Você está na página 1de 110

MÓDULO II

“O SEU CORPO É O SEU TEMPLO. MANTENHA-O PURO E


LIMPO PARA QUE A ALMA POSSA LÁ RESIDIR”
B.K.S.IYENGAR
ANATOMIA/FISIOLOGIA

As posturas de Yoga procuram normalizar e equilibrar as funções de todo o organismo.


Normalizam e regularizam o sistema respiratório, metabólico, circulatório, ganglionar e sistema
nervoso.

No Yoga o relaxamento é ensinado como arte, a respiração como ciência e o controle mental
como um meio de harmonizar todos os nossos sistemas.

O Hatha Yoga, utiliza o corpo físico como instrumento para o autoconhecimento, permite
aprofundar o nosso nível de consciência e assim conhecer melhor o nosso corpo.

Assim sendo, também conhecemos melhor a história da nossa vida, pois esta está ligada à nossa
postura e na forma como nos movimentamos.

Através da prática de asnas, podemos reescrever determinadas partes dessa história. A


transformação da postura física produz uma transformação da postura interior em relação à vida.
O corpo livre de tensões e de condicionamentos leva a uma boa prática e consequentemente a
uma vida plena e feliz.

Estar bem consciente durante a prática, evitando lesões e seguindo sempre o princípio Ahimsa

(não violência).

CORPO HUMANO

O corpo humano é constituído por diferentes partes, entre elas a pele, os músculos, os nervos, os
órgãos, os ossos etc. Cada parte do corpo humano é formada por inúmeras células que
apresentam formas e funções bem definidas.

Iremos estudar o corpo humano no seguinte nível de organização:


CÉLULA – TECIDO – ORGÃO – SISTEMA – ORGANISMO
Níveis de Organização do Corpo Humano

O corpo humano é formado por estruturas simples como as células, até às mais complexas como
os órgãos.
CÉLULAS

As células apresentam 3 partes:


Membrana plasmática, citoplasma e núcleo

Membrana plasmática – a membrana que protege e envolve a célula


Citoplasma – onde encontramos todos os componentes de uma célula animal (lisossomas,
complexo Golgi, ribossomas, mitocôndria etc.).
Núcleo – onde se encontra o ADN

Alguns exemplos de células e a função que desempenham no nosso organismo:


ADIPÓSITOS – células que armazenam lípidos (gordura)
CÉLULAS DE SCHWANN – forma a bainha de mielina dos neurónios
CÉLULAS BETA – células do pâncreas que são responsáveis pela produção de insulina
(hormona relacionada com os níveis de glicose no sangue)
HEMÁCIAS (eritrócitos ou glóbulos vermelhos) – células do sangue que atuam no transporte
de oxigénio para todo o corpo
HEPATÓCITOS – células do fígado que sintetizam proteínas e bílis
LEUCÓCITOS (glóbulos brancos) – células do sangue responsáveis pela defesa do organismo
MIÓCITOS (fibras musculares) – células que constituem o musculo, permitindo a sua
contração
NEURÓNIOS – células do tecido nervoso que garantem a transmissão dos impulsos nervosos
TECIDOS

A vida do ser humano começa numa única célula. Esta divide-se e origina duas novas células
que por sua vez também se dividem e formam mais duas e assim sucessivamente. Durante a
formação do feto, no útero materno, as células vão se desenvolvendo conforme a sua localização
e função no organismo. Este processo é chamado de diferenciação celular. No ser humano
existem muitos tipos de células, com diferentes formas e funções. Trabalham em grupo,
organizadas de maneira integrada e desempenham juntas uma função determinada.

Estes grupos de células formam os tecidos. Os tecidos podem ser classificados em 4 tipos:

TECIDO EPITELIAL – A sua função é proteger o corpo contra a entrada de microrganismos


(vírus, bactérias, protozoários), substâncias químicas e agressões físicas (cortes,
agressões). Encontra-se por exemplo nos órgãos, epiderme, córnea, útero, boca nariz,
etc.)
TECIDO CONJUNTIVO – serve para fornecer força, elasticidade e sustentação.
Encontra-se nos ossos, cartilagens, sangue, tecido adiposo.

TECIDO MUSCULAR – possuem funções de movimentação, contração de órgãos e


sustentação do corpo humano, em conjunto com os ossos.
As fibras musculares possuem capacidade de distensão e contração.
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES:

- TECIDO ESTRIADO CARDÍACO


Presente no coração
Contração involuntária

- TECIDO ESTRIADO ESQUELÉTICO


Presentes nos músculos
Contração voluntária

-TECIDO LISO (Não estriado)


Presentes nos vasos sanguíneos, estomago e esófago
Responsáveis pelos movimentos peristálticos do corpo humano
TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso é composto por dois tipos de células:

-Neurónios

-Células da neuróglia (dão sustentação e nutrição aos neurónios)

Recebem estímulos externos e internos.

Transformam os estímulos recebidos em impulsos nervosos que por sua vez passam
para os órgãos e tecidos, responsáveis por executar as ações necessárias.

ORGÃOS

Os tecidos, à semelhança das células, também se agrupam. O conjunto de tecidos que


desempenham determinada função, recebe o nome de órgãos. Vários órgãos formam o
corpo humano, entre estes, o coração, pulmão, cérebro, estomago, intestino, fígado,
pâncreas, rins, etc.

A maior parte dos órgãos está localizada no tronco. A pele é o maior órgão do corpo
humano.
ORGANISMO

Um conjunto de órgãos forma um sistema. Um conjunto de sistemas constitui um


organismo. Assim, um conjunto de órgãos que atuam de modo integrado constitui um
sistema.

O corpo - humano é formado pelo:

- Sistema esquelético

- Sistema cardiovascular

- Sistema respiratório

- Sistema nervoso

- Sistema imunológico

- Sistema endócrino

- Sistema linfático

- Sistema excretor

- Pele

- Sistema digestivo

- Sistema excretor

- Sistema urinário

- Sistema reprodutor feminino

- Sistema reprodutor masculino

- Sistema límbico
SISTEMA ESQUELÉTICO

O sistema esquelético é constituído pelos ossos e cartilagens. O esqueleto dá forma ao


corpo, dá sustentação, protege os órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas
muscular e articular para permitir o movimento. Outras funções são produção de células
sanguíneas na medula óssea e armazenamento de sais minerais, como o cálcio.

O osso é uma estrutura viva, muito resistente e dinâmica, pois tem a capacidade de se
regenerar quando sofre fratura.
A estrutura óssea é constituída por diversos tipos de tecido conjuntivo (denso, ósseo,
adiposo, cartilaginoso e sanguíneo) além de tecido nervoso.

Os ossos são formados por diversas camadas e revestidos por uma membrana

Na superfície externa e uma membrana na interna (periósteo e endósteo).

ESQUELETO HUMANO

É composto por 206 ossos. Estes podem ser longos, curtos, planos, suturais, sesamoides
ou irregulares. O esqueleto é dividido em Axial e Apendicular.
ESQUELETO AXIAL

Está na parte central do corpo ou próximo da linha média, que é o eixo vertical do
corpo. Os ossos que compõem essa parte do esqueleto são: Cabeça (crânio e ossos da
face), a coluna vertebral e as vertebras, o tórax (costelas e externo) e o osso hioide.

CRÂNIO E OSSOS DA FACE

A cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana) e há ainda 6 ossos
que compõem o ouvido interno. O crânio é extremamente resistente e os seus ossos são
intimamente ligados e sem movimentos. Ele é responsável por proteger o cérebro e
contem os órgãos dos sentidos.
COLUNA VERTEBRAL

A coluna é formada por vertebras ligadas entre si por articulações, formando assim a
coluna bem flexível. Possui curvaturas fisiológicas que ajudam a equilibrar o corpo e
amortecem os choques durante os movimentos.

Ela é constituída por 24 vertebras independentes e por 9 que estão fundidas.


Vértebras Características

São 7 as vértebras do pescoço, sendo que a primeira (atlas) e a


Cervicais
segunda (áxis) favorecem os movimentos do crânio.

Torácicas ou
São 12 e articulam-se com as costelas.
dorsais

Lombares Essas 5 vértebras são as maiores e as que suportam mais peso.

Essas 5 vértebras são chamadas sacrais, são separadas no nascimento


Sacro e fundem-se mais tarde formando um só osso. É um importante ponto
de apoio para a cintura pélvica.

São 4 pequenas vértebras coccígeas que, como as sacrais, se tornam


Cóccix
unidas em um osso único no início da idade adulta.
TÓRAX

Constituído por 12 pares de costelas ligadas entre si pelos músculos intercostais. São
ossos chatos e encurvados que se movimentam durante a respiração. As costelas são
ligadas às vertebras dorsais ou torácicas na sua parte posterior.

À frente, os 7 primeiros pares de costelas (chamadas verdadeiras) ligam-se ao esterno,


os 3 seguintes (falsas) ligam-se entre si. Por fim, os 2 últimos pares (flutuantes) não se
ligam a nenhum osso.

O esterno é um osso plano que se liga às costelas por meio de cartilagem.


OSSO HIOIDE

Tem a forma de U e atua como ponto de apoio para os músculos da língua e do pescoço.

ESQUELETO APENDICULAR

O esqueleto apendicular inclui os “apêndices” do corpo. Eles correspondem aos ossos


dos membros superiores e inferiores, cinturas escapular e pélvica, ligamentos e
articulações (ligam os ossos ao esqueleto axial)
CINTURA ESCAPULAR

É formada pelas clavículas e omoplatas. A clavícula é longa e estreita, articula-se com o


esterno e com a omoplata. A omoplata é um osso chato e triangular que por sua vez
articula com o úmero (articulação do ombro).
MEMBROS SUPERIORES

Os membros superiores correspondem ao úmero, que é o osso mais longo do braço.


Articula-se com o rádio, que é mais curto e lateral e também com o cúbito, osso chato e
bem fino. Os ossos da mão são 27, divididos em 8 carpos, 5 metacarpos e 14 falanges.
CINTURA PÉLVICA

Formada pelos ossos da bacia e os ossos ilíacos que estão ligados ao sacro. As uniões
dos ossos ilíacos, do sacro e do cóccix, formam a região pélvica, que nas mulheres é
mais larga, menos profunda e com cavidade maior.
MEMBROS INFERIORES

Estes ossos são responsáveis pela sustentação do corpo e do movimento. Suportam o


peso e mantêm o equilíbrio.
Ossos do membro
Características
inferior

É o osso mais longo do corpo. Tem a cabeça arredondada para


Fêmur
encaixar na pelve.

Rótula É um osso sesamoide, articulado com o fêmur.

Tíbia Suporta quase todo o peso na parte inferior do corpo.

Perónio É um osso mais fraco, ligado com a tíbia ajuda a mover o pé.

Os pés têm 26 ossos divididos em: tarsos (7), metatarsos (5) e


Ossos do pé
falanges (14).

OSSIFICAÇÃO E REMODULAÇÃO ÓSSEA

O processo de formação óssea inicia-se por volta das primeiras 6 semanas de vida e
termina no início da vida adulta.

O osso sofre continuamente processos de remodelação, onde parte do tecido existente é


reabsorvido e novo tecido é formado.

No embrião, o esqueleto é basicamente formado de cartilagem que com o tempo vai se


calcificando.

As células jovens, que são os osteoblastos, produzem colagénio e ao longo do tempo


vão se transformando em osteócitos, que são essas as células presentes no osso já
formado.

Outro tipo de células ósseas, são os osteoblastos que são responsáveis por absorver o
tecido ósseo formado, atuam na matriz óssea e formam o canal medular.
SISTEMA MUSCULAR
Este sistema é composto pelos músculos que revestem o corpo e possuem células ou
fibras musculares que permitem a contração e produção de movimentos.

As fibras musculares são controladas pelo sistema nervoso, que se encarrega de receber
a informação e realizar a ação solicitada.

Funções do sistema muscular:

- Estabilidade corporal

- Produção de movimentos

- Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal)

- Sustentação

- Auxílio nos fluxos sanguíneos

GRUPOS MUSCULARES

Temos aproximadamente 600 músculos que trabalham em conjunto com os ossos,


articulações e tendões para permitir os movimentos.

São agrupados da seguinte maneira:

- Músculos da cabeça e do pescoço

- Músculos do tórax e do abdómen

- Músculos dos membros superiores

- Músculos dos membros inferiores


MÚSCULOS DA CABEÇA E DO PESCOÇO

É composto por mais de 30 pequenos músculos

Músculo Ação

Frontal Eleva as sobrancelhas e enruga a testa

Masséter Movimentam as mandíbulas.

Esternocleidomastóideo Permite a cabeça girar ou se inclinar para frente e para trás.


MÚSCULOS DO TÓRAX E DO ABDÓMEN

Estes músculos permitem a respiração e impedem o corpo de se curvar e ceder ao


próprio peso, entre outros movimentos:

Intercostais – atuam em conjunto com o diafragma para levarem o ar até aos pulmões.

Oblíquo – inclina o tórax para a frente

Peitoral e Deltoide – levantar peso


MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES

Músculo Ação

Está ligado aos ossos omoplata e rádio, ao se contrair faz o braço


Bicípite
se dobrar.

Oponente do Permite o movimento do polegar, pois utiliza músculos do


polegar antebraço e da mão

Curto adutor Movimento para dentro do polegar.


MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES

Os músculos dos membros inferiores são os mais fortes do corpo. Graças aos músculos
das pernas, podemos ficar de pé e manter o equilíbrio.

Músculo Ação

É o mais longo músculo do corpo, ao se


Costureiro (ou contrair dobra a perna e gira o quadril.
sartório) Trata-se do músculo das costureiras, por
isso o nome.
Flexores dorsais Fazem os dedos do pé levantarem.
É o tendão mais forte do corpo, inserido no
Tendão de Aquiles
osso calcâneo.
Sóleo, plantar
São músculos flexores plantares
delgado e
responsáveis pelo movimento das
gastrocnémio
bailarinas de ficar na ponta dos pés.
(gêmeos)
FORMA DO MÚSCULO

Paralelos:

Músculos longos e que possuem um aspeto fusiforme (ex. esternocleidomastóideo)

Músculos largos que possuem aspeto de leque (ex. glúteo)

Origem:

Se tem origem em mais de um tendão. Ex. Bíceps (2), Tríceps (3), Quadricípite (4)

Ação do músculo:

- Flexor

- Extensor

- Abdutor

- Adutor

- Rotador

- Pronador

- Supinador

- Flexor plantar

- Flexor dorsal

Funcionalidade do músculo:

- Agonista (agente principal do movimento)

- Antagonista (opositor ao movimento principal)

- Sinergistas (eliminar movimentos indesejáveis)


Um exemplo é a ação entre os músculos bíceps, tríceps, braquiorradial e braquial.

Quando contraímos o bíceps (ver imagem abaixo), o músculo agonista é o bíceps,

músculo antagonista é o tríceps, braquiorradial e braquial são os sinérgicos.

- Fixadores ou Posturais (estabilizam)

Todos os músculos são cobertos por uma membrana chamada Fáscia


Esta membrana separa os músculos em grupos. Entre eles existe um líquido que permite
o deslizamento de uns músculos sobre os outros, dando mobilidade ao corpo. As
extremidades dos músculos são definidas pelos tendões que se conectam aos ossos. Os
tendões são formados por um tecido fibroso com menos flexibilidade do que os
músculos, alongando-se apenas 4% na sua estrutura.

Para que o movimento aconteça, existem as articulações, que unem um osso ao outro.

Elas têm nos seus componentes ossos, músculos, tendões, ligamentos e liquido sinovial.
Os ligamentos são como os tendões, estruturas fibrosas que só alongam 4%.
LIGAMENTOS

Os ligamentos são importantes, pois dão firmeza e estabilidade às articulações.


Alongam-se, mas não se retraem novamente. Daí todo o alongamento que queremos
obter, deve ser feito no centro do músculo e não perto das articulações.

Pois uma vez que o tendão ou o ligamento é excessivamente alongado, não volta ao
tamanho normal, levando à instabilidade da articulação

Por isso, durante a prática do Yoga, é necessário muita atenção e consciência.


Tendemos a trabalhar o corpo da forma como estamos acostumados e que é mais fácil
para nós.

É importante observar as facilidades e trabalhar as dificuldades.

Devemos trabalhar TAPAS (austeridade na prática), deixando o ego de lado para não
ultrapassarmos os nossos limites, observando e aceitando onde nos encontramos agora.

Principais Músculos do Corpo Humano

O maior músculo do corpo humano é o da coxa, com comprimento de até meio metro.
Por outro lado, o músculo mais pequeno é o que está localizado entre as vértebras e
mede cerca de 1 cm.

O músculo mais forte do corpo humano é o da boca, chamado de "Masséter",


responsável pela mastigação, a fala e os movimentos. Por sua vez, o músculo mais fraco
são os das pálpebras, responsáveis pelo movimento dos olhos.
Músculos da Cabeça e do Pescoço
 Músculo occipitofrontal (crânio)
 Músculo temporoparietal (crânio)
 Músculo orbicular do olho (olho)
 Prócero (nariz)
 Nasal (nariz)
 Músculo bucinador (boca)
 Músculo orbicular da boca (boca)
 Músculo masséter (mandíbulas)
 Músculo temporal (mandíbulas)
 Músculo genioglosso (língua)
 Músculo estapédio ou estribo (ouvido)
 Músculo tensor do tímpano (ouvido)
 Platisma (cervical)
 Esternocleidomastóideo (cervical)
 Músculo escaleno anterior (vertebral lateral)
 Músculo constritor inferior da faringe (faringe)
 Cricotiróideo (laringe)

Músculos do Tórax e do Abdômen
 Esplênios (dorso)
 Extensores da coluna
 Intercostais (tórax)
 Transverso do abdómem
 Levantador do ânus
 Esfíncteres do ânus

Músculos dos Membros Superiores


 Trapézio (coluna vertebral)
 Grande Peitoral (cavidade torácica)
 Pequeno Peitoral (cavidade torácica)
 Deltoide (ombro)
 Coracobraquial (braço anterior)
 Bicípite braquial (braço anterior)
 Braquial (braço anterior)
 Tricípite braquial (braço posterior)
 Redondo pronador (antebraço)
 Braquiorradial (antebraço)
 Tenar (mão)
 Hipotenar (mão)
 Lumbricoides (mão)
Músculos dos Membros Inferiores

Músculos anteriores da pelve: Grande Psoas, Pequeno Psoas e ilíaco

Músculos posteriores da pelve: Grande, Médio e pequeno glúteo


Músculos
da anca Músculos pelvi-trocanterianos: Piriforme, Gémeo interno e externo

Obturador interno e externo, Quadrado lombar

Local anterior da coxa: Sartório, tensor da fáscia lata, quadríceps femoral

(reto femoral, vasto lateral, vasto intermédio e vasto medial)


Músculos
da coxa Local medio da coxa: Pectíneo, grácil, longo adutor, médio adutor e pequeno adutor

Local posterior da coxa: Bicípite femoral, sem tendinoso, semimembranoso

Local anterior da perna: Tibial anterior, extensor longo do hálux,

extensor longo dos dedos, terceiro Peronial


Músculos
Local lateral da perna : longo e curto Peronial
da perna
Local posterior da perna: Tricípite sural (gastrocnémio -gêmeos e sóleo), plantar,

flexor longo do hálux, flexor longo comum dos dedos, tibial posterior, poplíteo

Músculos dorsais: Extensor curto dos dedos

Músculos plantares internos: Abdutor do hálux, adutor do hálux, flexor do hálux

Músculos plantares externos: Abdutor do 5º dedo, flexor curto do 5º dedo,


Músculos
do pé oponente do 5º dedo

Músculos plantares médios: Flexor curto plantar, quadrado plantar, lombricoides

Músculos interósseos do pé: Interósseos plantares, interósseos dorsais


PSOAS: O MUSCULO DA ALMA

É o único músculo que liga a coluna vertebral ao membro inferior. É responsável por
nos manter em pé e o que nos permite levantar as pernas para andar.

É o músculo mais profundo e estabilizador do corpo humano, contribuindo para o


equilíbrio estrutural, a amplitude dos movimentos, a mobilidade articular e o
funcionamento dos órgãos do abdómen.

Estudos recentes consideram o PSOAS como o mensageiro primário do sistema nervoso


central uma vez que contem tecido Bio-inteligente.

Para além disso é também considerado um porta-voz das emoções, porque está ligado
ao diafragma através de tecido conjuntivo ou fáscia, influenciando tanto a respiração
quanto o reflexo do medo.

Um estilo de vida acelerado ou com muito stress, gera uma descarga de adrenalina que
tensiona o PSOAS (preparando-nos para correr/fugir).

Se a tensão for constante e permanente devido ao stress, o músculo encurta e endurece.


Toda a postura altera e dificulta as funções dos órgãos que se localizam no abdómen,
resultando em dor na coluna, inflamação do nervo ciático, problemas digestivos,
menstruações dolorosas.

Na verdade, o PSOAS está intimamente envolvido nas reações físicas e emocionais


básicas e que quando está cronicamente tenso, envia constantemente sinais de alerta ao
corpo, podendo por isso provocar o esgotamento das glândulas suprarrenais e do
sistema imunológico.
Um PSOAS “solto”, permite alongar muito mais a parte posterior dos músculos e
permite que as pernas e a pélvis se movam com mais facilidade e independência.
Melhora a posição da coluna vertebral e de todo o tronco, com a consequente
repercussão na melhoria das funções dos órgãos abdominais da respiração e do coração.

O músculo Ílio-psoas é originado a partir de 3 músculos, o Psoas maior, o Psoas menor


e o ilíaco.

Os músculos Psoas maior e menor, originam-se nas vertebras torácicas (TR) e lombares
(L1 e L2), enquanto o músculo ilíaco origina-se na fossa ilíaca (na pelve). Ambos se
inserem no pequeno trocânter.
Teste para verificar o encurtamento do Psoas
Músculos do “ CORE “

De alguns anos para cá o termo “core” ganhou notoriedade, sendo utilizado não apenas
por fisioterapeutas, mas também por profissionais de educação física, Professores e
praticantes de Yoga, Pilates, crossfit, entre outros. Core é uma palavra em inglês que
pode ser traduzida como núcleo, cerne, miolo, ou seja: “algo que está no centro” e é
usada para definir os chamados “músculos do core”.

O que é o core?
O chamado core é um grupo de músculos localizados no abdômen, responsáveis
principalmente pela sustentação e estabilização da coluna lombar. Uma descrição
mais específica é a de que o core representa uma unidade integrada composta de 29
pares de músculos que suportam o complexo quadril-pélvico-lombar. Podemos
considerar como músculos principais deste complexo o diafragma, os músculos do
assoalho pélvico (coccígeo, íliococcígeo, ísquiococcígeo, pubococcígeo, piriforme,
puboretal e levantador do ânus), transverso do abdome, e os multífidos.

Ao contrair, os músculos do core formam uma unidade sinérgica comparável a um


cilindro rígido, o qual estabiliza a coluna lombar protegendo-a de sobrecargas
mecânicas. Sem esses músculos, a coluna vertebral tornava-se mecanicamente
instável e fica suscetível a lesões de forças de compressão tão pequenas quanto 90
N (uma carga muito inferior ao peso da parte superior do corpo).

Porque o core é tão importante?


A ativação adequada dos músculos do core é essencial para proteger a coluna
lombar de sobrecargas mecânicas. Muitos dos movimentos do nosso dia-a-dia tais
como levantar de uma cadeira, carregar pesos, inclinar o tronco para alcançar algum
objeto, etc. tudo isso exige a ativação dos músculos do core. Se esses músculos não
cumprirem o seu papel protetor, a tendência é usarmos outros músculos para
estabilizar a coluna lombar. Porém esses “outros músculos” apesar de ajudar, não
conseguem substituir os músculos do core no seu papel estabilizador e o resultado é
dor lombar, uma má postura e até pouco equilíbrio.

Músculos trabalhados nas posturas


Sistema Cardiovascular
O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável pela circulação
do sangue, de modo a transportar os nutrientes e o oxigénio por todo o corpo. O Sistema
Cardiovascular é formado pelos vasos sanguíneos e o coração.

Vasos Sanguíneos:
Os vasos sanguíneos constituem uma ampla rede de tubos por onde circula o sangue,
distribuídos por todo o corpo. Existem três tipos de vasos sanguíneos: as artérias, as
veias e os vasos capilares.
Artérias:
As artérias são vasos do sistema cardiovascular, por onde passa o sangue que sai do
coração, sendo transportado para as outras partes do corpo.
A musculatura das artérias é espessa, formada de tecido muscular bastante elástico.
Permite, desta maneira, que as paredes se contraiam e relaxem a cada batimento
cardíaco.
As artérias ramificam-se pelo corpo e vão tornando-se mais finas, constituindo as
arteríolas, que por sua vez se ramificam ainda mais formando os capilares.

Veias:
As veias são vasos do sistema cardiovascular que transportam o sangue das diversas
partes do corpo de volta para o coração. A sua parede é mais fina do que a das artérias e,
portanto, o transporte do sangue é mais lento. Assim, a pressão do sangue no interior
das veias é baixa, o que dificulta o seu retorno ao coração. A existência de válvulas
nesses vasos, faz com que o sangue se desloque sempre em direção ao coração.
É importante destacar que a maior parte das veias (jugular, safena, cerebral e diversas
outras) transporta o sangue venoso, ou seja, rico em dióxido de Carbono (CO2). As
veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.
Vasos Capilares.
Os vasos capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias, que integram o
sistema cardiovascular, formando uma rede de comunicação entre as artérias e as veias.
As suas paredes são constituídas por uma camada finíssima de células, que permitem a
troca de substâncias (nutrientes, oxigénio,CO2) do sangue para as células e vice-versa.

Coração:
O coração é um órgão do sistema cardiovascular que se localiza na caixa torácica, entre
os pulmões. Possui a função de bombear o sangue através dos vasos sanguíneos para
todo o corpo.
É oco e musculoso, envolvido por uma membrana denominada pericárdio, e
internamente as cavidades cardíacas são revestidas pela membrana chamada endocárdio.

As suas paredes são constituídas por um músculo, o miocárdio, sendo o responsável


pelas contrações do coração.
O miocárdio apresenta internamente quatro cavidades: duas superiores denominadas
aurículas (direita e esquerda) e duas inferiores denominadas ventrículos (direito e
esquerdo).
Os ventrículos possuem paredes mais grossas que as aurículas.
A aurícula direita comunica-se com o ventrículo direito e o mesmo acontece do lado
esquerdo. No entanto, não há comunicação entre as duas aurículas, nem entre os dois
ventrículos.
Para impedir o refluxo do sangue dos ventrículos para as aurículas existem válvulas.
Entre a aurícula direito e o ventrículo direito é a válvula tricúspide, já entre a aurícula
esquerda e o ventrículo esquerdo é a mitral ou bicúspide.
O coração possui dois tipos de movimentos: a sístole e a diástole. A sístole é o
movimento de contração em que o sangue é bombeado para o corpo. A diástole é o
movimento de relaxamento, quando o coração se enche de sangue.

Pulsação:
A pulsação do sistema cardiovascular é observada a cada vez que os ventrículos se
contraem, impulsionando o sangue para as artérias, ou a cada batida do coração.
Através deste movimento de pulsação, também chamado de pulso arterial, é possível
verificar a frequência dos batimentos cardíacos. É importante destacar que o coração é
um órgão que funciona num ritmo constante. As irregularidades no seu ritmo, indicam o
mau funcionamento do coração, caracterizadas pelas arritmias cardíacas. As arritmias
podem manifestar-se através de palpitações, dificuldades respiratórias, dor no peito,
tonturas ou desmaios.
Sistema Respiratório

O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis, basicamente, pela absorção


do oxigénio do ar pelo organismo e da eliminação do dióxido de carbono retirado das
células.
O sistema respiratório é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. Os órgãos
que compõem as vias respiratórias são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e
brônquios.

Cavidades Nasais:
Cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa, separados por um
septo cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe.
No interior das cavidades nasais, existem pêlos que atuam como filtro de ar, retêm
impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões.
A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que
humidifica o ar. É rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.

Faringe:
Faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar,
portanto, faz parte do sistema respiratório e do sistema digestório.
Na sua extremidade superior comunica com as cavidades nasais e com a boca, na
extremidade inferior comunica com a laringe e o esófago. As suas paredes são
musculosas e revestidas de mucosa.

Laringe:
Laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe, está a
epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição. A laringe é também o órgão
principal da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais.
Traqueia:
Traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a vinte anéis
cartilaginosos que a mantêm aberta. É revestida por uma membrana mucosa, e nela o ar
é aquecido, humidificado e filtrado.

Brônquios

Brônquios são duas ramificações da traqueia formadas também por anéis cartilaginosos.
Cada brônquio penetra num dos pulmões e divide-se em diversos ramos menores, que
se distribuem por todo o órgão formando os bronquíolos. Cada brônquio ramifica-se
subdividindo-se várias vezes, formando a árvore brônquica.
Pulmões:
O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos esponjosos, situados na
caixa torácica. Cada pulmão é envolvido por uma membrana dupla, chamada pleura.
Internamente, cada pulmão apresenta cerca de 200 milhões de estruturas muito
pequenas, em forma de cacho de uva e que se enche de ar, são os alvéolos pulmonares.
Detalhes dos Brônquios, Bronquíolos e Alvéolos e das trocas gasosas:

Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos realizam-se as trocas


gasosas entre o ambiente (o ar) e o organismo (através do sangue), graças às membranas
muito finas que os revestem e abriga inúmeros vasos sanguíneos bem finos, os
capilares.

Diafragma:
A base de cada pulmão apoia-se no diafragma, órgão músculo membranoso que separa
o tórax do abdómen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os
músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do
estômago, o nervo frénico controla os movimentos do diafragma.
Doenças do Sistema Respiratório
Os pulmões podem ser atingidos por diversas doenças, as quais pode ser infeciosa ou
alérgica.

Doenças infecciosas do Sistema Respiratório


As doenças infeciosas são resultado de uma inflamação em determinadas zonas dos
pulmões. Elas são provocadas por microrganismos, tais como vírus, bactérias, entre
outros parasitas.

O processo infecioso também pode ser desencadeado por substâncias tóxicas, é o que
acontece no enfisema, doença degenerativa crônica, geralmente desencadeada pelo
tabagismo.

Entre as doenças infeciosas mais conhecidas destacam-se: gripe, tuberculose,


pneumonia e enfisema pulmonar.

Doenças alérgicas dos Sistema Respiratório


O sistema respiratório pode ser atingido por doenças alérgicas, que resultam da
hipersensibilidade do organismo a determinado agente: poeira, medicamentos,
cosméticos, pólen etc.

Como exemplo de doenças alérgicas, destacam-se: rinite, bronquite e asma.


O Sistema Nervoso

O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo, formada por


um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens,
estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los". Consequentemente, ele elabora
respostas, as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou
constatações.

Nervos que compõem o sistema nervoso:


O Sistema Nervoso está dividido em duas partes fundamentais: sistema nervoso central
e sistema nervoso periférico.
Sistema Nervoso Central

O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos
envolvidos e protegidos por três membranas denominadas meninges.

Encéfalo:
O encéfalo, que pesa aproximadamente 1,5 Kg e está localizado na caixa craniana e
apresenta três órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico.
Cérebro:

É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o órgão mais volumoso,


pois ocupa a maior parte do encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes simétricas:
o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo.
Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias, chama-se córtex
cerebral, o responsável pelo pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, escrita, etc.
Além disso, é a sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio, da
inteligência e da imaginação, e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo.
Cerebelo:

Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo coordena os movimentos


precisos do corpo, além de manter o equilíbrio. Além disso, regula o tónus muscular, ou
seja, regula o grau de contração dos músculos em repouso.

Tronco Encefálico:

Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos


nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa.
Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as atividades vitais como os
movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro
e a deglutição.
Medula Espinhal:

A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna vertebral.


Na parte superior está ligada ao tronco encefálico. A sua função é conduzir os impulsos
nervosos do restante corpo para o cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos).
Sistema Nervoso Periférico:
O sistema nervoso periférico consiste num conjunto de nervos, que transportam a
informação entre o SNC e o resto do organismo. Os nervos não são mais do que feixes
de células nervosas, fora do encéfalo ou espinal medula, que transportam os estímulos
nervosos. As células nervosas agrupam-se de forma semelhante às fibras musculares,
constituindo fascículos envolvidos por membranas, agrupados em feixes maiores.
Denominam-se “nervos sensitivos”, aqueles que transportam informação para o SNC e
“nervos motores”, os que levam a ordem do SNC ao órgão efector. Também existem
“nervos mistos” que contêm feixes de fibras motoras e de fibras sensitivas.
É importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.

Nervos Cranianos:

Originados no encéfalo, os nervos cranianos conectam os órgãos dos sentidos humanos


(boca, nariz, ouvidos e olhos) com o cérebro, uma vez que inervam à parte a cabeça, o
coração e os pulmões; são formados por 12 pares de nervos, a saber: nervo olfatório,
nervo ótico, nervo oculomotor, nervo troclear, nervo trigémeo, nervo abducente, nervo
facial, nervo vestíbulo coclear, nervo glossofaríngeo, nervo vago, nervo acessório e
nervo hipoglosso.
Nervo Característica

De função sensitiva, é responsável por conduzir


Nervo olfatório
os impulsos olfatórios.

Com função sensitiva, este nervo tem origem na


Nervo ótico região da retina e penetra no crânio através do
canal ótico.

Nervo De função motora, este nervo é responsável pela


oculomotor movimentação dos olhos.

Possui função sensitiva e motora e está


Nervo troclear
relacionado ao movimento dos olhos e da visão.

A função motora deste nervo está relacionada à


mastigação. A função sensitiva é responsável
Nervo trigêmeo
pela inervação da face, de parte do couro
cabeludo e de regiões internas do crânio.

De função motora, este nervo é responsável pela


Nervo abducente
inervação do músculo reto lateral do olho.

Com função motora e sensitiva, este nervo está


Nervo facial relacionado às expressões faciais e à
sensibilidade muscular.

Nervo Com função sensitiva apenas, este nervo está


vestibulococlear relacionado ao equilíbrio e à audição.

Este nervo é responsável pela sensibilidade que


Nervo
envolve a língua, a faringe e a tuba auditiva.
glossofaríngeo
Além disso, atua nos músculos da faringe.

Por apresentar função motora e sensitiva, este


Nervo vago nervo é responsável pela manutenção de
funções vitais, como a regulação da frequência
cardíaca.

Este nervo com função motora atua na


Nervo acessório deglutição e movimentos da cabeça e do
pescoço.

É um nervo que está relacionado com a


Nervo hipoglosso
movimentação da língua.

Nervos Raquidianos:
Originados na medula espinhal, os nervos raquidianos (nervos espinhais) são nervos
mistos que se ramificam ao longo da medula. Compostos de 31 pares, são responsáveis
pela inervação de parte da cabeça, do tronco e dos membros superiores, a saber: 8 pares
de nervos cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais, 1 coccígeo.
O sistema nervoso pode ser dividido em Central (SNC) e periférico (SNP). O SNC
compõe-se pelo encéfalo e espinal medula, enquanto o SNP é constituído pelos nervos
que transportam o estímulo nervoso entre o SNC e o resto do organismo ou o exterior.
Esta diferenciação surge da capacidade do SNC “tomar decisões”, enquanto o SNP
apenas transporta informação. Considera-se ainda um conjunto de estruturas nervosas
que funcionam independentemente da nossa vontade:

O Sistema Nervoso Autónomo (SNA).


O SNA controla funções vitais como as secreções, músculo cardíaco, ritmo respiratório,
etc., através do equilíbrio entre duas estruturas distintas: o sistema “simpático” e o
“parassimpático”, que constituem dois canais paralelos de controlo (inervação dupla dos
órgãos), de efeitos contrários – um estimulante e o outro inibitório. Os órgãos e
funções onde o controle do SNA mais nos interessa são os órgãos do sistema
cardiorrespiratório.
Nestes, a função genérica do sistema simpático é estimulante e a função do sistema
parassimpático é inibitória. O sistema nervoso autónomo é ainda influenciado pelas
emoções, através de partes específicas do SN: o hipotálamo e o sistema límbico (SNC) e
do seu controle sobre o sistema endócrino. O sistema endócrino é composto por todas as
glândulas do nosso organismo.
As glândulas produzem e libertam hormonas que são mensageiros químicos,
transportados pela corrente sanguínea, que atuam sobre células específicas: as suas
células-alvo, inibindo ou estimulando diversas funções.
A célula nervosa:
As células nervosas designam-se por neurónios e compõe-se por um corpo celular (onde
se encontra o núcleo) que possui imensas ramificações designadas dendrites. Uma
dessas ramificações é mais longa e especializada: o axónio; possuindo um revestimento
próprio (a bainha de mielina) e mais ramificações na sua extremidade (a arborização
terminal).

Sinapse:

As células nervosas ligam-se umas às outras por intermédio das suas ramificações, a
partir do corpo celular de um neurónio até à arborização terminal de outro. O impulso
nervoso circula do corpo celular para o axónio, depois para a arborização terminal,
passando em seguida para as dendrites do neurónio seguinte, corpo celular, axónio, e
assim sucessivamente. Existem exceções a esta regra, mas o impulso nervoso mantém
se unidirecional. As ramificações da arborização terminal formam na sua extremidade
um espessamento, designado “botão terminal”, onde se encontram vesículas que
segregam substâncias posteriormente lançadas no espaço entre os dois neurónios (a
fenda sináptica). Estas substâncias denominam-se neuro mediadores e podem ter uma
ação estimulante ou inibitória.
Milhares de neurónios podem ligar-se uns aos outros, interferindo na transmissão do
impulso nervoso, através da soma das suas estimulações.
Se predominarem as ações inibitórias, o estímulo não se transmite ao neurónio seguinte,
se predominar a ação estimulante, o estímulo é transmitido. A transmissão do estímulo
nervoso é um fenómeno eletroquímico, na medida em que é a libertação de substâncias
químicas (os neuro mediadores) que altera o potencial elétrico da membrana do
neurónio, provocando (ou não) a sua despolarização e a consequente transmissão do
impulso elétrico à sinapse seguinte.

Neurotransmissores

Os neurotransmissores são compostos químicos produzidos pelos neurônios e


comunicados pelas sinapses, os quais são responsáveis por transmitir as informações
necessárias para diversas partes do corpo.
Assim, esses mediadores químicos são encontrados geralmente em vesículas pré-
sinápticas e podem ser aminas (dopamina, serotonina, melatonina, epinefrina e
norepinefrina), aminoácidos (glutamato, aspartato, glicina, ácido serina e gama-
aminobutírico “GABA”) ou peptídeos (calcitonina, glucagon, vasopressina, oxitocina e
beta-endorfina).

Principais Neurotransmissores
Os neurotransmissores apresentam diversas funções para o corpo, sendo que os mais
importantes são:
Acetilcolina (Ach): sintetizada pelo sistema nervoso central e nervos parassimpáticos, a
acetilcolina foi o primeiro neurotransmissor descoberto, e está relacionada com os
movimentos dos músculos, aprendizagem e memória. A falta de acetilcolina no corpo pode
desencadear diversas doenças neurológicas tal qual a doença de Alzheimer.
Adrenalina: Também chamado de “epinefrina”, a adrenalina é derivada da noroadrelina
(norepinefrina), sintetizada na medula adrenal (glândulas suprarrenais ou adrenais) e em
algumas células do sistema nervoso central. Esta hormona neurotransmissora está
relacionada à excitação, é libertada como um mecanismo de defesa do corpo em situações
que envolvem medo, stress, perigo ou fortes emoções.
Noradrenalina (NA): Também chamada de norepinefrina, a noradrenalina é um
neurotransmissor excitatório tal como a adrenalina. Ela atua na regulação do humor,
aprendizagem e memória, está relacionada à excitação física e mental. Se os níveis dessa
substância estiverem alterados no corpo pode levar ao aumento da frequência cardíaca e da
pressão arterial. Quando reduzidas pode levar a depressão e ao aumento do stresse.
Endorfina: considerada a “hormona do prazer”, essa substância é produzida no cérebro
pela glândula hipófise e está relacionada com a melhoria do humor e da memória,
funcionamento do sistema imunológico, controle da dor e do fluxo de sangue. A falta de
endorfina pode levar ao stresse, depressão e ansiedade.
Serotonina (5HT): sintetizada pelo sistema nervoso central e quando libertada no corpo
promove a sensação de bem-estar e satisfação. Além disso, esse calmante natural controla o
sono, regula o apetite e a energia. Desse modo, é conhecido como “substância do prazer”, e
a falta dessa hormona neurotransmissor no corpo pode desencadear depressão, stresse,
ansiedade, entre outros problemas.
Dopamina (DA): hormona libertada pelo hipotálamo, associado à sensação de bem-estar e
do controle motor do corpo. A alteração dos níveis de dopamina no corpo pode
desencadear diversas doenças, por exemplo, a doença de Parkinson e a esquizofrenia.
Enquanto o Parkinson é resultante da falta desse neurotransmissor, a esquizofrenia é o
contrário, ou seja, pode ser gerada pelo excesso de dopamina no corpo.
Principais órgãos sensitivos associados ao sistema locomotor
(propriocetores):

Recetores cutâneos:
- Transformam estímulos mecânicos, térmicos ou dolorosos em influxo nervoso.

Recetores Articulares:
- Fornecem informação sobre o estado, posição e movimento das articulações. Existem
na cápsula, ligamentos e membrana sinovial, fornecendo informação detalhada acerca
dos movimentos, incluindo a velocidade e a amplitude, chegando à precisão (em termos
de posicionamento) de meio grau.

Recetores musculares:
- Informam sobre o grau de estiramento ou contração muscular, bem como acerca da
sua velocidade. O Fuso Neuro Muscular (FNM) é estimulado pelo estiramento do
músculo (estando na origem do reflexo miotático: contração reflexa do músculo após o
estiramento).
Sistema Imunológico

O sistema imunológico, também chamado de sistema imunitário é um conjunto de


elementos existentes no corpo humano que interagem entre si com o objetivo de
defendê-lo contra doenças, vírus, bactérias, micróbios e outros.
O sistema imunológico é mesmo uma proteção, um escudo ou uma barreira que nos
protege de seres indesejáveis (os chamados patogénicos), que tentam invadir o nosso
corpo e assim, este sistema tem a função não só de impedir essa invasão, como também
exerce a função de combate e de destruição.
Trata-se de um sistema complexo, composto por diversas partes - entre células e órgãos,
cada qual com uma função específica, agindo como um exército.

Tipos de imunidade:
A função imunológica pode ser dividida em imunidade inata ou não específica e
imunidade adaptativa ou específica.

Imunidade inata:
A primeira é, como o próprio nome indica, a defesa que todos os seres humanos têm, e é
a nossa primeira linha de defesa. São exemplos: pele (é a primeira barreira existente no
nosso corpo), cílios, lágrima, muco, plaquetas, saliva, suco gástrico, suor. Fazem parte,
ainda, do sistema imunológico inato os leucócitos (glóbulos brancos).
Leucócitos - células produzidas pela medula óssea, cuja função é produzir anticorpos
para proteger o organismo contra os patógenos. São leucócitos: neutrófilos, eosinófilos,
basófilos, linfócitos, fagócitos e monócitos.
Com funções semelhantes, mas bastante definidas estes componentes impedem o
crescimento e o desenvolvimento da patogenia no nosso corpo; detetam e evitam, que o
problema aconteça.
Os neutrófilos envolvem as células doentes e destrói-as. Os eosinófilos desenvolvem-se
na medula óssea e agem contra parasitas. Os basófilos produzem histamina e heparina,
por isso, está relacionado com as alergias. Os fagócitos fazem a fagocitose (ingestão).
Os monócitos penetram os tecidos para os defender dos patógeneos.
Se a imunidade inata não funciona, a imunidade adaptativa entra em ação.

Imunidade adaptativa:
A segunda, a imunidade adaptativa, é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como
anticorpos, vacinas, mecanismos que são desenvolvidos para expor as pessoas com o
objetivo de fazer evoluir as defesas do corpo. A imunidade adaptativa age diante de um
problema específico. São exemplos os linfócitos.
Linfócitos - células que fazem parte dos glóbulos brancos do sangue e que são
produzidas pela medula óssea vermelha. Existem os linfócitos B, os linfócitos T e os
Natural Killers (NK).
Os linfócitos B fabricam anticorpos e atuam na imunidade celular. Os linfócitos T, que
por sua vez se dividem em vários tipos, fabricam anticorpos e reconhecem os patógenos
que invadem o nosso corpo. Os Natural Killers têm a função de atacar e destruir
patógeneos.

Através do leucograma, que é uma parte do exame de sangue, são analisados os valores
de cada componente sanguíneo. Os níveis variam de acordo com a faixa etária e
indicam o comportamento das defesas do organismo e a deteção de doenças.

Sistema imunológico baixo:


Quando o sistema imunológico não funciona adequadamente, falha, perde a força e
diminui a sua capacidade de defender o nosso corpo, de modo que ficamos vulneráveis
às doenças, tais como amigdalites ou estomatites, infeções na pele, otites, herpes, gripes
e constipações.
Células e órgãos
O sistema imunológico humano é formado por diversos tipos de células e órgãos, que
são divididos da seguinte forma:
Órgãos do sistema imunológico
Órgãos imunitários primários

Nestes órgãos ocorre a produção dos linfócitos:

Medula óssea: tecido mole que preenche o interior dos ossos. Local de produção dos
elementos constituintes do sangue, como hemácias, leucócitos e plaquetas.
Timo: glândula localizada na cavidade torácica, no mediastino (é uma das 3 cavidades em
que está dividida a cavidade torácica e contém o coração, traqueia, esófago, timo, parte do
S.N. autônomo e Sistema Linfático). Sua função é o promover o desenvolvimento dos
linfócitos T.

Órgãos imunitários secundários


Nestes órgãos é iniciada a resposta imune:

Linfonodos: pequenas estruturas formadas por tecido linfoide, que se encontram no trajeto
dos vasos linfáticos e estão espalhadas pelo corpo. Eles realizam a filtragem da linfa.
Baço: filtra o sangue, expondo-o aos macrófagos e linfócitos que, através da fagocitose,
destroem partículas estranhas, microrganismos invasores, hemácias e células sanguíneas
mortas.
Amígdalas: constituídas por tecido linfoide, ricas em glóbulos brancos.
Apêndice: pequeno órgão linfático, com grande concentração de glóbulos brancos.
Placas de Peyer: acúmulo de tecido linfoide que está associado ao intestino.
Sistema Endócrino
O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção das
hormonas que são lançadas no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo
sobre os quais atuam.
Juntamente com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do
nosso corpo. O hipotálamo grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo,
faz a integração entre estes dois sistemas.

Glândulas do Sistema Endócrino:


As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo: hipófise,
tiroide e paratiroides, timo, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais.
Hipófise

A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro. Produz diversas
hormonas, entre elas, a endorfina (hormona tranquilizante e do prazer). É considerada a
glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas,
como a tiroide e as glândulas sexuais.

Outras hormonas produzidas pela hipófise é o antidiurético (ADH), substância que


permite ao corpo economizar água na excreção (formação da urina) e também a
hormona do crescimento (somatotropina ST).
Glândula Pineal – “Morada da Alma”
(epífise neural)

Consiste numa glândula bem pequena, do tamanho aproximado de uma ervilha, e está
localizada no centro do cérebro a nível dos olhos. A Pineal começa a aparecer e a
desenvolver-se a partir da 7ª semana de gestação até aos 2 anos de idade. Contudo, o seu
peso vai aumentando até à adolescência. Ela está intimamente relacionada com a saúde
mental e entre as suas principais funções, encontra-se a produção de melatonina.
A glândula pineal, regula o nosso “relógio biológico “ (ciclos circadianos) e encarrega-
se de executar diferentes funções no corpo. É uma hormona encarregue de regular o
processo do sono e é também chamada de “3º olho “uma vez que capta as informações
dos campos eletromagnéticos que nos cercam.
Durante muito tempo pensou-se que a função da Pineal era unicamente apoiar os vasos
sanguíneos. Até que o filósofo francês René Decartes escreveu que a mesma tinha outro
papel fundamental no nosso organismo, dar origem ao pensamento e que era ali que a
informação era processada e que teria uma relação com a consciência.
Funções:
- Regular o ritmo circadiano (designa o período de aproximadamente 24 horas sobre o
qual se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos, sendo influenciado
principalmente pela variação de luz, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite.)
Envia ao corpo os sinais quando nos sentimos cansados ou com sono a determinadas
horas do dia, assim como mais ativos e em alerta.

- Regula as emoções
Ajuda a evitar que ocorram alguns distúrbios do sono ou distúrbios depressivos. Esta
glândula também faz com que sejam segregadas determinadas hormonas, como as
endorfinas, que se encarregam de aumentar a nossa felicidade e bem-estar emocional
em geral.

- Metabolismo ósseo
É fundamental para aumentar a massa óssea e evitar que surjam doenças como a
osteoporose.

- Maturação sexual
Regula o início da maturação e da motivação sexual de cada individuo (puberdade).
- Funções mentais
Foi comprovado que a glândula pineal tem relação com a concentração e a memória,
tendo um efeito sobre as funções cognitivas das pessoas.

Alguns dos sintomas que indicam problemas ou doenças na glândula pineal são:
- Experienciar mudanças repentinas no ritmo circadiano ou de sono, assim como
notar o contrário, muito ativo e sem conseguir descansar o suficiente, estar cansado o
tempo todo, etc.

- Náuseas, dores de cabeça que podem ser confundidas facilmente com a cefaleia,
tremor e até vómitos.

- Osteoporose

- Mudanças frequentes no ciclo menstrual e na ovulação nas mulheres.

- Experienciar um desequilíbrio emocional que provoca mal-estar e insatisfação.

O Yoga ativa todas as glândulas do nosso corpo, mas influência sobretudo, a glândula
pineal e a pituitária. Praticar exercícios de relaxamento ou realizar atividades como
ouvir música suave e/ou tomar banhos relaxantes, ajuda a potenciar a ativação da
glândula pineal no nosso cérebro.
Benefícios de ativar a glândula pineal
Alguns dos principais benefícios que a ativação da glândula pineal provoca, são os
seguintes:
- Obter uma maior conexão com o seu próprio corpo e mente.
- Aumentar o nível de consciência, pelo que atuaremos cada vez menos em piloto
automático.
- Ajudar a conhecer-se melhor.
- Promover a tranquilidade e o relaxamento.
- Melhorar a relação consigo mesmo vai consequentemente melhorar a relação com os
outros.
- Experienciar uma sensação de plenitude e felicidade pessoal.
- Os neurónios e células do cérebro, purificam-se.
- Melhorar o sistema imunológico, prevenindo certas doenças como cancro, alzheimer,
depressão, entre outras.
- Regeneração celular.
Tiroide:

A tiroide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, a hormona que controla a


velocidade do metabolismo celular, a manutenção do peso e do calor corporal, o
crescimento e o ritmo cardíaco.

O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tiroide, acelera todo o metabolismo: o


coração bate mais rápido, a temperatura do corpo fica mais alta do que o normal, a
pessoa emagrece por gastar mais energia.
Este quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue
circula com mais pressão. Se não tratada pode provocar o surgimento do bócio (inchaço
no pescoço), e também a exoftalmia (olhos salientes).
O hipotireoidismo é quando a tiroide trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim, o
metabolismo torna-se mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração
bate mais vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos
energia, tende a engordar e as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e se não
tratada pode ocorrer o bócio.
Paratiroides:

As paratiroides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tiroide, que


produzem o paratormona, hormona que regula a quantidade de cálcio e fósforo no
sangue. A diminuição desta hormona reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz com
que os músculos se contraiam violentamente.
Este sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em pessoas com
tétano. Por sua vez, o aumento da produção desta hormona, transfere parte do cálcio
para o sangue, de modo que enfraquece os ossos, tornando-os quebradiços.
Timo:

O timo está situado entre os pulmões. Produz uma hormona que atua na defesa do
organismo do recém-nascido contra infeções.
Nesta fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até à adolescência,
quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem as suas
funções reduzidas. Seu nome em grego, "thymos " significa energia vital.

O timo continua a ser um grande desconhecido. Ele cresce quando estamos alegres,
encolhe quando estamos ansiosos e mais ainda quando adoecemos.
Se somos invadidos por micróbios ou toxinas ele reage imediatamente produzindo
células de defesa. Mas também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros,
sabores, gestos, toques, sons, palavras e pensamentos. Amor e ódio afetam – o
profundamente. Os pensamentos negativos têm mais poder sobre ele que os vírus e
bactérias. Com a atitude negativa, o timo tenta reagir e enfraquece com a luta contra o
invasor desconhecido e abre espaços para sintomas de baixa imunidade, como herpes.
Em compensação os pensamentos positivos conseguem ativar todos os seus poderes, a
lembrar que a fé remove montanhas.

Eixo Hipotálamo-hipófise

O hipotálamo participa no controle das funções vegetativas e endócrinas do organismo,


em parte pela tradução dos sinais elétricos oriundos do sistema nervoso central (SNC)
em fatores humorais.

Diversos fatores libertadores e inibidores são secretados pelo hipotálamo e


transportados à hipófise pelo sistema porta-hipotálamo-hipófise, onde cada fator
apresenta ação seletiva na síntese e/ou secreção de hormonas adeno-hipofisárias. Além
de estímulos neurais externos, a secreção das neuro-hormonas hipotalâmicas também
responde a variações do meio interno, como a concentração de nutrientes, eletrólitos e
hormonas. Enquanto o hipotálamo trabalha como um tradutor, a hipófise trabalha como
um amplificador das informações hipotalâmicas elevando ou reduzindo a secreção de
hormonas que interferem no crescimento, diferenciação celular e na atividade funcional
dos tecidos-alvo.

Nos últimos dez anos, com a incidência de transtornos de ansiedade e humor na nossa
sociedade, inúmeros estudos tentam demonstrar a importante relação entre emoções e
atividade do sistema nervoso autônomo (SNA). Tornaram-se comuns, por exemplo, as
crises hipertensivas por stress e principalmente alterações no sistema respiratório em
consequência das mudanças nos estados emocionais. Indivíduos que sofrem de distúrbio
de pânico frequentemente hiperventilam durante as crises, e um dos recursos para
diminuir a velocidade respiratória é justamente a chamada "respiração diafragmática ou
abdominal", técnica extensamente utilizada no yoga.

Tanto a ansiedade, o stress e a depressão envolvem a ativação do sistema nervoso


simpático (SNS) e do eixo neuro endócrino hipotalâmico-hipofisário-adrenal (HPA). O
hipotálamo é a estrutura responsável pela regulação de funções básicas, manutenção e
sobrevivência do organismo. Por meio de mecanismos controladores das funções
vegetativas e endócrinas, o hipotálamo induz respostas orgânicas às alterações no meio
ambiente externo e interno. A ativação do SNA pelo hipotálamo é responsável por
alterações fisiológicas, como intensificação da frequência cardíaca, aumento do fluxo
sanguíneo para os músculos, da glicemia, do metabolismo celular e da atividade mental
e libertação de adrenalina, o que permite melhor desempenho físico e mental.

Além de estimular o SNA, o hipotálamo (que também é responsável pelo controle de


diferentes glândulas endócrinas) ativa o eixo HPA, influenciando nas reações orgânicas
(ACTH), também conhecido como corticotrofina, responsável pelo controle da secreção
de corticosteroides (que contêm o cortisol, hormona do stress) pela glândula adrenal
(suprarrenais). Além do eixo HPA, o stress ativa a divisão simpática do sistema nervoso
neurovegetativo, como parte da reação de luta ou fuga. Como resultado, a noradrenalina
é libertada em diferentes tecidos, bem como a adrenalina, na corrente sanguínea.
A constante ativação do SNS, do eixo HPA e a libertação de adrenalina levam a uma
situação crônica de stress e depressão, que afetam a integridade do cérebro e
consequentemente do indivíduo.

Pesquisadores da Universidade de Duisburg-Essen, Alemanha, e da Universidade de


Nova York, observaram em mulheres stressadas alterações positivas relevantes em
consequência da prática de Pránayámas e posturas (Asana) durante três meses. Para
avaliá-Ias, os pesquisadores utilizaram testes psicológicos como a Escala Cohen de
Stress Percebido, Inventário Estado-Traço de Ansiedade (STAI), Perfil de Estados de
Humor (POMS), Escala CEDS de Depressão e até níveis salivares de cortisol. Segundo
a equipe de Gustav Dobos, coordenador da pesquisa, a prática de yoga induz uma
redução imediata nos níveis de cortisol e consequentemente do stress, apontando para
um efeito direto no eixo HPA. O efeito ansiolítico da prática é tão significativo que
alguns pesquisadores o têm comparado à influência de medicamentos como
benzodiazepínicos.
Suprarrenais:

As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem a adrenalina, hormona


que prepara o corpo para a ação. Os efeitos da adrenalina no organismo são:
- Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e braços,
aumentando a capacidade de correr ou de se exaltar em situações tensas;
- Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, libertando mais
energia para as células;
- Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia mais sangue
para os músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também
“gelados de medo”.
-Produz a hormona Cortisol, chamada a hormona do stress.
Pâncreas:

O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormonas (insulina e o glucagon) produz
também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha
importante papel na digestão.
A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na libertação de
energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogénio. A falta ou a baixa
produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose
no sangue (hiperglicemia). O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o
organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a
pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em
muitos casos, ao desmaio. Neste caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado,
estimulando a "quebra" do glicogénio em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é
enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.

Glândulas sexuais:
As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema
reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino respetivamente. Os ovários e os
testículos são estimulados por hormonas produzidas pela hipófise. Assim, enquanto os
ovários produzem o estrogénio e a progesterona, os testículos produzem diversas
hormonas, entre elas a testosterona, responsável pelo aparecimento das características
sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc.
A FELICIDADE E AS HORMONAS: ENDORFINA,
OCITOCINA, DOPAMINA E SEROTONINA

Para se ser sentir feliz é preciso que nosso corpo produza, de forma equilibrada, 4
hormonas principais: endorfina, ocitocina, dopamina e serotonina. E o equilíbrio
entre ela, as quantidades de umas em relação às outras, é que vai nos dar uma sensação
de maior felicidade, ou de mais cansaço e desânimo, ou de agitação e ansiedade, enfim,
sensações que são rotineiras quando estamos em “stress “.
Sistema Linfático

O sistema linfático é o principal sistema de defesa do organismo, constituído pelos


nódulos linfáticos (linfonodos), ou seja, uma rede complexa de vasos, responsável por
transportar a linfa dos tecidos para o sistema circulatório.
Além disso, o sistema linfático possui outras funções: proteção de células imunes (atua
junto ao sistema imunológico), absorção dos ácidos gordos e equilíbrio dos fluidos
(líquidos) nos tecidos.
Componentes do Sistema Linfático:

Linfonodos (gânglios linfáticos):

Chamados de nódulos linfáticos, os linfonodos são pequenos órgãos (até 2 cm)


presentes no pescoço, no tórax, no abdómen, nas axilas e nas virilhas. Formados por
tecido linfoide e distribuídos pelo corpo, os linfonodos são responsáveis por filtrarem a
linfa antes dela retornar ao sangue, além de atuarem na defesa do organismo, impedindo
a permanência de partículas estranhas no corpo.

Linfa:
A linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue, que circula pelos
vasos linfáticos, todavia, não possuem hemácias e, por isso, apresenta um aspeto
esbranquiçado e leitoso. Responsável pela eliminação das impurezas, a linfa é produzida
pelo intestino delgado e fígado, sendo transportada pelos vasos linfáticos num único
sentido (unidirecional), filtrada pelos linfonodos e lançada no sangue.

Vasos Linfáticos:
Os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo organismo, os quais possuem válvulas
que transportam a linfa na corrente sanguínea num único sentido, impedindo assim o
refluxo. Atuam no sistema de defesa do organismo visto que retiram células mortas do
organismo e transportam os linfócitos (glóbulos brancos) que combatem as infeções no
organismo.

Baço:
Maior dos órgãos linfáticos, o baço é um órgão ovalado, localizado abaixo do diafragma
e atrás do estômago. Ele é responsável pela defesa do organismo, na medida em que as
suas funções são: produção de anticorpos (linfócitos T e B) e hemácias (hematopoiese),
armazenamento de sangue e libertação de hormonas.
Timo: órgão localizado na cavidade torácica, próximo do coração. Além de produzir as
substâncias como a timosina e a timina, o timo produz anticorpos (linfócito T), atuando,
desta maneira, na defesa do organismo.

Amígdalas Palatinas:
Popularmente, estes dois órgãos localizados na garganta, são conhecidos como
amígdalas ou amígdalas palatinas responsáveis pela seleção dos microrganismos que
penetram no corpo, principalmente pela boca. Neste caso, auxiliam no processo de
defesa do organismo visto que produzem linfócitos.

Curiosidades sobre o sistema linfático


Outras doenças associadas ao sistema linfático são as celulites (acumulação de gordura),
amenizadas com o tratamento da drenagem linfática; a íngua (inchaço dos gânglios
linfáticos) e alguns tipos de cancro (linfoma), por exemplo o cancro de mama.
No corpo humano, a linfa é mais abundante do que o sangue.

Algumas Doenças do Sistema Linfático

Elefantíase
A filaríase ou filariose é conhecida como “doença tropical infeciosa” e corresponde à
inflamação dos vasos linfáticos transmitida por inseto (mosquito culex).

O seu nome está associado com a retenção de líquido ou o inchaço dos membros,
fazendo com que as pernas dos doentes tenham aspeto de elefante.

Linfedema
Caracterizada pela inflamação e obstrução dos vasos linfáticos, a linfedema leva ao inchaço
excessivo dos membros.
Pele Humana

A pele é o maior órgão do nosso corpo, reveste e assegura grande parte das relações
entre o meio interno e o externo. Além disto, atua na defesa e colabora com outros
órgãos para o bom funcionamento do organismo, como no controle da temperatura
corporal e na elaboração de metabólitos. É constituída de derme e epiderme, tecidos
intimamente unidos, que atuam de forma harmoniosa e cooperativa.

Epiderme:
A epiderme é composta por epitélio de revestimento que é um tecido estratificado,
pavimentoso e formado por várias camadas de células com diferentes formas e funções.
As células superficiais são achatadas como se fossem escamas e possuem queratina. A
epiderme não possui vasos nem nervos; tem espessura variada, sendo mais grossa nas
extremidades como planta dos pés e palmas das mãos e mais fina sobre as pálpebras e
próximo dos genitais.
As células, chamadas queratinócitos ou ceratinócitos, produzidas na camada basal vão
sendo “empurradas” para cima e modificam a sua estrutura. Elas unem-se através de
junções (as desmossomas, que são especializações da superfície) e prolongamentos,
achatam-se e produzem queratina. Os ceratinócitos perdem o núcleo e morrem, na
superfície do corpo são eliminadas por descamação.
Camadas da epiderme e os diferentes tipos celulares:

Camada Basal ou Germinativa:


Esta camada produz continuadamente novas células, que se dividem por mitose. Estão
presentes nos melanócitos, células especializadas em produzir a melanina, que é o
pigmento que dá cor à pele e nos pêlos. Os prolongamentos dos melanócitos penetram
nas células desta camada e da espinhosa, espalhando a melanina no seu interior. As
células de Merkel são mecanorreceptoras, ou seja, recebem estímulos mecânicos do
exterior e os encaminham para as fibras nervosas.

Camada Espinhosa:
Possui células com desmossomas e prolongamentos que ajudam a mantê-las bem
unidas, o que lhes confere aparência espinhosa. As células de Langerhans encontram-se
espalhadas pela camada e ajudam a detetar agentes invasores, enviando alerta ao
sistema imunológico para defender o corpo.

Camada Granulosa:
Á medida que sobem, os ceratinócitos vão sendo achatados. Na camada granulosa
possuem forma cúbica e estão cheios de grânulos de queratina, que passa a ocupar os
espaços intercelulares.

Camada Córnea:
O estrato córneo fica na superfície do corpo. Formado por células mortas, sem núcleo,
achatadas e queratinizadas. A sua parte mais externa sofre descamação, sendo
constantemente substituída (em períodos de 1 a 3 meses).

Derme:
A derme é formada de tecido conjuntivo denso. A sua composição é essencialmente
composta por colagénio (cerca de 70%) e outras glicoproteínas e fibras do sistema
elástico. As fibras elásticas formam uma rede em redor das fibras de colagénio que
conferem flexibilidade à pele.
A camada imediatamente abaixo da epiderme é chamada de camada papilar pois possui
inúmeras papilas dérmicas encaixadas nas reentrâncias da superfície irregular da
epiderme.
Em seguida há a camada reticular que contém mais fibras elásticas, além de vasos
sanguíneos e linfáticos e terminações nervosas, também são encontradas glândulas
sebáceas e sudoríparas e as raízes dos pêlos.

Hipoderme:
Localizada logo abaixo da derme encontra-se a tela subcutânea ou hipoderme, que é
uma camada de tecido conjuntivo laxo rica em fibras e células adiposas. A gordura que
se acumula nessas células funciona como reserva de energia e isolamento térmico.
Estruturas Anexas da Pele:
Existem diversas estruturas relacionadas aos tecidos epiteliais e conjuntivos que
formam a epiderme e a derme, respetivamente, cada uma com função específica.
As glândulas segregam suor ou sebo que ajudam a controlar a temperatura corporal e
lubrificar a pele.
As unhas protegem a ponta dos dedos e ajudam a agarrar os objetos.
Os pêlos têm um papel sensorial, por terem terminações nervosas ligadas à base do
folículo; há também outras terminações espalhadas na pele, que permitem a perceção de
estímulos como: temperatura, pressão, tato e mecânicos.

Glândulas Sebáceas:
A atividade destas glândulas é controlada principalmente por hormonas masculinas, e
são mais ativas na época da puberdade. Elas libertam o sebo que produzem no canal do
folículo piloso.
Não são distribuídas igualmente por todas as regiões do corpo, havendo grandes
glândulas na pele em redor da boca, nariz, testa e bochechas, o que torna essas áreas
bastante oleosas. Acredita-se que a sua principal função é formar uma barreira
gordurosa superficial, evitando a perda de água.

Glândulas Sudoríparas:
Estas glândulas têm a forma de espiral, são formadas por células epidérmicas, e
encontram - se na derme. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas:

As écrinas, que libertam o suor diretamente em aberturas na superfície da pele, os poros.


Através da transpiração estas glândulas regulam a temperatura corporal, pois quando o
suor evapora dissipa o calor juntamente com ele.
As apócrinas, que eliminam a sua secreção (uma substância mais viscosa que o suor)
dentro do canal do folículo. Na fase embrionária formas rudimentares destas glândulas
estão espalhadas por todo corpo, mas após o nascimento desenvolvem-se apenas em
regiões como as axilas, no canal do ouvido, nos mamilos, ao redor do umbigo e na
região em volta dos genitais e do ânus. Isso parece ter alguma relação ancestral com a
produção do cheiro e a atração sexual.
Pêlo:
Anatomia do Pêlo
São compostos de células mortas da epiderme compactadas e queratinizadas. Os pelos
do corpo e os cabelos são formados no folículo piloso, que é um tubo epidérmico,
rodeado de nervos sensoriais, que conferem sensibilidade às pressões exercidas no pêlo.

A base do folículo, chamada bulbo, encontra-se na derme e produz sempre células


novas, que à medida que vão emergindo recebem melanina (que dá a cor ao pelo,
quanto mais melanina, mais escuro será) e queratina.
Outras estruturas ligadas ao folículo são: o músculo eretor do pêlo (músculo liso que
movimenta o pêlo, deixando a pele arrepiada), as glândulas sebáceas (lubrificam o pêlo)
e as glândulas sudoríparas.

Unhas:
Anatomia da Unha:

Têm formação semelhante à dos pêlos, no entanto, as unhas nunca param de crescer
enquanto que o folículo piloso em alguns momentos entra em repouso diminuindo o
crescimento dos pêlos.
A unha começa a ser formada na raiz, que fica enterrada na pele, onde as células se
multiplicam e vão emergindo. A seguir, as células sintetizam queratina na região da
cutícula, que é uma dobra de pele e continuam o seu movimento. Quando ficam
expostas, as células já estão mortas, bastante achatadas e queratinizadas, formando a
unha como a vemos.
As unhas oferecem um bom indício sobre a saúde da pessoa, podem ficar quebradiças,
mais finas ou deformadas devido a situações de grande stress, períodos de febre
prolongados ou por uso de drogas ou medicamentos mais fortes. Ajudam a proteger as
extremidades dos dedos, área extremamente sensível e também auxiliam a agarrar os
objetos.

Recetores Sensoriais
Tipos de Recetores Sensoriais:
São terminações das fibras nervosas, mielínicas, algumas estão livres associadas às
células epiteliais, outras, encapsuladas.

Existem 7 tipos de recetores que captam os estímulos do meio, levam ao sistema


nervoso e devolvem as respostas sensoriais; são eles:
Discos de Merkel:
Ramificações das extremidades de fibras nervosas sensoriais, as pontas têm forma de
disco e estão ligadas às células da epiderme. Percebem estímulos contínuos de pressão e
tato;

Corpúsculos de Meissner:
São recetores encapsulados, de absorção rápida (respondem ao estímulo no fim),
percebem estímulos vibratórios, de pressão e de tato, localizados na superfície da
derme;

Corpúsculos de Paccini:
Encapsulado, de adaptação rápida, sentem estímulos
vibratórios rápidos e pressão, localizados na derme profunda;

Corpúsculo de Ruffini:
Encapsulado, de adaptação lenta (responde ao estímulo continuamente), sentem a
pressão e localizam-se na derme profunda;

Bulbos de Krause: encapsulados, são pouco conhecidos, mas associados aos estímulos
de pressão, localizam-se nas bordas da epiderme;

Terminações dos Folículos Pilosos:


São fibras sensoriais enroladas em redor dos folículos, podem ser de adaptação lenta ou
rápida;

Terminações Nervosas Livres:


São ramificações de fibras mielínicas ou amielínicas não encapsuladas, são de
adaptação lenta e transmitem informações de tato, dor, temperatura e propriocepção.
Estão localizados por toda pele e em quase todos os tecidos do corpo.
Sistema Digestivo

O Sistema Digestivo é formado por um conjunto de órgãos cuja função é transformar os


alimentos, através de processos mecânicos e químicos.

Componentes do Sistema Digestório:

O Sistema Digestivo divide-se em: Tubo digestivo e Órgãos anexos.

O tubo digestivo divide-se em: alto, médio e baixo:


- Tubo digestivo alto: boca, faringe e esófago.
- Tubo digestivo médio: estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).
- Tubo digestivo baixo: intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso,
descendente, a curva sigmoide e o reto).

Órgãos anexos: glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar.
Tubo Digestivo Alto:
Formado pela boca, faringe e esófago.

Boca:
A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Corresponde a uma
cavidade forrada por mucosa, onde os alimentos são humidificados pela saliva,
produzida pelas glândulas salivares.
Com isto, durante a mastigação os alimentos passam primeiro pelo processo da digestão
mecânica, ação dos dentes e da língua. Posteriormente, passam pela atividade
enzimática da ptialina (amílase salivar). Sendo assim, na rápida passagem dos alimentos
pela boca, a ptialina começa a atuar sobre o amido (encontrado na batata, farinha de
trigo, arroz) transformando-o em moléculas menores de maltose.

Faringe:
A faringe é um tubo muscular membranoso, comunica com a boca, através do istmo da
garganta e na outra extremidade com o esófago. Para chegar ao esófago, o alimento,
depois de mastigado, percorre toda a faringe, que é um canal comum, para o sistema
digestivo e o sistema respiratório.
No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua empurra o
alimento para dentro da faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para o
esófago. Nesse momento a epiglote fecha o orifício de comunicação com a laringe,
impedindo a entrada do alimento nas vias respiratórias.

Esófago:
O esófago é um conduto musculoso, controlado pelo sistema nervoso autónomo. Assim,
através de ondas de contrações, conhecidas como peristaltismo ou movimentos
peristálticos, o conduto musculoso vai espremendo os alimentos e levando-os em
direção ao estômago.

Tubo Digestivo Médio:


Formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).

Estômago:
O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdómen, responsável pela digestão.
A entrada do órgão recebe o nome de cárdia, porque fica muito próxima do coração,
separada deste somente pelo diafragma.
Possui uma pequena curvatura superior e uma grande curvatura inferior. A parte mais
dilatada recebe o nome de “região fúndica”, enquanto a parte final, uma região estreita,
recebe o nome de “piloro”.
O simples movimento de mastigação dos alimentos já ativa a produção do ácido
clorídrico no estômago. Contudo, é somente com a presença do alimento, de natureza
proteica, que se inicia a produção do suco gástrico. Este suco é uma solução aquosa,
composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico.

A mucosa gástrica é coberta por uma camada de muco, que a protege das agressões do suco
gástrico, que é bastante corrosivo. Por isso, quando ocorre um desequilíbrio na
proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o surgimento de feridas
(úlcera gástrica).
A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico sendo regulada pela ação de umas
hormonas, a gastrina. A gastrina é produzida no próprio estômago no momento que
moléculas de proteínas dos alimentos entram em contato com a parede do órgão. Assim,
a pepsina quebra as moléculas grandes de proteína e transforma-as em moléculas
menores. Estas são as proteoses e peptonas.
Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a quatro horas. Neste processo o
estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o piloro, que se abre e fecha,
permitindo que, em pequenas porções, o quimo (massa branca e espumosa), chegue ao
intestino delgado.

Intestino Delgado:
O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras
projeções. Está localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem a função de
segregar as várias enzimas digestivas. Isto dá origem a moléculas pequenas e solúveis: a
glicose, aminoácidos, glicerol, etc.
O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo.
Assim, o duodeno é a primeira porção do intestino delgado a receber o quimo que vem
do estômago, que ainda está muito ácido, sendo irritante à mucosa duodenal.
Logo em seguida, o quimo é banhado pela bílis. A bílis é segregada pelo fígado e
armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que
emulsionam os lipídios, fragmentando as suas gotas em milhares de microgotículas.
Além disso, o quimo recebe também o suco pancreático, produzido no pâncreas,
contendo enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de sódio, de maneira a que
favoreça a neutralização do quimo. Assim, em pouco tempo, a “papa” alimentar do
duodeno, vai-se tornando alcalina e gerando condições necessárias para ocorrer a
digestão intra-intestinal. Já o jejuno e o íleo é considerada a parte do intestino delgado
onde o trânsito do bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio,
durante o processo digestivo.
Por fim, ao longo do intestino delgado, depois de todos os nutrientes terem
Sido absorvidos, sobra uma pasta grossa, com detritos não assimilados e com bactérias,
já fermentado, que segue para o intestino grosso.

Tubo Digestivo Baixo:

Formado pelo intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva
sigmoide e o reto).

Intestino Grosso:
O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É local de
absorção de água (tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas), de
armazenamento e de eliminação dos resíduos digestivos. Está dividido em três partes: o
ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente, transverso, descendente e a curva
sigmoide) e reto.
No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já constituindo
o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, depois ao transverso e em seguida ao
descendente. Nesta porção, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas,
preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto.
O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por
onde são eliminadas as fezes.
Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso
segregam muco para lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e a sua eliminação.
Sistema Excretor

O sistema excretor tem a função de eliminar os resíduos das reações químicas que
ocorrem dentro das células, no processo do metabolismo. Desta maneira, muitas
substâncias que não são aproveitadas no organismo, principalmente as tóxicas, são
excretadas para fora do corpo.
É Importante realçar que o sistema excretor é encarregado de muito mais do que apenas
a eliminação de resíduos. Trata-se do principal responsável pelo controle da composição
química do ambiente interno.

Funcionamento do Sistema Excretor:


A eliminação de substâncias prejudiciais ou que estão em excesso no nosso corpo é
chamada de excreção, processo que permite o equilíbrio interno do nosso organismo. Os
produtos da excreção são denominados "excretas", e que são lançadas das células para o
líquido que as banha (líquido intersticial), e daí são passadas para a linfa e para o
sangue.
No processo de degradação de glicídios e lipídeos é produzido dióxido de carbono e
água.
No entanto, as proteínas também são metabolizadas, e do seu metabolismo resultam
substâncias prejudiciais ao organismo entre elas, dióxido de carbono e os produtos
nitrogenados, como a amónia, a ureia e o ácido úrico. Há também a água e os sais
minerais, com destaque para o cloreto de sódio (o principal componente do sal de
cozinha).

Excreção da Urina:
Os rins funcionam como um filtro que retém as impurezas do sangue e o deixa em
condições de circular pelo organismo. Eles participam no controle das concentrações
plásmicas de íons, como sódio, potássio, bicarbonato, cálcio e cloretos. De acordo com
as concentrações no sangue, esses íons podem ser eliminados em maior ou menor
quantidade na urina, através do sistema urinário. As principais substâncias que formam
a urina são ureia, ácido úrico e amónia.

Excreção do Dióxido de Carbono:


O CO2 é descartado através dos órgãos do sistema respiratório; é o produto
final do metabolismo dos glicídios (carboidratos ou açúcares) e lipídios (gorduras) no
processo de respiração celular. Além disso, a água também é eliminada sob a forma de
vapor, por meio da expiração.

Excreção do Suor:
É importante saber que a produção de suor não está relacionada ao processo de excreção
e sim da regulação da temperatura no organismo. No entanto através do suor são
eliminados sais minerais, como o cloreto de sódio e água sendo que, devido à sua
enorme importância para a célula, esta fica conservada em grande parte no organismo.
Sistema Urinário:
O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e eliminação da
urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo.
O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois
ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

Rins:
Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade abdominal, localizados
um em cada lado da coluna vertebral. São de cor vermelho escuro e têm o formato
semelhante ao de um grão de feijão e do tamanho aproximado de uma mão fechada.
Os rins ligam-se ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal, e com as
vias urinárias pelos ureteres. As artérias renais são ramificações muito finas que formam
pequenos emaranhados chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma
estrutura arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman.

Sistema Urinário:
No Rim, a unidade básica de filtragem do sangue é chamada Néfron, que é
formada pelos glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal.
Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e partículas pequenas nela
dissolvidas, como sais minerais, ureia, ácido úrico, glicose) sai dos capilares que
formamos glomérulos e cai na cápsula glomerular. De seguida passa para o túbulo renal.
Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas nesse líquido, atravessam
a parede do túbulo renal e retornam à circulação sanguínea. Assim, o que resta nos
túbulos é uma pequena quantidade de água e resíduos, como a ureia, ácido úrico e
amónia: é a urina, que segue para as vias urinárias.

Vias Urinárias:
As vias urinárias são formadas pela bexiga, ureteres e uretra.

Bexiga Urinária
Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do
abdómen com a função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga
recebe e armazena temporariamente a urina e quando o volume chega a mais ou menos
300 ml, os sensores nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema
nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de urinar.
Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a
uretra e controla a micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter contrai-se,
empurrando a urina em direção a uretra, de onde então é lançada para fora do corpo.
A capacidade máxima de urina na bexiga é de aproximadamente 1 litro.

Ureteres:
São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina
dos rins para a bexiga.

Uretra:
Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina
mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina
mede cerca de 20 cm e transporta a urina para fora do corpo, e também o esperma.
Doenças do Sistema Urinário:
Muitas doenças estão associadas ao sistema urinário seja nos rins ou nas vias urinárias
(ureteres, bexiga e uretra).

Doenças Renais
Nefrite:
A nefrite é uma infeção dos néfrons, resultado de diversos fatores, por exemplo, a super
dosagem de medicamentos e a presença no organismo de algumas substâncias tóxicas,
O que pode lesar ou destruir os néfrons, causando dores, redução da produção da urina,
aparência turva da urina e o aumento da pressão.

Hipertensão Arterial e Problemas Renais:


Quando os rins não funcionam de modo eficiente, os sais e a água em excesso
acumulam-se no sangue, provocando aumento da pressão arterial. O processo de
filtragem renal nas pessoas hipertensas é deficiente, o que pode resultar no
desenvolvimento de doenças renais.

Infeções Bacterianas:
Em especial a bactéria Escherichia coli, que pode penetrar no sistema urinário através
da uretra causando infeção bacteriana.

Cálculos Renais:
Popularmente conhecido como "pedra nos rins", os cálculos renais podem-se alojar nos
rins, nos ureteres ou na bexiga. São formados na medida em que ocorre alta
concentração de cálcio ou de outros tipos de sal contidos nos líquidos do organismo (no
caso a urina).

Cistite:
A Cistite é uma infeção ou inflamação na bexiga urinária. O doente sente ardor na uretra
no ato de urinar e por não conseguir reter a urina, liberta pouca quantidade.

Uretrite:
A Uretrite é uma infeção na uretra desenvolvida por bactérias que ocorre normalmente
junto com a cistite.
Sistema Reprodutor Feminino
O Sistema Reprodutor Feminino ou Aparelho Reprodutor Feminino é o sistema
responsável pela reprodução humana.

Cumpre diversos papéis importantes:


- produz os gâmetas femininos (óvulos);
- fornece um local apropriado para a ocorrência da fecundação;
- permite a implantação de embrião;
- oferece ao embrião condições para seu desenvolvimento;
- executa atividade motora suficiente para expelir o novo ser quando completa a sua
formação.

Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino

O sistema reprodutor feminino é formado pelos seguintes órgãos: ovários, tubas uterinas
(Trompas de Falópio), útero e vagina.

Ovários:
Os ovários são dois órgãos de forma oval que medem de 3 a 4 cm de comprimento.
Neles são produzidas as células sexuais femininas, os óvulos.
Assim, durante a fase fértil da mulher, aproximadamente uma vez por mês, um dos
ovários lança um óvulo nas trompas de Falópio: é a chamada ovulação.
Tubas Uterinas ou Trompas de Falópio:
Tubas uterinas são dois tubos, com aproximadamente 10 cm de comprimento, que unem
os ovários ao útero. A partir disto, o óvulo amadurecido sai do ovário e penetra nas
trompas.
Se o óvulo for fecundado por um espermatozoide, forma-se uma célula-ovo ou zigoto,
que se encaminha para o útero, local onde se fixa e desenvolve, originando um novo ser.

Útero:
O útero é um órgão muscular oco de grande elasticidade, do tamanho e forma
semelhante a uma pêra. Na gravidez expande-se, acomodando o embrião que se
desenvolve até ao nascimento. A mucosa uterina é chamada de endométrio.

Vagina:
A vagina é um canal que faz a comunicação do útero com o meio excretor. A suas
paredes são como uma” saia plissada” e com glândulas secretoras de muco.

Menstruação:
A menstruação representa o início da vida fértil de uma mulher, isto é, o período em que
a mulher atinge a sua maturidade e já pode engravidar.
Corresponde, portanto, à eliminação pelo corpo feminino do material resultante da
descamação da mucosa uterina e do sangue resultante do rompimento dos vasos
sanguíneos. Ocorre quando não há fecundação do óvulo.

Ciclo Menstrual:
O ciclo menstrual é o período entre o início de uma menstruação e outra. Esse período
dura, em média, 28 dias, mas pode ser mais curto ou mais longo.
A primeira menstruação chama-se “menarca” e na maioria das vezes, ocorre entre os 12
e os 13 anos. Por volta dos 50 anos, a fase é chamada de "menopausa", e os óvulos
esgotam-se e cessam as menstruações e a fertilidade da mulher.
Sistema Reprodutor Masculino

O Sistema Reprodutor Masculino é formado por órgãos internos e externos, que passam
por um lento amadurecimento concluindo-se na puberdade.

Anatomia do Sistema Reprodutor Masculino

Sistema Reprodutor Masculino:


Os órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino são: testículos, epidídimos,
canais deferentes, vesículas seminais, próstata, uretra e pénis.

Testículos:
Os testículos são duas glândulas de forma oval, que estão situadas na bolsa escrotal. Na
estrutura de cada testículo encontram-se tubos finos e enovelados chamados "tubos
seminíferos".
Nos testículos são produzidos os espermatozoides, as células reprodutoras (gametas)
masculinas, durante o processo chamado espermatogénese, além de outras diversas
hormonas.
A principal hormona é a testosterona, responsável pelo aparecimento das características
sexuais secundárias masculinas, como os pêlos, modificações da voz, etc.

Epidídimo:
Os epidídimos são canais alongados que se enrolam e cobrem posteriormente a
superfície de cada testículo. Corresponde ao local onde os espermatozoides, produzidos
no testículo, são armazenados.
Canal Deferente:
O canal deferente é um tubo fino e longo que sai de cada epidídimo. Passa pelas pregas
ínguas (virilha) através dos canais inguinais, segue a sua trajetória pela cavidade
abdominal, circunda a base da bexiga, alarga-se formando uma ampola.
Recebe o líquido seminal (proveniente da vesícula seminal), atravessa a próstata, que
nele descarrega o líquido prostático, e vai desaguar na uretra.
O conjunto dos espermatozoides, do líquido seminal e do líquido prostático, constitui o
“esperma” ou “sémen”.

Vesícula Seminal:
A vesícula seminal é formada por duas pequenas bolsas localizadas atrás da bexiga. A
sua função é produzir o "líquido seminal", uma secreção espessa e leitosa, que
neutraliza a ação da urina e protege os espermatozoides, além de ajudar o seu
movimento até à uretra.

Próstata:
A próstata é uma glândula, localizada sob a bexiga, que produz o "líquido prostático",
uma secreção clara e fluida que integra a composição do esperma.

Uretra:
A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema urinário e ao sistema reprodutor.
Começa na bexiga, atravessa a próstata e o pénis (sua maior porção) até à ponta da
glande, onde há uma abertura pela qual são eliminados o sémen a urina.
Importante ressaltar que urina e esperma nunca são eliminados ao mesmo tempo graças
à musculatura da bexiga, na entrada da uretra, que impede que isso ocorra.

Pénis:
O pénis é um órgão cilíndrico externo, que possui dois tipos de tecidos: cavernoso e
esponjoso. Através do pénis são eliminados a urina (função excretora) e o sémen
(função reprodutora).
O tecido esponjoso envolve a uretra e protege-a, enquanto o tecido cavernoso se enche
de sangue, fazendo com que o pénis fique maior e duro (ereção), pronto para o ato
sexual, geralmente levando à ejaculação (processo de expulsão do sémen).
A ereção, no entanto, não ocorre apenas como preparação para uma atividade sexual,
pode acontecer por diversos estímulos fisiológicos, por exemplo, quando a bexiga está
cheia ou quando o homem tem um sonho à noite.
Sistema Límbico

É a parte do nosso cérebro encarregada de regular as respostas fisiológicas e emocionais


do nosso corpo.
As estruturas anatómicas do sistema límbico são responsáveis por processar as nossas
emoções e regular a nossa conduta, funciona como o centro das emoções.

Anatomia:
O sistema Límbico ou sistema nervoso emocional, está situado na área interna do nosso
cérebro, depois do córtex cerebral. Ele recebe influências de muitas outras vias do
sistema nervoso relacionadas com os nossos sentidos: os sistemas auditivo, olfativo,
sensorial do tato e do paladar.
Por estar conectado com tantas outras vias, é muito complicado elaborar um esquema
totalmente preciso de todos os seus elementos anatómicos. No entanto, podemos afirmar
que a anatomia e as estruturas do sistema Límbico é formada por:

- Hipocampo
Este elemento está relacionado com a transformação da memória recente pela memória
de longo prazo e a memória autobiográfica. Encontra-se na parte central do lóbulo
temporal e também tem uma importante função relacionada à orientação e memória
espacial.
- Amígdala ou amígdala cerebral
A amígdala ou corpo amigdalino é uma massa de neurónios em forma de uma amêndoa
localizada num dos lóbulos temporais. Essa zona do sistema límbico está relacionada
com a formação e o armazenamento de memória associada a feitos e acontecimentos
que nos produziram fortes emoções. Além disso, estudos recentes também
demonstraram que esse elemento tem uma forte implicação na consolidação da
memória.

- Tálamo e hipotálamo
O tálamo é definido como a estrutura cerebral situada em cima do hipotálamo. Todos os
estímulos sensoriais (menos o olfato) passam por essa região do nosso sistema límbico
para depois se derivar a zonas mais específicas. Essa parte do nosso cérebro tem a
função principal de se comportar como núcleo de conexão e associação de estímulos e
informação de carácter emocional.
Já o hipotálamo é um pequeno elemento do nosso sistema nervoso emocional, mas que
possui muitas funções neuronais. A função do hipotálamo é a de gerir e coordenar o
equilíbrio do nosso corpo. Esse equilíbrio é conhecido como homeostase e é o processo
mediante o qual nos regulamos e podemos nos manter estáveis. Recentemente
descobriu-se que o hipotálamo também percebe os níveis de uma proteína chamada
leptina, quando comemos muito e como resposta, ela diminui o nosso apetite. Também
regula, os ciclos do sono e a manutenção da temperatura corporal.

- Gânglios da base
Os gânglios da base participam de forma indireta no sistema nervoso emocional,
encarregam-se de gerir as nossas respostas motoras (gestos ou expressões) relacionadas
com os estados emocionais produzidos pelas outras partes do sistema límbico.

Funções do sistema Límbico


Como já dissemos anteriormente, o sistema límbico está encarregado da regulação e da
expressão motora das emoções.

Principais funções:

- Busca a autopreservação da espécie, mediante a ativação dos sistemas de


homeostase.
- É encarregado de gerir a maioria dos mecanismos cerebrais relacionados com a
memória.
- Os circuitos de prazer e vicio passam pela amígdala, pelo hipocampo e por outros
núcleos do sistema límbico. Por isso, os sentimentos agradáveis nascem daí.
- Ativa o sistema nervoso autónomo. Ele é responsável por enviar sinais aos nervos
para manter um estado de alerta (sistema nervoso simpático) ou para inibir esse estado
(sistema nervoso parassimpático).
- De acordo com pesquisas e estudos, o sistema límbico também pode ter possíveis
implicações em algumas condutas sexuais.
Sistema Límbico e emoções

O sistema límbico possui uma grande quantidade de estruturas neuronais encarregadas


de regular as emoções através de neurotransmissores.
É ele que regula as respostas do nosso corpo face a estímulos emocionais. O sistema
límbico, por exemplo, ativa sistemas de alerta e aumenta a taxa de batimentos cardíacos
quando estamos nervosos ou sentimos medo.

Você também pode gostar