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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ELIZÂNGELA GLÓRIA CARDOSO

EMENTA DA ELETIVA

SEX EDUCATION

Professora Darla Tomm

2º SEMESTRE DE 2020

PALMAS- TOCANTINS
Escola Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso

Título: Sex Education


Disciplinas: Matemática, Biologia, História
Professores: Darla, Eliomária e Jersé

EMENTA

A disciplina eletiva “Sex Education” aborda em sua ementa temas específicos referentes à
Educação Sexual para adolescentes. São eles:

• Sistema Reprodutor;
• Ciclo Menstrual e Hormonal;
• Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs);
• Métodos Contraceptivos e de Proteção contra ISTs;
• Relacionamentos Afetivos;
• Amor;
• Igualdade de Gênero;
• Orientação Sexual e Identidade de Gênero.
• Fatos Históricos que marcaram a evolução do comportamento sexual da humanidade;

JUSTIFICATIVA

Nem sempre a busca pela expressão da afetividade e por prazer na juventude é


amparada por uma Educação que aborde a sexualidade em seus aspectos biológicos, cul-
turais e sociais, como recomendam os Parâmetros Curriculares de Ciências do Ministério
da Educação (MEC). O resultado disso é a continuidade de comportamentos de risco,
como o não uso de proteção durante a relação sexual, por exemplo. De acordo com a Pes-
quisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), em 2015, dos adolescentes do 9° ano do En-
sino Fundamental sexualmente ativos, 33,8% disseram não ter usado camisinha na última
relação sexual. Apesar disso, 7 em cada 10 afirmaram ter recebido informação a respeito
na escola. Ou seja, apenas passar informação não é suficiente.
Além disso, a falta de uma reflexão mais ampla sobre a sexualidade humana tam-
bém favorece a persistência da intolerância e da violência, enfraquecendo o combate ao
preconceito, ao abuso sexual infantil e à violência contra a população LGBTQI+ (Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) e contra a mulher - tópicos
fundamentais para o Brasil, que ainda convive com índices alarmantes de crimes dessas
naturezas. Avançar em um ensino de Educação Sexual de maior qualidade nas escolas
é, portanto, literalmente caso de vida ou morte.
Vários documentos nacionais e internacionais dão suporte a uma Educação Sexual
que vá além da abordagem reprodutiva. A Orientação Técnica Internacional sobre Educa-
ção em Sexualidade, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Cultura e
Esporte (Unesco), de 2018, indica que o ensino deve servir para que os jovens
desenvolvam conhecimento, habilidades e valores éticos para fazer escolhas saudáveis
e respeitáveis sobre os relacionamentos, o sexo e a reprodução.
O documento propõe a “educação sexual compreensiva”, cujo objetivo é nortear o
processo de aprender e ensinar sobre os aspectos cognitivos, físicos, emocionais e soci-
ais da sexualidade. O texto discute temáticas mais científicas, como fisiologia e anatomia
sexual e reprodutiva, puberdade e menstruação, reprodução, métodos contraceptivos mo-
dernos, gravidez e partos, além das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Mas
também trata de outras dimensões da sexualidade, como igualdade de gênero, amor, ori-
entação sexual e identidade de gênero. Ou seja: tópicos antenados com as discussões
contemporâneas e que podem afetar a saúde sexual e emocional dos jovens também
aparecem como temas a serem discutidos pela escola - caso também de temas
como cyberbullying e sexting (trocar mensagens de cunho sexual), por exemplo.
Na BNCC referente ao Ensino Médio a temática não aparece de maneira explícita,
sendo que apenas a palavra “reprodução” aparece entre os assuntos importantes do eixo
Vida, Terra e Cosmos. Termos como sexo, sexualidade, gênero, entre outros, não estão
presentes no texto.
Por fim, vale ressaltar que, apesar de o assunto ainda deixar a desejar em termos
de legislação específica, uma Educação Sexual ampla que abrace os aspectos biológicos,
mas também sociais e políticos da afetividade e sexualidade humana, é essencial para
colocar em prática as competências transversais da BNCC, que prevê a formação dos
estudantes para agir com responsabilidade, tomar decisões com base em princípios éti-
cos, cuidar emocionalmente de si e dos outros e acolher a diversidade sem preconceitos.

(Adaptado de https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/para -que-serve-a-educacao-sexual-na-escola/)

OBJETIVOS

• Desenvolver nos estudantes a capacidade de tomar decisões responsáveis em


relação a sua sexualidade;
• Fomentar a discussão sobre temas sociais como gravidez na adolescência e
doenças sexualmente transmissíveis;
• Ampliar a consciência dos estudantes sobre relacionamentos afetivos, respeito
com o corpo do outro e com seu próprio corpo;
• Incentivar a reflexão sobre as consequências geradas pela falta de conheci-
mento e responsabilidade em relação à sexualidade.

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS

• Matemática: analisar e interpretar gráficos e estatísticas apresentadas em arti-


gos científicos;

• Biologia: Aplicar os conceitos envolvidos nos processos de reprodução e ciclos


hormonais; reconhecer as fases do ciclo menstrual observando o próprio corpo;
reconhecer sintomas e características das ISTs.
• História: interpretar fatos históricos; reconhecer padrões de comportamento em
relação à sexualidade humana ao longo dos anos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

MATEMÁTICA

• Análise de Gráficos e Funções


• Conhecimentos de Estatística e Probabilidade

BIOLOGIA

• Sistema Reprodutor
• Sistema Endócrino
• Doenças Sexualmente Transmissíveis

HISTÓRIA

• Egito Antigo
• Grécia Aristocrática
• Sociedade Romana

METODOLOGIA

Os conteúdos previstos serão abordados por meio de roteiros de estudos, estruturados


para que os estudantes utilizem a pesquisa, o debate e a troca de conhecimentos, por meio de
grupos de WhatsApp, reuniões virtuais, vídeos on-line e outras ferramentas remotas. Também
serão utilizadas sugestões de Filmes, livros e “Lives” sobre o tema.

RECURSOS DIDÁTICOS NECESSÁRIOS

• Materiais em PDF;

• Internet;

• Materiais impressos.
PROPOSTA PARA A CULMINÂNCIA

Apresentação de documentário gravado pelos estudantes. Será também apresentado o


Portfólio do Estudante, onde estarão registradas as produções e materiais utilizados no decor-
rer das aulas.

AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada pela equipe gestora e professores, além da participação in-
dividual do estudante durante as aulas por meio da realização das atividades propostas e do
Portfólio do Estudante. A proatividade e o protagonismo de cada estudante também serão
avaliados de forma contínua.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Na-


cionais (PCN+), Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Brasília MEC, 2006

BRASIL, Base Nacional Comum Curricular, Brasília MEC, 2017

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