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Ivaiporã
2016
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Ivaiporã
2016
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Banca Examinadora:
_______________________________________
Nome do Professor(a) Orientador
_______________________________________
Nome do Professor(a) de Monografia
_______________________________________
Nome do Professor(a) Convidado(a)
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Desde que surgiu, a educação pública brasileira tem passado por várias mudanças
em relação ao ensino, ou seja, a forma como o conhecimento é transmitido ao aluno.
Atualmente, com o desenvolvimento do liberalismo, a educação tem características
que estão de acordo com os preceitos da organização econômica e financeira de
cada um. A Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em 1996,
adotou estes preceitos do liberalismo como seus objetivos. Assim, a educação
pública brasileira ganha o propósito de formar jovens e adolescentes não só para o
mercado de trabalho, mas também para sua participação na cidadania do país. A
implementação do ensino da Sociologia no Brasil foi tema de muitas discussões e de
um histórico conturbado. Pensando na importância da Sociologia é que este estudo
se fez necessário, traçando a trajetória da implementação da disciplina no Ensino
Básico.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................8
I PRIMEIROS PASSOS DA SOCIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO.............................10
1.1 A Sociologia no Brasil.........................................................................................10
1.2 Primeiros Passos da Sociologia.........................................................................12
1.3 O Papel da Sociologia........................................................................................13
II A OBRIGATORIEDADE DA SOCIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO.........................15
2.1 A Obrigatoriedade da Sociologia na Grade Curricular do Ensino Médio
Brasileiro...................................................................................................................15
2.2 A Luta pela Institucionalização: LDB/96 e DCNEM...........................................16
2.3 Finalmente a Conquista da Obrigatoriedade.....................................................18
2.4 As Contribuições das LDB’s e das OCN’s para o Ensino de Sociologia...........20
III O ENSINO DE SOCIOLOGIA E SUA IMPLEMENTAÇAO NO ESTADO DE SÃO
PAULO E A SOCIOLOGIA HOJE..............................................................................23
3.1 A Reforma Educativa.........................................................................................23
3.2 A Função da Sociologia.....................................................................................26
3.3 A Sociologia no Estado de São Paulo...............................................................27
3.4 A Sociologia no Brasil nos Dias de Hoje............................................................30
3.5 As Propostas do Ministério da Educação para a Disciplina de Sociologia.......32
CONCLUSÃO.............................................................................................................36
REFERÊNCIAS...........................................................................................................38
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INTRODUÇÃO
Desde que surgiu, a educação pública brasileira tem passado por várias
mudanças em relação ao ensino, ou seja, a forma como o conhecimento é
transmitido ao aluno.
Atualmente, com o desenvolvimento do liberalismo, a educação tem
características que estão de acordo com os preceitos da organização econômica e
financeira de cada um.
A Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em 1996,
adotou estes preceitos do liberalismo como seus objetivos. Assim, a educação
pública brasileira ganha o propósito de formar jovens e adolescentes não só para o
mercado de trabalho, mas também para sua participação na cidadania do país.
Contatando as salas de aula, é possível ver que os alunos e professores
passam por muitas dificuldades e problemas muito característicos. Os alunos se
mostram apáticos e desinteressados pelo ensino.
Enquanto os professores não se envolvem na preparação de bons planos de
aula. No entanto, é necessário deixar o senso comum para analisar os reais motivos
desse tipo de comportamento. O que está por trás das estruturas que causam
conflitos.
A Sociologia em meio a essas mudanças destina-se a formar uma
consciência crítica dos alunos para que entendam o que está acontecendo por meio
de sua própria realidade social. O objetivo é levá-los a questionar as causas da
estrutura capitalista, como elas acontecem.
A implementação do ensino da Sociologia no Brasil foi tema de muitas
discussões e de um histórico conturbado. Foi excluída dos currículos escolares
brasileiros a mais de 37 anos, devido ao regime militar (o período repressivo da
população imposta pela força armada), uma disciplina que ele considerava
desnecessária, ameaçadora e impertinente para os assuntos sociais da nação.
No entanto, antes deste tipo de Sociologia apontada, ocorreu uma que
figurou como disciplina obrigatória nos currículos escolares no Brasil em meados de
1925, através do então Ministro da Educação Gustavo Capanema, sob o comando
do mesmo governo que a exclui anos depois, com o presidente Getúlio Vargas.
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Pode-se afirmar que desde o final do século XIX a Sociologia vem sendo
praticada no ensino de Ciências Sociais no Brasil, mas o primeiro passo para a
implantação da Sociologia no Ensino Médio no Brasil foi no ano de 1890, este foi
dado por Benjamin Constant, que tinha forte influência nas tomadas de decisão do
Ministério da Instrução Pública e dos Correios e Telégrafos.
Constant propôs uma reforma no Ensino Médio, com esta reforma seria
inserida a Sociologia como disciplina obrigatória. No entanto, Constant morreu
durante a implantação dos novos currículos deixando de lado a Sociologia.
Assim, em 1925 com a reforma Rocha Vaz, a disciplina foi introduzida na
prática em escolas de Ensino Médio. Após este período veia a reforma Capanema
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que fez com que a Sociologia fosse banida. Em 1942 a disciplina é novamente
banida do currículo com a Reforma Capanema.
Em 1961 ela torna-se opcional segundo a LDB (Lei nº 4024/61 e encontra-se
entre as disciplinas humanísticas, logo, a Sociologia decaiu novamente. O período
de 1971 a 1982 foi de especial importância, ainda que negativa, na história da
disciplina, uma vez que foi substituída (mesmo mantendo-se opcional) pela disciplina
de Organização Social e Política Brasileira (OSPB). Com a abertura lenta e gradual
do governo Figueiredo, finalmente a sociologia começa seu retorno ao currículo do
ensino médio a partir de 1982, quando se extingue o ensino profissional (técnico),
defendido pelo regime militar em favor do ensino de caráter introdutório.
Três anos depois, um quarto das escolas têm aulas de sociologia. Inclusive
a tendência continuou até 1993/1994, declinando em seguida. A LDB 1996 trouxe
uma esperança renovada para os sociólogos que lutaram para a implementação
obrigatória, mas que, no entanto, foram logo frustradas com a publicação das
Diretrizes Curriculares Nacionais, em 1998, e pela Resolução CNE / CNB n º 15/ 98
e da Resolução CNE / CNB 03/98, que teve a implementação de governá-la e a LDB
assim de reiterar o caráter "interdisciplinar e contextualizado" da sociologia no
ensino médio. (MORAES, 2003, p. 8)
Voltando a ser discutida em 2004, por uma equipe do MEC encarregada de
rever os PCNs, depois de muito estudo e centenas de discussões a lei que tornava
obrigatório o ensino da Sociologia no ensino médio foi aprovada. (02/06/2008)
O sistema de educação pública brasileira hoje, isto é, dentro do sistema
atual, vem passando por situações típicas desse tipo de modo de produção. O
Estado estabelece uma finalidade para a rede de ensino, este objetivo está ligado
por relações de mercado.
Com o desenvolvimento do neoliberalismo, o objetivo da educação torna-se
de certa forma os jovens e adolescentes para a reestruturação produtiva do país.
Um exemplo disto é a discussão sobre a educação profissional, que tem como
objetivo capacitar os alunos para o mercado de trabalho, situação meio contraditória,
já que o sistema não oferece empregos suficientes para acomodar todos esses
jovens e adolescentes que se formam no Ensino Médio.
As LDB’s da educação nacional sugerem que a tarefa da educação deve
incluir não apenas a formação para o mercado de trabalho, mas preparar os alunos
13
estudantes do Ensino Médio a entender suas relações sociais, seu contexto, dar
respostas que muitas vezes não parecem tão imediatas e naturais.
Outro sociólogo que dedicou seus estudos para examinar a relação entre a
Sociologia a escola era Florestan Fernandes (1977), o seu estudo cita a
possibilidade de treinar os alunos de Sociologia para uma melhor compreensão das
relações racionais entre meios e os propósitos. Assim, os jovens e adolescentes vão
ser capazes de olhar para além da superficialidade de como a realidade mostra.
Florestan Fernandes cita algumas funções da Sociologia, que são:
Primeiro "para equipar e dar instrumentos aos estudantes para uma análise
objetiva da realidade social “, em segundo lugar "para estimular o
pensamento crítico e a vigilância intelectual" e por último "suavizar os
conflitos entre indivíduos". (1977, p.108)
Este ensinamento tem um interesse prático - específico, que hoje ainda não
é claro de que é ele pode ajudar a preparar as novas gerações para
manipular técnicas racionais de tratamento de problemas econômicos,
políticos, administrativos e sociais. (1977, p.118)
Para não perder de vista todo esse processo histórico, mas obrigado pelos
limites deste TCC, nosso olhar será mais voltado para o enquadramento legal da
última LDB e também o papel que o DCNEM e os seus pareceres e resoluções
tiveram que negar a Sociologia como disciplina obrigatória na Educação Básica.
Na esteira do processo global de desregulamentação neoliberal, a educação
escolar no Brasil foi fortemente influenciada pelas determinações da liberalização do
Banco Mundial e do FMI, a partir dos anos 1990.
A LDB/96 (Lei de Diretrizes e Bases) e as DCNEM/98 (Diretrizes
Curriculares Nacionais), re-contextualizaram o ensino secundário brasileiro, a fim de
atender às necessidades deste novo modelo econômico altamente excludente,
precário e flexível.
Apropriando-se do conceito de habilidades pedagógicas, a inclusão
obrigatória da disciplina de Sociologia foi substituída por “uma abordagem
interdisciplinar que, no final, seria capaz de fornecer o conhecimento de Sociologia e
filosofia na saída do sistema de ensino”. (CASÃO; QUINTEIRO, 2007, p.229) em
relação a Sociologia, o texto da LDB diz o seguinte:
Entre este novo palavreado veio a estas transversais, de modo que seriam
criados, então as áreas e não os assuntos, disciplinas. É a
desregulamentação que veio para a escola. Recusam-se a disciplinas como
ciência e se recusa a aprender no seu âmbito. Para eles, ter conhecimento
de Sociologia não significa introduzir a disciplina nos currículos dos cursos.
Basta, por exemplo, um professor de matemática para discutir com seus
alunos um artigo de jornal que aborda o desemprego em São Paulo, por
exemplo, ao digitar os percentuais brutos. Ele ensinaria Sociologia aos seus
alunos a comentaria sobre a situação de desemprego, concentração de
renda, queda de renda, etc. (citado em CASÃO; QUINTEIRO, 2007, pp.229-
230)
Assim, como disseram Casão e Quinteiro (2007) o OCN agora fornece uma
nova leitura do artigo 36 da LDB, fazendo uma crítica ao modelo neoliberal do
governo Fernando Henrique Cardoso e, mais especificamente, "as competências
pedagógicas do discurso que enfatiza a interdisciplinaridade". (2007, p. 234). Os
autores citados apontam que:
Para essa disciplina tão controversa sobre o que deve ou não deve ser
ensinado, é que os OCN’s, como a titulação sugere, orientam os professores para
que lhes permitam entregar conteúdo de qualidade e que eles são escolhidos por
análise crítica, como ainda não existe um padrão do que deve ser ensinado aos
alunos do Ensino Médio.
Portanto, discute os pressupostos metodológicos: questões, teoria e
conceitos, ilustrando-as e, obviamente, fazer algumas sugestões sobre o que e
como pode ser discutido em sala de aula. Além disso, clarificam-se as vantagens e
desvantagens de se trabalhar com estes cortes, como pode ser visto abaixo:
Tudo isso, em uma possível tentativa de impulsionar as aulas, uma vez que
estes não têm necessariamente de ser dada somente através da leitura, o que pode
tornar o ensino de Sociologia mais atraente para os jovens aprendizes, e, portanto,
resultar em um melhor resultado no processo de ensino e aprendizagem.
Estes documentos procuram legitimar o ensino de Sociologia ajudar o
caminho do conhecimento como um meio para resolver um problema concreto, o
reforço da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, articular o conhecimento
acumulado com as línguas modernas, com as tecnologias, finalidades e objetivos da
educação na contemporaneidade.
Assim, apresenta-se como uma tentativa de superar a fragmentação do
conhecimento, portanto, fornece uma relação entre as diversas áreas do
conhecimento.
Esta é a voz que está sendo espalhada pelos professores na escola, como
uma ajuda para a educação. No entanto, na prática, muitos professores ainda
limitam as suas aulas de acordo com a disciplina que ensina, como se eles não têm
qualquer relação com o outro, ou na melhor das hipóteses, procurar a ajuda de
outras disciplinas, mas tratá-los como adjuntos que carrega em uma deturpação de
o que consiste interdisciplinar proposto de não priorizar estes componentes
curriculares, portanto:
Neste período foi aprovada uma nova carreira e salário foi substituído por
uma política de subsídio dado por critérios políticos, o que resultou na intensificação
do trabalho.
A reforma traz com ela a criação de canais de deliberação democrática, a
circulação de ideias e projetos com a participação de reais docentes. Medidas de
reforma educacional veio como obrigação e nunca como uma discussão com os
professores.
O processo de descentralização é marcado pela centralização das decisões
e a criação de uma central de controle sobre o número de alunos matriculados, a
imposição de currículo diferenciado e encaminhamento de recursos para as escolas,
de acordo com interesses políticos.
No processo de "mudança" do sistema de ensino público, o governo conta
com o apoio de grandes grupos que controlam os meios de comunicação. Desta
forma, a imprensa tem contribuído para difundir a ideia de que o declínio das escolas
públicas é culpa dos professores, que são mal preparados, preguiçosos, não têm
compromisso com o aluno, etc.
O fechamento de escolas é justificado como uma consequência natural da
qualidade de ensino ministrado pelos professores. Assim, o que pretendiam passar é
que se os professores não ensinam lições interessantes, reproduzem práticas
arcaicas, tem conhecimento defasado frente as constantes mudanças nos valores e
costumes do mundo de hoje, espera-se que os estudantes procuram escolas mais
interessantes.
O processo de desqualificação do ensino abordado por Suarez Stubrin
destaca a violência simbólica imposta pela reforma educacional. A violência a que se
refere, está a tentar desqualificar o conhecimento de ensino, que visa impor
mudanças na cultura escolar, levando os professores a desacreditar o seu próprio
conhecimento e jogá-los cada vez mais a uma posição subordinada.
Assim, concluo que o significado da reforma da educação no Estado de São
Paulo está a transformar a escola pública em outra instância de reprodução das
desigualdades sociais, reduzindo o nível de ensino para níveis nunca antes vistos. O
professor é o foco central da reforma visa mudar o professor e não o aluno.
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Este ensinamento tem um interesse prático e específico, que hoje ainda não
é evidente. É aquele ele pode ajudar a preparar as novas gerações para
manipular técnicas racionais tratamento de problemas económicos,
políticos, administrativos e sociais.
Hoje em dia a Sociologia vem buscando cada vez mais a sua posição na
casa das Ciências Sociais, buscando novos rumos e uma metodologia que se
encaixa nos novos temas que aparecem na virada do século.
Um marco que acontece com a confirmação da Sociologia no currículo das
escolas de Ensino Médio, uma grande conquista, já que os sociólogos foram
perseguidos pela ditadura militar e também um grande salto quando se considera
que a sociedade brasileira vive em busca de uma democracia real.
José Pastore e Nelson do Valle Silva, em Mobilidade Social no Brasil,
demonstram os resultados da mobilidade social no Brasil, fazendo uma comparação
entre os dados adquiridos nos anos 1970 e final dos anos 90.
Eles apresentam uma nova ascensão da classe média que vem se formando
nas bases no Brasil, que é um país em que muitos sobem pouco, e poucos vão para
cima, o que gera um inchaço na base da pirâmide social. Neste mesmo trabalho, o
prefácio é parte de Fernando Henrique Cardoso, que diz:
Com base nisso, os temas propostos para compor o currículo do curso, por
exemplo: processo histórico de construção das desigualdades sociais; a
concentração de poder e renda; O conceito de cultura; o conceito de ideologia; o
papel da indústria cultural e da mídia comunicação em massa; noções políticas; etc.,
já trazem em si tanta ligação com a realidade estudantes e as suas experiências
diárias que é inevitável, mesmo se o professor não faz tomar a iniciativa de realizar a
conexão teórica para o real, o estudante não fazer isso para si mesmo essa relação,
pelo menos, com os conceitos mais sugestivos.
Além deste raciocínio que se tornou slogan ou clichê - forma cidadão crítico
- entende-se que há outro objetivo mais decorrentes de concretude que a
sociologia pode contribuir para a formação do jovem brasileiro: ou a
aproximar-se de uma nova linguagem especial que a sociologia oferece
33
CONCLUSÃO
Tendo em conta todos estes aspectos discutidos durante este trabalho, foi
possível identificar várias questões sobre as dificuldades enfrentadas pela educação
brasileira. O objetivo das escolas, seguindo as LDB’s, a formação de estudantes
para o mercado de trabalho e para serem bons cidadãos.
Ao mesmo tempo, a LDB ensina que a função da disciplina de Sociologia é
formar alunos críticos.
As consequências desta relação é que a Sociologia vem chegando perto
dessa perspectiva de ensino para o trabalho. E, as disciplinas mais valorizadas são
aquelas que contribuem diretamente para essa formação. Esta é uma das razões
para a resistência para implantar a Sociologia depois que se tornou obrigatória.
As Escolas acabaram voltando sua atenção para os objetivos de gestão e os
objetivos burocráticos. O importante não é dar uma educação de qualidade ao aluno,
mas para que sejam aprovados. Na prática, as salas de aula da Rede Pública
Estadual, possuem em média 45 a 50 alunos durante o Ensino Fundamental e
Médio. São estudantes que possuem pouco capital cultural e absorvem como projeto
educacional de seu próprio Estado a “Progressão Continuada” que é legitimada por
lei e tem como objetivo promover de série todos os alunos do Ciclo I (1ª a 5ª série) e
Ciclo II (5ª a 9ª série), independentemente do que os professores ou as escolas
pensam ou avaliam sobre eles.
A decisão sobre quem é aprovado na Rede Pública, não é necessariamente
dos professores, e sim da LDB (Lei de Diretrizes e Bases) ela prevalece em toda
Rede Pública Estadual de São Paulo.
Essa regra da LDB prevaleceu até 2013 e será revisada em 2014, ano em
que prevê uma alteração, conforme “anunciado pelo então Governador Geraldo
Alckmin”. Será alterada no sentido de reduzir a reprovação em todas ás séries do
Ensino Médio.
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O aluno da Rede Estadual de São Paulo "poderá talvez", ser retido somente
no 3º ano (Ciclo I), 6º (Ciclo II) e 9º Ciclo III). Durante todo o Ensino Médio, que é
uma fase muito importante, ele precisará apenas comparecer na escola tendo em
vista que nestas séries não mais se prevê a reprovação para 2014.
Assim, fica de lado o objetivo central da educação, o tipo de pedagogia
sendo usado para a transmissão de conteúdos para os alunos. E juntamente com
este processo, aparece a imagem do professor cansado e oprimido, que, devido às
aulas excessivas e pouco tempo para se dedicar na preparação dos seus planos de
aula e das atividades para aplicação do conteúdo
Acredita-se que a nova geração de estudantes está imergida no mundo do
consumo, da informação rápida. Não adianta pegar o professor na sala de aula e
simplesmente falar da forma sociológica clássica e suas contribuições.
Precisa-se de algo que vai além disso, são decorrentes de alunos que estão
habituados a exemplificar sua realidade social, o seu ambiente. Por meio disto,
haverá uma compreensão das relações sociais, o aluno vai entender suas práxis e
ser reconhecido como direito na História.
Portanto, a implementação do estudo de Sociologia no Ensino Médio, sugere
uma reflexão que poderá contribuir com um futuro melhor para todos, pois visa
formar cidadãos mais críticos e cientes de suas responsabilidades perante a
sociedade.
Dessa forma, ainda que sua implementação tenha passado por inúmeras
dificuldades, principalmente no Estado de São Paulo, onde houve resistência na
implementação da disciplina, sendo efetivada apenas no ano de 2009, por força de
lei.
É preciso conscientizar a todos o quanto a Sociologia pode contribuir para
uma sociedade melhor para todos e, dessa forma, nossos jovens possam absorver
com mais consciência a preciosa reflexão que esta disciplina pode propiciar e trazer
para suas vidas e seu futuro.
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REFERÊNCIAS
IANNI, O e Cardoso, F.H., Homen e Sociedade, S.P., Cia Ed. Nacional, 1961.
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