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ANATOMIA

Ivaldo Coelho Carmo


APRESENTAÇÃO

A Disciplina Anatomia no Curso de Educação Física é de fundamental importância


pôs a mesma está relacionada com o conhecimento das diversas atividades que hoje atua o
profissional de educação física.

Os conhecimentos do Aparelho cárdio-respitatório se tornam necessários para se


trabalhar com as atividades biomédicas, pois o rendimento humano muito tem melhorado com
a melhor forma de ofertar o oxigênio para as atividades físicas. Destacamos também o
conhecimento do Sistema Digestivo que se associa a esses para ofertar nutrientes, como também
o urinário que vem a ser o controlador da permanência ou não de substâncias no nosso
organismo.

Passaremos pelo estudo do Sistema Nervoso que é o controlador de todas as ações


vitais, sejam elas conscientes ou inconscientes. Veremos também o Sistema Endócrino com as
sua modificações hormonais vindas com a idade e com a prática de atividade física

Lembramos aqui que o Aparelho Locomotor é constituído pela junção dos Sistemas
ósseo, articular e muscular, formando desde as unidades funcionais, a os mais complexos dos
movimentos corporais.Este aparelho é o responsável pelos movimentos entre as partes
articuladas (Segmentos Corporais), bem como, pela manutenção das posturas estática e
dinâmica.

Os elementos estruturais/funcionais do Aparelho Locomotor possibilitam também


o exercício de forças sobre objetos externos como uma bola nas atividades esportivas, bem
como, sobre os órgãos internos como os Pulmões na mecânica respiratória. O esqueleto define
a forma geral do nosso corpo diferenciando-o do de um quadrúpede ou do de uma ave e os
músculos juntamente com o tecido subcutâneo, determinam particularidades de contorno do
nosso corpo.

O corpo humano possui uma divisão em partes e as mesmas, denominamos


segmentos corporais, os quais são movidos pela ação dos músculos sobre ossos e as
articulações. Iremos perceber claramente que os músculos são os elementos ativos do
movimento agindo sobre ossos e articulações que vêem a ser os elementos passivos.

Temos três tipos de músculos no nosso organismo e os músculos responsáveis pelo pela
motricidade humana são os estriados esqueléticos e os mesmos junto com o esqueleto, formam
um conjunto único e inseparável, o Aparelho Locomotor.

Os Estudantes de Educação Física devem se esforçar ao máximo para o domínio


dos conhecimentos desta Disciplina, pois os mesmos, estão relacionados com todos os ramos
de atuação do profissional de Educação Física.

Professor Ivaldo Coelho Carmo


ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO DA ANATOMIA E DO CORPO HUMANO

A Anatomia e a Fisiologia são subdivisões da biologia que é a ciência que estuda os


seres vivos (animal e vegetal).
Anatomia: Estuda a estruturas e suas relações
Fisiologia: Estudo do funcionamento
Em geral a função esta relacionada com a estrutura.
Subdivisões da Anatomia
Anatomia microscópica: # Citologia
# Histologia
Anatomia macroscópica: #Antomia humana - estrutural do corpo
humano
#Anatomia comparada –
diferenças e semelhanças
#Anatomia do desenvolvimento – Embriologia
#Antomia patológica – deformidades por doenças
Fisiologia celular – homeostase
Fisiologia humana – funções orgânicas diversas
Fisiologia comparada – diferenças e semelhanças do funcionamento
Fisiologia patológica – euncionamento no envelhecimento ou doença
Agora vamos observar alguns questionamentos e refletir sobre a organização do nosso
corpo.
01. Todo ser vivo é formado por célula? O que voçê entende sobre este questionamento?
O vírus é um ser vivo por realizar atividades vitais, no entanto por não ter uma
estrutura definida, não é considerado uma célula. Para ser considerada uma célula é
necessário ter membrana, citoplasma e na maioria das vezes o núcleo.
02. Os vegetais unicelulares são as Bactérias, enquanto que os animais, são os
Protozoários. Como os seres unicelulares desempenham várias funções?
Essas células possuem as organelas que vêem a ser pequenos órgãos com
diferentes funções.
03. Existem também os seres multicelulares. Como os mesmos desempenham várias
funções?
Esses seres são formados por vários tipos de células e as mesmas se agrupam
com as suas semelhantes, daí cada grupo desses desenvolvem funções diferentes.
04. No nosso organismo, a reunião de células semelhantes para desenvolver uma função,
chama-se de tecidos. Temos quatro tipos básicos de tecidos do nosso corpo, que são:
Tecido Epitelial, Tecido Conjuntivo, Tecido Muscular e Tecido Nervoso.
05. Caracterize e exemplifique os Tecidos Epiteliais.
O que caracteriza o tecido epitelial, é que os mesmos são constituídos de células
justapostas (intimamente ligadas) o que os torna avascularizados e com células de vida
curta (células lábeis). Temos entre os tecidos epiteliais os seguintes:
5. 1. Epitelial de Revestimento: Revestimento do corpo (pele), Revestimento Interno
dos Órgãos (Mucosas – Bucal, Nasal, Vaginal, Gástrica etc.) e Epitelial de
Revestimento Externo dos Órgãos (Serosas – Pleura, Peritônio, Pericradio etc.).
5. 2. Epitelial Glandular – Tecido epitelial que se diferencia e forma a parte ativa
das glândulas.
5. 3. Epitelial Sensorial - Tecido epitelial que se diferencia em células capazes de
receber informações (Córnea do Olho, Membrana do Tímpano, Mucosa Olfatória)
06. Caracterize e exemplifique os Tecidos Conjuntivos.
O que caracteriza o tecido conjuntivo, é que os mesmos apresentam uma
substância intercelular que os caracterizam e temos os seguintes.
6. 1. Tecido Adiposo: Possui entre suas células a gordura
6. 2. Tecido Sanguíneo (Hematopoiético): Possui entre as suas células o O 2
e o CO2
6. 3. Tecido Ósseo: Possui entre as suas células os minerais.
07. Caracterize e exemplifique os Tecidos Musculares.
O que caracteriza os tecidos musculares é a presença de células alongadas
(Fibra) com a capacidade elástica, e temos temos os seguintes:
7.1. Tecido Muscular Liso – forma as vísceras
7. 2. Tecido Muscular Estriado Esquelético – músculos da motricidade
7. 3. Tecido Muscular Estriado Cardíaco - miocárdio
08. Caracterize e Exemplifique os Tecidos Nervosos.
O que caracteriza o tecido Nervoso é a presença de células especializadas em
captar estímulos e transmitir os impulsos que são na verdade energias que circundam
o nosso organismo.
09. Os tecidos se agrupam para formarem os Órgãos e esses irão desenvolver uma função
maior. Veremos abaixo alguns órgãos do seu conhecimento e suas funções.
9. 1. Coração: Bomba propulsora de sangue
9. 2. Estômago: Saco que promove a digestão do alimento
9. 3. Dente: Elemento rígido que perfura, tritura ou corta os alimentos.
9. 4. Osso: Elemento rígido que da a dureza característica e a sustentação aos
segmentos corporais
10. Sistema é o conjunto de órgãos que se agrupam, para realizarem determinadas funções.
As funções de um sistema estão diretamente relacionadas com os órgãos que os formam.
Veremos agora alguns sistemas do seu conhecimento e procuraremos identificar as
suas funções.
10. 1. Sistema Genital Feminino: Órgãos ligados à reprodução na mulher
10. 2. Sistema Respiratório: Ligados a absorção do oxigênio e eliminação do
gaz carbônico.
10. 3. Sistema Urinário: Ligado a produção e eliminação da urina
10. 4. Sistema Digestivo: Ligado a digestão e absorção dos alimentos
11. Temos também os Aparelhos que são a reunião de sistemas para executarem uma
função maior e temos os seguintes aparelhos:
11. 1. Aparelho Reprodutor Humano: União do Sistema Genital Masculino com
o Sistema Genital Feminino para gerarem o ser humano.
11. 2. Aparelho Locomotor: União dos Ossos, Articulações e músculos para a
motricidade humana.
12. Por último temos o Organismo que é o conjunto total de todos os elementos que
compõem o corpo humano.
13. Existem alguns autores que utilizam outra linha de raciocínio para a classificação de
sistemas e aparelhos. eles dizem:
Diversos órgãos reunidos podem formar aparelhos ou sistemas.
Sistema: é o conjunto de órgãos com predominância de um tecido.
Ex. sistema muscular(fibra muscular) e sistema nervoso(neurônio).
Aparelho: ë o conjunto de órgãos nos quais não há predominância de um só
tecido.
Ex. aparelho digestivo: os tecidos que constituem os dentes têm natureza
diferente dos tecidos da língua ou estômago( sebastião v. de castro. anatomia
funadamental).
14. Anatomicamente o corpo humano é dividido em:
Cabeça: crânio e face
Pescoço: cervical
Tronco: tórax e abdome (pelve)
Membros: Superiores (toráxicos) raiz - ombro
parte livre – braço, antebraço e mãos (dedos)
Inferiores: (pélvicos) raiz – quadril
parte livre – coxa, perna e pé(dedos)
15. Em Anatomia existe uma posição de estudo, que orienta todo o estudo da anatomia
humana. A ela chamamos de Posição Anatômica.
Posição Anatômica: Individuo em pé (ereto) com o olhar paralelo ao solo,
membros superiores estendidos ao lado do corpo com a palma das mãos
voltadas pra frente e os membros inferiores afastados com os pés pra frente na
linha dos ombros (fig. abaixo).
16. Existem também os Planos Anatômicos convencionais de secção do corpo que orientam
a dissecação e conseqüentemente os estudos em anatomia e são eles os seguintes:

Plano Sagital. Qualquer plano de secção vertical


que intercepta no sentido antero-posterior e divide o
indivíduo em uma parte direita e outra esquerda. O
plano sagital que secciona a linha média do corpo é
chamado de Plano Mediano.

Plano Frontal(Coronal). Qualquer plano de


secção vertical que intercepta no sentido látero-lateral
e divide o indivíduo em uma parte anterior e outra
posterior.

Plano Transversal(Horizontal): Qualquer plano


de secção transversal que intercepta e divide o
indivíduo em uma parte superior e outra inferior

17. Agora na tabela abaixo, vamos identificar termos que serão comumente utilizados no
nosso estudo.

Termo Definição Exemplo


superior(cranial/cefálico) Em direção a cabeça o tórax é superior ao abdômen
inferior(caudal) Em direção aos pés a perna é inferior a coxa
anterior(ventral) Em direção a parte anterior o umbigo está na face anterior do corpo
posterior(dorsal) Em direção a parte posterior os rins são posteriores ao intestino
Mediano Em direção a linha mediana do corpo o coração é mediano ao pulmão
Lateral Em direção ao lado do corpo as orelhas são laterais a cabeça
interno(profundo) Em direção a parte mais interna ao corpo o cérebro é interno ao crânio
externo(superficial) Em direção a parte mais superficial ao a pele é externa aos músculos
corpo
proximal(próximo) Em direção a raiz dos membros o joelho é proximal em relação ao pé
distal(distante) Em direção a extremidade do corpo o antibraço é distal em relação ao braço
intermédia(meio) localizado entre falanges intermédias
Visceral Em relação aos órgãos pleura visceral
Parietal Em relação à parede do corpo pleura parietal
ascendente/descendente direção para planos superiores/direção veias são ascendentes no membro
para planos inferiores inferior / artérias são descendente

SISTEMA NERVOSO
TECIDO NERVOSO:
A base de Neurônio o tecido nervoso atua com uma estrutura sensível de percepção à
vários estímulos que se originam fora ou no interior do organismo. Ao ser estimulado, esse
tecido percebe e transforma este estímulo em impulso nervoso conduzindo-os pelo nosso
organismo, dando respostas ou não a essas informações, desta forma coordena as ações
orgânicas e é formado basicamente por células altamente especializadas, os neurônios.
Existem também no tecido nervoso, outras células cuja função está relacionada a
fornecimento de suporte estrutural, de proteção e nutritivo dos neurônios, no seu conjunto elas
são designadas células da neuroglia ou células da glia ou gliais (do grego glia = cola), com
também, por numerosos vasos sanguíneos. Todo este conjunto é banhado por um líquido
intersticial ou cefalorraquidiano

O QUE É O SISTEMA NERVOSO?


È o Sistema que coordena e controla o funcionamento psicossomático do corpo humano
através de informações recebidas do meio ambiente externo (som, Luz, Situações cotidianas,
etc.), como também do meio ambiente interno (células, órgãos, glândulas etc.) e manda
informações a órgãos efetores como os músculos para executarem as suas ações.
Também registra e relaciona certas experiências vividas(memória)
Antes de nos reportamos à constituição do Sistema Nervoso, gostaríamos de
esclarecer alguns termos que iremos conviver neste estudo.

ESTÍMULO - Variações de energia de energia que ocorrem no meio ambiente interno ou


externo ao nosso organismo. São tipos de estímulos:
Interno –
Conscientes: dor uma cólica; Trauma numa unha; dor de cabeça etc
Inconcientes: Variações de Acidose e alcalose; Variações de O 2 e CO2;
Variações de agua
Externos – Uma variação de som, de odor, de luminosa, de temperatura etc.
IMPULSO NERVOSO – É a energia que percorre o neurônio (na verdade são informações).

O NEURÔNIO
Os neurônios são células microscópicas nas suas dimensões e como as células
musculares são alongadas, e referidas com fibra nervosa. Um organismo grande, os neurônios
podem atingir mais de 1 metro de comprimento. Como exemplo podemos citar que no homem
tem neurônio (fibra nervosa) que chega a conecta o seu pé à sua coluna vertebral. Na verdade,
embora também tenha neurônios bem menores más os mesmos mantêm uma característica
estrutural alongada.

Os neurônios são
células altamente
especializadas, dotadas
de um corpo celular (ou
pericarpio), ligado a
numerosos pequenos
prolongamentos, os
dendritos e um
prolongamento extenso
destacado dos demais, o
axônio.
O Corpo Celular do neurônio contém um núcleo grande e arredondado e os organóides comuns
às células animais. As mitocôndrias são numerosas e o ergastoplasma é bem desenvolvido. O
corpo celular mantém a vitalidade do neurônio e pode regenerar outras partes danificadas como
os dendritos e o axônio. Um conjunto de corpos celulares, quando localizados no SNC são
chamados de núcleos e fora do S.N.C. designa-se gânglio;
Os prolongamentos do neurônio podem ser de dois tipos:
Dendritos (do grego déndron = árvore) - são pequenos e numerosos prolongamentos junto ao
corpo celular, semelhantes a galhos de uma árvore, que se tornam mais finos á medida que se
afastam do neurônio; o dendritos têm a função de especializadas de conduzir o estímulo nervoso
ao corpo celular, sendo, portanto, locais de entrada de sinal nos neurônios. Neles se localizam
os receptores nervosos.
Axônio (do grego axis = eixo) - é o maior prolongamento da célula nervosa (varia de frações
de milímetros até cerca de 1 metro); cada neurônio tem apenas um axônio; com um diâmetro
constante, está especializado na condução do estímulo a partir do corpo celular à sua outra
extremidade onde estão os locais de saída de sinal do neurónio, nesta parte final, ramifica-se
em prolongamentos muito finos, que freqüentemente delimitam pequenas dilatações abrigam
microvesículas portadoras de neurormônios, que desempenham papel muito significativo no
mecanismo de transmissão do impulso nervoso, as sinapses, conforme veremos adiante. Podem
ser espantosamente longos, como os que ligam a medula espinal aos dedos dos pés num ser
humano. Um conjunto de axónios rodeados por tecido conjuntivo designa-se nervo. Os axónios
podem ser envolvidos por células da glia - células de Schwann ou oligodendrócitos. Assim,
podem-se encontra:
axônios mielinizados - de aspecto branco devido a uma bainha isolante lipídica de
mielina produzida pelas células de Schwann. Esta bainha apenas é interrompida nos nódulos
de Ranvier que separam duas células de Schwann contíguas. A bainha de mielina parece
igualmente importante na reparação de neurônios lesionados. Estes axónios predominam no
S.N.C. e são extremamente rápidos na condução do sinal nervoso;
axónios amielinizados - de aspecto cinzento, pois as células de Schwann não
produzem mielina e predominam no S.N. autônomo e são mais lentos na condução do sinal
nervoso
Em toda sua extensão, o axônio é envolvido por células que se dispõem em torno de
sua superfície, formando um envoltório espiralado que constitui a chamada bainha da células
de Schwann ou neurilema.
Em muitos axônios, as células de Schwann, enrolando-se em espiral no axônio,
determinam a formação de um invólucro membranoso pluriestratificado, formado pelas
membranas plasmáticas das próprias células, diversas vezes redobradas e sobrepostas.
A bainha de mielina, porém, não é contínua. Entre uma célula de Schwann e outra existe
uma região de descontinuidade da bainha, o que acarreta a existência de uma constrição
(estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier.
Existem axônios em que as células de Schwann não formam a bainha de mielina. Por isso, há
duas variedades de axônio: os mielínicos e o amielínicos.

Este invólucro, de natureza lipídica, é


denominado bainha de mielina. Essa
bainha atua como isolante elétrico e
contribui para o aumento da velocidade
de propagação do impulso nervoso ao
longo do axônio de cerca de 10m/s para
100m/s através de uma condução
saltatória.

A CONDUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO


O percurso do impulso nervoso no neurônio é sempre no sentido:
dendrito --> corpo celular --> axônio

O interior da membrana celular de um neurônio é rico em potássio (K) e pobre em sódio


(Na). Entretanto, os fluidos do lado externo da célula são ricos em sódio e pobres em potássio.
Considerando as forças de concentração através da membrana celular, verifica-se que os íons
potássio estão na posição adequada para a difusão ao lado externo da célula. Em relação aos
íons sódio, sucede o contrário, ou seja, esses íons acham-se em posição adequada para a difusão
ao interior da célula. O que acontece depende, portanto, da permeabilidade da membrana do
neurônio a esses íons.
Quando o neurônio encontra-se em "repouso", o conjunto iônico do lado externo
acumula uma positividade maior do que o conjunto iônico situado no lado interno. Diz-se,
então, que o neurônio em repouso está polarizado, sendo o lado externo positivo em relação ao
lado interno, que é, portanto considerado negativo. A diferença de potencial que se estabelece
entre o ambiente interno (negativo) e o ambiente externo (positivo) tem um valor de
aproximadamente -60 mV. Nesta condição podemos então dizer que o neurônio se encontra
com um Potencial de Repouso
Aplicando-se um estímulo adequado, capaz de alterar a permeabilidade da membrana,
verifica-se, num primeiro momento, que a permeabilidade da membrana ao sódio aumenta, o
que acarreta um fluxo desses íons para o interior do neurônio. A penetração de sódio no
neurônio provoca uma modificação no potencial da membrana: o ambiente interno torna-se
positivo e o ambiente externo torna-se negativo. Assim, a diferença de potencial passa de -60
mV para cerca de +20 mV. Dizemos, então, que houve uma inversão polaridade da membrana.
Nesta condição podemos dizer que o neurônio apresenta um potencial de ação e o impulso
percorre a célula nervosa.
Num momento, a membrana torna-se mais permeável ao potássio, que migra para o
meio externo, possibilitando o retorno ao potencial primitivo de "repouso". Assim, a membrana
torna-se novamente positiva no lado externo e negativo no lado interno. Neste caso dizemos
que houve a repolarização da membrana e a célula volta ao repouso.
A inversão de polaridade da membrana, devido à entrada de sódio, determina o
surgimento de um potencial de ação que se "alastra" ao longo do neurônio, de forma a gerar um
impulso nervoso. À medida que o impulso nervoso se propaga, ocorrem sucessivas inversões
de polaridade e sucessivos retornos ao potencial de "repouso". Essas alterações elétricas
verificadas ao longo do neurônio constituem o potencial de ação que, por sua vez, é uma
manifestação eletroquímica da passagem do impulso.
Após a passagem do impulso, a pequena quantidade de sódio (Na) que entrou no
neurônio é "bombeada" de volta para fora, através de transporte ativo; processo semelhante
ocorre com o potássio (K) que é "bombeado" para dentro.

AS SINAPSES
Sinapses são articulações terminais estabelecidas entre um neurônio e outro ou entre um
neurônio e uma fibra muscular ou um neurônio e uma célula glandular na passagem do impulso
nervoso. Logo, as sinapses podem ser interneurais (entre um neurônio e outro),
neuromusculares (entre um neurônio e uma fibra muscular) ou neuroglandulares (entre um
neurônio e uma célula glandular).

Temos então como elementos da sinapse um


neurônio pré-sinático, o neurônio pós-sináptico; a
vesícula (bolsa) e no seu interior o líquido neuro
transmissores (mediador químico) que na hora da
condução do impulso são jogados no espaço entre os
dois neurônios a fenda sináptica.

Vemos que um neurônio não se comunica fisicamente com outro neurônio nem com a
fibra muscular ou com a célula glandular, de maneira que, entre eles, não existe continuidade
citoplasmática. O que existe é um microespaço, uma região de contigüidade, denominada
sinapse, na qual um neurônio transmite o impulso nervoso para outro através da ação de
mediadores químicos ou neurormônios. Os neurormônios mais comuns são a acetilcolina e
adrenalina. Assim, as fibras nervosas podem ser classificadas, basicamente, em colinérgicas
(quando liberam acetilcolina) ou adrenégicas (quando liberam adrenalina).

OS NERVOS
Os nervos são cordões esbranquiçados a base de neurônios, distribuídos nos segmentos
corporais.

Cada fibra nervosa é envolvida por


uma camada conjuntiva
denominada endoneuro. As fibras
nervosas organizam-se em feixes,
cada feixe, por sua vez, é envolvido
por uma bainha conjuntiva
denominada perineuro. Vários
feixes agrupados paralelamente
formam o nervo que é envolvido
por uma bainha de tecido
conjuntivo chamado epineuro.

Os nervos são, em última análise, constituídos por feixes de neurônios. Os nervos não
contêm os corpos celulares dos neurônios; esses corpos celulares localizam-se no sistema
nervoso central ou nos gânglios nervosos, que podem ser observados próximos à medula
espinhal.
Quando partem do encéfalo, os nervos são chamados de nevos cranianos; quando
partem da medula espinhal, denominam-se nervos espinhais ou raquidianos.
Os nervos permitem a comunicação com os órgão receptores (sensoriais) ou, ainda, com
órgãos efetores (músculos e glândulas). De acordo com a direção da transmissão do impulso
nervoso, os nervos podem ser:
sensitivos ou aferentes - quando transmitem os impulsos dos órgão receptores até o sistema
nervos central;
motores ou eferentes - quando transmitem os impulsos nervosos do sistema nervoso central
para os órgãos efetpres;
mistos - quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. Os nervos mistos
são os mais comuns no organismo.

No organismo, o sistema nervoso anatomicamente é dividido em sistema nervoso central


(SNC), formado pelo encéfalo e a medula espinhal e o sistema nervoso periférico (SNP)
formado pelos nervos e gânglios nervosos.

Cérebro
Diencéfalo
Encéfalo Cerebelo Bulbo
Tronco encefálico Ponte
Mesencéfalo

Sistema Nervoso Central


Gânglios
Medula Nervos

Medula Espinhal – Parte contida no interior da coluna vertebral


É o miolo de Tecido nervoso localizados dentro do canal formado pelas vértebras da
coluna vertebral, sendo formasda por segmentos medulares correspondentes às respectivas
Vértebras

Cortada Transversalmente apresenta um formato cilíndrico, achatada no sentido


anteroposterior, apresentando na suas bordas uma Fissura Mediana Anterior, um Sulco
Mediano Posterior, dois Sulcos Laterais Anteriores e dois Sulcos Laterais Posteriores. No
interior é constituída perifericamente por uma substância branca que concentra os
Prolongamentos dos Axônios e no interior uma substância cinzenta em forma de H Medular
que concentra os corpos dos neurônios
A medula se estende da parte inferior do encéfalo nas imediações do forame magno
do osso occipital e primeira vértebra Cervical (Atla), até o nível da 2a vértebra lombar. O
espaço medular a partir daí é ocupado pelas meninges e pelos nervos espinhais formando a
cauda eqüina

NERVOS ESPINHAIS
O Nervo Espinhal é formado pela fusão da de duas raízes: uma dorsal que é sensitiva
e outra ventral que é motora. Esta estrutura representa um Segmento Medular → (C4 – T11 –
L3 – S5 – Coc1)
Existem 31 pares de nervos espinhais denominados de acordo com as suas posições
em relações às respectivas vértebras. Temos 8 nervos cervicais, 12 nervos torácicos, 5
Lombares, 5 Sacrais e 1 Coccígeo.

Segmento Medular – Nervo Espinhal


Plexo Braquial
O plexo Braquial em constituído por ramos originários da coluna e que vão formar os
nervos que se destinam aos ombros e membros superiores. È compreendido pelos ramos
ventrais dos Nervos C5, C6, C7, C8 e T1. Ainda podemos ter fibras dos Nervos C4 e T2.
Plexo lombossacral
Formado pela fusão do plexo lombar com o plexo sacral é formado pelos nervos
L1,L2, L3, L4, L5, S1, S2 e S3. Ressaltamos que o plexo lombossacral irá inervar os quadris e
membros inferiores. Deste Plexo se origina o nervo Ciático (Isquiático) que vem a ser o nervo
mais volumoso do corpo humano

ARCO REFLEXO
São respostas inconscientes organizadas a nível de medula espinhal. Essas
respostas se caracterizam por serem imediatas.

Reflexo Intrasegmentar: Reflexo recebido, associado e encaminhado para o


órgão efetor no mesmo segmento medular.(Neurônio Sensitivo, Neur. de Organização e
Neur. Motor)
Reflexo Intersegmentar: Reflexo produzido em um segmento medular diferente. Ele
apresenta os três neurônios acima e mais o interneurônio
MENINGES: São membranas que servem de proteção para o Sistema Nervoso Central.
Envolvem tanto a medula quanto o encéfalo. Mantem a pressão constante sobre a medula

Dura-máter: È a mais espessa, resistente e externa.(Proteção)


Aracnóide: Intermediária de aspecto esponjosa, contyém o líquor cefalorraquidiano.
Pia-máter: È a mais interna, aderida ao encéfalo e medula. Tem vasos sanguíneos, que
levam O2 e nutrientes para as células do SNC.

ASPECTOS FUNCIONAIS DA MEDULA:


Condução de Impulsos nervosos para os níveis mais superiores
Conduz impulsos dos níveis superiores para os efetores (Músculos)
Participa da formação do arco reflexo simples

ENCÉFALO – Parte contida no interior do crânio

TRONCO ENCEFÁLICO → Formado pelo Bulbo, Ponte e Mesencéfalo


BULBO: È a continuação da medula no interior do crânio. Entre a fissura mediana
anterior e os sulcos laterais se encontram as Pirâmides que são constituídas por fibras do tracto
córtiço-espinhal. No nível do bulbo ocorre a Decussação das Pirâmides, que é uma
modificação de direção entre os lados direito e esquerdo dos Córticos. Desta forma os Impulsos
Motores do lado esquerdo do cérebro irão se relacionar com o lado esquerdo do corpo.
O bulbo também abriga importantes centros nervosos
Centro Cardíaco: Relacionados com batimentos cardíacos
Centro Vasomotor: Relacionado com o calibre dos vasos
Centro Respiratório: Movimentos respiratórios
PONTE: Porção intermediária do Tronco Encefálico encontramos os núcleos do Nervo
Trigêmeo, Abducente e Facial. Alem disso a ponte é um centro de retransmissão e possui
ainda os Centros Apnêusticos e Pneumatáxicos que colaboram com o Bulbo na regulação da
taxa respiratória.
MESENCÉFALO: Porção Superior do Tronco encefálico encontramos os núcleos dos
Nervos Oculomotor e Troclear e auxiliam o Cerebelo na coordenação das informações
referentes ao estado de movimentos dos músculos e postura corporal. Nele existe reflexos de
simples a mais complexos.

CEREBELO:
Localizado posteriormente ao Trnco Encefálico e inferiormente a parte posterior do
Cérebro, se aloja na fossa craniana posterior do osso occipital
È o responsável pela manutenção do equilíbrio corporal, do tônus muscular e da
postura e ainda pela coordenação motora

DINCÉFALO:
Situa-se superiormente ao Mesencéfalo e é encoberto pelo Cérebro (Telencdéfalo)
É compreendido pelas seguintes partes: Tálamo, Hipotálamo, Epitálamo, e
Metatálamo. Distingui-se ainda outras formações menores como: Corpo Pineal, Corpos
Mamilares, Quiasma Óptico e a neuro-hipófise.
Entre as suas Funções destacam-se:
Controla o Sistema Nervoso Autônomo
Regula o Comportamento Emocional
Regula as atividades Viscerais na manutenção da homeostase
(Temperatura, Sede, Sudorese, Diurese, Vasoconstricçaõ e vasodilatação etc.)
Regula o sono, a fome, a sede etc.
Regula o funcionamento hipofisário

CÉREBRO
O Cérebro ou Telencéfalo preenche quase que totalmente a extremidade de
contato com a calota craniana, sendo dividido em Hemisférios Cerebrais Direito e Esquerdo,
cortados pela Fissura longitudinal do Cérebro
O córtex está dividido em lobos Frontal, Occipital, Temporais, Parietais e Central
(Ínsula). Esses lobos são divididos por sulcos (fendas) formando os giros que são elevações.
Apresenta o Giro Pré-central que é a Área Motora e o Giro Pós Central que é a Área
Sensitiva.
O Hemisfério direito é responsável pela criatividade e habilidades artísticas e o
Hemisfério esquerdo pelas habilidades analíticas e matemáticas
É a Parte mais desenvolvida do encéfalo e nela nós encontramos as ações concientes.
Está Relacionado com o pensamento, memória, fala, inteligência, sentidos, emoções.

Área
Motora – Giro Pré central Áreas Motoras Centros Cerebrais

O Sistema Nervoso pode ser dividido em Sistema Nervoso Somático que controla a nossa
atividade consciente (vida de relação – Cérebro – Nível Cortical) e o Sistema Nervoso
Autônomo (Vida Vegetativa – Nível Sub-cortical)
NERVOS CRANIANOS
São 12 pares que fazem conexão com o Encéfalo, onde a maioria são originados
no Tronco Encefálico. Os Nervos Cranianos recebem diferentes nomes e a sua numeração
obedece a uma seqüência Crânio Caudal. Na tabela abaixo podemos vê-los:

NOME ORIGEM AÇÂO


I – OLFATÓRIO Bulbo olfatório Sensitivo: nervo da olfação
Mucosa respiratória
II – ÓPTICO Quiasma óptico na Sensitivo: nervo da visão
retina
III – Face ventral do Motor: movimentos do olho
OCULOMOTOR mesencéfalo
IV - TROCLEAR Face dorsal do Motor: também ligado aos movimentos do olho
mesencéfalo
MISTO: Essencialmente sensitivo origina 3
ramos
V – TRIGÊMEO Face antero-lateral da OFTÁLMICO: pele da região frontal da cabeça,
ponte olho e nariz
MAXILAR: nariz, gengiva, lábios e dentes
superiores
MANDIBULAR: pele da mandíbula, dentes
inferiores e motor com os músculos mastigatórios
VI – ABDUCENTE Porção inferior da ponte Motor: junto com III e IV par movimentos do olho

Borda infeerior da ponte Misto: Sensitivo: N. Intermédio – Gustação,


VII – FACIAL Glândulas. Lacrimais, Submandibular e Sublinguais.
Motor: N. Facial – Mímica Facial
VIII – VESTÍBULO Porção lateral do bulbo Sensitivo: impulsos p/a audição e o equilíbrio
COCLEAR
IX Porção ventro lateral do Misto: Sensitivo: Faringe e Dorso da Língua
GLOSSOFARÍNGEO bulbo Motor: Músculos Faríngeo e Gland. Parótidas
X – VAGO Face ventro lateral do Misto: Impulsos sensitivos e motores para a
bulbo
Crânio: Bulbo Motor: Músculo Trapézio e Esternocleidomastoídeo.
XI – ACESSÓRIO Espinha: 5a ou 6a vc também acola-se ao N. Vago
XII – HIPOGLOSO Sulco lateral anterior do Motor: Músculos que movimentam a língua
bulbo

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

Sabemos que o sistema nervoso possui a aferência (sensibilidade), a organização e


a eferência. A eferência corresponde aos impulsos mandados pelo SNC para se executar ações
e as mesmas, são executadas de forma consciente e inconsciente. De forma consciente pela ação
dos músculos estriados esqueléticos e de forma de inconsciente, pela ação do músculo estriado
cardíaco, por glândulas ou pelos músculos lisos que formam os nossos órgão. A parte eferente
visceral é chamada de Sistema Nervoso Autônomo.
Abaixo vemos essas duas vias eferentes e note que na somática os impulsos partem do
córtex cerebral(nível da consciência) e possuem apenas um neurônio ligando o SNC ao órgão
efetor, o Neurônio Motor Somático cujo seu corpo se encontra na coluna anterior da medula e
seu axônio sai na coluna pela raiz anterior. Perceba que a via eferente visceral parte abaixo do
Córtex (nivel inconsciente) e possui dois neurônios conectando o SNC ao órgão efetor, o
Neurônio pré-ganglionar dentro da medula ou tronco encefálico e o pós-ganglionar esse se
localizado no Sistema Nervoso Periférico. O agrupamento de corpos de neurônios fora do SNC
se denomina gânglio daí a denominação desses dois neurônios. As terminações nervosas do
Sistema nervoso somático,termina em estruturas denominadas de placas motoras e as mesmas
não existem no Sistema Nervoso Autônomo.

Dentro do Sistema Nervoso Autônomo temos o Sistema Nervoso Simpático e o


Parassimpático. Abaixo temos as diferenças anatômicas entre os mesmos. Vemos que os
neurônios pré-ganglionares do simpático são curtos e partem da medula torácica e lombar
(tóraco-lombar) enquanto que os do parassimpático são longos e partem do tronco encefálico e
da medula sacral (crânio-sacral). Os neurônios pós-ganglionares do simpático são longos e
localizam-se longe das vísceras enquanto que os do parassipático são curtos e se localizam
próximo ou na própria víscera. Existem também as diferenças farmacológicas que dizem
respeito às drogas que os dois operam, ou seja, o simpático trabalha com a adrenalina e o
parassimpático com a acetiocolina.

Diferenças funcionais entre o Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático

ORGÃOS SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO


Iiris Dilatação da pupila - MIDRIASE Constricção da pupila – MIOSE
Glândula Lacrimal Vasoconstricção; pouco efeito sobre Secreção abundante
a secreção
Glândulas Salivares Vasoconstricção; secreção viscosa e
pouco abundante
Gândulas Sudoríparas Secreção copiosa Inervação ausente
Músculo eretor do Ereção dos pelos Inervação ausente
pelo
coraçaõ Aceleração do ritmo cardíaco Diminuição do ritmo cardíaco
TAQUICARDIA BRADICARDIA
Dilatação das coronárias Dilatação das coronárias
brônquios Dilatação Constricção
Tubo Digestivo Diminui o peristaltismo Aumenta o peristaltiism
Fecha os esfincter’s Abre os Esfincters
Bexiga Nenhuma ação Constricção das paredes
Genital Masculino Vasoconstricção; ejaculação Vasodilatação; ereção
Glândula Pineal Veicula a ação inibidora da luz ambiente Ação desconhecida
Glandulas Supra- Secreção de adrenalina Ação desconhecida
renais
Vasos Sanguíneos do
tronco e extermidades Vasoconstricção Nenhuma ação: Inervação
ausente

CÉLULAS GLIAIS

Fora os neurônios existem células que também são exclusivas do Sistema Nervoso,
são as células da Neuróglias ou células da glia.
Estas células não geram nem conduzem impulsos nervosos. As células da glia são mais
numerosas que os próprios neurónios (numa razão de 3:1), temos a seguir um esquema das
células da glia.
Astrócitos Os astrócitos e apresentam numerosos prolongamentos elaborados, que lhes
conferem um aspecto estrelado, dão suporte estrutura e participam do processo de cicratrização
dos neurônios. Existem apenas no no sistema nervoso central (S.N.C.), sendo de dois
tipos:astrócito fibroso na substância branca e astrócito protoplasmática a substância cinzenta.

Oligoedendrócitos: Menores que os astrócitos os oligodendrócitos tem pouco prolongamentos


e formam uma cobertura laminada lipídica designada mielina em volta de alguns tipos de
axônios Fornecem isolamento elétrico aos neurônios, ou de parte deles, dando-lhes uma
coloração branca no sistema nervoso central. No sistema nervoso periférico não existem
oligodendrócitos e quem exerce essa função são as células de Schwann. A mielina aumenta a
velocidade de condução do impulso em cerca de 10 vezes.

Microglócitos: As células da micróglia, cujo nome deriva do seu reduzido tamanho, formam-
se a partir da medula hematopoiética e compartilham características com os macrófagos
encontrados nos tecidos corporais. Chegam no sistema nervoso na formação dos vasos
sanguíneos e são considerados, portanto, células fundamentais na reação a danos no tecido
nervoso, exercendo a função fagocitária removendo detritos e microorganismo do sistema
nervoso.

Ependimócitos: As células do epêndima são alongadas freqüentemente ciliadas e revestem


cavidades do sistema nervoso central. Colocam-se em contato com o líquor céfalo raquidiano.
Este liquido aliás e produzido pelos ependimócitos comuns.

SISTEMA TEGUMENTAR

1 – Conceito:
É o sistema que inclui a pele e os seus órgãos anexos, que vêem a ser: pelos, unhas
e glândulas
2 – Funções:
2.1. Recobre toda a superfície do corpo (envoltório do corpo).
2.2. Protege o organismo contra a agressão térmica e de penetração de
microorganismos.
2.3. Participa do equilíbrio térmico na manutenção da homeostase, através de sua rede
capilar e da excreção do suor.
2.4. Participa da síntese da vitamina D, com a utilização dos raios ultravioletas
provenientes dos raios solares.
2.5. Agrega os receptores das sensibilidades superficiais como: calor, tato etc.
2.6. Elimina substâncias tóxicas e residuais através das glândulas sebáceas e
sudoríparas.
2.7. Armazena gordura e outros componentes do metabolismo.
3 – Pele:
3.1. Volume: a área total da pele é de mais ou menos dois metros quadrados sendo
portanto, o maior órgão do corpo.
3.2. Espessura é variável entre 2 e 4mm, sendo mais espessa nas regiões de pressões e
nos velhos.
3.3. Composição – Camadas da Pele

Epiderme: Camada mais superficial que se renova constantemente, sendo substituída


por células mais novas providas das camadas mais internas.(camada geradora). Nos locais de
constante ação mecânica, a epiderme é protegida por uma proteína de nome queratina e que
contem enxofre. Encontramos ainda na epiderme a melanina que é uma proteína responsável
pela coloração da pele.
Derme: É rica subjacente a epiderme em fibras colágenas e elásticas, sendo
responsável pela formação das impressões digitais através das papilas dérmicas. Nutre a
epiderme por possuir uma extensa rede capilar. É também inervada, onde encontramos as
terminações nervosas.
Hipoderme ou Tela Subcutânea: Camada formada por tecido adiposo sob o qual
repousa a derme.Varia no nosso corpo e no sexo feminino é espessa. Contribui impedindo a
perca de calor e é uma reserva de material nutritivo.protege o nosso corpo contra o frio e
agentes mecânicos.

4 – Anexos da Pele: Pêlos, unhas e glândulas (sebáceas, sudoríparas e mamárias).


4.1. Pêlos:
Apresentam uma função protetora, recobrindo a superfícies da pele e a sua
coloração varia com a quantidade de melanina existente. Possuem uma haste que é a parte
visível acima da pele e uma raiz (folículo piloso) alojada no tubo epidérmico.Os pêlos longos
se encontram em regiões como a cabeça, axila e a sínfise púbica, sendo que no homem aparece
também na face e no peito.
Obs. Lanugem é o pêlo do bebê vindo da vida intra uterina.
4.2. Unhas:
São placas curvas queratinizadas, dispostas nas superfícies dorsal das falanges
distais. A sua função é de proteção e apresentam um corpo que é a parte visível e uma raiz que
é a parte oculta encravada na pele.
4.3. Glândulas Sebáceas:
Produzem e secretam o sebo para o folículo piloso e daí pra pele. a sua função é a
de eliminar produtos tóxicos sendo que mantêm a oleosidade e a elasticidade da pele e dos
pelos. São localizadas na derme e são ausentes na palma da mão e planta do pé. Podem causar
a seborréia.
4.5. Glândulas Sudoríparas:
São as glândulas que secretam o suor e estão localizadas na derme ou hipoderme.
O seu ducto excretor atravessa a epiderme e se externa por meio de um poro.
4.6. Glândulas Mamarias:
São as glândulas que durante a gestação e a fase de amamentação produzem e
secretam o leite. A mama apresenta as seguintes partes: aréola mamária, mamilo, glândulas
alveolares, ductos latíferos e seios lactíferos (secretam o leite).

3 SISTEMA ENDÓCRINO

3.1 GENERALIDADES DO SISTEMA ENDÒCRINO


Glândulas Exócrinas e Endócrinas
O tecido epitelial mais precisamente a camada mais externa da pele –
epiderme origina os dois tipos de glândulas do nosso organismo

Fig. 1: Origem das glândulas

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As glândulas exócrinas não perdem o contato com a superfície do nosso corpo


e mantem este contato através de um ducto secretor. As glândulas exócrinas secretam
substâncias para fora do organismo. As glândulas exócrinas também são chamadas
de Glândulas com ductos e como exemplo de glândulas exócrinas temos as glândulas:
sudoríparas, sebáceas, lacrimais, salivares e outras
As glândulas endócrinas perdem o contato com a superfície externa do corpo
e se acoplam a vasos sanguíneos onde secretam as suas substâncias. As Glândulas
endócrinas também conhecidas como Glândulas sem ductos secretam suas
substâncias para dentro dos vasos sanguíneos ou seja no sangue e suas secreções
são os hormônios.

Conceito de Sistema Endócrino


É o sistema compreendido pelas glândulas sem ductos. São glândulas
que lançam suas secreções diretamente na corrente sanguínea. Essas secreções são
os hormônios e essas são as glândulas endócrinas. Podemos referir este sistema
como Sistema Hormonal.

Fig. 2: Sistema hormonal

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3.2 GLÂNDULAS DO SISTEMA ENDÓCRINO

HIPÓFISE: Localiza-se na parte anterior do diencéfalo, a nível da sela túrcica


do esfenóide, é formada por duas porções:

ADENO-HIPÓFISE: É a porção anterior e está ligada a produção de:


Adeno-hipófise: é a porção anterior e está ligada a produção de:
Somatotrofina-STH: É o hormônio do crescimento, pois atua nos ossos e sua
presença ou não provocam o gigantismo ou o nanismo.
Tireotrófico ou Tireotrofina-TSH: Estimula a tireóide
Adenocorticotrófico - ACTH. Estimula as suprarenais
Folículo estimulante - FSH: Crescimento dos folículos.
Luteotrófico – Maturação dos folículos ovarianos e formação do corpo lúteo.
Lactogênico - LTH: Estimula a secreção do leite

Neurohipófisse: É a parte mais posterior, estando ligado a produção de:


Oxitocilina: estimula as contrações uterinas e expulsão do leite
Antidiurético ou Vasopressina –ADH: reabsorve água nos túbulos renais e
aumenta pressão arterial.

Fig. 3: Hipófise Fig 4: Hormõnios da neurohipófise e da adenohipófise

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TIREÓIDE: Situada no pescosso em frente às cartilagens da laringe e traquéia,


produz:
Tiriodontironina: estimula o metabolismo celular
Tiroxina: estimula o metabolismo do organismo
Tirocalcitonina: estimula o metabolismo do cálcio
Fig. 5: tireoide e paratireoide

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PARATIREÓIDES:
Localizada na face dorsal da tireóide. Seu hormônio, o Paratormônio,
regula a suplência, distribuição e o metabolismo do cálcio.

TIMO: Situa-se em parte no pescoço e em parte tórax. ação discutível, mas


acredita-se que atua na produção de linfócitos. Age na infância, atingindo o seu
desenvolvimento entre 11 e 15 anos. Depois da puberdade, vai sendo substituído por
tecido adiposo.

SUPRARENAIS ou ADRENAIS: Situadas superiormente sobre os rins,


produzem:
Adrenalina e Noradrenalina: Hormônio do sistema nervoso simpático
Aldosterona - Adenocorticais: manutenção do equilíbrio hídrico eletrolítico
Cortisol: Prepara nosso corpo para lutar contra o estresse – Em níveis
elevados leva à depressão.

Fig. 5: Timo Fig. 6: Supra-renais Fig. 7: Pâncreas

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PÂNCREAS: Localizado inferiormente ao estômago, abraçado pelo duodeno


possui uma porção exócrina que secreta o suco pancreático e outra endócrina que
produz a:
Insulina: Utilização da glicose pelas células e previne excesso de glicogênio
no fígado e nos músculo
Glucagon: Diminui oxidação da glicose e promove a hiperglicemia . Estimula
a formação de carboidratos no fígado a partir de diferentes percussores de
carboidratos e de fracionamento de lipídios

OVÁRIOS: Localizado na pelve feminina, produz a Progesterona que é o


hormônio da gravidez e o Estrógeno que dá os caracteres sexuais femininos.

Fig.8: Testículo e ovários

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TESTÍCULOS: Localizado no saco escrotal, produz a testosterona, que dá os


caracteres sexuais masculinos.

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