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Stephane Bispo @vidad

Stephane Bispo Sistema Esquelético @fisio.stephanebispo

Sistema Esquelético
O sistema esquelético reúne um conjunto de ossos e estruturas formadas a partir de cartilagem, tendões e ligamentos
que permitem a movimentação do corpo, a sustentação, o apoio para músculos, a proteção de órgãos vitais, além, é
claro, de servir como um local de armazenamento de substâncias, como cálcio e fósforo, e produzir células sanguíneas.

O esqueleto é responsável por sustentar e dar forma ao corpo. Ele também protege os órgãos internos e atua em
conjunto com os sistemas muscular e articular para permitir o movimento. Outras funções são a produção de células
sanguíneas na medula óssea e armazenamento de sais minerais, como o cálcio.

O osso é uma estrutura viva, muito resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se regenerar quando sofre uma
fratura.

Estrutura dos Ossos

A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo (denso, ósseo, adiposo, cartilaginoso e
sanguíneo), além do tecido nervoso.

• Diáfise: corpo do osso;


• Epífases: extremidades do osso;
• Metáfises: região intermediária localizada entre diáfise e epífase;
• Cartilagem: localiza-se sobre a epífase e é responsável por reduzir o atrito;
• Periósteo: membrana fina que reveste o osso;
• Cavidade medular: espaço interior do osso;
• Endósteo: fino revestimento que envolve a cavidade medular.

No nosso corpo, 206 ossos perfeitamente unidos através de articulações formam o chamado esqueleto. Os ossos
que compõem essa estrutura podem ser classificados de acordo com seu formato em:

• Longos: são aqueles que apresentam comprimento maior que a largura. Exemplo: fêmur e tíbia.
• Sesamoides: são pequenos e arredondados, além de estarem presentes em tendões e ligamentos. Exemplo:
patela.
• Curtos: são aqueles que apresentam comprimento, largura e espessura equivalentes. Exemplo: carpos e tarsos.
• Planos: apresentam um comprimento e largura maiores que a espessura. Exemplo: costela e escápula.
• Irregulares: como o próprio nome indica, apresentam formatos variados. Exemplo: vértebras e ossículos da
orelha.
O esqueleto humano pode ser dividido em duas grandes porções: o esqueleto axial e o apendicular.

Esqueleto Axial

Os ossos do esqueleto axial estão na parte central do corpo, ou próximo da linha média, que é o eixo vertical do
corpo. Os ossos que compõem essa parte do esqueleto são:

• a cabeça (crânio e ossos da face)


• a coluna vertebral e as vértebras
• o tórax (costelas e esterno)
• o osso hioide

Crânio e Ossos da Face

A cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana); e há ainda 6 ossos que compõem o ouvido interno.
O crânio é extremamente resistente, seus ossos são intimamente ligados e sem movimentos. Ele é responsável por
proteger o cérebro, além de possuir os órgãos do sentido.

Coluna Vertebral

A coluna é formada por vértebras que são ligadas entre si por articulações, o que torna a coluna bem flexível. Possui
curvaturas que ajudam a equilibrar o corpo e amortecem os choques durante os movimentos. Ela é constituída por 24
vértebras independentes e 9 que estão fundidas. Veja no quadro abaixo como elas estão agrupadas:
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Tórax

O tórax é constituído por 12 pares de costelas ligadas umas às outras pelos músculos intercostais. São ossos chatos e
encurvados que se movimentam durante a respiração. As costelas são ligadas às vértebras torácicas na sua parte
posterior.

Anteriormente, os sete primeiros pares de costelas (chamadas verdadeiras) ligam-se ao esterno, os três seguintes
(falsas) ligam-se entre si, e os dois últimos pares (flutuantes) não se ligam a nenhum osso. O esterno é um osso plano
que se liga às costelas por meio de cartilagem.

Osso hioide

O osso hioide possui forma de U e atua como ponto de apoio para os músculos da língua e do pescoço.
Esqueleto Apendicular

O esqueleto apendicular inclui os "apêndices" do corpo. Eles correspondem aos ossos dos membros superiores e
inferiores. Além disso, o esqueleto apendicular possui os ossos que os ligam ao esqueleto axial, as chamadas cinturas
escapular e pélvica, além de ligamentos, juntas e articulações.

Cintura Escapular

A cintura escapular é formada pelas clavículas e escápulas.

A clavícula é longa e estreita, se articula com o esterno e na outra extremidade com a escápula, que é um osso chato
e triangular articulado com o úmero (articulação do ombro).

Membros Superiores
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Os membros superiores corresponde aos braços, onde tem-se o úmero, que é o osso mais longo do braço. Ele se
articula com o rádio, que é o mais curto e lateral, e também com a ulna, osso chato e bem fino.

Os ossos da mão são 27, divididos em carpos (8), metacarpos (5) e falanges (14).

Cintura Pélvica

A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos (constituído pelo ílio, ísquio e púbis fundidos) e são
firmemente ligados ao sacro.

A união dos ossos ilíacos, do sacro e do cóccix formam a pelve, que nas mulheres é mais larga, menos profunda e com
a cavidade maior. É essa formação que permite a abertura da pélvis no momento do parto para a passagem do bebê.
Membros Inferiores

Os ossos dos membros inferiores são responsáveis pela sustentação do corpo e movimentação. Para isso, eles têm
de suportar o peso e manter o equilíbrio.

Veja no quadro abaixo as características dos ossos dos membros inferiores:


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Ossificação e Remodelação Óssea

O processo de formação óssea se inicia por volta das primeiras 6 semanas de vida e termina no início da vida adulta.
No entanto, o osso sofre continuamente um processo de remodelação, onde parte do tecido existente é reabsorvido
e novo tecido é formado.

No embrião, o esqueleto é basicamente formado de cartilagem, mas essa matriz cartilaginosa vai sendo calcificada e
as células cartilaginosas morrem.

As células jovens, denominadas osteoblastos, agem produzindo colágeno e na mineralização da matriz óssea, são
formadas no tecido conjuntivo e ocupam a matriz cartilaginosa.

No entanto, nesse processo são produzidas lacunas e pequenos canais que aprisionam os osteoblastos na matriz óssea.
Essa ação transforma os osteoblastos em osteócitos, que são essas células presentes no osso já formado.

Outro tipo de células ósseas, os osteoclastos, são responsáveis por absorver o tecido ósseo formado. Os osteoclastos
agem na porção central da matriz óssea e formam o canal o medular.
Fraturas

Em situações em que os ossos são submetidos à pressão maior do que a sua resistência, eles podem se romper.

As fraturas podem acontecer também por estresse, quando pequenas pressões atuam repetidamente no local. Outra
situação que pode causar fraturas é por doença, como é o caso da osteoporose, condição em que o osso sofre
desmineralização perdendo cálcio para o sangue.

Na superfície do local em que ocorreu a fratura é formado um coágulo de sangue, morrem células e a matriz óssea é
destruída.

Uma intensa vascularização toma conta do local e há proliferação de células precursoras das células ósseas originando
um tecido reparador, nessa região é formado um calo ósseo.

Dependendo do tratamento e das atividades realizadas pela pessoa, com o passar do tempo, o calo será substituído
pelo osso esponjoso e, mais tarde pelo osso compacto, reconstituindo o tecido como era antes.
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Acidentes Anatômicos
Atlas

Axis

7ª Vértebra Cervical (Vértebra Proeminente) 12ª Vértebra Torácica


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Curvaturas da coluna vertebral

Na coluna vertebral articulada e em várias imagens usadas clinicamente, por exemplo, IRM, quatro curvaturas são
normalmente visíveis no adulto.

As curvaturas torácica e sacrococcígea são côncavas anteriormente e chamadas de cifoses, enquanto que as
curvaturas cervical e lombar são côncavas posteriormente e chamadas de lordoses.

A torácica e a sacrococcígea são chamadas de curvaturas primárias pois se mantém desde o período fetal, já as
curvaturas cervical e lombar são secundárias, aparecem e se consolidam somente após o nascimento.
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Fêmur
Articulações
As articulações podem ser definidas como local de união entre dois ou mais ossos. Algumas articulações permitem a
movimentação do nosso esqueleto, sendo fundamental frisar que nem todas realizam tal função.

As articulações podem ser classificadas, de acordo com seu grau de movimentação, em três tipos básicos:

• Sinartroses: também chamadas de articulações imóveis.


• Anfiartroses: caracterizam-se por serem ligeiramente móveis.
• Diartroses: capazes de permitir grande movimentação.

Funções das articulações

As articulações, também chamadas de juntas, possuem duas funções principais: manter os ossos juntos e permitir a
movimentação do esqueleto. Graças à presença das articulações, temos um corpo estável que consegue, por exemplo,
manter a postura ereta. Além de garantir a união do esqueleto, as articulações evitam também o desgaste dos ossos.

Articulações fibrosas (Sinartroses) – Imóveis: São as articulações nas quais o elemento que se interpõe às peças que
se articulam é o tecido conjuntivo fibroso e são ditas fibrosas, e a grande maioria delas se apresenta no crânio.É
evidente que a mobilidade nestas articulações é praticamente ausente, embora o tecido conjuntivo interposto confira
certa elasticidade ao crânio.

Há três tipos de articulações fibrosas: Sindesmoses, gonfoses e suturas.

• Sindesmoses: São as membranas interósseas presentes no: Antebraço (membrana interóssea do


antebraço ou sindesmose radiulnar) e; Na perna (membrana interóssea da perna ou sindesmose
tibiofibular).
• Gonfoses: Articulações fibrosas entre os alvéolos dentais da maxila e mandíbula com os
dentes.
• Suturas: São encontradas entre os ossos do crânio. A maneira pela qual as bordas dos ossos
articulados entram em contato é variável, reconhecendo-se:
o Suturas planas = união linear retilínea ou aproximadamente retilínea, ex: internasal e
interpalatina;
o Suturas escamosas = união em bisel (Corte enviesado na aresta de uma peça. O
mesmo que chanfradura = marca na pele provocada por corte de faca ou de navalha;
cicatriz), ex: temporo-parietal;
o Suturas serreadas ou serrátil = união em linha “denteada”, ex: inter-parietal;
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o Suturas esquindilese = Também chamada de cunha e sulco por assim se apresentarem às superfícies ósseas,
ex: esfenóide e vômer.

Articulações Cartilagíneas (Anfiartroses) - Com movimentos limitados: Neste grupo de articulações o tecido que se
interpõe é uma cartilagem. Tipos de articulações cartilagíneas: Sincondroses e sínfises. Em ambas a mobilidade é
reduzida.

o Sincondroses: Quando se trata de cartilagem hialina, temos as sincondroses, conhecidas


também como articulações temporárias que desaparecem depois do crescimento. Ex:
articulação esfenoccipital ou esfenobasilar, manubrioesternal e epífise de crescimento.
o Sínfises: As articulações que contém fibrocartilagem são mais fortes e geralmente
localizadas em locais de impacto, servem também como “amortecedores”; são as chamadas
sínfises. Exemplo de sínfise encontramos na união, no plano mediano, entre as porções
púbicas dos ossos do quadril, constituindo a sínfise púbica.

Articulações sinoviais (Diartroses) - Com movimentos amplos: A mobilidade exige livre deslizamento de uma
superfície óssea contra outra e isto é impossível quando entre elas interpõe-se um meio de liga•ção, seja conjuntivo
fibroso ou cartilagíneo. Para que haja o grau desejável de movimento, em muitas articulações, o elemento que se
interpõe às peças que se articulam é um líquido denominado sinóvia, ou sinovial.

Deste modo, os meios de união entre as peças esqueléticas articuladas não se prendem nas superfícies de articulação,
como ocor•re nas articulações fibrosas e cartilaginosas. Nas articulações sinoviais o principal meio de união é
representa•do pela cápsula articular, espécie de manguito que envolve a articulação prendendo-se nos ossosque se
articulam.

Elementos das articulações

Classificação funcional das articulações sinoviais

Quanto à movimentação, podem ser: Mono-axial; Bi-axial; Tri-axial.

• Mono-axial: Realizam movimentos em torno de apenas um eixo. Ex: articulação do cotovelo.


o Gínglimo ou Articulação em Dobradiça: São articulações mantidas por fortes ligamentos colaterais.
o Trocoide ou Articulação em Pivô: Possuem movimentos exclusivos de rotação. A articulação é formada por
um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel ou um anel sobre um pivô.
• Bi-axial: Realizam movimentos em torno de dois eixos. Ex: articulação do punho.
o Articulação Condilar: Possuem uma superfície articular ovoide ou condilar interligada a uma cavidade
elíptica de modo a permitir os movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e circundução.
o Articulação Selar: São articulações com faces ósseas côncavas ou convexas.

• Tri-axial: Realizam movimentos em torno de três eixos. Ex: articulação do ombro.


• Articulação Esferoide ou Enartrose: É um tipo de articulação na qual o osso distal é capaz de movimentar-se
em 3 eixos ou 6 movimentos. Flexão, extensão, abdução, adução, rotação e circundução.

O movimento do corpo é produzido a partir da comunicação entre as extremidades do ossos envolvidos, realizadas
pelas articulações sinoviais.

As bolsas sinoviais atuam como amortecedores em articulações móveis. O líquido sinovial é viscoso, transparente e
facilita os deslocamento entre duas partes ósseas.

Com o envelhecimento, a produção desse líquido diminui, ocasionando dores nas articulações.
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Elementos que fazem parte das articulações:

• a cartilagem articular (tecido conjuntivo elástico);


• os ligamentos (estruturas fibrosas);
• a cápsula articular (membrana fibrosa);
• a membrana sinovial (bolsa com líquido sinovial);
• os meniscos (estrutura de articulação dos joelhos).

A cartilagem é um tecido amortecedor que reveste a superfície do osso ao nível das articulações, protegendo-as.
Tem uma enorme capacidade de resistência à carga e permite o amortecimento e o fácil deslizamento, sem contacto
das superfícies ósseas. A cartilagem é um tecido vivo que está sempre em renovação, havendo em situações normais
um equilíbrio entre a formação (anabolismo) e a destruição (catabolismo) da sua estrutura e uma pronta e eficaz
resposta à reparação em caso de lesão.

A cartilagem é constituída por uma matriz extra-celular (proteoglicanos e colagénio) e por células (condrocitos) que
controlam a formação e destruição fisiológicas da matriz. Os condrocitos são as células próprias da cartilagem que têm
a seu cargo a renovação de todos os outros elementos da cartilagem, nomeadamente o colagénio e os proteoglicanos.
A cartilagem de revestimento ósseo é a cartilagem hialina, existindo um outro tipo de cartilagem a nível articular, a
fibrocartilagem, de que são constituídos os meniscos.

Os ligamentos são estruturas resistentes, entretanto, pouco elásticas, formadas por tecidos conjuntivos fibrosos
esbranquiçados (presença de colágeno), os quais possuem a função de unir dois ou mais ossos estabilizando e
protegendo as articulações do corpo, de modo a evitar o deslocamento dos ossos agindo, assim, como amortecedores.
Além disso, transmitem informações para a medula e para o cérebro e, ainda, auxiliam na conservação e fixação local
de muitos órgãos internos, como a bexiga, o útero e o diafragma. A despeito de serem formados por tecidos
semelhantes aos tendões, estes, diferentemente dos ligamentos, são estruturas que conectam os músculos aos ossos
e, por sua vez, os ligamentos unem dois ou mais os ossos.

Tipos de Ligamentos

Os ligamentos variam consoante o tipo de articulação:

• Ligamentos articulares: este tipo de ligamento une entre si duas cabeças ósseas de uma articulação, por
exemplo, o ligamento dos ombros e dos joelhos.
• Ligamento Suspensores: nesse caso, os ligamentos mantêm no seu local fisiológico de origem determinados
órgãos internos, por exemplo, o útero e a bexiga.

Além disso, dependendo da localização, os ligamentos são classificados em:

• Ligamentos multissegmentares: formados pelo ligamento longitudinal anterior, ligamento longitudinal


posterior e ligamento supra espinhoso.
• Ligamentos segmentares: formados pelo ligamento interespinhoso, ligamento amarelo, ligamento
intertransverso, ligamento iliolombar (lombossacro).

Ligamentos do Joelho

A articulação do joelho é composta pela ‘articulação dobradiça”, uma vez que está localizada
entre o fêmur e a tíbia, e “articulação plana”, localizada entre o fêmur e a patela. Os ligamentos
do joelho possuem a função principal de proporcionar estabilidade a esta articulação, sendo
muito comum as lesões nesse local; são eles: ligamento cruzado anterior (LCA), ligamento
cruzado posterior (LCP), ligamento patelar, ligamento colateral fibular (LCL), ligamento colateral
tibial (LCM), ligamento poplíteo oblíquo, ligamento poplíteo arqueado.
Ligamentos do Ombro

O ombro é uma região complexa do corpo humano, composto por três articulações, a
saber: esternoclavicular, (formada pelo ligamento esternoclavicular anterior, ligamento
esternoclavicular posterior, ligamento interclavicular e ligamento costoclavicular),
acromioclavicular (formada pelo ligamento acrômioclavicular, ligamento coracoclavicular,
ligamento coracoacromial, ligamento transverso superior) e a glenoumeral (formada pelo
ligamento transverso do úmero, ligamento córaco-umeral e os três ligamentos
glenoumerais: ligamento glenoumeral superior, ligamento glenoumeral médio e ligamento
glenoumeral inferior).

Ligamentos do Tornozelo

O tornozelo corresponde a uma das partes mais importantes do corpo, uma vez que sustenta todo seu peso à
articulação dobradiça entre a perna e o pé formado pelas articulações: talocrural, subtalar e tibiofibular; e os
ligamentos: ligamento deltóide, ligamento talofibular anterior, ligamento talofibular posterior e ligamento
calcaneofibula.

Ligamentos do Quadril

A principal função do quadril ou anca é auxiliar o equilíbrio do corpo, a sustentação do peso e ainda, a proteção do
sistema reprodutor e a parte inferior do sistema digestivo. É composta pela articulação chamada de diartrose
(articulação sinovial), ou seja, possui cápsula articular com o líquido sinovial. Localizada entre o fêmur e o acetábulo
da pelve, as articulações do quadril são compostas pelos ligamentos: ligamento iliofemoral, ligamento pubofemoral,
ligamento isquiofemoral, ligamento da cabeça do fêmur e ligamento transverso do acetábulo.
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Os meniscos são discos de fibrocartilagem em forma de “C” situados entre as superfícies articulares do fêmur e da
tíbia. Cada joelho contem dois meniscos, um medial e uma lateral.

Principais Articulações e Movimentos

Articulações do Crânio

Os ossos do crânio estão ligados de forma que não permitem movimentos. É formado por articulações fixas ou suturas,
caracterizando a sinartrose. Outro exemplo é a articulação entre as costelas e o osso esterno, a movimentação quase
não ocorre.

Articulações do Ombro
As articulações do ombro são Glenoumeral, Acrômio-clavicular e Esternoclavicular. Em conjunto, elas permitem os
movimentos de deslizamento, adução e abdução, flexão e extensão, rotação e circundação.

É comum ocorrer luxações no ombro, que é quando ele se desloca. A causa mais comum é durante a prática de
determinados esportes, como natação, basquete e vôlei, ou devido a algum acidente.

Articulação do ombro

As articulações do cotovelo são: Úmero-ulnar, Úmero-radial e Rádio-ulnar proximal. Elas possibilitam movimentos de
flexão e extensão.

Ela faz a ligação entre o braço e o antebraço, sendo fundamental para sua movimentação pois funciona como uma
espécie de dobradiça.

Articulações do Punho e Mão

As articulações do punho e da mão são: Rádio-ulnar distal, Rádiocárpica, Carpometacarpiana, Metacarpofalangiana,


Interfalângicas.
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Elas permitem movimentos de adução, abdução, flexão, extensão e deslizamento. Em conjunto, são responsáveis
pela movimentação do punho e dos dedos.

Articulações do Quadril

As articulações do quadril são: Sacroilíaca e Coxofemoral. A articulação sacroilíaca só realiza o movimento de


deslizamento.

Os movimentos realizados pela coxofemoral são abdução e adução, flexão e extensão, rotação e circundação.

Articulações do Joelho

As articulações do joelho são: Patelo-femoral, Tíbio-femoral, Tíbio-fibular. Em conjunto, realizam movimentos de


deslizamento, flexão e extensão.

Ela é responsável por fazer a ligação entre a tíbia e o fêmur, e também entre o fêmur e a patela.

Além disso, atua na estabilização, biomecânica e absorção de impactos. Em alguns casos pode ocorrer o desgaste da
cartilagem e prejudicar alguns movimentos
Articulações da Coluna Vertebral

As articulações da coluna podem ser consideradas uma das mais complexas, pois é responsável por movimentos que
são de extrema importância para as atividades do dia-a-dia.

O movimento entre duas vértebras é considerado pequeno, porém, em conjunto, representam movimentos de
grande amplitude.

Não se esqueça que os músculos também desempenham um importante papel na movimentação do corpo.
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Movimentos Articulares
As principais articulações relacionadas à maioria dos movimentos do corpo humano, durante exercícios de musculação
são:

• Tornozelo - Esta articulação realiza movimentos de dorsiflexão (ou flexão dorsal), flexão plantar, inversão e
eversão. Os movimentos de inversão e eversão, apesar de ocorrerem na articulação subtalar, são geralmente
considerados como movimentos do tornozelo.

• Joelho - Articulação do tipo gínglimo (ou dobradiça) modificada. Os movimentos desta articulação são flexão,
extensão, rotação medial e rotação lateral.

• Quadril - Articulação do tipo esferóide formada pela fossa do acetábulo e a cabeça do Fêmur. Os movimentos
desta articulação são: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial, rotação lateral, circundução

• Pelve - Articulação entre a pelve e a coluna lombar e entre a pelve e o fêmur. Na postura anatômica, a espinha
ilíaca ântero superior (E.I.A.S.) fica alinhada com a sínfise púbica no plano frontal.
o Quando a E.I.A.S. desloca-se anteriormente em relação à sínfise púbica ocorre uma anteversão ou
inclinação anterior da pelve. Como a coluna e o fêmur se articulam com a pelve, a anteversão ocorre
concomitantemente com uma hiperextensão da coluna lombar e uma flexão do quadril.
o Quando a E.I.A.S. desloca-se posteriormente em relação à sínfise púbica ocorre uma retroversão ou
inclinação posterior da pelve. Com a retroversão a coluna lombar realiza uma flexão e o quadril uma
extensão.

O movimento em que uma E.I.A.S. de um lado fica mais alta que a do outro lado chama-se inclinação lateral da
pelve. Juntamente com este movimento o uma flexão lateral da coluna lombar com uma abdução de uma articulação
do quadril e adução da outra.

• Coluna - Os movimentos da coluna são flexão, extensão, hiperextensão, rotação para a direita (ou no sentido
horário), rotação para a esquerda (ou no sentido anti-horário), flexão lateral e circundução. Estes movimentos
variam de amplitude entre as regiões da coluna.

• Escápula - Realiza os movimentos de abdução, adução, elevação, depressão, rotação superior e rotação inferior.
Os movimentos de rotação superior e inferior dependem respectivamente de abdução e adução da articulação do
ombro.
• Ombro - Articulação entre a cabeça do úmero e a cavidade glenóide da escápula. Os movimentos desta articulação
são: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial, rotação lateral e circundução. Quando o ombro está em
flexão é possível realizar os movimentos de abdução e adução transversal desta articulação.

• Cotovelo - Articulação do tipo gínglimo (ou dobradiça) formada pela articulação do úmero com o rádio e a ulna.
Os movimentos realizados por esta articulação são flexão e extensão e acontecem no plano sagital sobre o eixo
frontal.

• Rádio-Ulnar - Articulação que realiza os movimentos de pronação (rotaçãomedial do rádio sobre a ulna) e
supinação (rotação lateral do rádios obre a ulna). A amplitude normal de movimento é 90° para ambos os
movimentos. É muito comum a confusão entre rotação medial do ombro e pronação ou rotação lateral do
ombro e supinação. Para a correta análise destes movimentos, o observador deve focalizar a alavanca óssea que
se movimenta.

• Punho - Os movimentos desta articulação são flexão, extensão, adução, abdução e circundução. Partindo da
posição zero (anatõmica), o punho realiza aproximadamente 80° de flexão, 70° de extensão, 35° de adução e 20°
de abdução.
Stephane Bispo Sistema Esquelético @fisio.stephanebispo

Movimentos articulares no plano sagital

(com o eixo frontal) Movimentos articulares no plano frontal

(com o eixo sagital)


Doenças nas articulações

Artrite

A artrite é caracterizada pela inflamação das articulações. Ela está associada ao excesso de peso corporal, trabalhos
repetitivos, idade avançada, lesões, dentre outros.

Os sintomas causados pela artrite são: dificuldade de movimentar as articulações, dor, vermelhidão e inchaço.

Alguns tipos de artrite são: artrite reumatoide, artrite gotosa (gota), osteoartrite (artrose), artrite psoriática, artrite
séptica, dentre outras.

Artrose
Stephane Bispo Sistema Esquelético @fisio.stephanebispo

Artrose ou a osteoartrite é uma doença crônica que afeta os ossos e as cartilagens do corpo. É mais comum se
desenvolver nas articulações das mãos, punhos, ombros, cotovelos, joelho e pés.

É um tipo de artrite degenerativa, que ocorre normalmente em pessoas com excesso de peso, idade avançada,
trabalhadores braçais, sendo mais habitual nas mulheres.

Ainda podemos citar:

• Bursite: Inflamação da bolsa sinovial, também chamada de Bursa;


• Gota: Um tipo de artrite caracterizado pelo depósito de cristais de ácido úrico na articulação;
• Febre Reumática: Inflamação dos tecidos sinoviais, tendões e demais tecidos conjuntivos presentes em
torno das articulações.
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Stephane Bispo @vidadefisio
Stephane Bispo Sistema Muscular @fisio.stephanebispo

Sistema Muscular
O Sistema Muscular é o conjunto de músculos existentes no corpo humano, sua formação se dá por tecido originado
pelo mesoderma (folheto embrionário que dá origem aos músculos, o esqueleto e os sistemas cardiovascular, excretor
e reprodutor). Sua característica principal é a propriedade de contração e relaxamento de suas fibras. O ramo da
anatomia que o estuda é a Miologia.

Os músculos são estruturas anatômicas de formas e comprimentos variáveis, formadas por


miócitos e que se inserem aos ossos através de tendões, são caracterizados pela contração
(capacidade de diminuir o comprimento) e relaxamento, onde estas ações movimentam partes do
corpo, inclusive os órgãos internos. Os músculos representam cerca de 40% a 50% do peso corporal
total, e são capazes de transformar energia química em energia mecânica.

O corpo humano contém três tipos de músculos:

• Músculo não estriado (músculo liso)


• Músculo estriado esquelético
• Músculo estriado cardíaco.

Com base no tipo de controle exercido sobre sua atividade podem ser classificados também em músculos voluntários
e músculos involuntários. Nos músculos voluntários as contrações estão normalmente sob controle consciente do
indivíduo que as executa, mas devemos saber que em algumas condições, as contrações destes músculos não
requerem um propósito consciente, como por exemplo, usualmente um indivíduo não tem que pensarna contração
dos músculos envolvidos na manutenção da postura, os músculos voluntários são controlados pela porção do sistema
nervoso somático.

Nos músculos involuntários as contrações não estão sob controle consciente do indivíduo. Estes músculos são
controlados pela porção do sistema nervoso autônomo.

Músculo Não Estriado (Músculo Liso): neste tipo de músculo as


células não apresentam as estriações que são microscopicamente
visíveis nas células musculares esqueléticas. Como este músculo é
encontrado nas paredes das vísceras ocas e tubulares, como nos
vasos sanguíneos, estômago e intestinos, é também chamado de
músculo visceral. O músculo não estriado (músculo liso) é um
músculo involuntário, pois suas contrações comandam o
movimento de materiais através dos sistemas de órgãos do corpo
humano.

Músculo Estriado Esquelético: está fixado aos ossos, geralmente


através de cordões fibrosos, denominados tendões. As contrações
deste músculo estriado esquelético exercem força nos ossos e então
eles se movimentam e consequente é o responsável por diversas
atividades, como levantar objetos e andar ou correr. Vale ressaltar que
os músculos estriados esqueléticos são os únicos músculos voluntários
do corpo.

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Stephane Bispo Sistema Muscular @fisio.stephanebispo

Músculo Estriado Cardíaco: é um tipo especializado de músculo queforma


a parede do coração e pode ser também chamado de miocárdio. Controla
os batimentos cardíacos. Este músculo é involuntário, como o músculo
liso, e é estriado, como o músculo esquelético. Sua contração é forte e
como já vimos involuntária.

Podemos destacar aqui os componentes anatômicos dos músculos. Um músculo estriado esquelético típico é formado
por um ventre ou porção média e duas extremidades.

• Porção Média: é vermelha viva no vivente, (conhecida popularmente como carne), é


carnosa, e recebe o nome de ventre muscular. Nesta porção são predominantes as fibras
musculares, portanto é a parte ativa do músculo, ou seja, a parte contrátil.
• Extremidades: cilindroides ou em forma de fita, chamados de tendões, formados por
tecido conjuntivo, nos quais os músculos se inserem nos ossos ou nos outros órgãos.
Terminações ou origens musculares laminares e em forma de leque são denominadas
aponeuroses. Estes dois componentes possuem cor esbranquiçada e brilhante, são finas
e delgadas, praticamente inextensíveis, porém muito resistentes e servem para fixar o
músculo ao esqueleto.

Devemos observar algumas exceções quanto às definições acima: nem sempre os tendões ou aponeuroses se prendem
ao esqueleto, podendo fazê-lo em outros elementos, como, cartilagem, septos intermusculares, derme, tendão de
outro músculo, cápsulas articulares dentre outros.

As fibras dos tendões de alguns músculos são tão pequenas que a impressão é que o ventre do músculo se prende
diretamente ao osso. Em alguns poucos músculos os tendões aparecem interpostos ao ventre de um mesmomúsculo,
e esses tendões não servem para fixação no esqueleto. Para que haja movimento, os músculos estriados normalmente
firmam-se em duas extremidades:

• Origem: imóvel presa à peça óssea que não se desloca.


• Inserção: móvel, presa à peça óssea que se desloca.

Os músculos estriados esqueléticos ainda têm a fáscia muscular, que é uma lâmina de tecido conjuntivo que reveste
externamente cada músculo. Sua espessura varia de músculo para músculo, dependendo da sua função. A fáscia
muscular envolve as fibras musculares mantendo-as juntas, permitindo o fácil deslizamento dos músculos entre sim
durante a contração muscular.

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Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados:

• Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras


musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa).
• Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que
serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas
articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros.
• Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que
envolve grupos musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou
em leques.
• Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as
superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o
tendão, permitindo-lhe um deslizamento fácil.

Componentes Anatômicos do Tecido Conjuntivo:

• Fáscia Superficial: separa os músculos da pele.


• Fáscia Muscular: é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso, que, abaixo da pele, circunda os
músculos e outros órgãos do corpo.
• Epimísio: é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circunda todo o músculo.
• Perimísio: circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, separando-as em feixes chamados
fascículos. Os fascículos podem ser vistos a olho nu.
• Endomísio: é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de cada fascículo e separa as
fibras musculares individuais de seus vizinhos

Contração Muscular e Tipos de Musculatura

O corpo humano possui mais de 600 músculos esqueléticos, que apresentam contração voluntária. Esses músculos
são formados por células alongadas e multinucleadas, as quais são chamadas também de fibras musculares. Uma das
características marcantes desse tipo de tecido muscular é a presença de estriações transversais.

As fibras musculares possuem filamentos de miosina e actina, que são proteínas com capacidade de contração. A
actina e algumas outras proteínas que estão associadas formam os chamados filamentos finos. Já a miosina forma
os filamentos espessos. Os filamentos finos e espessos alternam-se, formando bandas claras e escuras.

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As bandas claras são formadas por filamentos finos e recebem a denominação de bandas I. São chamadas assim
porque são isotrópicas ao microscópio de polarização. As bandas escuras são chamadas de bandas A, pois são
anisotrópicas ao microscópio de polarização e caracterizam-se pela presença de filamentos finos e também espessos.

No centro da banda I há uma linha escura, denominada linha Z. Ela delimita o sarcômero, o qual é formado por duas
metades de bandas I e uma banda A central. No centro da banda A, temos a banda H, uma região mais clara em que
somente filamentos de miosina são encontrados.

Na contração muscular ocorre o encurtamento dos sarcômeros e, consequentemente, de toda a fibra. Durante a
contração, observa-se uma sobreposição dos filamentos de actina aos de miosina, o que deixa as bandas I e H mais
estreitas.

Dessa forma, a contração muscular voluntária pode ser classificada em:

• Reflexa: Quando o movimento é involuntário, mas ocorre em músculos voluntários como os reflexos rápidos;
• Tônica: Contração mantida mesmo quando o músculo está relaxado, geralmente relacionada com a manutenção
da postura corporal e do pescoço;
• Isotônica: Quando a contração ocorre de forma totalmente voluntária e pode ainda ser subdividida em:
• Concêntrica: quando o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão;
• Excêntrica: quando ocorre o aumento do comprimento total do músculo durante a contração;
• Isométrica: utilizadas para estabilizar as articulações durante a movimentação de outras.

Funções dos Músculos

• Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr.
• Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e
participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.
• Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres)
pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco.
• Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sanguíneos
regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema
reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.
• Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo
músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.

Os músculos são classificados de várias formas, como: quanto à situação, quanto ao movimento, quanto à forma,
quanto à disposição das fibras, e quanto à função.

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Quanto à Situação:

• Os Músculos Superficiais ou Cutâneos: são os músculos que se encontram logo abaixo da pele, onde devem
apresentar no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da pele. Podemos encontrá-los no crânio e na
face, no pescoço e na região hipotênar da mão.
• Os Músculos Profundos ou Subaponeuróticos: este grupo de músculos não apresenta inserções na camada
profunda da pele, insere-se na maioria das vezes nos ossos. Sua localização se dá logo abaixo da fáscia (Membrana
ou lâmina fibrosa que envolve os músculos ou regiões anatômicas) superficial.

Quanto ao Movimento: devemos ter em mente que nesta classificação esses movimentos são provocados pela
contração muscular:

• Músculos Flexores: são músculos que permitem o fechamento das articulações


• Músculos Extensores: são músculos responsáveis pela abertura das articulações.

• Músculos Rotadores: esses músculos agem para estabilizar as articulações.


• Músculos Abdutores: esse grupo de músculos auxilia no afastamento das articulações a um plano mediano.
• Músculos Adutores: os músculos adutores auxiliam na aproximação das articulações a um plano mediano.

Quanto à Forma do Ventre classificam-se:

• Músculo Longo: O comprimento predomina sobre a largura e esta permanece mais ou menos constante em todo
o músculo. Está localizado mais superficialmente e seu comprimento pode passar duas ou mais articulações.
Podemos citar como exemplo o músculo bíceps braquial

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• Músculo Largo: o comprimento e a largura se equivalem. Este tipo de músculo é encontrado nas paredes das
grandes cavidades, como tórax e abdome, podemos citar o músculo diafragma, o subescapular.

• Músculo Curto: este tipo de músculo é encontrado nas articulações, seu movimento tem pouca amplitude, fato
que não exclui sua força e nem especialização, podemos citar os músculos da mão.

Quanto à Disposição da Fibra Muscular:


• Transverso: encontra-se perpendicular à linha média e podemos citar como exemplo o músculo transverso
abdominal.
• Reto: apresenta-se paralelo à linha média e podemos citar como exemplo o músculo reto abdominal.
• Obliquo: apresenta-se diagonalmente à linha média, exemplos desse músculo têm o oblíquo externo.

Quanto à Função: na realização de algum movimento, são envolvidos vários músculos além daquele diretamente
responsável pelo mesmo. São os seguintes:

• Músculo Agonista: agente principal de um movimento, esse músculo se contrai ativamente para produzir um
movimento desejado. Ex.: músculos flexores dos dedos, quando apertamos a mão de uma pessoa.
• Músculo Antagonista: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, regulando força e velocidade do
movimento. Ex.: músculos extensores dos dedos, não deixando apertar com força nem rapidez a mão da pessoa.

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• Músculo Sinergista: músculo que tem função de estabilizar as articulações para que não ocorram movimentos
indesejáveis durante uma ação normal. Ex.: um dos músculos sinergista do movimento de abdução da coxa é o
reto femoral.
• Músculos Fixadores ou Posturais: sua atuação não está diretamente relacionada ao movimento, mas sim na
fixação de um segmento do corpo para permitir um apoio básico nos movimentos executados por outros
músculos.

A inervação dos músculos esqueléticos ocorre no sistema nervoso central que envia através dos nervos o comando
para que haja a contração dos músculos. Algumas lesões ou cortes nestes nervos deixam o músculo sem movimento,
causando sua atrofia, que é a diminuição da massa muscular pelo desuso.

Sabemos que os músculos são estruturas que contêm uma grande rede vascular que os nutrem de sangue arterial,
abastecendo-os de oxigênio e nutrientes, necessários ao seu dispêndio de energia com o trabalho muscular. Para
efeito de informação destacamos aqui o porquê da aplicação de medicamentos por via intramuscular. O músculo
funciona como um depósito da substância nele injetada e que aos poucos vai sendo absorvida pela presença da grande
rede vascular nele contido.

Vale ressaltar também que nem todos os músculos podem receber medicamentos injetáveis, por localizarem-se
próximos a nervos e por não terem boa quantidade de tecido carnoso. Os músculos mais utilizados atualmente para
injeções são o deltoide, na face lateral do ombro para pequenas quantidades de substancia injetada (até 3 ml ou
menos), substâncias irritantes no deltoide não pode ultrapassar os 2ml e o glúteo (nádegas) para injeções até 5ml.

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Mecanismo da Contração Muscular


A contração de um músculo resulta do encurtamento de suas fibras, o que por sua vez resulta do encurtamento dos
filamentos de actina e miosina, que ativamente deslizam e se encaixa um entre o outro. A zona H representa apenas
os filamentos de miosina, pois na fibra descontraída os miofilamentos de actina penetram parcialmente na faixa A. A
linha Z corresponde a várias uniões entre dois filamentos de actina. O segmento entre duas linhas Z consecutivas é
chamado de sarcômero e corresponde à unidade contrátil da fibra muscular. Durante a contração muscular o
sarcômero diminui, devido à aproximação das duas linhas Z, e a zona H chega a desaparecer.

Cada sarcômero pode contrairse independentemente. Quando muitos sarcômeros se contraem juntos, eles produzem
a contração do músculo como um todo. O retículo sarcoplasmático serve como local de reserva de íons Ca++, que
participa do complexo molecular formado pela actina / miosina permitindo que ocorra a contração muscular.

A célula muscular quando relaxada tem baixos níveis de cálcio no citoplasma. Quando um impulso nervoso estimula
uma célula muscular, ocorre alterações na permeabilidade da membrana do retículo sarcoplasmático e o cálcio
difunde-se para o citoplasma. No citoplasma, o cálcio forma um complexo com as proteínas contráteis permitindo a
contração das miofibrilas uma vez cessado o estímulo, restabelece-se o sistema de transporte ativo do retículo
sarcoplasmático e o excesso de Ca++ é "bombeado" para o interior do retículo, cessando assim a contração muscular.

A contração das fibras musculares esqueléticas é comandada por nervos motores, que se conectam com os músculos
através das placas motoras ou junções mioneurais. Com a chegada do impulso nervoso, ocorre liberação de
acetilcolina na fenda sináptica, que através da interação com seus receptores faz o sarcolema ficar mais permeável ao
sódio, o que resulta em sua despolarização. Uma fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular ou até 160 ou
mais fibras musculares e formam uma unidade motora. A fibra muscular não é capaz de graduar sua contração, então
as variações na força de contração do músculo são devidas às variações no número de unidades motoras mobilizadas.

Os músculos esqueléticos produzem seu movimento puxando os tendões. Os tendões por sua vez puxam os ossos.
Muitos músculos passam através de junções e são ligados aos ossos. A contração traz para perto ou afasta um osso
daquele com o qual este articula. Os músculos só podem puxar, não podem empurrar. Atuam antagonisticamente um
ao outro; o movimento produzido por um pode ser revertido pelo outro. 0 bíceps, por exemplo, permite que
flexionemos nosso braço, enquanto que o tríceps permite que o estendamos.

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Potencial de Ação
As membranas plasmáticas dos neurónios são constituídas por uma bicamada fosfolipídica impermeável aos iões,
como nas outras células, mas possuem proteínas que funcionam como canais ou bombas iónicas. Pela sua atividade
estas proteínas formam o potencial de repouso definido como a diferença de cargas elétricas entre o exterior e o
interior da célula quando a membrana da célula não está sujeita a qualquer alteração do seu potencial elétrico.
Geralmente o potencial de repousos é negativo, ou seja, o exterior mais positivo que o interior. Deve-se sobretudo à
diferença de concentração dos iões sódio (Na+) e potássio (K+) dentro e fora da célula. Diferença essa que é mantida
pelo funcionamento dos canais e proteínas que bombeiam sódio para o meio externo e potássio para o meio interno,
com consumo de ATP, contrariando a difusão passiva destes iões.

A bomba de sódio e potássio transporta 3 Na+ por cada 2 K+ . Como a quantidade de iões K+ que sai da célula (por
transporte passivo) é superior à quantidade de iões Na+ que entra na célula, cria-se um défice de cargas positivas na
célula relativamente ao exterior – potencial de repouso.

Os canais que existem na membrana celular permitem a passagem de K+ e Na+ de forma passiva. Quando o neurónio
está em repouso, os canais estão fechados, mas quando a célula é estimulada abrem-se, permitindo uma rápida
entrada de Na+, e uma alteração do potencial de membrana de de cerca de -70 mV para + 35 mV, chamando- se a esta
diferença de potencial despolarização - o interior da célula fica mais positivo com a entrada dos iões Na+. A rápida
alteração do potencial elétrico que ocorre durante a despolarização designa-se por potencial de ação e é da ordem
dos 105 mV. Quando o potencial de ação atinge o seu máximo durante a despolarização, aumenta a permeabilidade
da membrana ao K+, que saem da célula, e a permeabilidade dos canais ao Na+ volta ao normal. Dá- se uma quebra
no potencial de membrana até atingir o seu valor de repouso, chamando-se a esta diferençapotencial repolarização.

A transmissão de um impulso nervoso é um exemplo de uma resposta do tipo “tudo-ou-nada”, isto é, o estímulo tem
de ter uma determinada intensidade para gerar um potencial de ação. O estímulo mínimo necessário para
desencadear um potencial de ação é o estímulo limiar(ou limiar de ação), e uma vez atingido este limiar, o aumento
de intensidade não produz um potencial de ação mais forte mas sim um maior número de impulsos por segundo. O
potencial de ação gerado na membrana estimulada propaga-se à área vizinha, conduzindo à sua despolarização e assim
por diante. Estas sucessivas despolarizações e repolarizações ao longo da membrana do neurónio constituem o
impulso nervoso, cuja propagação se faz num único sentido, das dendrites para o axónio.

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Músculos
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Músculos da cabeça e pescoço

Devido suas ações, os músculos da face são referidos também como músculos da expressão facial, outros músculos
faciais têm suas origens nos ossos do crânio, alguns se iniciam na fáscia superficial da face. A maioria desses
músculos se insere na pele da região e a movimentam como se fosse uma articulação.

Os músculos do pescoço são descritos frequentemente como estando localizados em um de dois triângulos (trígonos),
melhor explicando, aqueles do triângulo (trígono) anterior, que são separados daqueles do triângulo posterior pelo
músculo esternocleidomastóide, músculo este que se apresenta diagonalmente através da margem lateral do pescoço
desde o processo mastoide do osso temporal até o osso esterno e a clavícula.

• Auriculares: Não são desenvolvidos no ser humano e se localizam ao redor do pavilhão da orelha. Tem a origem
na gálea aponeurótica e no processo mastóide e se insere em diversas regiões do pavimento auricular. A função
desse músculo é elevar o pavilhão do ouvido externo.

Músculos da face

São denominados de músculos da expressão facial (mímica) e são inervados pelo VII par de nervos cranianos, o
nervo facial. Os músculos são: orbicular do olho, corrugador do supercílio, prócero, nasal, depressor do septo, orbicular
da boca, levantador do lábio superior, zigomáticos maior e menor, risório, depressor do ângulo da boca, mental,
levantador do ângulo da boca, depressor do lábio inferior e bucinador.

• Orbicular do olho (orbicular da pálpebra): Esse músculo em forma de anel possui três partes que são palpebral,
lacrimal e orbital. A parte palpebral se origina nas cristas lacrimais se insere no ângulo medial da órbita. A parte
lacrimal é denominada de músculo de Horner, localiza-se por trás do ligamento palpebral medial e nasce do saco
lacrimal. A parte orbital atua como um esfíncter e se origina no ângulo médio do olho e se insere na camada
profunda da pele do ângulo lateral do olho. A função do orbicular da pálpebra é fechar os olhos durante o sono
ou piscar de olhos.
• Corrugador do supercílio: Alguns anatomistas classificam-no como fascículo muscular e está situado atrás do
ventre anterior do occipitofrontal. Esse músculo tem origem no processo frontal da maxila e se insere na pele

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das sobrancelhas. A ação do corrugador do supercílio abaixa a parte medial das sobrancelhas, promovendo um
aspecto de raiva, fome e expressão de dor.

Músculos da face (expressão facial)

Músculos do Nariz: Os músculos do nariz são prócero, nasal e depressor do septo. Eles basicamente movimentam o
nariz e as regiões adjacentes.

• Prócero: É um músculo pequeno e alongado encontrado na parte superior do dorso do nariz. O prócero tem
origem nos ossos nasais e na parte cartilaginosa do nariz e se insere na pele entre as sobrancelhas. A função desse
músculo é deprimir a região entre os supercílios, formando a prega do franzindo (prega de agressão).
• Nasal: Músculo pequeno de formato triangular que se estende transversalmente no dorso do nariz. O nasal tem
sua origem no dorso do nariz e se insere na eminência canina, na pele do sulco nasolabial e às vezes, as fibras
posteriores podem alcançar o músculo depressor do septo. A ação das fibras anteriores desse músculo dilata o
diâmetro das narinas, já a movimentação das fibras posteriores, causa estreitamento no sentido transversal. A
expressão fisionômica da ação desse músculo lembra aspecto sensual, desprezo ou insatisfação.
• Depressor do Septo: É uma lâmina muscular de forma quadrangular encontrada sobre a maxila. Esse músculo se
origina da fossa incisiva e se insere na pele do septo do nariz. A ação do depressor de septo faz com que haja
abaixamento do ápice do nariz.

Músculos da boca

Os músculos da boca podem ser divididos em constritores e dilatadores. Os constritores comprimem o orifício bucal,
já os dilatadores, aumentam a abertura da cavidade bucal. Os músculos constritores são o orbicular da boca e o
compressor dos lábios. Os músculos dilatadores (plano superficial) são levantador do lábio superior e da asa do nariz,
levantador do lábio superior, zigomático maior, zigomático menor, risório, depressor do ângulo da boca, músculo do
mento. Os músculos dilatadores(plano profundo) são levantador do ângulo da boca, depressor do lábio inferior e
bucinador.

Músculos constritores

• Orbicular da boca: Músculo circular da rima bucal que tem múltiplas fibras elípticas e concêntricas. O orbicular da
boca apresenta duas partes que são marginal e labial. A parte marginal é periférica e a parte labial é central. Na
face superficial o músculo se adere à pele. A face profunda se insere nos arcos dentais. A ação do músculo causa
fechamento da rima bucal, está associado à apreensão de alimentos, mastigação, assovio, sucção, beijo e ao sopro.
• Compressor dos lábios: É um músculo mais evidente no recém-nascido, pois está associado à sucção. Músculos
dilatadores (plano superficial)
• Levantador do lábio superior: Apresenta forma quadrilátera, origina-se na margem inferior da órbita e se insere
na pele do lábio superior. A ação desse músculo levanta o lábio superior e evidencia o sulco nasolabial, sendo
comum em expressões de menosprezo e arrogância.
• Zigomático maior: É um músculo comprido e estreito que se origina no osso zigomático e se insere na comissura
labial. A função desse músculo suspende e lateraliza a comissura dos lábios, dando um aspecto da risada e da
alegria.
• Zigomático menor: É um músculo de pequeno volume que se origina no osso zigomático e se insere na pele da
bochecha, comissura e lábio superior. A ação conjunta com o músculo levantador do lábio superior traciona
superior e lateralmente o lábio superior.
• Risório de Santorini: O músculo risório possui fibras muito finas que se origina na fáscia massetérica e se insere
na pele da comissura dos lábios. A ação desse músculo auxilia o sorriso de boca fechada, causando um aspecto
mímico do sorriso “amarelo” ou sem graça.

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• Depressor do ângulo da boca: Músculo triangular de base inferior que se origina na linha oblíqua da mandíbula,
indo se inserir na comissura dos lábios. A ação desse músculo puxa o ângulo da boca para baixo e lateralmente,
dando a expressão mímica de tristeza.
• Músculo do Mento: Músculo pequeno encontrado na sínfise mental (músculo da mosca) que nasce na eminência
alveolar, na fossa incisiva da mandíbula e vai se inserir na pele do mento. A ação desse músculo eleva o mento,
dando um aspecto que lembra a expressão de “desdém” ou soberba e no “bico” da criança preste a chorar.

Músculos dilatadores (plano profundo)

• Levantador do ângulo da boca: Músculo que tem origem na fossa canina e vai se inserir na comissura dos lábios.
A ação desse músculo levanta obliquamente para medial o ângulo da boca, dando a expressão de irá.
• Depressor do lábio inferior: Músculo retangular que se origina na linha oblíqua da mandíbula indo se inserir no
lábio inferior. A função desse músculo é executar o abaixamento do lábio inferior, aumentando a largura da
vermelhidão do lábio, dando a sensação mímica de tédio.
• Bucinador: Músculo retangular que forma as paredes das bochechas, de forma semelhante à letra “C” com
abertura medial. O bucinador se insere em três locais que são a face vestibular da maxila em nível dos molares; a
crista alveolar da mandíbula e a fossa retromolar e no ligamento pterigomandibular. O ducto parotídeo perfura a
parte média desse músculo e entre esse músculo e o masseter existe uma camada gordurosa denominada de bolsa
adiposa de Bichat (corpo adiposo da bochecha). A ação desse músculo comprime os alimentos e favorece a
deglutição, também pode auxiliar no ato de assobiar ou soprar se as bochechas estiverem esticadas pelo ar na
cavidade oral.

Músculos da mastigação

Os músculos mastigatórios tem a função de movimentar a mandíbula em vários planos, permitindo a mastigação. Os
músculos mastigatórios são quatro pares: masseteres, temporais, pterigóideos lateral e pterigóideos medial. Todos os
músculos da mastigação são inervados pelo quinto par de nervos cranianos (NC V), o nervo trigêmeo.

• Masseter: São dois músculos espessos e fortes, de formato quadrilátero, formados por duas partes, uma ântero-
lateral (feixe superficial) e outra póstero-medial (feixe profundo). O feixe superficial é mais importante e calibroso,
tem origem na margem inferior do arco zigomático e se insere na lateral do ramo da mandíbula. O feixe profundo
se inicia na parte temporal do arco zigomático e termina na face lateral do ramo da mandíbula. O masseter é
cruzado pelo ducto parotídeo, apresenta-se recoberto lateralmente pela fáscia massetérica e se relaciona
medialmente com a bola gordurosa de Bichat e com o músculo bucinador. A ação desse músculo eleva a
mandíbula, fechando a boca. O masseter pode se contrair fortemente e involuntariamente durante o bruxismo,
levando a agressões articulares na ATM, desgaste oclusão, fraturas dentárias, dor e cansaço ao longo da extensão
do músculo. O trismo é uma contração forte desse músculo, dificultando a abertura bucal, em estados
inflamatórios como no tétano.
• Temporal: É um músculo em forma de leque, sendo o maior e o mais potente na mastigação. Origina-se na linha
temporal inferior, na fossa temporal e no terço medial do arco zigomático, indo se inserir no processo coronóide
e na borda anterior do ramo da mandíbula. O temporal é recoberto por uma lâmina bastante espessa eresistente
denominada de fáscia temporal. Como o masseter, o temporal tem a função de elevar da mandíbula durante a
mastigação.
• Pterigoideo medial: É um músculo de forma quadrangular, que se dispõe quase que paralelo ao masseter e medial
ao ramo da mandíbula. O pterigoideo medial se origina na fossa pterigoidea e se insere na face internado ramo
da mandíbula, próximo ao ângulo. Os músculos pterigóideos lateral e medial são recobertos pela fáscia pterigoidea
e separados entre si pela fáscia interpterigoidea. A ação desse músculo eleva e projeta a mandíbula.
• Pterigoideo lateral: É um músculo curto e prismático que ocupa uma posição mais horizontal. Apresenta duas
cabeças musculares que são esfenoidal e pterigoideo. O fascículo esfenoidal se origina na asa maior do esfenoide,
na crista infratemporal e no processo pterigoide. O fascículo pterigoideo se origina no processo

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pterigoide, no processo piramidal do osso palatino e na tuberosidade da maxila. Depois, os dois fascículos
convergem formando um corpo conjunto único, indo se inserir no colo da mandíbula (fóvea pterigoidea). A ação
simultânea do músculo causa propulsão e abaixamento da mandíbula, já a ação unilateral causa lateralidade da
mandíbula.

Músculos da região lateral do pescoço

Os músculos do pescoço vão servir para sustentar e movimentar a cabeça. Os músculos da região lateral do pescoço
podem ser divididos em dois planos que são superficial e profundo. No primeiro plano se observam o platisma e o
esternocleidomastoideo. No segundo plano se observam os escalenos e o reto lateral da cabeça. Músculos da região
lateral do pescoço - Plano superficial

• Platisma: É um músculo par, cutâneo, largo, delgado e quadrangular. O platisma se origina superiormente na
borda inferior do corpo da mandíbula e inferiormente se insere na pele que recobre as regiões acromial,
clavicular e deltóidea. A ação desse músculo traciona para lateral e para baixo a região do mento e comissura dos
lábios e também pode produzir rugas no pescoço.
• Esternocleidomastóideo: É um músculo par, longo e retangular da lateral do pescoço. O esternocleidomastóideo
apresenta quatro fascículos musculares que são o cleidomastóideo, cleido-occipital, esternomastóideo e esterno-
occipital. Esse músculo segue um trajeto oblíquo ao longo da face lateral do pescoço e se origina no manúbrio do
esterno e na borda superior da clavícula e se insere na face lateral do processo mastóide e na linha nucal superior
do occipital. A ação da contração unilateral desse músculo inclina a cabeça lateralmente do lado do músculo
contraído e quando os dois músculos são acionados, a cabeça é estendida para trás.
• Trapézio: Esse músculo é superficial, de forma triangular, grande, largo e que se estende desde o ombro até a
parte posterior do tórax. Quando considerados os dois músculos trapézios, apresentam formato de losango. O
trapézio se origina na linha nucal superior e na protuberância occipital externa, desce acompanhando os processos
espinhosos da vértebra C7 até a décima segunda vértebra torácica. Lateralmente, prende-se no acrômio e na
espinha da escápula. A ação desse músculo eleva o ombro, além de inclinar lateralmente e estender a cabeça,
tendo como ponto fixo o ombro.

Músculos da região lateral do pescoço - Plano profundo

• Escalenos: São quatro músculos que se estendem da coluna cervical até a segunda costela, denominados
escalenos anterior, médio, posterior e mínimo.
o O escaleno anterior se origina nos processos transversos da terceira, quarta e quinta vértebras cervicais e se
insere na face superior da primeira costela.
o O escaleno médio se origina dos processos transversos das vértebras cervicais e se insere na face superior da
primeira costela.

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o O escaleno posterior se origina dos processos transversos da quarta, quinta e sexta vértebras e se insere na
margem superior da segunda costela. O escaleno mínimo (mais irregular) se origina nos processos transversos
da sexta e sétima vértebras, indo se inserir na face superior da primeira costela. A ação da contração unilateral
desses músculos permite a rotação do pescoço, já a ação simultânea leva a flexão da coluna cervical. Esses
músculos contribuem na mecânica respiratória, já que exercem sustentação e elevação das duas primeiras
costelas durante a inspiração.

• Reto lateral da cabeça: Pequeno músculo que se origina acima no processo jugular do occipital e inferiormente,
insere-se no processo transverso da primeira vértebra (atlas). A ação unilateral causa flexão lateral da cabeça, já
a contração conjunta mantém o tônus rígido da coluna.
• Músculos supra-hiódeos: São músculos pares que se apresentam entre a mandíbula e o osso hióide. Os músculos
suprahióideos são o digástrico, o estilo-hióideo, o milo-hióideo e o gênio-hióideo. O digástrico (ventre anterior) e
milo-hióideo são inervados por ramos do nervo trigêmeo (NC V), o estilo-hióideo e o digástrico (ventre posterior)
são inervados por ramos do nervo facial (NC VII) e o gênio-hióideo pelo nervo hipoglosso.
• Digástrico: É um músculo formado por dois fascículos e um tendão intermediário. Os fascículos são o ventre
anterior e o ventre posterior. O ventre anterior se origina no lado interno da borda inferior da mandíbula (fossa
digástrica). O ventre posterior se origina na incisura mastóidea do temporal. Ambos os ventres vão se inserir no
corpo e corno maior do hioide. A ação conjunta dos ventres do digástrico abaixa a mandíbula, favorecendo a
abertura da bucal e também, os ventres anteriores e posteriores movimentam o hioide para frente ou para trás,
respectivamente.
• Estilo-hióideo: É um músculo fino encontrado paralelo e adiante do ventre posterior do digástrico. O estilohióideo
se origina no processo estiloide do temporal e se insere no corpo do osso hióide. A ação desse músculo traciona o
hioide ventralmente e dorsalmente.
• Milo-hióideo: É o músculo que forma com seu homólogo do lado oposto, o assoalho da cavidade bucal. O
milohióideo tem formato triangular e está acima do ventre anterior do digástrico. Esse músculo se origina na linha
milo-hióidea da mandíbula e se insere no corpo do osso hióide. A função desse músculo é elevar a língua, jogando-
a para trás durante a deglutição.

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• Gênio-hióideo: Músculo paralelo ao ventre anterior do digástrico e se dirige ventral e dorsalmente acompanhando
a linha média sagital. O gênio-hióideo se origina nas espinhas mentais inferiores da mandíbula e termina na
superfície anterior do corpo do osso hióide. A função desse músculo é tracionar a língua e o hioide para frente.
• Músculos infra-hiódeos: São músculos pares que se apresentam entre o osso hióide e a abertura superior do tórax.
Os músculos infra-hióideossão o omo-hióideo, o esterno-hióideo, o tíreo-hióideo e o esternotireóideo. Omo-
hióideo É um músculo que apresenta dois ventres unidos por um tendão intermediário, semelhante ao digástrico.
O ventre inferior tem origem na margem superior da escápula e termina no ventre superior e termina no corpo
do osso hioide. A contração desse músculo movimenta o hióide para baixo e para trás.
• Esterno-hióideo: Músculo comprido e fino que se origina na parte posterior do manúbrio do esterno e se insere
na extremidade medial da clavícula. A ação do esterno-hióideo causa abaixamento e fixação do osso hioide,
permitindo a movimentação dos músculos supra-hióideos.
• Tíreo-hióideo: É um músculo retangular e curto, considerado uma continuação anatômica do esternotireóideo.
O tíreo-hióideo nasce na linha obliqua da cartilagem tireoidea e se insere na borda inferior do corno maior do osso
hioide. A ação desse músculo abaixa o osso hióide.
• Esternotireóideo: É um músculo delgado e relativamente largo. O esternotireóideo se origina na face posterior do
manúbrio do osso esterno e se insere na linha oblíqua da cartilagem tireóide. Sua ação abaixa a laringe e a
cartilagem tireóidea.
• Músculos do véu palatino: O véu palatino é uma região musculosa localizada na região póstero-superior da
cavidade bucal que é inervada pelo nervo trigênio (NC V). Os elementos encontrados na região são a fáscia central
e cinco pares de fascículos musculares que são o músculo da úvula, o tensor do véu palatino, o levantador do véu
palatino, o palatoglosso e o palatofaríngeo.
• Músculo da úvula: É um pequeno músculo que se origina na espinha nasal posterior e se insere na mucosa da
úvula. O músculo da úvula tem a função de encurtar a úvula e levantar o véu palatino.
• Tensor do véu palatino: Músculo que tem forma semelhante a uma letra “L”. O tensor do véu palatino se origina
na fossa escafóide e no processo pterigóide do osso esfenoide e se insere no hámulo pterigóide e emite um tendão
horizontal que se confunde com o tendão do seu homólogo lateral. Esse músculo tem ação na tensão do véu
palatino e é dilatador da tuba auditiva, além de ter ação sinérgica na deglutição.
• Levantador do véu palatino: É um músculo que se inicia na parte petrosa do osso temporal e se insere na face
superior do véu palatino. A sua ação ocorre durante a deglutição, levantando o véu palatino, com isso fechando
a comunicação entre a parte oral da faringe e as fossas nasais.
• Palatoglosso: Localiza-se na face inferior da aponeurose palatina, ocupando o pilar ventral do véu palatino. O
músculo palatoglosso se origina na aponeurose palatina e se insere ao longo das margens da língua e acompanha
as fibras do músculo transverso da língua. A ação desse músculo favorece a deglutição, pois permite que o bolo
alimentar seja desintegrado e ainda são levantadores do véu palatino quando a língua está fixa.
• Palatofaríngeo: É um músculo pouco espesso que apresenta três fascículos, principal, salpingofaríngeo e
pterigopalatino. O fascículo principal se origina na margem posterior da aponeurose palatina, o fascículo
salpingofaríngeo se origina na extremidade inferior da tuba auditiva e o fascículo pterigopalatino se origina na face
posterior da aponeurose palatina. Os três fascículos se unem em corpo único e terminam na faringe e na margem
dorsal da cartilagem tireóide. A ação do palatofaríngeo levanta a faringe e laringe durante a deglutição, além de
dilatar a tuba auditiva.

Músculos da língua

A língua é um complexo muscular bastante móvel e é inervada pelo nervo trigêmeo (NC V), corda do tímpano que é
ramo do facial (NC VII), glossofaríngeo (NC IX) e hipoglosso (NC XII). Apresenta múltiplas funções fisiológicas como
auxiliar na fonação, na deglutição, na mastigação, na salivação, na manutenção das posições dentárias, no crescimento
das arcadas. Apresenta uma base, um ápice, um dorso, um ventre, bordas laterais, um sulco terminalem forma de
“V” e um corpo. No seu ventre se observam as papilas gustativas com a presença dos botões gustativos, nas papilas
fungiformes e circunvaladas. Além dos músculos, encontram-se estruturas associadas como a

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membrana hioglossa (lâmina fibrosa que prende a região do sulco terminal ao corpo e corno menor do hioide) e o
septo da língua (membrana fibrosa perpendicular, em forma de foice). Esse conglomerado apresenta 17 músculos
(oito pares e um impar) denominados de intrínsecos (no interior da língua) e extrínsecos (em estruturas adjacentes).
O músculo intrínseco é o transverso da língua. Os músculos extrínsecos são: o genioglosso, estiloglosso, o hioglosso,
o palatoglosso, o faringoglosso, o amigdaloglosso, o longitudinal superior e o longitudinal inferior.

Músculos vertebrais anteriores

• Longo do pescoço: O músculo é largo no centro e afunilado nas extremidades e possui três porções que são porção
cervical, porção oblíqua superior e porção oblíqua inferior. A porção cervical se origina na terceira vértebra
torácica, ascende até a quinta vértebra cervical e se insere na parte anterior do corpo da segunda, terceira e quarta
vértebras cervicais. A porção oblíqua superior se insere no arco anterior da primeira vértebra cervical e nos
processos transversos da terceira a quinta vértebras cervicais. A porção oblíqua inferior se origina na face anterior
dos corpos das três primeiras vértebras torácicas e se insere no processo transverso da quinta e sexta vértebras
cervicais. A ação desse músculo faz a flexão do pescoço e rotação cervical.
• Longo da cabeça: É um músculo mais largo na parte superior que na inferior que se insere no osso occipital e nos
processos transversos das terceira, quarta, quinta e sexta vértebras cervicais. A sua ação faz a flexão da cabeça.
• Reto anterior da cabeça: É um músculo curto situado abaixo do longo da cabeça que se origina na massa lateral
da primeira vértebra e se insere a frente do forame magno do osso occipital. A ação desse músculo realiza a flexão
da cabeça.
• Reto lateral da cabeça: É um músculo curto que se origina no processo transverso da primeira vértebra e se insere
no osso occipital. A ação do reto lateral da cabeça leva a inclinação lateral do pescoço. Músculo do tórax Os
músculos do tórax são peitoral maior, peitoral menor, subclávio, intercostais externos, intercostais internos,
subcostais, transverso do tórax, levantadores das costelas, serrátil anterior, serrátil posterior superior, serrátil
posterior inferior, diafragma trapézio, grande dorsal, levantador da escápula, romboide, eretor da espinha,
transverso espinhal, costais.

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• Peitoral maior: É um músculo grande que cobre a parte anterior do tórax. O peitoral maior apresenta um formato
de um leque e suas fibras seguem uma direção convergente do centro para lateral do músculo. Esse músculo se
insere na clavícula e nas seis primeiras cartilagens costais. A ação desse músculo faz adução e rotação medial do
braço.
• Peitoral menor: É um músculo bem menor que o anterior e se situa na parte superior do tórax, por baixo do
peitoral maior. O peitoral menor se insere no processo coracóide da escápula e se estende até a terceira, quarta
e quinta costelas. A ação desse músculo traciona a escápula para frente e para trás, também elevar a terceira,
quarta e quinta costelas, auxiliando na inspiração.

• Subclávio: É um músculo com formato cilíndrico situado por baixo da clavícula e acima da primeira costela. O
subclávio se origina na primeira costela e na cartilagem e se insere na face inferior da clavícula. A ação desse
músculo movimenta o ombro para frente e para trás.
• Intercostais externos: são onze pares de músculos que interpõem entre as costelas e auxiliam na respiração. Esses
músculos se originam na borda inferior das costelas acima e se inserem na borda cranial da costela de baixo. A
ação desses músculos eleva as costelas, aumentando o volume do tórax, auxiliando na inspiração.
• Intercostais internos: também são onze pares de músculos que interpõem entre as costelas e auxiliam na
respiração. Esses músculos se originam no sulco da costela e na cartilagem costal e se inserem na face superior da
costela de baixo. A ação desses músculos abaixa as costelas, diminuindo o volume do tórax, auxiliando na
expiração.
• Subcostais: Músculos evidentes na parte baixa da cavidade torácica. Os subcostais se originam na face interna
da costela superior e se inserem na face interna da costela de baixo. A ação desses músculos abaixa as costelas,
diminuindo o volume do tórax, auxiliando os intercostais internos na expiração.
• Transverso do tórax ou triangulardo esterno: O músculo triangular do esterno está localizado na face interna da
parede anterior da cavidade torácica. O transverso do tórax se origina na face interna do esterno e insere na face
interna da segunda, terceira, quarta, quinta e sexta costelas. A ação desse músculo abaixa as costelas, diminuindo
o volume do tórax, auxiliando os intercostais internos na expiração.
• Levantadores das costelas: Os levantadores das costelas são 12 pares de músculos que se inserem no processo
transverso de uma vértebra até a superfície externa da costela abaixo, entre o tubérculo e o ângulo. A ação desses
músculos eleva as costelas, aumentando a cavidade torácica, auxiliando na inspiração.
• Serrátil anterior: O músculo serrátil anterior tem forma de mão com dedos juntos e se localiza na lateral do
tórax, abaixo das axilas. Esse músculo se origina na margem medial da escápula e se insere nas oito primeiras
costelas. A ação desse músculo realiza a abdução da escápula.

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• Serrátil posterior superior: É um músculo pouco espesso, de formato denteado e quadrangular localizado na parte
superior e posterior da cavidade torácica. O serrátil posterior superior se origina no ligamento nucal, nos processos
espinhosos da última vértebra cervical e das cinco primeiras vértebras torácicas e se insere em forma de quatro
dedos de luva nas segundas, terceiras, quartas e quintas costelas. Durante a ação desse músculo as primeiras
costelas são elevadas, aumentando a caixa torácica e favorecendo a inspiração.
• Serrátil posterior inferior: Esse músculo tem a forma parecida com o serrátil posterior superior, porém mais largo.
O serrátil posterior inferior se origina nos processos espinhosos das duas últimas vértebras torácicas e das três
primeiras vértebras lombares e se insere na margem inferior das quatro últimas costelas. Durante a ação desse
músculo, as últimas costelas são abaixadas, diminuindo a caixa torácica e favorecendo a expiração.
• Diafragma: Músculo muito importante na respiração e que divide o tórax do abdome. O diafragma tem um
formato que lembra uma cuba, apresentando uma face superior convexa e uma face inferior côncava. Esse
músculo apresenta fibras musculares que partem da periferia em direção ao centro, formando o tendão central.
As origens desse músculo se dão no processo xifóide do esterno, das faces internas das seis últimas costelas de
cada lado e dos arcos das vértebras lombares. A ação desse músculo é tracionar o tendão central para baixo,
aumentando o volume do tórax e diminuindo o volume do abdome, com isso, favorecendo a inspiração.
• Trapézio: Esse músculo é superficial, de forma triangular, grande, largo e que se estende desde o ombro até a
parte posterior do tórax. Quando considerados os dois músculos trapézios, apresentam formato de losango. O
trapézio se origina na linha nucal superior e na protuberância occipital externa, desce acompanhando os processos
espinhosos da vértebra C7 até a décima segunda vértebra torácica. Lateralmente, prende-se no acrômio e na
espinha da escápula. A ação desse músculo eleva o ombro, além de inclinar lateralmente e estender a cabeça,
tendo como ponto fixo o ombro.
• Grande dorsal (latíssimo do dorso): Músculo grande e triangular com base direcionada para coluna vertebral e o
ápice voltado para o úmero. A origem do grande dorsal se dá na aponeurose lombar, nos processos transversos,
desde a sexta até o cóccix, nas proximidades da crista ilíaca, depois se dirige lateralmente indo se inserir nas três
últimas costelas e no fundo do sulco intertubercular do úmero. A ação desse músculo faz a extensão, a adução,
rotação medial do braço e traciona o ombro para dorsal e para caudal. Esse músculo é muito ativo em esportes
como natação e canoagem.
• Levantador da escápula: Situa-se na região posterior e lateral, entre o pescoço e o tórax. O levantador da escápula
se origina nos processo transverso das quatro primeiras vértebras cervicais e se insere nas proximidades do ângulo
superior da escápula. A ação desse músculo levanta a escápula.
• Romboides maior e menor: Esses músculos vão da base do pescoço até a escápula. O romboide se origina na linha
nucal e nos processos espinhosos da sétima vértebra cervical até a quinta vértebra torácica, em seguida, dirige-se
obliquamente indo à margem medial da escápula. A ação desse músculo permite que a omoplata realize adução.
• Eretor da espinha: Músculo de difícil visualização que vai do sacro até a base do pescoço.
• Transverso espinhal: Músculo que se situa mais internamente ao eretor da espinha e que se origina no osso sacro
e se insere na vértebra áxis. A ação desse músculo estende e rotaciona a coluna.
• Costais: São músculos encontrados preenchendo os espaços intercostais e que podem ser diferenciados em
levantadores das costelas, intercostais internos e externos, subcostais e transverso do tórax (todos já descritos
anteriormente).
• Longuíssimo do tórax: Músculo profundo que se origina nos processos transversos das vértebras lombares e se
insere nos processos transversos das vértebras de T1 a L2, na nona e décima costelas. A ação desses músculos,
bilateralmente, causa extensão da cabeça e a ação unilateral, gira a cabeça lateralmente do lado do músculo
contraído.

Músculos do abdome

O abdome é uma cavidade do tronco que abriga órgãos nobres, principalmente do sistema digestivo. Essa região é
protegida anterolateralmente por uma rede de músculos denominados de obliquo externo e interno, transverso do

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abdome, reto e piramidal. Na parte posterior do abdome, encontram-se os músculos psoas maior e menor, o ilíaco e
o quadrado do lombo.

• Oblíquo externo do abdome: Esse músculo também é chamado de oblíquo descendente e está localizado mais
superficialmente, na parte lateral e anterior do abdome. O oblíquo externo do abdome se origina de oito projeções
em forma de dedos das margens inferiores das oito últimas costelas, nas proximidades do serrátil anterior e do
grande dorsal, depois se dirige obliquamente para baixo indo se inserir na crista ilíaca e na linha alba. A ação desse
músculo comprime o abdome na expiração forçada e colabora na micção, defecação, vômitoe durante o parto.
• Oblíquo interno do abdome: Esse músculo quadrangular também é chamado de oblíquo ascendente e se localiza
na parte anterior e lateral do abdome. O oblíquo interno é menor e mais fino que o seu homônimo externo. Esse
músculo se origina no ligamento inguinal, na fáscia ilíaca e na parte anterior da crista ilíaca e se insere na fáscia
toracolombar, nos processos espinhosos e transversos das vértebras lombares. A ação desse músculo contrai o
abdome, colabora na micção, defecação, vômito, durante o parto e na expiração forçada.
• Transverso do abdome: Esse músculo é o mais interno dos músculos abdominais, situando-se ântero-
lateralmente, abaixo do oblíquo interno. As fibras desse músculo tem disposição horizontal, formando uma
espécie de cinto. O músculo transverso do abdome se origina no arco crural do ligamento inguinal, na margem
interna da crista ilíaca, na fáscia toracolombar e na margem interna da sétima, oitava, nona, décima, décima
primeira e décima segunda costelas. As fibras se dirigem para anterior e vão terminar na linha alba e na crista
púbica. A ação desse músculo contrai o abdome, colabora na micção, defecação, vômito, durante o parto e na
expiração forçada.

• Reto abdominal: É um músculo em forma de fita, comprido e largo que se estende longitudinalmente na região
anterior do abdome. Os retos abdominais são unidos na parte mais central por uma faixa aponeurótica vertical,
denominada de linha alba. Nessa faixa central, observa-se a inserção dos músculos oblíquos externo e interno,
além dos transversos. Esse músculo tem origem através de dois tendões, o tendão lateral se prende na crista
púbica e o tendão medial se junta com o tendão homônimo do lado oposto e se fixa na face ventral da sínfise
púbica. Esse músculo se insere em três lugares, ou seja, nas quartas, quintas e sextas costelas. A ação desse
músculo realiza a flexão do tronco, aproximando o esterno da região púbica, permitindo também a compressão
do conteúdo abdominal e favorecendo a expiração, pois abaixa as costelas e eleva o diafragma.
• Piramidal: É um músculo pequeno com formato triangular, localizado na parte inferior do abdome, adiante do
reto abdominal. O músculo piramidal se origina na margem anterior da pube e do ligamento púbico e se insere na
linha alba. A ação desse músculo faz a contração da linha alba.
• Psoas maior: É um músculo longo situado as margens da coluna lombar. O músculo psoas maior se origina nos
processos transversos das vértebras lombares, nos corpos e nos discos intervertebrais das vértebras lombares e

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se insere no trocânter menor do fêmur. A ação desse músculo causa flexão da coxa e movimenta a região lombar
para lateral.
• Psoas menor: Esse músculo é comprido, fino e nem sempre é encontrado em todas as pessoas. O psoas menor
quando presente se localiza adiante do músculo psoas maior. A origem se dá nas margens laterais da última
vértebra torácica e da primeira vértebra lombar. Esse músculo tem sua inserção na linha pectínea. A linha pectínea
é uma faixa no fêmur que dá inserção ao músculo pectíneo. A ação desse músculo causa flexão da coluna lombar
e da pelve.
• Ilíaco: Esse músculo possui a forma triangular e está localizado na fossa ilíaca. O músculo ilíaco se origina na fossa
ilíaca, na margem interna da crista ilíaca e dos ligamentos na base do osso sacro e as fibras se dirigem até se inserir
na face lateral do tendão do músculo psoas maior, também nas proximidades do trocânter menor do fêmur. A
função desse músculo é flexionar a coxa. Quadrado do lombo Esse músculo tem uma forma quadrilátera, com
maior largura na parte inferior. O músculo quadrado do lombo se origina de fibras do ligamento iliolombar e da
crista ilíaca e se insere na margem inferior da décima segunda costela, e por quatro tendões que se ligam as quatro
primeiras vértebras lombares. A ação desse músculo aproxima a última costela da pelve, inclina lateralmente a
coluna lombar e auxilia na expiração.
• Músculos da pelve: Os músculos da pelve são o levantador do ânus, coccígeo, obturador interno e piriforme. O
diafragma da pelve, formado pelos músculos levantador do ânus e coccígeo com as suas fáscias musculares, tem
a função dar sustentação às vísceras pélvicas.

• Obturador interno: É um músculo alongado, situado entre o ísquio e a extremidade proximal do fêmur. O
obturador interno se origina na espinha isquiática e na membrana obturatória e se insere no trocânter maior. A
ação desse músculo faz rotação externa da coxa.
• Piriforme: É um músculo em forma de pera localizado na região glútea, acima do obturador interno. Esse músculo
pode comprimir o nervo ciático, pois o nervo passa por trás dele, causando a dor do ciático. O músculo piriforme
se origina na face ventral do osso sacro, lateralmente aos três últimos forames sacrais anteriores e se insere no
trocânt.

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• Músculos do períneo: No períneo se observam os orifícios externos dos sistemas urinário, genital e digestivo.
Nesse local, na região de pele, encontra-se uma cicatriz natural, rafe mediana (rafe perineal, rafe testicular).
Adiante do ânus a rafe se alarga, sendo denominada de corpo perineal. Nessa região, observam-se dois planos que
são superficial e profundo. No plano superficial se encontram dois músculos: o isquiocavernoso e o
bulboesponjoso. O plano profundo se observam dois músculos: o esfíncter externo da retra e o transverso
profundo do períneo.

Músculos do períneo - Plano superficial

• Isquiocavernoso
• Bulboesponjoso
• Esfíncter externo da uretra
• Transverso profundo do períneo

Músculos dos membros superiores

Os músculos dos membros superiores vão dar a sustentação e movimentar os braços. Nesse sentido, as regiões de
ombros, braços, antebraços e mãos precisam ser descritas. Os músculos dos ombros são deltóide, supra-espinhal,
infra-espinhal, redondo menor, redondo maior e subescapular.

Os músculos do braço são o bíceps, tríceps, coracobraquial e braquial. Os músculos do antebraço são pronador
redondo, pronador quadrado, flexor superficial, flexor profundo, flexor ulnar do carpo, flexor radial do carpo, palmar
longo, flexor longo do polegar, braquioradial, extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo, extensor
ulnar do carpo, extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo, supinador, abdutor longo do polegar, extensor curto
do polegar, extensor longo do polegar, extensor próprio do polegar (extensor do índex). Os músculos da mão são o
abdutor curto do polegar, flexor curto do polegar, oponente do polegar, adutor do polegar, palmar curto, abdutor do
dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo, oponente do dedo mínimo, lumbricais e interósseos.

Os músculos dos ombros

• Deltóide: É um músculo volumoso, de formato triangular, que lembra uma asa delta. O deltóide tem origem na
lateral da clavícula, no acrômio e na espinha da omoplata, depois as suas fibras convergem em direção caudal indo
se inserir na tuberosidade deltóidea no úmero. O músculo deltóide é inervado pelo nervo axilar. A ação desse
músculo realiza a abdução, flexão e extensão do braço.
• Supraespinhal: É um dos músculos que faz parte do manguito rotador, estrutura importante na sustentação,
estabilização e movimentação do ombro. Os músculos que compõem o manguito rotador são o subescapular,
supraespinhal, infraespinhal e redondo menor. O músculo supraespinhal se origina na fossa supraespinhal da
escápula e depois converge através de um tendão, indo se inserir na faceta superior do tubérculo maior do úmero.
A ação desse músculo causa a abdução do braço, mas também de forma discreta, a rotação lateral e flexão.
• Infraespinhal: É um dos músculos que faz parte do manguito rotador. O infraespinhal tem formato triangular e
se origina na fossa infraespinhal na face posterior da escápula. As fibras desse músculo convergem para um tendão
e se inserem na faceta média do tubérculo maior do úmero. O músculo infraespinhal é inervado pelo nervo
supraescapular. A ação desse músculo colabora na rotação lateral do braço.
• Redondo menor: Esse músculo tem forma alongada e faz parte do manguito rotador. O redondo menor se origina
na face posterior da borda lateral da escápula, depois suas fibras convergem para um tendão indo se inserir na
faceta inferior do tubérculo maior do úmero. O músculo redondo menor é inervado pelo nervo axilar.A ação
desse músculo promove a rotação lateral do braço, além de apresentar uma leve capacidade de adução.
• Redondo maior: É um músculo situado abaixo do redondo menor e que se origina no ângulo inferior da escápula.
Depois as fibras do músculo formam um tendão que vai se inserir no tubérculo menor do úmero. A ação desse
músculo promove a adução, extensão e rotação medial do braço.

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• Subescapular: É um músculo grande e triangular que se origina na fossa subescapular, localizada na face ventral
da omoplata. As fibras desse músculo formam um tendão que se insere no tubérculo menor do úmero. A ação
desse músculo promove a rotação medial do braço, além de colaborar na flexão, extensão, abdução e adução.

Músculos do braço

• Bíceps: Esse músculo é alongado, localizado na parte anterior do braço. O bíceps braquial apresenta duas cabeças
de origem. Essas cabeças são denominadas de porção longa e porção curta. A porção longa tem origem na
tuberosidade supraglenoidal e a porção curta tem origem no processo coracóide. Os dois ventres musculares se
unem e se direcionam para baixo, indo se inserir na tuberosidade do rádio. A ação desse músculo promove a flexão
e a supinação do antebraço.
• Tríceps: É um músculo grande que apresenta três cabeças. Esses três ventres (cabeças) são denominados de
porção medial, porção lateral e porção longa. A porção medial se origina na face posterior do corpo do úmero. A
porção lateral se origina na face posterior do úmero, acima da porção medial. A porção longa se origina no
tubérculo infraglenóidal. As três porções se juntam, formando um forte tendão, que termina se inserindo no
olécrano da ulna. A ação desse músculo realiza a extensão do antebraço e a adução do braço.
• Coracobraquial: Esse músculo é menos volumoso que o bíceps e o tríceps braquial. O coracobraquial tem origem
no processo coracóide da escápula e se insere através de um tendão no terço médio da margem medial do úmero.
A ação desse músculo realiza a flexão e adução do braço.
• Braquial: Esse músculo fica situado atrás do bíceps braquial. O braquial se origina na metade distal da face anterior
do úmero, indo se inserir na tuberosidade da ulna e no processo coronóide. A ação desse músculo realiza a flexão
do antebraço.

Músculos do antebraço Região anterior - Plano superficial

• Pronador redondo: Esse músculo apresenta duas origens, uma umeral e outra ulnar. A porção umeral se origina
nas proximidades do epicôndilo medial e dos tendões de outros músculos da região. A porção ulnar se origina na
face medial do processo coronóide da ulna. As duas porções se estendem ao longo do antebraço e formam um
tendão que se insere no lado lateral do corpo do rádio. A ação desse músculo realiza a pronação da mão.

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• Flexor radial do carpo: Esse músculo fica situado a medial do músculo pronador redondo. O flexor radial do carpo
se origina do epicôndilo medial e se dirige ao longo do antebraço indo se inserir no corpo do segundo e do terceiro
osso do metacarpo. A ação desse músculo realiza a flexão e a abdução da mão.
• Palmar longo: Músculo que se situa a medial do flexor radial do carpo. O palmar longo se origina no epicôndilo
medial do úmero, segue ao longo do antebraço, formando um tendão que se insere na aponeurose palmar. A ação
desse músculo realiza a flexão da mão.
• Flexor ulnar do carpo: Esse músculo está situado sobre a ulna e apresenta duas origens. A porção umeral se origina
do epicôndilo medial do úmero. A porção ulnar se origina do olécrano e da margem dorsal do terço proximal da
ulna por uma aponeurose comum a outros músculos da região. O flexor ulnar do carpo se insere no osso pisiforme,
no hamato e no quinto osso do metacarpo. A ação desse músculo realiza a flexão e a adução da mão.
• Flexor superficial dos dedos: Esse músculo é longo (maior do plano superficial) e apresenta três porções. A porção
umeral se origina no epicôndilo medial do úmero. A porção ulnar se origina no processo coracóide. A porção radial
se origina na linha oblíqua do rádio. O tendão do flexor superficial dos dedos se divide em dois evai se inserir
aos lados da segunda falange. A ação desse músculo movimenta as segundas falanges, através da flexão.

Região anterior - Plano profundo

• Flexor profundo dos dedos: Esse músculo se situa ao lado da ulna. O flexor profundo dos dedos se origina na
proximal do corpo da ulna e no processo coracóide. Esse músculo termina se dividindo em quatro tendões que
se inserem nas bases das últimas falanges. A ação desse músculo realiza a flexão das falanges distais.
• Flexor longo do polegar: Esse músculo está situado na lateral do antebraço (relação com o rádio). O flexor longo
do polegar se origina no corpo do rádio (face volar) e se estende para baixo até a linha oblíqua. Ainda se origina
de um feixe muscular nas proximidades do processo coronóide ou do epicôndilo medial do úmero. Esse músculo
se insere na falange distal do polegar. A ação desse músculo realiza a flexão da falange distal do polegar.
• Pronador quadrado: É um pequeno músculo de forma quadrangular que se origina na face palmar do corpo da
ulna, na distal da ulna e na aponeurose da região. O pronador quadrado vai se inserir na face palmar do corpo do
rádio e na incisura ulnar do rádio. A ação desse músculo faz a pronação da mão.

Região posterior - Plano superficial

• Braquiorradial: É denominado de longo supinador, sendo o músculo mais superficial da lateral do antebraço. O
braquiorradial se origina na crista supracondilar do úmero e do septo intermuscular e se insere no processo
estilóide do rádio. A ação desse músculo realiza a flexão do antebraço.
• Extensor radial: longo do carpo Esse músculo fica parcialmente encoberto pelo braquirradial. O extensor radial
longo do carpo se origina na crista supracondilar lateral do úmero e das fibras do tendão comum com os

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músculos extensores. Depois termina seguindo ao longo do antebraço para se inserir na base do segundo osso
metacárpico. A ação desse músculo realiza a extensão e abdução da mão.
• Extensor radial curto do carpo: É um músculo que se localiza abaixo do extensor radial longo do carpo. O extensor
radial curto do carpo se origina no epicôndilo lateral do úmero. Em seguida, dirige-se a região de metacarpo, onde
se insere na cabeça do terceiro metacárpico. A ação desse músculo causa a extensão e a abdução da mão.
• Extensor dos dedos: Esse músculo é também chamado de extensor comum dos dedos. O extensor dos dedos se
origina principalmente no epicôndilo lateral do úmero e na fáscia antibraquial. Segue seu trajeto para se inserir
através dos quatro tendões nos quatro últimos dedos. A ação desse músculo realiza a extensão das falanges e do
pulso.
• Extensor do dedo mínimo: Esse músculo fica localizado na medial do extensor dos dedos. O extensor do dedo
mínimo se origina no tendão extensor comum. Em seguida, dirige-se até se inserir nas falanges média e distal do
dedo mínimo. A ação desse músculo realiza a extensão do dedo em apreço.
• Extensor ulnar do carpo Está localizado na face medial (ulnar) do antebraço. O extensor ulnar do carpo se origina
no epicôndilo lateral do úmero e se insere na base do quinto osso metacárpico. A ação desse músculo realiza a
extensão e adução da mão.

Região posterior - Plano profundo

• Supinador: Esse músculo está localizado em torno da proximal do rádio. O supinador é formado por dois planos
musculares, o superficial e o profundo, que tem origem do epicôndilo lateral do úmero, do ligamento colateral e
do ligamento anular. As fibras seguem o trajeto para se inserir na tuberosidade do radio, na linha oblíqua do radio
e entre essa e a cabeça do osso. A ação desse músculo realiza a supinação da mão.
• Abdutor longo do polegar: Esse músculo fica a distal do músculo supinador. O abdutor longo do polegar se origina
na face posterior do corpo da ulna, em seguida o tendão se insere no lado radial do primeiro osso metacárpico. A
ação desse músculo permite a abdução do polegar e do pulso.
• Extensor curto do polegar: Esse músculo está situado internamente ao músculo abdutor longo do polegar. O
extensor curto do polegar se origina na face posterior do corpo do rádio e na membrana interóssea e se insere
na base da falange proximal do polegar. A ação desse músculo executa a extensão da falange proximal do polegar
e a abdução da mão.
• Extensor longo do polegar: Esse músculo recobre parte do extensor curto do polegar. O extensor longo do polegar
se origina nas proximidades da parte média do corpo da ulna, em sua face posterior e termina em um tendão que
se insere na base da falange distal do polegar. A ação desse músculo realiza a extensão da falange distal do polegar
e a abdução da mão.

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• Extensor próprio do polegar (extensor do índex): Está situado na parte interna e paralelo ao extensor longo do
polegar. O extensor índex se origina na face posterior do corpo da ulna e seu tendão se insere no tendão do
extensor dos dedos. A ação desse músculo realiza a extensão e a adução do dedo indicador.

Músculos da mão

Na palma da mão observam-se três regiões: tênar, média e hipotênar. A região tênar se refere às proximidades do
polegar, a região média as raízes dos dedos indicador, médio e anelar. A região hipotênar está relacionada ao dedo
mínimo.

Músculos da mão - Região tênar

• Abdutor curto do polegar Esse músculo é o mais lateral dos músculos da região tênar. O abdutor curto do polegar
se origina no escafóide e no trapézio e se insere na falange proximal do polegar. A ação desse músculo realiza a
abdução do polegar.
• Flexor curto do polegar Esse músculo está situado a medial do abdutor curto do polegar e apresenta duas partes,
lateral e medial. O flexor curto do polegar se origina no trapézio e se insere na falange proximal do polegar. A ação
desse músculo realiza a flexão e a adução do polegar.
• Oponente do polegar: Esse músculo permite que se executem os movimentos manuais mais delicados. O
oponente do polegar se origina no osso trapézio e se insere no primeiro osso metacárpico. A ação desse músculo
realiza a abdução, flexão levando o polegar em direção à palma da mão.
• Adutor do polegar: Esse músculo biventre (cabeça oblíqua e cabeça transversa), é o mais profundo da região tênar.
A cabeça oblíqua se origina no segundo osso metacárpico, no capitato e no trapezoide e se insere através de um
tendão na falange proximal do polegar. A cabeça transversa se origina no terceiro osso metacárpico e se insere no
flexor curto que se prende na base da falange proximal do polegar. A ação desse músculo executa a adução do
polegar.

Músculos da mão - Região média

• Lumbricais: São quatro músculos que estão envolvidos ao tendão do flexor profundo dos dedos e vão se fixar
nos tendões do músculo extensor dos dedos. A ação desse músculo realiza a flexão das articulações entre o
metacarpo e as falanges proximais.
• Interósseos: Estão localizados nas fendas entre os ossos do metacarpo. Os interósseos se originam nos ossos
metacárpicos e se inserem nos tendões do músculo extensor dos dedos. A ação desse músculo realiza a adução
dos dedos e flexiona a articulação entre o metacarpo e as falanges proximais.

Músculos da mão - Região hipotênar

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• Palmar curto: Músculo fino e quadrangular que se coloca do lado ulnar da mão. O palmar curto se origina do
ligamento transverso do carpo e se insere na borda medial da mão. A ação desse músculo realiza a contração da
pele da margem medial (relação com a ulna e dedo mínimo) da mão em direção ao centro da palma.
• Abdutor do dedo mínimo: Está localizado na margem interna da mão (relação com a ulna e dedo mínimo). O
abdutor do dedo mínimo se origina no osso pisiforme e se insere na falange proximal do dedo mínimo. A ação
desse músculo realiza a abdução do dedo mínimo e a flexão da primeira falange.
• Flexor curto do dedo mínimo: Esse músculo fica localizado na lateral do abdutor do dedo mínimo. O flexor curto
do dedo mínimo se origina no osso hamato e se insere na falange proximal do dedo mínimo. A ação desse músculo
realiza a flexão do dedo mínimo.
• Oponente do dedo mínimo: Esse músculo tem forma triangular e fica num plano mais profundo que os outros
músculos da região hipotênar. O oponente do dedo mínimo se origina no osso hamato e se insere no quinto
metacárpico. A ação desse músculo realiza a abdução, flexão do quinto metacárpico, aproximando o dedo mínimo
ao dedo polegar.

Músculos do membro inferior

Músculos da região ilíaca Psoas maior Já descrito anteriormente. Psoas menor Já descrito anteriormente. Ilíaco Já
descrito anteriormente.

Músculos da região glútea

• Glúteo máximo: É o músculo mais externo da região, também mais volumoso e grosso, que possui forma
quadrangular e é muito importante na manutenção do corpo ereto. O glúteo máximo se origina na linha glútea
posterior do ílio, parte inferior do osso sacro, da margem do osso cóccix e ligamento. A inserção se dá na fáscia
lata e na tuberosidade glútea. A ação desse músculo realiza a extensão, rotação lateral da coxa.
• Glúteo médio: É um músculo espesso situado por baixo do glúteo máximo. O glúteo médio se origina entre as
linhas glúteas anterior e posterior e se insere na crista oblíqua nas proximidades do trocânter maior do fêmur. A
ação desse músculo realiza a abdução e rotação media da coxa.

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• Glúteo mínimo: É menos volumoso dos três músculos glúteos. O glúteo mínimo tem forma de leque e se origina
entre as linhas glúteas anterior e inferior do osso do quadril. A ação desse músculo executa a rotação medial,
abdução e flexão da coxa.
• Piriforme: Já descrito anteriormente
• Obturador interno: Já descrito anteriormente.
• Obturador externo: Esse músculo apresenta uma forma triangular e se localiza no contorno do forame obturado.
O obturador externo se origina na face medial do forame obturado e na membrana obturadora e se insere na
fossa trocantérica do fêmur. A ação desse músculo realiza a rotação lateral da coxa.
• Gêmeo superior: Esse músculo é bem delgado situado paralelo ao tendão do obturador interno. O gêmeo superior
se origina na espinha do ísquio e se insere no trocânter maior do fêmur. A ação desse músculo realiza a rotação
lateral da coxa. Gêmeo inferior Esse músculo é um pouco maior que o seu precedente superior. O gêmeo inferior
se origina no túber isquiático, depois se une ao obturador interno e o tendão se insere no trocânter maior do
fêmur. A ação desse músculo realiza a rotação lateral da coxa.
• Quadrado do fêmur: Esse músculo é denominado também de quadrado da coxa ou quadrado crural e se localiza
entre o gêmeo inferior e o adutor magno. O quadrado femoralse origina na margem externa do túber isquiático
e se insere na linha quadrada (proximidades da crista intertrocantérica). A ação desse músculo rotaciona
lateralmente a coxa.

Músculo da coxa - Músculos anteriores

• Sartório: Esse músculo é o mais longo do sistema muscular e suas fibras seguem uma direção diagonal da lateral
da região glútea até a face interna do joelho. Os sartórios (direito e esquerdo) vistos em conjunto lembram a letra
“V”, pois convergem para o centro. Esse músculo se origina na espinha ilíaca superior e anterior e se insere junto
com os tendões dos músculos grácil e semitendíneo. A ação desse músculo realiza a flexão e rotação lateral da
coxa.
• Quadríceps femoral: O quadríceps femoral é formado por quatro músculos que são o reto femoral, o vasto lateral,
o vasto medial e o vasto intermédio. A ação conjunta desses músculos realiza a extensão do joelho. Reto femoral
Músculo peniforme que se localiza no centro longitudinal da região anterior da coxa. O reto femoral se origina na
espinha ilíaca ântero-inferior, depois desce, forma um tendão que se insere na patela. A ação desse músculo com
os outros músculos do quadríceps femoral realiza a extensão do joelho. O reto femoral executa a flexão do quadril.

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• Vasto lateral: Músculo mais calibroso do quadríceps. O vasto lateral se origina no trocânter maior do fêmur e na
linha áspera, em seguida acompanha a lateral do osso fêmur e seu tendão se insere na borda lateral da patela. A
ação desse músculo com os outros músculos do quadríceps femoral realiza a extensão do joelho. O vasto lateral
realiza a rotação lateral do quadril.
• Vasto medial: Músculo mais medial do quadríceps. O vasto medial se origina na linha áspera e na linha espiral,
depois as fibras seguem acompanhando o fêmur e o seu tendão se insere na borda medial da patela. A ação desse
músculo com os outros músculos do quadríceps femoral realiza a extensão do joelho. O vasto medial está
envolvido na rotação medial do quadril.
• Vasto intermédio: Esse músculo fica por baixo de reto femoral. O vasto intermédio se origina na linha áspera do
fêmur, em seguida as fibras descem acompanhando o fêmur, e o seu tendão se insere na parte profunda do tendão
do quadríceps femoral. A ação desse músculo com os outros músculos do quadríceps femoral realiza a extensão
do joelho.
• Tensor da fáscia lata: Esse músculo também é denominado de tensor da fáscia femoral. O tensor da fáscia lata
se origina da crista ilíaca, da espinha ilíaca ântero-superior e da incisura entre o glúteo médio e o sartório. Esse
músculo se insere na faixa iliotibial da fáscia lata no terço proximal da coxa. A ação desse músculo realiza a flexão
e rotação medial da coxa.

Músculos da região medial da coxa

• Grácil: Músculo que fica num plano mais superficial. O músculo grácil se origina na margem inferior da pube, em
seguida, as fibras seguem o trajeto até a formação de um tendão que se insere na proximal da face interna da
tíbia, num tendão conjunto aos músculos sartório e semitendíneo. A ação desse músculo realiza a adução da coxa
e flexão da perna.
• Pectíneo: Esse músculo tem formato quadrangular que se situa na extremidade proximal do fêmur. O músculo
pectíneo se origina na linha pectínea do osso do quadril até a linha pectínea do fêmur. A ação desse músculo
realiza a flexão, adução e rotação medial da coxa.
• Adutor longo: Esse músculo fica num plano mais superficial que os outros adutores. O adutor longo se origina no
corpo do osso da pube, em seguida o músculo descende acompanhando a lateral do fêmur e o seu tendão vai se
inserir na linha áspera do fêmur. A ação desse músculo realiza a adução, flexão e rotação medial da coxa.
• Adutor curto: Está localizado por trás dos músculos pectíneo e adutor longo. O adutor curto se origina no ramo
inferior da pube, em seguida forma dois feixes musculares. Um dos feixes se insere num dos ramos da linha áspera
(o mais lateral) e o outro, acima dessa linha. A ação desse músculo realiza adução, flexão e rotaçãomedial
da coxa.
• Adutor magno: Esse músculo também é chamado de grande adutor, está situado por trás dos adutores longo e
curto. O adutor magno se origina no túber isquiático e no ramo isquiopúbico e se insere no tubérculo do adutor
no côndilo medial do fêmur. A ação desse músculo realiza a adução e extensão da coxa.

Músculos da região posterior da coxa

• Bíceps femoral: É um importante músculo da região posterior da coxa. O bíceps femoral apresenta duas cabeças.
A cabeça longa se origina no túber isquiático e a cabeça curta nasce na linha áspera do fêmur. Ambas as cabeças
vão se inserir na cabeça da fíbula e no côndilo lateral da tíbia. A ação desse músculo realiza a flexão do joelho e
extensão da coxa na articulação do quadril.
• Semimembranáceo: Localiza-se na região posteroinferior da coxa. O músculo semimembranáceo se origina no
túber isquiático do osso do quadril e se insere no côndilo medial da tíbia. A ação desse músculo realiza a flexão do
joelho e extensão do quadril.
• Semitendíneo: É um dos músculos longos situados no compartimento posterior da coxa. O semitendíneo se origina
no túber isquiático do osso do quadril e se insere na região proximal da face interna do corpo da tíbia. A ação
desse músculo realiza a flexão do joelho e extensão na articulação do quadril.

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Músculos da região crural anterior

• Tibial anterior: Esse músculo está localizado na região ântero-lateral da perna. O tibial anterior se origina do
côndilo lateral da tíbia e da face proximal do corpo da tíbia e se insere no primeiro osso metatársico. A ação desse
músculo realiza a flexão, adução e inversão do pé (planta do pé voltada para medial).
• Extensor longo do hálux Esse músculo é também chamado de extensor próprio do primeiro dedo, localiza-se entre
o tibial anterior e o extensor longo dos dedos. O extensor longo do hálux se origina na face anterior da fíbula e da
membrana interóssea e se insere na falange distal do hálux (dedão). A ação desse músculo realiza extensão do
hálux e flexão do pé (dorsiflexão)
• Extensor longo dos dedos: É um músculo peniforme, semelhante ao reto femoral. O extensor longo dos dedos
se origina no côndilo lateral da tíbia e se insere através de um tendão que se divide em quatro partes. Cadaparte
vai se fixar nas falanges medias e distais dos quatro últimos dedos. A ação desse músculo realiza a extensão dos
quatro últimos dedos e também faz a flexão e pronação do pé. Músculos da região crural posterior
- Grupo superficial
• Gastrocnêmio: Esse músculo é o mais superficial e o mais volumoso dos músculos posteriores. O gastrocnêmio
se origina através de duas porções que são medial e lateral. A porção lateral (gêmeo externo) nasce no côndilo
lateral e na face dorsal do fêmur. A porção medial (gêmeo interno) é mais volumosa e se origina no côndilo medial
e partes próximas do fêmur. Os dois ventres do músculo seguem ao longo da perna e se juntam em um tendão
único, o tendão do gastrocnêmio ou tendão calcanear (tendão de Aquiles) que se insere na superfície posterior do
osso calcâneo. A ação desse músculo realiza a flexão da planta do pé, além de executar a flexão da perna e
supinação do pé.
• Sóleo: Esse músculo tem uma forma plana que fica abaixo do gastrocnêmio. O sóleo se origina na cabeça da fíbula,
do corpo da fíbula, da linha poplítea e da borda interna da tíbia. Abaixo, esse músculo se insere no tendãodo
gastrocnêmio, formando o tendão calcanear. A ação desse músculo realiza a flexão plantar.
• Plantar: O músculo em questão se localiza entre o gastrocnêmio e o sóleo. Esse músculo tem como característica
um ventre muscular curto, de aproximadamente 10 cm, e longo e delgado tendão. O músculo plantar se origina
no côndilo lateral do fêmur e se insere na parte dorsal do calcâneo. A ação desse músculo realiza a flexão plantar
e da perna. Músculos da região crural posterior - Grupo profundo

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• Poplíteo: É um músculo pequeno e triangular que fica no soalho da fossa poplítea. O músculo poplíteo se origina
do côndilo lateral do fêmur e do ligamento oblíquo do joelho e se insere na face posterior da tíbia. A ação desse
músculo realiza a flexão e rotação medial da perna.
• Flexor longo do hálux: Esse músculo está posicionado na lateral da perna, tendo relação com a fíbula. O flexor
longo do hálux se origina da distal da face posterior da fíbula e se insere na base da falange distal do hálux. A ação
desse músculo executa a flexão da falange distal, faz flexão e supinação do pé.
• Flexor longo dos dedos: Esse músculo também chamado de flexor comum ou flexor tibial localiza-se no lado
interno da perna. O flexor longo dos dedos se origina na face dorsal do corpo da tíbia, em seguida o músculo forma
quatro tendões que se inserem nas falanges distais dos quatro últimos dedos. A ação desse músculo realiza a
flexão das falanges distais dos quatro últimos dedos e também, a flexão plantar.
• Tibial posterior: Esse músculo é o mais profundo da região e está localizado entre o flexor longo do hálux e o flexor
longo dos dedos e também, entre a tíbia e a fíbula. O tibial posterior se origina na face dorsal da membrana
interóssea e se insere no osso navicular. A ação desse músculo realiza a supinação e flexão do pé.

Músculos da região lateral crural

• Fibular longo: Esse músculo é maior que o fibular curto e é mais superficial também. O músculo fibular longo se
origina na cabeça e no terço superior da fíbula, em seguida, desce ao longo do osso, o seu tendão passa por trás
do maléolo lateral e vai se inserir na face posterior do primeiro osso metatársico. A ação desse músculo permite a
pronação e flexão (eversão) plantar.
• Fibular curto: Esse músculo é mais curto e menor que o fibular longo e fica por baixo dele. O fibular curto se origina
no terço médio da fíbula, em seguida continua ao longo do osso e forma um longo tendão que passa por trás do
maléolo lateral para se inserir na face posterior do quinto osso metatársico. A ação desse músculo realiza a
pronação e flexão plantar.

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Músculo região dorsal do pé

• Extensor curto dos dedos: É um músculo largo que apresenta sua origem na face distal e lateral do calcâneo,
depois segue de forma oblíqua pelo dorso do pé, terminando em quatro tendões. O primeiro tendão se insere na
falange proximal do hálux e os outros três se inserem lateralmente aos tendões do segundo, terceiro e quarto
dedos do extensor longo. A ação desse músculo realiza a extensão das falanges proximais dos quatro primeiros
dedos.

Músculos da região plantar - Plano superficial

• Abdutor do hálux: Esse músculo se localiza na margem interna do pé. O abdutor do hálux se origina na
tuberosidade do calcâneo e se insere na base da falange proximal do hálux. A ação desse músculo executa a
abdução do hálux.
• Flexor curto dos dedos: Esse músculo está localizado no centro da planta do pé. O flexor curto dos dedos se origina
através de um tendão da tuberosidade do calcâneo e da aponeurose plantar e se insere no centro das faces laterais
das falanges médias dos últimos dedos. A ação desse músculo realiza a flexão das falanges médias dos quatro
últimos dedos.
• Abdutor do dedo mínimo: Esse músculo está situado na extensão da margem externa do pé. O abdutor do dedo
mínimo se origina na tuberosidade do calcâneo e da aponeurose plantar e o seu tendão se insere na base da
falange proximal do dedo mínimo através da fusão com o tendão do músculo flexor curto do dedo mínimo. A ação
desse músculo realiza a abdução do dedo mínimo.

Músculos da região plantar - Plano médio

• Quadrado plantar: Esse músculo está situado acima do flexor curto dos dedos. O quadrado plantar se origina de
duas porções: cabeça medial e cabeça lateral. A cabeça medial é mais longa e nasce na face interna do osso
calcâneo e a cabeça lateral tem origem na margem lateral da face inferior do osso calcâneo. Em seguida as duas
cabeças se unem, formam uma fita fibrosa que se insere no tendão do músculo flexor dos dedos. A ação desse
músculo realiza a flexão das falanges distais dos quatro últimos dedos.
• Lumbricais: São quatro pequenos músculos que se prendem aos dedos. Os músculos lumbricais do pé se originam
dos tendões do músculo flexor longo dos dedos e se inserem nas faces posteriores das falanges proximais através
do tendão do músculo extensor longo dos dedos. A ação desse músculo realiza a flexão das falanges proximais e
a extensão das falanges distais dos quatro últimos dedos do pé.

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Músculos da região plantar - Plano profundo

• Flexor curto do hálux: Esse é um pequeno músculo situado na terceira camada de músculos da região plantar. O
flexor curto do hálux se origina na face inferior do osso cubóide, do cuneiforme lateral e do tendão do músculo
tibial anterior. Esse músculo segue o seu trajeto e o seu tendão se insere na base da falange proximal do hálux. A
ação desse músculo realiza a flexão da falange proximal do hálux.
• Adutor do hálux: Esse músculo apresenta dois ventres que são porção oblíqua e porção transversa. A porção
oblíqua segue o trajeto de forma oblíqua na planta do pé se originando do segundo, terceiro e quarto ossos
metatársicos e se insere na base da falange proximal do hálux, através do tendão do músculo flexor curto do hálux.
A porção transversa, mais estreita, cruza transversalmente a planta do pé, origina-se dos ligamentos da articulação
metatarsofalângicas dos três últimos dedos e se inserem na base da falange proximal do hálux. A ação desse
músculo realiza a adução do hálux.
• Flexor curto do dedo mínimo: Está localizado nas proximidades do dedo mínimo. O flexor curto do dedo mínimo
se origina na base do quinto osso metatársico e seu tendão se insere na base da falange proximal do dedo mínimo.
A ação desse músculo realiza a flexão da falange proximal do dedo mínimo.

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