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UNIVERDIDADE PÚNGUÉ

Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologias

Educação para sexualidade e igualdade de género (metodologia e estratégias de


implementação no espaço escolar);

Licenciatura em Ensino de Quimica com a Habilidade em Biologia

Graça Alexandre Mbetassamba


Libia Cesario Gopane
Minelda da Amelia Mucipo
Rumisa Nilza Abraches Oliveira

Tete
Maio de 2023
Graça Alexandre Mbetassamba
Libia Cesario Gopane
Minelda da Amelia Mucipo
Rumisa Nilza Abraches Oliveira

Educação para sexualidade e igualdade de género (metodologia e


estratégias de implementação no espaço escolar);

Trabalho de pesquisa a ser entregue e apresentado na


Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia da
Universidade Púnguè, na cadeira de Transversal IV,
como requisito de avalição parcial, sob a orientação da
regente da cadeira.

Docente: MSc. Nércia João

Tete
Maio de 2023
Índice
1. Introdução..................................................................................................................4

1.1. Objectivos...................................................................................................................4

1.1.1.Objectivo Geral........................................................................................................4

1.1.2.Objectivos específicos..............................................................................................4

1.2. Metodologia...............................................................................................................5

2. Educação para sexualidade........................................................................................6

2.1. Objetivos da educação para a sexualidade nas escolas.............................................6

2.2. Importância da educação sexual nas escolas.............................................................7

2.3. Estratégias de implementação da educação sexual nas escolas.................................7

3. Educação para igualdade de gênero...........................................................................8

3.1. Objectivos da educação da igualdade de gênero........................................................8

3.2. Estratégias da educação para igualdade de gênero nas escolas..................................8

4. Conclusão.................................................................................................................10

5. Referências bibliográficas........................................................................................11
1. Introdução
O debate sobre educação para a sexualidade, igualdade das relações de gênero e a
diversidade sexual no nosso país remonta ao final do século XX, suscitado pelos
movimentos sociais: movimento negro, indígena, feminista, de mulheres, gay (hoje
LGBT), estudantil, pacifista, antibelicista e outros. Sua pauta reivindicativa tenciona o
poder público, visando à formulação de políticas que viabilizem práticas curriculares
voltadas à democratização das relações sociais, objetivando a construção de uma
sociedade inclusiva, pacífica e igualitária, promotora dos direitos humanos.

O conceito de gênero tem sido empregado pelas mais diversas áreas do conhecimento e
tem se constituído em categoria de análise complexa devido, sobretudo, a sua
polissemia. A este conceito são atribuídos sentidos e significados diferenciados tanto
pelas ciências naturais como pelas sociais. “Assim, antropólogos, sociólogos,
psicólogos, cientistas políticos foram dando cores diferentes ao conceito, conforme a
bagagem conceitual específica que suas disciplinas traziam”. Somente nos últimos
tempos “as feministas começaram a utilizar a palavra ‘gênero’ mais seriamente, no
sentido mais literal, como uma maneira de referir-se à organização social da relação
entre os sexos” (SCOTT, 1995, p. 72)

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

O objectivo geral do trabalho consiste em:

 Aprender a educação para sexualidade e igualdade de género.

1.1.2. Objectivos específicos

Para a materialização do objectivo geral deste trabalho foram definidos os seguintes


objectivos específicos:

 Falar da história da sexualidade;


 Conceitualizar a sexualidade;
 Objectivos de estudar a sexualidade na escola;
 Explicar como deve ser implementado o estudo da sexualidade na escola;
 Conceitualizar o género;
 Falar dos Objectivos do estudo da igualdade de género nas escolas;
 Explicar a importância da implementação do estudo da igualdade de género;

1.2. Metodologia

A metodologia usada neste trabalho foi o método bibliográfico onde se explorou os


livros didáticos e optou-se por fazer uma pesquisa qualitativa, com vista a fazer uma
recolha de informações qualitativas que justifiquem os assuntos relacionados com o
tema. Sendo assim, esta pesquisa permitiu nos ter um conhecimento aprofundado e
detalhado sobre a informação obtida através dos documentos pesquisados.
2. Educação para sexualidade
O termo surgiu no século XIX, segundo o filósofo Michel Foucault, passaria a marcar
algo diferente do que apenas um remanejamento de vocabulário. O uso de tal palavra é
estabelecido em relação a outros fenômenos, como o desenvolvimento de campos de
conhecimento diversos; a instauração de um conjunto de regras e normas apoiadas em
instituições religiosas, judiciárias, pedagógicas e médicas. Dessa forma, houve
mudanças no modo pelo qual os indivíduos são levados a dar sentido e valor a sua
conduta, desejos, prazeres, sentimentos, sensações e sonhos, de modo geral.
A informação sobre sexualidade é essencial na educação para a saúde. Assim, com vista
a uma vida saudável em sociedade, os jovens devem adquirir conhecimentos e
desenvolver atitudes e comportamentos nesta área. (LIONÇO e DINIZ, 2009, p. 10)

Os meios de comunicação, entre tantos outros que utilizam o sexo para chamar a
atenção das pessoas, acabam por estimular e criar curiosidades precoces até em
crianças, o que dificulta bastante o processo de conscientização e responsabilidade
individual dessas sobre o assunto. Dessa forma, se torna cada vez mais importante
ensinar os adolescentes quanto ao assunto, isso dentro de casa e nas instituições de
ensino. ” (LOURO, 2000, p. 55)

2.1. Objetivos da educação para a sexualidade nas escolas

A educação sexual em meio escolar tem caráter obrigatório e destina-se a todos os


alunos que frequentam estabelecimentos de ensino básico e secundário da rede pública e
os estabelecimentos da rede privada e cooperativa com contratos de associação, do
território nacional. A educação sexual tem os seguintes objectivos:
 Contribuir para a melhoria dos relacionamentos afetivo-sexuais entre os jovens;
 Contribuir para a redução de possíveis ocorrências negativas decorrentes dos
comportamentos sexuais, como gravidez precoce e infeções sexualmente
transmissíveis (IST);
 Contribuir para a tomada de decisões conscientes na área da educação para a
saúde e educação sexual.
 A educação sexual busca ensinar e esclarecer questões relacionadas ao sexo,
livre de preconceito e tabus. Antigamente e ainda hoje, falar sobre sexo provoca
certos constrangimentos em algumas pessoas, mas o tema é de extrema
importância, pois esclarece dúvidas sobre preservativos, DSTs, organismo
masculino e feminino, anticoncepcionais e gravidez.

2.2. Importância da educação sexual nas escolas

A educação sexual nas escolas é muito importante porque prepara os adolescentes para
a vida sexual de forma segura, chamando-os à responsabilidade de cuidar de seu próprio
corpo para que não ocorram situações futuras indesejadas, como a contração de uma
doença ou uma gravidez precoce e indesejada.
Infelizmente o ser humano tende a acreditar que o perigo sempre está ao lado de outras
pessoas e que nada irá acontecer com ele mesmo, o que o coloca vulnerável a tais
situações. Uma adolescente que engravida nesse período de transição corpórea pode
sofrer muitos problemas de saúde, como anemia, parto prematuro, vulnerabilidade a
infecções, depressão pós-parto, hipertensão, inchaço, retenção de líquidos, eclampsia,
convulsões e até mesmo a morte. Apesar de problemas fisiológicos, quando uma
adolescente engravida, ela passa também por problemas psicológicos, pois a mudança
de vida rápida exige grande adaptação e isso pode gerar conflitos, pois uma grande
etapa de sua vida foi pulada.
2.3. Estratégias de implementação da educação sexual nas escolas

Acreditamos que o melhor caminho para trazer o Tema à discussão e deixarmos os


nossos medos de lado, encarando a realidade que bate à nossa porta. Caso nos sintamos
inseguros como pais para fazê-los, devemos procurar um profissional qualificado para
nos orientar e não fugirmos às perguntas feitas pelas nossas crianças e adolescentes.
A Escola ficou com uma responsabilidade muito grande, pois as vivências das crianças
são múltiplas (cada família aborda o assunto dentro de seus conhecimentos e
limitações), e os questionamentos acabam caindo nas mãos dos educadores que, por
vezes, sentem-se inseguros em falar sobre sexualidade. (SCOTT, 1995, p. 72)

Acreditamos que a parceria Família e Escola cada vez mais integrada em prol da saúde
sexual das crianças formam adultos mais saudáveis e prontos para respeitar a
sexualidade do seu próximo e, assim, as diversas formas de bullying e/ou de violência
sexual serão coisa do passado. 
Essa parceria fundamental trará para o nosso País, cidadãos plenos em seus direitos e
deveres, capazes de trilhar suas vidas sem medo de dobrar a esquina e enfrentar
obstáculos. Por isso, não podemos, como família e educadores, deixar de lado a
orientação dos nossos filhos, nos mais variados campos da vida, incluindo a
sexualidade.

3. Educação para igualdade de gênero


A igualdade de género tem de começar no berço, mas a verdade é outra. A educação das
crianças ainda é muito estereotipada, não permitindo à criança o desenvolvimento de
um sentimento igualitário de género.
Os pais têm uma grande influência na criação do estereótipo de géneros nos miúdos
desde pequeninos. Isto porque as marcas sociais e culturais estão muito presentes de
modo discriminatório no que concerne às pessoas de género masculino e feminino.
RIBEIRO (2013),
No entanto, na prática, as crianças estão rodeadas de contextos que alimentam estes
˝estereótipos˝, Comportamentos esses que perpetuam “a continuidade de desigualdade
de direitos. No mundo profissional destas crianças perdurarão as dificuldades e
disparidades salariais. No seio familiar, na constituição da sua própria família, existirão
diferenças, nomeadamente a exacerbada soma de funções da mulher”, esclarece Sandra
Helena. Há coisas tão simples que fazem a diferença: “Por que será normal as
meninas serem chamadas de princesas e os meninos de super-heróis? Por que razão
não podemos chamar príncipes aos meninos e super-heroínas às meninas?”
3.1. Objectivos da educação da igualdade de gênero

A existência de alguns movimentos educativos, com o objetivo de se acabar com estas


atitudes quase cristalizadas de diferença, permite que se pense e reflita acerca desta
questão.
A Educação para a Igualdade de Género pretende incentivar os/as alunos/as conhecer o
Conceito Igualdade de Género. Com isso, procura promover igualmente os direitos das
mulheres e das raparigas e a igualdade de género em vários planos – político,
económico, social e cultural –, contribuindo para a eliminação de estereótipos.
SAFFIOTI (1999)

3.2. Estratégias da educação para igualdade de gênero nas escolas


Mas por que é que, em pleno século XXI, ainda é tão difícil educar para a igualdade?
“As ideias e atitudes de diferença de género estão muito enraizadas, preconcebidas,
acredita-se que homens e mulheres têm comportamentos apropriados para uns e outros,
e isto lentifica a mudança. Julgo que a conquista de igualdade de género está em
processo lento, mas com algum espaço de discussão, o que permitirá muito
gradualmente diminuir a desigualdade.

Nas escolas, encontra-se raparigas muito conscientes dos seus direitos, por outro,
rapazes e raparigas ainda muito agarrados aos papéis de género e isso é muito
preocupante”.

Se as famílias são importantes, as escolas também o são e o primeiro passo é as “escolas


permitirem que a criança explore sem barreiras. Por isso, numa creche, não faz sentido
haver um cantinho com brinquedos para meninos e outro para meninas, o que ainda
acontece. Há que dar ferramentas e espaço para as crianças experimentarem livremente,
diz Ângelo Fernandes, que lembra um vídeo da BBC para nos mostrar os estereótipos
enraizados: “Vestiram bebés do sexo masculino com roupas de meninas e vice-versa e
os educadores não os distinguiram, ou seja, puseram-nos a brincar com os respetivos
brinquedos associados ao sexo referente a cada roupa.

Igualdade de gênero “é dar liberdade às crianças para se exprimirem em casa ou na


escola. Se os meninos querem brincar com bonecas, que brinquem; se querem
fazer ballet, que façam; se as meninas querem jogar futebol, que joguem; se querem
brincar com um skate, que brinquem. “A educação para a igualdade de género deve ser,
principalmente, afirmativa e aberta a todas as expressões que as crianças entendam na
sua exploração e desenvolvimento, que podem ser ou não conformes com dicotomias de
género. Além disso, o questionamento de padrões estabelecidos e a educação para a
inclusão de variadas formas de expressão de género, conformes e inconformes,
constroem uma posição social menos discriminatória e mais construtiva para a
identidade”
4. Conclusão
Portanto, falar sobre sexualidade deve ter a mesma leveza de qualquer outro assunto que
seja pertinente à evolução de nossas crianças. Deve ser abordado principalmente nas
famílias, pois é nelas que se formam os primeiros laços emocionais, afetivos, e deve
existir um ambiente adequado para os primeiros passos sobre a sexualidade.

À escola, cabe complementar essa formação, contextualizando de forma didática e


respeitando as fases de desenvolvimento da criança. Estamos em pleno século XXI e
percebemos que as informações estão chegando às nossas crianças e adolescente de
forma deturpada, como se fosse algo errado se falar ou se perguntar sobre o assunto.
5. Referências bibliográficas
 LIONÇO, Tatiana; DINIZ, Debora. Qual a diversidade sexual dos livros
didáticos brasileiros? In LIONÇO, Tatiana; DINIZ, Debora. (Orgs). Homofobia
& Educação: um desafio ao silêncio / Brasília: LetrasLivres: EdUnB, 2009.
 LOURO, Guacira L. Currículo, gênero e sexualidade. Porto: Editora Porto, 2000
 PEREIRA, Maria Elisabete et al. Gênero e diversidade na escola: formação de
professoras/es em Gênero, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro
de conteúdo. Versão 2009. – Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: SPM, 2009.
 RIBEIRO Getúlio. Relações Interculturais na Diversidade. Disponível em:
http://pos.ead.ufal.br/mod/resource/view.php?id=1358. Acesso em 22 de
outubro de 2013. SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para a análise
histórica. Educação e Realidade, 1995. Disponível em:
www.4shared.com/.../joan_Scott_-_Gnero_uma_categor.htm - Acesso em 10 de
setembro de 2010.
 SAFFIOTI, Heleieth I. B. Primórdios do conceito de gênero. Disponível em
Cadernos Pagu, 1999 -ifch.unicamp.br. Acesso em 24 de Janeiro de 2014.

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