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Anatomofisiologia do Aparelho

Neurolocomotor
Introdução à anatomia e fisiologia humana
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Nesta webaula, trataremos da anatomia e a identificação das estruturas do corpo humano. Também veremos a
respeito da fisiologia e como ocorre a regulação da homeostasia.

Anatomia
A anatomia humana é a ciência que estuda as diferentes estruturas que compõem o corpo humano e como essas
estruturas se relacionam no nosso organismo.

Para a descrição e identificação das estruturas corporais, utiliza-se uma terminologia específica e que segue um
padrão internacional, chamada terminologia anatômica.

Para descrição e localização de qualquer estrutura do corpo humano, utiliza-se a posição anatômica, que
considera um indivíduo em posição ereta e de frente para o observador, com cabeça e olhos voltados para frente.
Os membros superiores encontram-se ao lado do corpo, com as palmas voltadas para frente. Os pés estão
paralelos e apoiados no chão.
Fonte: Wikimedia Commons

O corpo humano pode ainda ser seccionado em superfícies planas imaginárias que o atravessam
denominadas planos anatômicos. Assim, podemos ter os principais planos:

Plano sagital 

Plano vertical que divide o corpo ou órgão em lados direito e esquerdo, sendo chamado de plano mediano
quando passa pela linha mediana dividindo o corpo em lados direito e esquerdos iguais.

Plano frontal ou coronal 


Plano que divide o corpo ou um órgão em partes anterior (frontal) e posterior (dorsal).

Plano transverso 

Plano que divide o corpo ou um órgão em partes superior e inferior.

Planos e secções anatômicas

Fonte: Wikimedia Commons

Os conhecimentos anatômicos são fundamentais para o estudo da fisiologia, cujo objetivo é a compreensão do
funcionamento dos diversos sistemas corporais e como esses sistemas trabalham em conjunto para manutenção
da homeostase.

Homeostasia
Diferentemente da anatomia cujo enfoque é o estudo das estruturas corporais, a fisiologia se baseia no estudo
das funções dos órgãos e sistema corporais, buscando o entendimento dos mecanismos envolvidos na
manutenção das funções corporais dentro de um padrão de normalidade, denominado homeostasia.

Como podemos verificar no esquema a seguir, tanto alterações no meio externo como no meio interno podem
ocasionar a perda dessa homeostasia e, frente a esse novo panorama, o organismo aciona diferentes mecanismos
compensatórios para tentar restabelecê-la:

Caso a compensação seja efetiva, a homeostasia é restaurada.

Se a compensação falhar, a homeostasia não é restabelecida e como resultado podemos ter o surgimento de
doenças.

Pesquise mais
Fonte: adaptado de Silverthorn (2017, p. 10).

A regulação da homeostasia envolve a atuação conjunta do sistema nervoso e endócrino. O sistema nervoso é
responsável pela detecção dessas perturbações na homeostase, integração de tais informações e envio de
impulsos nervosos para os órgãos e sistemas necessários para os ajustes funcionais e, consequente retorno ao
estado de normalidade.

Já o sistema endócrino, que pode ser modulado pelo sistema nervoso, participa desse controle secretando
hormônios na circulação sanguínea, que, ao chegar nos tecidos-alvo, promovem alterações em sua atividade,
auxiliando no reestabelecimento da homeostasia

Considerando que o controle da homeostasia é um processo dinâmico, há o envolvimento de três componentes:

1. Um sinal de entrada, responsável por detectar alterações no meio externo e interno e enviar para o centro
controlador.

2. Um centro controlador, responsável por interpretar e coordenar os sinais de entrada, gerando e iniciando
uma resposta apropriada.

3. Um sinal de saída, responsável pela efetuação da resposta (SILVERTHORN, 2017).

Sistema de controle da homeostasia

Fonte: adaptado de Silverthorn (2017, p. 13)

Como vimos, compreender a anatomia do aparelho neurolocomotor é fundamental para a atuação


dos profissionais de educação física. Igualmente importante, é a compreensão da fisiologia, sobretudo saber sobre
a manutenção da homeostasia para o exercício da sua profissão.
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Anatomia e fisiologia do sistema ósseo
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Os ossos fornecem uma estrutura ao corpo, permitindo sustentação e inserção de tecidos moles, tendões e
músculos esqueléticos, compreendendo um assunto de extrema relevância para a sua formação. Desta forma,
trataremos nesta webaula sobre suas funções além da composição do tecido ósseo.

As funções do sistema ósseo


Os ossos e suas respectivas cartilagens, juntamente com ligamentos e tendões, constituem o sistema esquelético
do corpo humano e representa diferentes funções. Confira a seguir:

Funções do sistema ósseo

Suporte Fornece um arcabouço estrutural do corpo, permitindo sustentação e inserção


de tecidos moles, tendões e músculos esqueléticos.

Proteção Ossos do esqueleto protegem de lesões estruturas vitais à sobrevivência, como


o encéfalo, medula espinal, coração e pulmões.

Assistência ao Os ossos podem atuar como alavancas, auxiliando na realização dos


movimento movimentos. Quando os músculos esqueléticos inseridos aos ossos se contraem, isso
promove uma tração nos ossos envolvidos, produzindo movimento.

Produção de células Alguns ossos do esqueleto apresentam no seu interior um tecido denominado medula
sanguíneas óssea vermelha, que é responsável pela produção de células sanguíneas (eritrócitos,
leucócitos e plaquetas) por meio de um processo denominado hematopoese.

Armazenamento de O tecido ósseo armazena minerais, principalmente íons cálcio e fosfato, liberando
minerais esses minerais na circulação sanguínea quando há necessidade pelo organismo. Desse
modo, participam da manutenção da homeostasia mineral.

Armazenamento Esse armazenamento ocorre no interior de adipócitos presentes na medula óssea


de triglicerídeos amarela, servindo como reserva energética.

Fonte: elaborado pela autora.

Agora que você já conhece as funções do sistema ósseo, vamos analisar a composição do seus tecidos.

Tecido Ósseo
O tecido ósseo é composto por matriz extracelular e elementos celulares típicos, vejamos:

Composição do tecido ósseo


Fonte: elaborado pela autora.

O tecido ósseo apresenta quatro tipos diferentes de células que atuam na formação e manutenção desse tecido:

osteoprogenitoras, que são células-tronco que se diferenciam em outros tipos de células ósseas, de acordo
com a necessidade do tecido; ​

osteoblastos, células responsáveis pela produção da matriz extracelular do tecido ósseo; ​

osteócitos, que são osteoblastos aprisionados na matriz extracelular por eles secretada, e;​

osteoclastos, que são células grande, multinucleadas, cuja função é reabsorção do tecido ósseo.​

Essas características podem ser observadas na imagem a seguir:

Células do tecido ósseo

Fonte: Wikimedia Commons


Dentre essas células presentes no tecido ósseo, é importante destacar os osteoclastos. Elas são células formadas a
partir da fusão de vários monócitos. Os osteoclastos atuam promovendo a reabsorção do tecido ósseo e, dessa
forma, participam do desenvolvimento, manutenção e reparo desse tecido.

Pesquise mais

Os ossos são ainda formados por dois tipos de substâncias ósseas: compacta e esponjosa. Na compacta, as
trabéculas ósseas estão firmemente unidas, revestindo a superfície externa dos ossos. Já o osso esponjoso, é
formado por trabéculas ósseas que apresentam espaços entre si, estando localizado na região interna dos ossos.

Tipos de substâncias ósseas

Fonte: adaptada de Wikimedia Commons

Saiba mais
Na ocorrência de uma fratura, o osso passa por um processo de reparo para restabelecer a estrutura afetada
e também as suas funções. Esse processo passa por algumas fases, sendo que a última é denominada fase
de remodelação óssea. É a fase caracterizada pela remodelação do calo duro formado: na periferia da
fratura, o osso esponjoso é substituído por osso compacto, restabelecendo a estrutura óssea lesionada com
a fratura

Agora, que as principais características estruturais e funcionais do tecido ósseo foram apresentadas, você é capaz
de compreender a importância do conhecimento desses conteúdos para uma prática profissional segura e
adequada.
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Ossos e acidentes ósseos
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Esta webaula apresentará a distinção entre os ossos presentes no esqueleto humano. Tratará também dos
diferentes tipos de acidentes ósseos.

Ossos do Corpo Humano


No homem adulto, o esqueleto apresenta 206 ossos distribuídos pelo esqueleto axial e apendicular conforme
vemos na imagem:

Sistema Esquelético

Fonte: Shutterstock.

A distribuição dos 206 ossos do esqueleto humano pode ser observada na tabela e imagem a seguir:

Região Número de ossos Região Número de ossos

Cabeça 29 Membros Superiores 64

Ossos do crânio 8 Clavícula 2

Ossos da face 14 Escápula 2

Ossículos da audição 6 Úmero 2

Osso hioide 1 Ulna 2

Tórax 25 Rádio 2

Costelas 24 Carpos 16
Região Número de ossos Região Número de ossos

Esternos 1 Metacarpos 10

Falanges 28

Coluna Vertebral 26 Membros inferiores 62

Vértebras cervicais 7 Quadril 2

Vértebras torácicas 12 Fêmur 2

Vértebras lombares 5 Patela 2

Sacro 1 Tíbia 2

Cóccix 1 Fíbula 2

Tarsos 14

Metatarsos 10

Falanges 28

Fonte: elaborado pela autora.

Ossos do esqueleto humano

Fonte: adaptada de Wikimedia Commons.

Acidentes Ósseos
Os ossos apresentam acidentes ósseos: diferentes forames, depressões e processos, permitindo a passagem e
inserção de nervos, ligamentos e artérias.

Forames 
Aberturas que permitem a passagem de vasos sanguíneos, nervos e ligamentos.

Depressões 

Reentrâncias nos ossos que podem ou não se articular com outras estruturas:

Fossa: depressão rasa.

Sulco: depressão presente ao longo da superfície de um osso, acomodando vaso sanguíneo, nervo ou
tendão.

Fissura: fenda estreita localizada entre ossos adjacentes. Serve como passagem para vasos sanguíneos e
nervos.

Processos 

Protuberâncias ou elevações que podem ou não se articular com outras estruturas:

Côndilo: protuberância arredondada presente em superfície articular.

Epicôndilo: protuberância superior ou adjacente ao côndilo.

Cabeça: projeção articular grande e arredondada.

Capítulo: cabeça articular pequena e arredondada.

Trocanter: projeção arredondada grande.

Tubérculo: proeminência pequena e arredondada.

Saiba Mais
Ao sentarmos em uma superfície, o nosso cóccix, que faz parte da coluna vertebral, flete anteriormente
amortecendo o choque mecânico causado pelo contato com a superfície.

O cóccix, na verdade, consiste em 3 ou 5 vértebras coccígeas fundidas e que apresentam alguns acidentes
ósseos importantes. Uma lesão nessa região é bastante dolorosa e, muitas vezes, incapacita o indivíduo por
meses, até que a lesão se torne completamente restabelecida.

Coluna Vertebral
Fonte: Wikimedia Commons.

Saiba Mais

Saiba Mais
Você sabia que ao ficarmos em pé, nosso peso corporal é distribuído igualmente entre o calcâneo (osso do
tarso) e as extremidades distais dos ossos do metatarso?

Na flexão dorsal do pé, movimento que realizamos ao andar, pisamos com o calcanhar e, dessa forma, todo o
nosso peso corporal é direcionado para o calcâneo. Já quando realizamos a flexão plantar, o peso corporal
é transferido do tálus e calcâneo para os ossos do metatarso e para as falanges.
Fonte: Wikimedia.Commons.

A estrutura óssea faz parte do sistema locomotor, juntamente com as articulações e os músculos esqueléticos e
esse sistema permite a realização dos movimentos corporais. Sendo assim, a compreensão sobre o esqueleto
humano e os acidentes ósseos é fundamental para o exercício da sua profissão.

Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.


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Anatomia e fisiologia do sistema articular
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As articulações são responsáveis por manter os ossos unidos, permitindo a ocorrência de movimentos. Temos três
tipos de articulações: fibrosa, cartilagínea e sinovial. Nesta webaula, conheceremos melhor as articulações
sinoviais.

Fonte: Wikimedia Commons.

Articulações esferoideas
As articulações esferoideas apresentam uma superfície articular convexa e outra côncava. Possibilita movimentos
em três eixos (triaxiais), permitindo a maior amplitude de movimentos entre os tipos de articulações.

Articulações elipsoideas
Nas articulações elipsoideas (condilar), uma das superfícies ósseas articulares é convexa oval e se ajusta em uma
depressão côncava da outra superfície articular. Permitem movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e
circundução.

Articulações planas
Nas articulações planas há presença de superfícies articulares praticamente planas. Essas articulações permitem
somente movimentos de deslizamento axial.
Articulações selar
Nessas articulações, as duas superfícies articulares apresentam formato de sela de montaria, permitindo os
mesmos movimentos realizados pela articulação condilar, mas com maior amplitude.

Articulações do tipo gínglimo


Articulações do tipo gínglimo (dobradiça) apresentam uma superfície óssea articular côncava e outra convexa.
Realizam movimento em um único plano (monoaxiais).

Articulações trocoideas
As articulações trocoideas (em pivô) permitem rotação ao redor de um eixo central.

Saiba mais
Você sabia que a articulação sinovial apresenta algumas particularidades morfológicas e funcionais?
Nesse tipo de articulação, temos as faces articulares recobertas por cartilagem. Esta não é recoberta por
pericôndrio, e a nutrição dos condrócitos, principais células da cartilagem, é dada pelo movimento do líquido
sinovial.
Uma outra particularidade é que, embora a articulação sinovial não apresente receptores para dor
(nociceptores) no seu interior, quando um indivíduo sofre uma lesão, como a luxação, ele apresenta
percepção de dor. Isso acontece porque tanto a cápsula articular quanto as estruturas acessórias (ligamentos
e tendões) apresentam fibras nervosas sensitivas que, ao serem estimuladas por um agente agressor (físico,
químico ou físico, como um trauma), enviam a informação para o sistema nervoso central, local onde será
gerada a percepção do estímulo doloroso.

Pesquise mais
No corpo humano, as articulações fazem parte do sistema locomotor e desempenham um importante papel,
que é o de manter os ossos unidos e, dessa forma, permitir que os movimentos possam acontecer. A união
entre os ossos, no entanto, ocorre às custas de diferentes estruturas e componentes, como o tecido
cartilaginoso.
Você sabe quais são os tipos de tecido cartilaginoso? Quais desses tipos fazem parte da estrutura das
articulações? Quais suas principais características?
Para saber mais sobre esse assunto, leia as seguintes obras:
ABRAHAMSOHN, P. Histologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. cap. 9.
JUNQUEIRA, L. C. U; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2018. cap. 7.

Diante das diferentes áreas de atuação em sua vida profissional, você poderá atuar diretamente com a
organização, com a orientação e com o acompanhamento da prática de diferentes atividades físicas, ou seja, com
o movimento corporal, por isso torna-se fundamental o conhecimento a respeito das características estruturais e
funcionais do sistema articular, uma vez que esse sistema é um dos componentes do sistema locomotor. Nesta
webaula, você conheceu os principais aspectos das articulações sinoviais.
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Articulações do esqueleto axial
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A principal função do sistema articular é permitir que o esqueleto realize diferentes movimentos. Isso é possível
pela união que as articulações fazem entre os ossos, tanto no esqueleto axial como no esqueleto apendicular.
Nesta webaula, vamos conhecer as importantes articulações do esqueleto axial.

Articulação temporomandibular
É localizada entre a fossa mandibular do osso temporal e o processo condilar da mandíbula. Os componentes
dessa articulação são: disco articular, que separa a cavidade articular em dois compartimentos distintos, um
superior e outro inferior, bem como ligamentos associados (ligamento lateral, ligamento esfenomandibular e
ligamento estilomandibular).

Fonte: adaptada de Wikimedia Commons.

Saiba mais
A articulação temporomandibular pode ser facilmente identificada pela palpação. Para realizar a identificação
dessa articulação, devemos pressionar firmemente a região da frente da orelha e depois abrir e fechar a
boca.
Essa articulação permite os movimentos de abaixamento e elevação e de protrusão e retração da mandíbula,
assim como a realização de movimentos laterais rotatórios. É uma articulação frágil, uma vez que pode sofrer
luxação quando a mandíbula está completamente abaixada (abertura da boca).
O reposicionamento da mandíbula, em caso de luxações, deve ser realizado por profissional especializado
para evitar danos ainda maiores na articulação.

Articulação intervertebral
Localiza-se entre dois corpos vertebrais adjacentes, apresentando como principal componente o disco
intervertebral.

Fonte: adaptada de Wikimedia Commons.

Articulações do tórax
As principais articulações presentes na região do tórax são:

Articulações esternocostais: presente entre as costelas verdadeiras e o esterno.

Articulação manúbrioesternal: presente entre o manúbrio e o corpo do esterno.

Articulação xifoesternal: une o processo xifoide ao corpo do esterno.

Articulações costocondrais: são articulações que unem as costelas a suas cartilagens costais. São classificadas
como articulações do tipo sincondrose.

Articulações intercondrais: são articulações presentes entre as cartilagens costais.


Fonte: adaptada de Wikimedia Commons.

Pesquise mais
No corpo humano, as articulações fazem parte do sistema locomotor e desempenham um importante papel,
que é o de manter os ossos unidos e, dessa forma, permitir que os movimentos possam acontecer.
No esqueleto axial, formado pelos ossos do crânio, do tórax e da coluna vertebral, encontramos diferentes
articulações, com funções e graus de movimentos variáveis. Você sabe quais são as principais características
das articulações da coluna vertebral e quais são os movimentos permitidos por elas?
Para saber mais sobre esse assunto, leia as seguintes obras:
MARTINI, F. H.; TALLITSCH, R. B.; TIMMONS, M. J. Anatomia humana. 6. ed. São Paulo: Artmed, 2009. cap. 6 e
8.
HARTWIG, W. C. Fundamentos em anatomia. Porto Alegre: Artmed, 2008. cap. 7.

Nesta webaula, você conheceu as principais articulações do esqueleto axial. O conhecimento desse tema é
fundamental para uma atuação profissional adequada e segura.
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Articulações do esqueleto apendicular
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O esqueleto apendicular apresenta várias articulações importantes para a realização dos diferentes movimentos
corporais. Nesta webaula, vamos conhecer algumas delas.

Articulação esternoclavicular
É localizada entre a extremidade esternal da clavícula e o manúbrio do esterno, ancora a escápula ao esqueleto
axial.

Fonte: adaptada de Wikimedia Commons.

Saiba mais
Dentre as lesões que acometem as articulações do esqueleto apendicular, a luxação da articulação
esternoclavicular é uma das mais frequentes. Força excessiva exercida ao longo do eixo da clavícula pode
acabar promovendo o deslocamento desse osso para frente e para baixo.
As causas desse tipo de lesão são variadas, mas geralmente são associadas a traumas que ocorrem em
esportes de contato, por exemplo, ou a traumas ocasionados por levantamento de peso. Também pode ser
resultado de movimentos repetitivos realizados com postura inadequada, arremessos realizados de forma
errônea, assim como impactos que podem ocorrer durante a atividade física.

Articulação do quadril
É a articulação localizada entre a cabeça do fêmur e o acetábulo do osso do quadril.

Secção coronal
Fonte: adaptada de Wikimedia Commons.

Vista anterior

Fonte: adaptada de Wikimedia Commons.

Vista posterior

Fonte: adaptada de Wikimedia Commons.

Articulação do tornozelo ou talocrural


A articulação do tornozelo ou talocrural é formada pela articulação tibiotalar, localizada entre a tíbia e o tálus, e
pela articulação talofibular, localizada entre a fíbula e o tálus.

Articulações do pé
As articulações do pé são formadas pelas articulações intertarsais (localizadas entre os ossos do tarso), pelas
articulações tarsometatarsais (situadas entre ossos tarsais e metatarsais), pelas articulações metatarsofalâgicas
(situadas entre os ossos metatarsais e as bases das falanges proximais) e pelas articulações interfalângicas
(localizadas entre as falanges).
Fonte: adaptada de Wikimedia Commons

Pesquise mais
O esqueleto apendicular apresenta várias articulações que auxiliam na realização de diferentes movimentos
corporais. Cada uma delas pertencente a essa divisão do esqueleto que apresenta funções e graus de
movimentos variáveis.
Você sabe quais são as principais características anatômicas das articulações do ombro e do cotovelo? Que
movimentos são permitidos por elas?
Para saber mais sobre esse assunto, leia as seguintes obras:
MARTINI, F. H.; TALLITSCH, R. B.; TIMMONS, M. J. Anatomia humana. 6. ed. São Paulo: Artmed, 2009. cap. 8.
VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia humana. 6. ed. Barueri: Manole, 2013. cap. 8.

Nesta webaula, você conheceu as principais articulações do esqueleto apendicular, suas características
morfológicas e funcionais específicas, que lhe proporcionam os diferentes movimentos que pode realizar. O
conhecimento desse tema é fundamental para uma atuação profissional adequada e segura.

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Anatomia e fisiologia do sistema muscular
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Para compreender o funcionamento do sistema muscular é necessário conhecer as estruturas que o compõe. Pois
bem, esta unidade apresentará a constituição do sarcômero, responsável pelos movimentos de contração
muscular.

Constituição do Sarcômero
No início do século XVII, os pesquisadores pouco sabiam sobre as questões microscópicas. Sendo assim, apenas a
partir da invenção dos microscópios é que passou a ser possível identificar microestruturas como o sarcômero e
pequenas partes do tecido muscular, como pode ser observado na imagem a seguir, que exemplifica a
visualização das estruturas que compõem o sarcômero.

Fonte: Shutterstock.

Com a observação através de microscópios ainda mais poderosos, foi possível ver áreas esmaecidas e claras,
além de outras, mais escuras, ao longo desse tecido. Como poderemos visualizar na figura a seguir.
Fonte: Shutterstock.

As áreas claras e escuras são representadas pelas faixas alternadas de sarcômeros compostos por subestruturas
finas (actina) e grossas (miosina), que são chamadas de filamentos, as quais “deslizam” umas sobre as outras a fim
de alterar a extensão das fibras e gerar força e movimento para o músculo.
É possível também identificar na figura acima, outros elementos constituintes do sarcômetro, definidos pelos
autores Mcardle, Katch e Katch (2015) como:
Linhas Z: regiões planas de material denso que separam um sarcômero de outro.
Banda A: parte média escura do sarcômero, que se estende por todo o filamento grosso e por partes dos
filamentos finos sobrepostos ao grosso.
Banda I: área mais clara e menos densa do sarcômero, contém o restante dos filamentos finos (sem presença
de filamentos grossos), uma linha Z atravessa o centro de cada faixa I.
Zona H: região estreita no centro de cada faixa A, que contém apenas filamentos grossos.
Linha M: região no centro da zona H, contém proteínas que mantêm os filamentos grossos unidos no centro
do sarcômero.

Saiba mais
Albert Szent-Györgyi (1893–1986), premiado com o Nobel em Fisiologia Medicina em 1938 por suas
descobertas acerca dos processos de combustão biológica referentes à vitamina C e à degradação do ácido
fumárico. Além disso, ele também descobriu as proteínas musculares actina e miosina e estudou a
arquitetura complexa delas.

Pesquise mais

Carlos Lineu
Fonte: Shutterstock.

Vimos a importância da contribuição do microscópio para a identificação de estruturas do tecido muscular e, com
mais detalhe, a constituição do sarcômero que é responsável pela contração muscular, o que o faz ser tão
relevante e motivo pelo qual devemos ter conhecimento.
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Mecanismos de força no músculo
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Nesta webaula o foco do conteúdo é a mecânica muscular, especificamente, os conceitos relacionados à


hipertrofia muscular. Além disso, trataremos das diversas classificações do sistema muscular.

Mecânica muscular
Como sabemos, o corpo humano foi projetado para o movimento, seja voluntário, seja involuntário, e, para que
isso ocorra, tanto o sistema ósseo como o sistema muscular precisam operar juntos.
Segundo Dangelo e Fattini (2011), as fibras musculares podem diminuir, em relação ao músculo em estado de
repouso, de um terço a metade do tamanho aproximadamente. O trabalho realizado por um músculo depende
essencialmente da quantidade de potência dele e da amplitude de contração. Essa relação está diretamente ligada
à quantidade de fibras musculares; e a amplitude de contração está ligada ao grau de encurtamento do músculo.

Hipertrofia muscular
O trabalho realizado por um músculo durante um período prolongado e com intensidade progressiva, pode
produzir um aumento de número de fibras musculares, conhecido como hipertrofia muscular.
Essa situação pode ser vista em trabalhadores que executam serviços com grande esforço físico e também em
pessoas que praticam exercícios físicos.
Fonte: Shutterstock.

A hipertrofia muscular pode tanto ser sarcoplasmática quanto miofibrilar. Confira as diferenças entre ambas:
A hipertrofia sarcoplasmática ocorre quando o músculo sofre o estresse mecânico (esforço físico) para
aumentar a quantidade de fluidos, que consistem em mitocôndrias, capilares sanguíneos e mioglobina e que
circulam através das miofibrilas. Esse tipo de hipertrofia ocorre a curto prazo, aumentando a densidade do
músculo.
Já a hipertrofia miofibrilar ocorre quando, durante o esforço físico, há uma quantidade de carga acima do
que está acostumado a executar. Com isso, há um recrutamento de novas miofibrilas para que auxiliem na
resistência ou superem a carga imposta.

Pesquise mais

Classificação do sistema muscular


O sistema muscular é formado por músculos com os mais diferentes formatos e as mais diversas classificações, as
quais, na maioria das vezes, dão nomes aos músculos. Essas classificações variam quanto à origem, à inserção, à
forma, à função e à ação. Vejamos mais informações sobre cada uma delas a seguir:
Fonte: Shutterstock.

Compreender os mecanismos de funcionamento do sistema muscular, bem como, as suas diversas classificações,
são informações fundamentais para o exercício da sua profissão. Nesta webaula, foi possível ver algumas das
principais definições relacionadas ao tema.
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Bases fisiológicas da contração muscular
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Compreender como respeitar o limite físico de seus clientes é fundamental para construir programas de exercícios
adequados e evitar que ocorram lesões por excesso de treinamento e que comprometam o bem estar deles. Para
contribuir com a apreensão desse conhecimento, nesta webaula, serão abordadas as fases do processo de
regeneração muscular.

Regeneração muscular
Dentre todas as funções do sistema muscular, a função de movimento é a que mais se destaca, pois está sob o
controle da própria pessoa. Com isso, a prática de atividade física fica em evidência, principalmente na busca de
saúde, performance ou estética.
Quando se realizam práticas de exercícios físicos em intensidades moderadas e altas, são causadas alterações no
músculo, que sofre estresse por estar submetido a uma sobrecarga mecânica, fato que gera pequenas lesões nas
fibras musculares, as quais, em curto espaço de tempo, estão regeneradas.
O processo de regeneração do músculo passa por três fases:

Fonte: Shutterstock.

Saiba mais
A fadiga muscular pode ocorrer devido a diversos esforços físicos, contudo a demanda muscular no
cotidiano de um indivíduo pode levá-lo a sentir algum tipo de dor localizada, chamada de dor tardia do
treino, a qual, após um período de descanso de aproximadamente 48 horas, passa a ser menor.
Vale destacar que, quando as dores ultrapassam esse período de 48 horas, pode ser que tenha ocorrido uma
lesão temporariamente incapacitante e que seja necessário um tempo maior de descanso para a dor
ser minimizada.

Pesquise mais

Fonte: Shutterstock.

Vimos assim, o processo de regeneração muscular decorrente de pequenas lesões nas fibras musculares, que por
sua vez são causadas pela execução de exercícios físicos de intensidade moderada ou alta. Esse conhecimento
poderá auxiliá-lo a compreender o impacto que as diferentes cargas de treinamento pode exercer sobre o
aparelho neurolocomotor.

Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.


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Neurolocomotor
Principais órgãos do sistema nervoso e inervações
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Nesta webaula, vamos conhecer mais sobre o desenvolvimento embrionário, desde a camada ectodérmica até a
formação do tubo neural.

Formação do tubo neural


Após a 2ª semana de vida embrionária, já é possível diferenciar três camadas: ectoderma, endoderma e
mesoderma. Logo a camada ectodérmica se prolifera, formando a estria primitiva.
Já por volta do 19º dia de vida embrionária, um espessamento, anterior à estria primitiva, é formado. Ele é
chamado de placa neural, de onde se origina todo o sistema nervoso central, formando mais de 100 bilhões de
neurônios.

Fonte: Shutterstock.
Ao se desenvolver, o sulco nervoso torna-se um sulco nervoso com duas cristas nervosas. No final da terceira
semana de vida, o sulco nervoso se separa do ectoderma, formando um tubo neural e nervos na região externa
dele.

Fonte: Shutterstock.

O tubo neural apresenta uma luz em seu interior, que é o canal neural. As suas extremidades são mais alargadas,
sendo denominadas de neuróporo rostral e neuróporo caudal. Em poucos dias, ocorre o fechamento dos
neuróporos, associado ao estabelecimento da circulação sanguínea para o tubo neural.
As paredes do tubo neural ao redor do canal neural ficam mais largas, formando duas lâminas alares; duas
lâminas basais, separadas pelo sulco limitante; uma lâmina do teto, especificamente nas células ependimárias;
uma lâmina do soalho.
O tubo neural dará origem a toda a parte central do sistema nervoso (encéfalo e medula espinhal).

Saiba mais
Uma das funções do cérebro é regular o corpo, desde a respiração até nosso sono. Já se sabe que, para a
regulação do sono, a melatonina regula os ciclos circadianos, sendo liberada em maior quantidade no
período da noite, porque é secretada em menor quantidade ao contato da luz, sendo inibitória à luz do dia.

Pesquise mais
Entendemos que o cérebro é quem comanda nosso corpo, sempre com o objetivo de se manter regulado.
Nesse sentido, existe a glândula pineal, responsável pela liberação da melatonina. Indicamos o seguinte
artigo, para que você busque mais conhecimento sobre o assunto.
NETO, J. A. S.; CASTRO, B. F. de. Melatonina, ritmos biológicos e sono-uma revisão da literatura. Rev. Bras
Neurol., v. 44, n. 1, p. 5-11, 2008.

Nesta webaula, você conheceu um pouco mais sobre a formação do tubo neural, que dará origem a toda a parte
central do sistema nervoso.
Anatomofisiologia do Aparelho
Neurolocomotor
Anatomia e fisiologia do sistema nervoso central
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Nesta webaula, vamos conhecer mais sobre o arco reflexo.

Arco reflexo
Uma grande parte da função da medula espinhal está sob a influência do cérebro, uma vez que age transmitindo
informações dele para a periferia, e vice-versa. No entanto, existem muitos reflexos que são originados na medula
espinhal de forma independente do cérebro. Os chamados reflexos espinhais podem ser monossinápticos ou
polissinápticos.

Reflexos monossinápticos
Os reflexos monossinápticos ocorrem com apenas dois neurônios participando do arco reflexo, um sensorial e
outro motor.
O neurônio de primeira ordem (sensitivo) está localizado no gânglio espinhal, enquanto o neurônio de segunda
ordem (motor) se localiza no corno anterior da medula espinhal.
O neurônio sensitivo reúne os impulsos provenientes do músculo e envia essa informação para o neurônio motor,
que inerva o mesmo músculo.
O neurônio motor, então, causa a contração do músculo inervado. Um exemplo de reflexo monossináptico é o
reflexo de estiramento (ou reflexo miotático).

Fonte: Shutterstock.
Reflexos polissinápticos
Os reflexos polissinápticos, por outro lado, têm múltiplos neurônios participando. Além de um neurônio sensitivo
e um neurônio motor, há também um ou mais interneurônios entre eles, tornando essa comunicação indireta.
Eles são mais complexos do que os reflexos monossinápticos, uma vez que envolvem grupos musculares ao invés
de um único músculo. Um exemplo é o reflexo de retirada.

Fonte: Shutterstock.

Saiba mais
Quando uma pessoa tem que passar por uma intervenção cirúrgica, algumas vezes, é necessário realizar a
anestesia, que nada mais é do que bloquear a sensibilidade para que o paciente passe pelos procedimentos
sem angústia. Existem a anestesia local, a regional e a geral. Com a anestesia geral, a pessoa ainda fica
inconsciente, enquanto, nas anestesias local e regional, ela tem apenas um local ou uma região (grupo
nervos) com a perda de sensibilidade. Duas anestesias muito comuns são a raquidiana e a epidural.
A epidural, geralmente, é utilizada para gestantes, a fim de aliviar a dor durante o parto. Ela é injetada no
espaço epidural, dentro do canal espinhal ósseo, mas fora da dura-máter. Em contato com a superfície
interna da dura-máter está outra membrana, chamada aracnoide, que contém o líquido cefalorraquidiano.

Pesquise mais
Como estudamos, a medula espinhal leva a informação do sistema nervoso central para a periferia, contudo,
quando ocorre um bloqueio ou rompimento na medula espinhal, dependendo do local da lesão, a pessoa fica
imobilizada para realizar os movimentos.
Para que você possa se aprofundar mais, indicamos o seguinte artigo:
CEREZETTI, C. R. N. et al. Lesão medular traumática e estratégias de enfrentamento: revisão crítica. O Mundo
da Saúde, v. 36, n. 2, p. 318-326, 2012.

Nesta webaula, você conheceu um pouco mais sobre o arco reflexo e os reflexos monossinápticos e
polissinápticos.
Anatomofisiologia do Aparelho
Neurolocomotor
Anatomia e fisiologia do sistema nervoso periférico
Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso significa que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
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O cérebro possui uma função que é sentir a dor propriamente dita, isso ocorre em razão do mecanismo de
produção de dor, que no corpo funciona por meio de nociceptores, além das terminações nervosas receptoras
que ficam na pele. Nesta webaula, vamos conhecer mais sobre esse mecanismo.

Mecanismo da produção de dor


O cérebro, ao detectar alguma variação física, química ou térmica que pode colocar em risco algum tecido do
nosso corpo, por meio das terminações nervosas, em decorrência dessa ação, responde com a dor.
A dor utiliza uma função biológica chamada de transdução de sinal, que é a transformação de um estímulo ou
sinal recebido pela célula em outro estímulo ou sinal, e sempre ocorre em efeito cascata de reações bioquímicas.
No processo da dor, a transdução de sinal ocorre quando o impulso doloroso é recebido pelos nociceptores e é
transformado em potencial de ação.

Fonte: http://nervomusculoedor.com.br/dor. Acesso em: 27 dez. 2020.

Temos dois tipos de dores: aguda e crônica.

Aguda 

A dor aguda é momentânea, por exemplo, bater o martelo na ponta do dedo.


A duração da dor aguda é limitada e não há uma causa e localização clara para o impacto temporal, ou seja, o
tempo da dor dura por um determinado tempo, e não existe uma razão para esse tipo ação e muito menos a
localização no cérebro que esse efeito ocorre.

Crônica 

A dor crônica é aquela que dura mais de três meses.


Na dor crônica, geralmente, não há disfunção ou dano do sistema nervoso central ou periférico, mas, em
última análise, pode ter um componente neurológico. A dor crônica durará mais do que o esperado para
resolver a lesão inicial.

Fonte: http://www.anestesiologiaunb.com.br/files/doraguda.pdf. Acesso em: 27 dez. 2020.

A dor nociceptiva somática é caracterizada pela sensação de pontada ou queimação, sendo, geralmente, bem
localizada e acompanhada por sinais inflamatórios. A dor visceral se manifesta como cólicas e desconfortos
difusos, sem localização definida. Ambas estão frequentemente associadas a sinais de descarga adrenérgica,
como náuseas, vômitos, sudorese, vasoconstrição cutânea, hipertensão e taquicardia.
A dor neuropática é ocasionada por uma lesão ou disfunção do sistema nervoso periférico ou central, sendo
descrita como choque, queimação ou formigamento. Pode ocorrer em quadros agudos, como na dor neuropática
aguda pós-operatória ou pós-traumática.

Saiba mais
A dor possui uma condição complexa, indo além de um evento desagradável, mas uma modalidade sensorial
essencial para a sobrevivência. Isso porque protege de situações prejudiciais, pois alguma região do corpo
pode estar lesionada, e isso faz com que procuremos um médico. Essa situação está diretamente ligada às
nossas condições sensoriais do sistema nervoso periférico.

Pesquise mais
Neste artigo, você terá a oportunidade de estudar mais sobre o cérebro e ver o quanto o meio externo pode
influenciar o meio interno.
REIS, A.; PETERSSON, K. M.; FAÍSCA, L. Neuroplasticidade: os efeitos de aprendizagens específicas no cérebro
humano. Temas actuais em Psicologia, p. 11-26, 2009.

Nesta webaula, você conheceu um pouco mais sobre o mecanismo de produção da dor e os tipos de dor.

Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.

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