ocas e tubulares, como nos vasos sanguíneos, estômago e intestinos, é
também chamado de músculo visceral. O músculo não estriado (músculo liso) é
um músculo involuntário, pois suas contrações comandam o movimento de
materiais através dos sistemas de órgãos do corpo humano.
Músculo Estriado Esquelético: está fixado aos ossos, geralmente através de
cordões fibrosos, denominados tendões. As contrações deste músculo estriado
esquelético exercem força nos ossos e então eles se movimentam e
consequentemente é o responsável por diversas atividades, como levantar
objetos e andar ou correr. Vale ressaltar que os músculos estriados esqueléticos
são os únicos músculos voluntários do corpo
Músculo Estriado Cardíaco: é um tipo especializado de músculo que forma a
parede do coração e pode ser também chamado de miocárdio. Controla os
batimentos cardíacos. Este músculo é involuntário, como o músculo liso, e é
estriado, como o músculo esquelético. Sua contração é forte e como já vimos
involuntária.

4- PRINCIPAIS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS


A maioria dos músculos esqueléticos está ligada a dois ossos através dos
tendões. Os tendões são fitas ou cordões de tecido conjuntivo denso e regular,
cujas fortes fibras de colágeno prendem firmemente os músculos aos ossos.
O tecido muscular estriado possui mais de 600 músculos esqueléticos, que
apresentam contração voluntária. Ligado aos ossos, esse tecido é o responsável
pela locomoção. As células desse tecido são ricas em filamentos de actina e
miosina. Esses filamentos estão envoltos em invaginações da
membrana, cisternas de retículo endoplasmático e mitocôndrias, formando as
miofibrilas. A disposição dos filamentos de actina e miosina na célula faz com
que ela apresente uma aparência estriada quando vista ao microscópio,
apresentando faixas claras e escuras.
Os músculos esqueléticos são nomeados com base em diferentes fatores,
incluindo localização, origem e inserção, número de origens, forma, tamanho,
direção e função. Esses músculos também podem ser colocados em grandes
grupos sendo os principais:
Músculos da face e do couro cabeludo: exemplos: orbicular do olho e elevador
do lábio superior.
Músculos da mastigação: exemplos: masseter e pterigoideo medial.
Músculos que movem a coluna vertebral: exemplos: longo do tórax e longo do
pescoço.
Músculos respiratórios: exemplos: diafragma e intercostais externos.

5- CLASSIFICAÇÃO DOS MUSCÚLOS ESQUELÉTICOS


Os músculos esqueléticos são nomeados com base em diferentes fatores,
incluindo localização, origem e inserção, número de origens, forma, tamanho,
direção e função.
Localização: Muitos músculos derivam os seus nomes de sua região anatômica.
O músculo reto abdominal e o músculo transverso abdominal, por exemplo, são
encontrados na região abdominal. Alguns músculos, como o músculo tibial
anterior, recebem o nome da parte do osso (a porção anterior da tíbia) à qual
estão ligados. Outros músculos usam um híbrido desses dois, como o músculo
braquiorradial, que leva o nome de uma região (braquial) e um osso (radio).
Origem e Inserção: Alguns músculos são nomeados com base em sua conexão
com o seu ponto fixo (origem) e o seu ponto móvel (inserção). Esses músculos
se tornam muito fáceis de identificar quando você conhece os nomes dos ossos
aos quais estão ligados. Exemplos desse tipo de músculo incluem o músculo
esternocleidomastóideo (conectando o esterno e a clavícula ao processo mastóide
do crânio) e o músculo occipitofrontal (conectando o osso occipital ao osso
frontal).
Número de Origens: Alguns músculos se conectam a mais de um osso ou a mais
de um local em um osso e, portanto, têm mais de uma origem. Um músculo com
duas origens é chamado de bíceps. Um músculo com três origens é um músculo
tríceps. Finalmente, um músculo com quatro origens é um músculo quadríceps.
Forma, tamanho e direção: Também classificamos os músculos por suas formas.
Por exemplo, os deltóides têm uma forma de delta ou triangular. Os músculos
serráteis apresentam uma forma de serrilhada ou em forma de serra. O músculo
romboide maior é um losango com forma semelhante a um diamante. O tamanho
do músculo pode ser usado para distinguir entre dois músculos encontrados na
mesma região. Por exemplo, a região glútea contém três músculos diferenciados
por tamanho – músculo glúteo máximo (grande), músculo glúteo médio (médio)
e músculo glúteo mínimo (menor). Finalmente, a direção na qual as fibras
musculares correm pode ser usada para identificar um músculo. Na região
abdominal existem vários conjuntos de músculos largos e planos. Os músculos
cujas fibras correm para cima e para baixo são o m. reto abdominal, os que
cruzam transversalmente (da esquerda para a direita) são os músculos transverso
do abdome e os que correm em ângulo são os m. oblíquos do abdome.
Função: Os músculos podem ser classificados pelo tipo de função que realizam.
A maioria dos músculos do antebraço são nomeados com base em sua função,
pois estão localizados na mesma região e têm formas e tamanhos semelhantes.
São exemplos: o grupo flexor do antebraço que flexiona o punho e os dedos; o
supinador é um músculo que supina o pulso. Na perna, por sua vez, existem
músculos chamados adutores, cuja função é aduzir (unir) as pernas.
Os músculos esqueléticos raramente trabalham sozinhos para realizar
movimentos no corpo. Mais frequentemente, eles trabalham em grupos para
produzir movimentos precisos. O músculo que produz qualquer movimento
específico do corpo é conhecido como agonista ou motor principal. O agonista
sempre trabalha com um músculo antagonista, aquele que produz o efeito oposto
nos mesmos ossos. Por exemplo, o músculo bíceps braquial flexiona o braço no
cotovelo. Como antagonista desse movimento, o músculo tríceps braquial
estende o braço no cotovelo. Por sua vez, quando o m. tríceps está estendendo o
braço, o m. bíceps seria considerado o antagonista.
Além do emparelhamento agonista / antagonista, outros músculos trabalham
para auxiliar os movimentos do agonista. Esses músculos são denominados
sinergistas, são músculos que ajudam a estabilizar um movimento e reduzir
movimentos indesejados. Geralmente são encontrados em regiões próximas ao
agonista e se conectam aos mesmos ossos. Como os músculos esqueléticos
aproximam o ponto de inserção (móvel) ao ponto de origem (imóvel), os
músculos sinergistas ajudam no movimento mantendo o seu ponto de origem
estável. Por exemplo, se você levantar algo pesado com os braços, os músculos
sinergistas na região do tronco manterão o corpo ereto e imóvel, de modo a
manter o equilíbrio ao levantar o objeto.
SISTEMA ARTICULAR
1- CONCEITO
Articulação ou juntura é a conexão entre duas ou mais peças esqueléticas (ossos
ou cartilagens). Essas uniões não só colocam as peças do esqueleto em contato,
como também permitem que o crescimento ósseo ocorra e que certas partes do
esqueleto mudem de forma durante o parto. Além disto, capacitam que partes do
corpo se movimentem em resposta à contração muscular. Os três grandes grupos
são: as articulações fibrosas (sinartroses) ou sólidas, as cartilaginosas
(anfiartroses) ou com movimentos limitados e as sinoviais (diartroses) que são
as articulações de movimentos amplos

2- CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES


Classificação estrutural que é a presença ou não de espaço entre os ossos e os
tipos de tecido conjuntivo que une os ossos e são subdivididas em: Articulações
fibrosas, articulações cartilaginosas e articulações sinoviais.
As articulações nas quais o elemento que se interpõe às peças que se articulam é
o tecido conjuntivo fibroso são ditas fibrosas (ou sinartroses). O grau de
mobilidade delas, sempre pequeno, depende do comprimento das fibras
interpostas. Existem três tipos de articulações fibrosas: sutura, sindesmose e
gonfose. Nas articulações cartilaginosas, o tecido que se interpõe é a cartilagem.
Quando se trata de cartilagem hialina, temos as sincondroses; nas sínfises, a
cartilagem é fibrosa. Em ambas a mobilidade é reduzida. A mobilidade exige
livre deslizamento de uma superfície óssea contra outra, e isto é impossível
quando entre elas interpõe-se um meio de ligação, seja fibroso ou cartilaginoso.
Para que haja o grau desejável de movimento, em muitas articulações, o
elemento que se interpõe às peças que se articulam é um líquido denominado
sinóvia ou líquido sinovial. Além da presença deste líquido, as articulações
sinoviais possuem três outras características básicas: cartilagem articular,
cápsula articular e cavidade articular.
Classificação funcional que está relacionada a amplitude de movimento que são
as: sinartrose, anfiatrose e diartrose.

3- PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES E MOVIMENTOS


As articulações fibrosas e cartilaginosas tem um mínimo grau de mobilidade.
Assim, a verdadeira mobilidade articular é dada pelas articulações sinoviais.
O movimento nas articulações depende, essencialmente, da forma das
superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limitá-lo. Na
dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos em torno
de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado para classificá-las
funcionalmente. Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno
de um eixo, diz-se que é mono-axial ou que possui um só grau de liberdade; será
bi-axial a que os realiza em torno de dois eixos (dois graus de liberdade); e tri-
axial se eles forem realizados em torno de três eixos (três graus de liberdade).
Assim, as articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo,
são mono-axiais; aquelas que realizam extensão, flexão, adução e abdução,
como a rádio-carpal (articulação do punho), são bi-axiais; finalmente, as que
além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são
ditas tri-axiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril.
Estes movimentos ocorrem, obrigatoriamente, em torno de um eixo,
denominado eixo de movimento. A direção destes eixos é ântero-posterior,
látero-lateral e longitudinal. Na análise do movimento realizado, a determinação
do eixo de movimento é feita obedecendo a regra, segundo a qual, a direção do
eixo de movimento é sempre perpendicular ao plano (coronal, sagital ou
horizontal) no qual se realiza o movimento em questão, ou seja, formando uma
angulação de 90º entre plano e eixo. Assim, todo movimento é realizado em um
plano determinado e o seu eixo de movimento é perpendicular àquele plano. Os
movimentos executados pelos segmentos do corpo recebem nomes específicos:
flexão e extensão, adução e abdução, rotação e circundução.

REFERÊNCIAS:
Andrade Filho, E.P., Pereira, F.C.F. Anatomia Geral. Sobral. 1ª Edição. 2015
Dangelo, J.G. Anatomia Humana Básica. São Paulo: Atheneu. 2000

Orientações:

 Data da entrega: 26/04/2023 (não será aceito posteriormente a esta data)


 (Peso 1,5 pontos)

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