Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 2
1
INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao
da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno
se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para
que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça
a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual,
é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
2
1 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com
3
Essa política tem como objetivo garantir o acesso, a participação e a
aprendizagem dos EPAEE favorecendo assim o processo de inclusão desses sujeitos
na rede regular. Para chegar até esse marco, os caminhos trilhados pelas pessoas
com deficiência. Miranda (2007) observou que os conceitos e o pensamento político de
cada época foram determinantes na forma como as pessoas com deficiência eram
vistas e tratadas, e identificaram em diversos países europeus e na América do Norte,
quatro estágios na evolução do atendimento a essa população.
A primeira fase perdurou até o século XVII, foi marcada pela exclusão social,
onde eram legítimas as condutas de rejeição, perseguição, exploração e eliminação
das pessoas com deficiência. Entre os séculos XVIII e XIX, ocorreu a fase de
institucionalização marcada pela segregação social. As pessoas com deficiência
passaram a receber atendimento em instituições assistenciais especiais de cunho
filantrópico ou religioso. A terceira fase, observada no final do século XIX e início do
século XX, foi caracterizada pela inserção das pessoas com deficiência em escolas
especiais comunitárias ou classes especiais inseridas em escolas públicas. E por volta
de 1970 foi identificada a quarta fase, por meio do movimento mundial pela integração
social, com o objetivo de integrar as pessoas com deficiência em ambientes
educacionais, o mais próximo possível daqueles oferecidos às pessoas consideradas
normais (OMODEI, 2013).
Entretanto, ao analisar a história da Educação Especial no Brasil verifica-se que
o atendimento educacional especial ocorreu em momentos diferentes quando
comparados aos países europeus e norte-americanos. Essas demarcações não
contemplam o movimento histórico que fez emergir tais práticas sociais envolvendo as
pessoas com e sem deficiências. No entanto, deixa evidente que essas práticas são
mutáveis, o que inspira para continuidade do processo de luta por outra sociedade, com
outros modos de relações sociais (MIRANDA, 2007).
Ao resgatar o processo histórico de constituição e desenvolvimento da
Educação Especial no Brasil identifica-se como marco inicial a criação, por Dom Pedro
II, do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854 e do Instituto dos Surdos-
Mudos em 1857, ambos na cidade do Rio de Janeiro (MAZZOTTA,1996).
Embora a criação desses institutos tenha sido um avanço sem precedentes
às pessoas com deficiência da época, Miranda (2007,p. 3) adverte que:
4
se referiu mais às deficiências visuais, auditivas e, em menor quantidade,
às deficiências físicas. Podemos dizer que em relação à deficiência mental
houve um silêncio quase absoluto.
Fonte: google.com
5
privadas e sem fins lucrativos. E em 1954 é criada a Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais (APAE). Nesse mesmo período o governo lança campanhas com o
intuito de favorecer o atendimento às pessoas com deficiência. Segundo Miranda
(2007, p. 4):
A primeira campanha foi feita em 1957, voltada para os deficientes
auditivos –“Campanha para a Educação do Surdo Brasileiro”. Esta campanha
tinha por objetivo promover medidas necessárias para a educação e assistência
dos surdos, em todo o Brasil. Em seguida é criada a “ Campanha Nacional
da Educação e Reabilitação do Deficiente da Visão”, em 1958.
6
No início da década de 1990 foi realizada na Tailândia a “Conferência Mundial
sobre a Educação para Todos: satisfação das necessidades Básicas de
aprendizagem”. Como produto desse evento foi lançada a Declaração Mundial
“Educação para todos”, do qual o Brasil foi signatário, que assegura o direito à
educação de todos os indivíduos, independente da singularidade de suas
características.
Mas, somente em 1994, o princípio da inclusão foi apontado pela primeira vez
a partir da Declaração de Salamanca sobre Princípios, Políticas e Práticas em
Educação Especial, emitida por meio da “Conferência Mundial sobre Necessidades
Educacionais Especiais: acesso e qualidade” ocorrida na Espanha. O documento
orientador estabelece que “crianças e jovens com necessidades educativas especiais
devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar por meio
de uma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro dessas
necessidades” (ONU, 2006).
Fonte: https://docplayer.com.br
Fonte: www.rioverde.go.gov.br
10
todas as crianças e jovens capaz de garantir sua permanência na escola e
apropriação/produção de conhecimento tendo como alvo possibilitar-lhes
participação na sociedade. O princípio norteador é a crença na possibilidade
de desenvolvimento do ser humano, tratando-se as diferenças individuais como
fatores condicionantes do processo de escolarização que precisam ser
consideradas quando se tem compromisso com a educação para todos.
2 EDUCAÇÃO ESPECIAL
3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
11
Fonte: todospelaeducacao.org.br
Discutir as condições necessárias para garantir o direito à educação das pessoas
que necessitam da educação especial no Brasil, atualmente, significa refletir a proposta
de inserção desses alunos nas escolas, especialmente sobre a política de incentivo à
aprendizagem em salas regulares de escolas regulares e sobre o estado atual da atual
Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da inclusão (MATOS; MENDES,
2014).
A inclusão escolar é entendida como um princípio filosófico e um processo
marcado por muitas contradições, na medida em que avança no que diz respeito à
igualdade de oportunidades, direitos à diversidade e frequência escolar. A facilidade
dessas pessoas chegarem à escola é um momento único na história do Brasil. Inclui
meios pedagógicos que buscam remover todas as barreiras, externas ou internas aos
alunos, que impedem ou impedem a convivência, a participação ou o aprendizado na
escola e, com isso, educar esses alunos na sala comum é importante para seu
desenvolvimento integral e não apenas para promover a socialização (CARVALHO,
2000 citado por MATOS; MENDES, 2014).
Ingles (et al. 2014) refere-se às políticas educacionais no que diz respeito à
formação de professores no território nacional, necessidades de mudança, preparação
de professores, planejamento ou reestruturação da programação dos cursos, com o
auxílio da formação para poder trabalhar de forma integral em escolas inclusivas como
resultado das discussões nos artigos que analisam.
12
Não foram desenvolvidos muitos métodos de pesquisa e/ou ensino para alunos
superdotados ou altamente superdotados. No entanto, a taxa de matrícula na educação
básica ultrapassa 2 milhões, e seus direitos também são protegidos por políticas, e
mesmo assim, a educação desses alunos é invalidada por desinformação, falta de
formação acadêmica, capacitação dos funcionários da escola como um todo, para
apoiar esses alunos (PEREZ; FREITAS, 2011).
Segundo Pereira e Léa (2018) formação de professores no processo de ensino
propõe uma abordagem no contexto da educação inclusiva. Os alunos devem estar
preparados para lidar com as diferenças a partir da singularidade, diversidade e
personalidade de todas as crianças, saber refletir sobre a aprendizagem de cada aluno,
mas considerar o todo, pois todos precisam aprender juntos.
Fonte: playtable.com.br
Silva (2017) afirma que o debate sobre o uso de novas tecnologias como
ferramentas no processo educacional está se tornando cada vez mais comum. “Entre
todos os temas que marcaram o início deste século, o progresso tecnológico é sem
dúvida o mais recente.”
A própria educação inclusiva é uma escolha para o desenvolvimento humano. A
partir dessa constatação, as pessoas têm percebido que o uso da tecnologia está cada
vez mais aparecendo no dia a dia de educadores e alunos. Percebe-se que a proposta
de “educação de qualidade” exige posicionamento do poder público, que deve prover e
promover os meios de disponibilizar a tecnologia a todos, dentro ou fora do ambiente
educacional. Como mencionado anteriormente, no cotidiano o tema “educação e
tecnologia” tem aparecido repetidamente em inúmeros debates, principalmente aqueles
que discutem a inclusão de alunos com necessidades especiais. Dado que o próprio
país fornece muitas informações a este respeito. Entre eles, podemos citar informações
relevantes da Comissão Nacional de Educação (CNE) (Brasil, 2009) e do próprio
Ministério da Educação (MEC).
16
Segundo Alencar (2005), Paulo Freire expressou sua visão sobre tecnologia.
Segundo o autor, a compreensão de Freire surpreendeu a todos. Ele disse que a
tecnologia é "uma das grandes manifestações da criatividade humana". Pode-se dizer
que os recursos técnicos desempenham um papel coadjuvante na educação. Segundo
Alencar (2005), Paulo Freire dizia em 1977 que “o educador deve estar preparado para
dominar a tecnologia, não a tecnologia domina as pessoas”.
Essas informações reforçam os dados registrados no manual da AEE, que
fornece diretrizes e padrões para os professores da sala de recursos se prepararem com
base nas recomendações de inclusão técnica. De acordo com a resolução do Conselho
Nacional de Educação (CNE / CEB nº 4/2009, artigo 12º, diz: “Para exercer o ensino
especializado e o trabalho de enfermagem, os professores devem passar por uma
formação preliminar para que possam exercer a docência e a formação específica na
educação especial ”(BRASIL, 2010, p. 9).
A partir dessas informações, a realidade atual pode ser utilizada para promover
o pensamento de Paulo Freire de que o professor pode superar obstáculos desde que
esteja preparado para dominar a tecnologia. Portanto, Rodrigues (2019) acredita que
devido à importância da educação complementar, o uso de tecnologia é inevitável.
Porém, é importante perceber que os educadores que atuam na sala de recursos do
AEE também são "apaixonados por recursos técnicos", pois é deles que se obtêm os
resultados esperados (RODRIGUES, 2019, p. 7, 22).
De acordo com nossa análise, é muito comum os pais fornecerem telefones
celulares aos filhos, mesmo que sejam muito especiais. Porém, é claro que mesmo os
celulares ou tablets estão repletos de recursos técnicos que podem ser usados para a
educação (PAULA OLIVEIRA; NASCIMENTO, 2020).
17
Fonte: static.wixstatic.com
Segundo Costa Jr (2012), “Na era digital, mesmo nas tribos, as pessoas podem
usar a tecnologia para aprender”. (Costa JR, 2012, p. 38). Na opinião do autor, a escola
está mais conectada e moderna do que nunca. Com essas informações, observa-se
que mesmo as escolas mais remotas podem utilizar a tecnologia na educação.
A tecnologia em si já é um marco importante na vida das pessoas,
principalmente no campo da educação especial, onde se encontram pessoas com
necessidades educacionais especiais (NEE). Segundo Bellinii (2013), são pessoas
que não podem realizar atividades. Certo tipo de deficiência, disse Affonso (2016), seja
física ou mental, fará com que seu processo de aprendizagem seja muito atrasado.
Atualmente existem algumas ferramentas que podem ajudá-lo a resolver o problema
de dependência, como os aplicativos de texto para fala , você pode mover o software.
Tal como acontece com os jogos de entretenimento, as pessoas com deficiência
também têm o direito de se divertirem.
Para Parente (2018), com esse grande avanço no número de estudantes de
pessoas com necessidades especiais na escola, é necessário atualizar os métodos de
ensino com o objetivo de oferecer aos alunos com deficiência uma participação mais
ativa na aprendizagem, pois deve-se aproveitar a geração tecnológica, com novos
recursos sendo utilizados corretamente pode se tornar um grande auxílio na inclusão
ensino-aprendizagem desses alunos. O uso dessas novas tecnologias estão se
expandindo muito rapidamente nas instituições de ensino, sendo um dos fatores para o
18
crescimento desses recursos o acesso à internet onde 62% está sendo utilizado nos
Anos Iniciais, 79,5% nos Anos Finais e 91,3% no Ensino Médio. Outro fator muito
importante seria a utilização dos laboratórios de informática, onde pode-se encontrar
42,2% disponíveis nos Anos Iniciais, 63,7% nos Anos Finais e 79,9% no Ensino Médio.
Isso mostra que as ferramentas tecnológicas podem oferecer uma ótima qualidade de
ensino e aprendizagem se forem utilizadas de maneira correta (REDAÇÃO, 2018).
Esses recursos tecnológicos podem ser utilizados de diversas formas, usando o
método correto, os alunos podem obter habilidades socioemocionais, análise e rápida
tomada de decisão, buscar novos conhecimentos e ter respeito à diversidade, quanto
as pessoas com necessidades especiais, a tecnologia pode estimular seu aprendizado
de maneira atrativa, além de apresentar uma forma para que os mesmos se sintam parte
do grupo escolar juntamente com os outros alunos (PARENTE, 2018).
A tecnologia pode ser usada em diferentes situações, surgindo para ajudar nas
tarefas no dia a dia, até mesmo onde sua utilização é improvável, a mesma pode ser
usada de várias maneiras a fim de facilitar determinado trabalho ou atividade que está
sendo desenvolvida (KARASINSKI, 2013).
Segundo Andreazzi (2018) o uso da Tecnologia Digital pode ser de grande
contribuição para a educação dos alunos na escola, através do uso de novas dinâmicas
de aula, pois a mente humana se interessa muito em usufruir de novas coisas, por este
motivo, a utilização de recursos tecnológicos acaba tornando as aulas mais prazerosas,
despertando a atenção dos alunos com novos conhecimentos e novas práticas de
ensinar.
19
Fonte: googleusercontent.com
20
Assim sendo, a interdisciplinaridade nasceu da necessidade de enfrentar
problemas que não eram alcançados por nenhum saber isoladamente, sendo eles:
problemas sociais, econômicos e políticos, que necessitavam de uma diversidade de
saberes, sendo o ponto de partida o mesmo até os dias atuais. Pensar o processo
interdisciplinar é enxergar um todo, abrindo-se para a multiplicidade de ângulos
existentes, e, dentro do ambiente escolar engloba o professor e seu meio, sua formação
e ideário. A interdisciplinaridade, se dá pela intersubjetividade dos sujeitos inseridos no
ambiente interdisciplinar da escola, e que por consequência, são inseridos na vivência social
(no mundo) ” (SALGADO & SOUZA, 2017, p. 10).
22
5.2 O Papel da Interdisciplinaridade nas Salas de Recursos
Multifuncionais
23
(SALGADO et al., 2017).
Outro fator relevante concernente a modalidade da educação especial, é a
formação dos profissionais da educação envolvidos nesse processo de inclusão, pois
deve-se zelar pelo respeito à diversidade e acolhida. Mantona, Prieto e Arantes (2006),
destacam que: “os conhecimentos sobre o ensino de alunos com necessidades
educacionais especiais não podem ser de domínio apenas de alguns ‘especialistas’, e
sim apropriados pelo maior número possível de profissionais da educação, idealmente
por todos”.
Esse processo não se resume simplesmente em inserir esse aluno no espaço
escolar, mas sobretudo, fazer com que ele faça parte desse lugar, que ele interaja nesse
ambiente. As autoras expressam que tratar de inclusão é difícil, se não houver uma
redefinição no ensino no país, no qual suas perspectivas são fragmentadas e
tradicionalistas, sendo necessário enfrentar as barreiras apresentadas, a procura de
soluções coletivas. Contudo, a interdisciplinaridade é uma relação de investigação
constante em busca do saber em sua totalidade, superando o pensamento fragmentado
e entrelaçando os diversos conhecimentos. O professor que se abre para essa
metodologia de trabalho interdisciplinar valoriza mais o processo de ensino
aprendizagem, abrindo-se para novas descobertas e outorgando novos passos no
caminho do conhecimento de ambos, tornando-se em pesquisadores, e, portanto,
estabelecendo a interdisciplinaridade como uma nova modalidade de pesquisa científica
(GODOY, 2014).
24
Fonte: https://laboro.edu.br
O Conselho Nacional de Educação, por meio da Resolução CNE/CEB nº 4/2009,
estabelece as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado
na Educação Básica, definindo que:
25
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com
27
7 O PAPEL DO GESTOR PEDAGÓGICO NA ORGANIZAÇÃO DA
ESCOLA INCLUSIVA
Fonte: googleusercontent.com
28
transformação do cotidiano escolar (CAVALCANTI, 2014) trabalhando para a
realização de uma escola com perspectiva inclusiva.
Mas sabe-se que a inclusão escolar não é apenas de alguns professores, ou
uma iniciativa pessoal da gestão escolar. Para isso, é preciso que a escola seja
gerida por meio de relações na implementação de uma cultura escolar inclusiva, que
se concretiza com a democratização das decisões e na divisão de responsabilidade
com o corpo docente. Quanto mais democrática for a escola, mais inclusiva será,
pois a sua real abertura para todos implica a democratização do ensino. Se a
escola é para todos, certamente deverá abarcar, no processo de escolarização,
os alunos com necessidades educacionais especiais, seja qual for a sua
origem (SILVA & LEME, 2009).
Por consequência, para uma escola com perspectiva inclusiva, torna-
se necessário o envolvimento de todos os membros da equipe escolar no
planejamento de ações e programas voltados à temática (SANT’ANA, 2005). Neste
sentido, Lima (2005) também se refere à adoção de uma liderança participativa,
mencionando que as novas tarefas exigidas pela política inclusiva não são compatíveis
com um estilo de “direção-burocrática” que fica presa atrás de papéis em sua
mesa. Pelo contrário, uma educação escolar na perspectiva inclusiva implica a
existência de uma “direção-líder”, gestora de processos e, principalmente, de
pessoas que compartilham e coparticipam de uma mesma comunidade educativa.
Fonte: nova-escola-producao.s3.amazonaws.com
29
Segundo Ferroni & Cia (2014, p. 202),
A família é o primeiro grupo que o indivíduo é inserido, com isso ela não só
acaba sendo um sistema que promove interações, relações e criações, com todas as
suas normas, regras e valores, mas se torna a responsável pelo desenvolvimento dos
seus membros, sendo um elo entre o indivíduo e a sociedade. Por isso, a família precisa
estar ciente de que é através dela que o filho vai desenvolver sua personalidade,
aprendendo a compreender o mundo dentro da realidade vivida e a se relacionar com
outras pessoas fora do contexto familiar. Segundo Corrêa (2010, p. 150), mais que isso,
30
terá sentido diferente em cada família, levando-os a agir cada um de uma forma.
Segundo Corrêa (2010, p. 144),
Haverá aqueles que, logo ao identificar o problema, percebem que nada poderá
ser feito a respeito e que ele é real e está ali. Estes aceitarão a dificuldade como
alguma coisa que não podem mudar e, de forma realista e equilibrada, irão
encará-la de frente, como fizeram em outras situações. Escolherão, mais tarde,
formas de lidar com aquela dificuldade e com o desespero. No outro extremo
desses padrões de reação, estão aqueles que passarão a vida inteira em
lágrimas de autopiedade e martírio, sentindose perdidos, não amados, isolados
e incompreendidos.
32
distintas, mas quando ambas procuram estratégias conjuntas beneficiam o processo educativo.
Fonte: portal27.com.br
No processo de busca da necessária modernização, a família é considerada um
papel-chave e um dos membros da comunidade escolar, e várias reflexões têm
apontado o seu papel na gestão democrática: Qual a relação entre a escola e a família?
Que papel você desempenha na tomada de decisões? Que medidas precisam ser
tomadas para fortalecer a parceria entre escola e família? No entanto, também é
necessário compreender a visão da família sobre a escola, e em que medida (ou em
que medida) a escola lhes conferiu o direito de participar de forma efetiva por meio de
uma abordagem mais democrática e coletiva (ARANTES, 2011; LAURINDO; GUERRA,
2016; MARAGON; CHAVES, 2013; SANTOS, 2011; SILVA; LIMA, 2009).
Segundo Haines et al., (2015) uma possível resposta a essas perguntas é que
muitas decisões são tomadas no nível macro, excluindo o nível micro do processo de
tomada de decisão.Em termos de gestão, a participação de alunos e familiares ainda
parece ser vista como algo estranho, o que pode ser o principal obstáculo à educação
inclusiva e à gestão democrática (SILVA, MORAES E OLIVEIRA 2011). Porém, na
33
perspectiva da gestão democrática, “as escolas precisam existir nas comunidades, e as
comunidades precisam existir nas escolas”, essa parceria é essencial para garantir o
sucesso e a inclusão de todos os alunos da escola (MARAGON; CHAVES, 2013, p. 8)
Nesta linha de raciocínio, a gestão se configura como democrática quando é
caracterizada por diferentes vias, que assumem igual importância para a dinâmica
escolar, sendo elas:
34
reconhecimento e participação se efetivem de fato, é importante, como apontam Dessen
e Polonia (2007), estudar a relação entre escola e família em contextos diversos, e
investir na escola para fortalecer esse vínculo, com vistas ao desenvolvimento dos
alunos. Silva e Lima (2009) destacam o espaço escolar e o espaço familiar mantêm uma
relação estreita, pois ambos são carregados de tarefas educativas, e ambos têm suas
dimensões e singularidades. Ao considerar a importância de uma gestão democrática e
a articulação entre a comunidade escolar e a família rumo à construção de uma escola
inclusiva, o estudo de Silva e Silva (2016) buscou compreender como a gestão escolar
desenvolve os conceitos de democracia e inclusão nas escolas, a relação entre
democracia e educação e compreender como a gestão lida com a educação inclusiva.
Para chegar aos resultados, utilizou-se o seguinte procedimento: Participar da
observação e entrevistar um gestor e dois coordenadores pedagógicos de uma escola
do Estado de Pernambuco. Os resultados mostram que a gestão democrática contribui
para a construção de um espaço baseado na liberdade e na participação de todos os
alunos no processo de ensino.
Santos (2011) tem como objetivo determinar as práticas estabelecidas pela
gestão escolar na construção de escolas inclusivas. Participaram do estudo diversos
profissionais que atuam na escola, como a diretora, a vice-diretora, a coordenadora de
ensino do ensino fundamental e a coordenadora de ensino do ensino médio. Para a
coleta de dados, foram utilizadas entrevistas pessoais, roteiros elaborados e análise de
arquivo, plano de trabalho do coordenador pedagógico, cadastro de turmas de trabalho
didático em grupo (ATPC) e sugestões pedagógicas da escola sobre o cotidiano da
escola e de seus atores. Os resultados mostram que as pessoas entendem e
reconhecem a importância da gestão compartilhada, mas os profissionais entrevistados
não indicaram em seus relatos que a gestão precisa construir escolas inclusivas. Desse
modo, conclui-se que embora existam ações de gestão para a educação inclusiva, elas
são formuladas de forma isolada e têm pouca fundamentação e organização nas
diretrizes da escola.
35
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
36
BRASIL. (2006). Sala de recursos multifuncionais: espaços para atendimento
educacional especializado. Brasília: Ministério da Educação/MEC. Secretaria de
Educação Especial/SEESP.
BRASIL. III Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Um olhar
através da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da
ONU: Novas perspectivas e desafios. Brasília, 2012.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: MEC; Seed,
2010.
38
GODOY, H. P. (2014). Interdisciplinaridade: uma nova abordagem científica? Uma
filosofia da educação? Um tipo de pesquisa? Revista Interdisciplinaridade, nº 4.
39
MANTOAN, M. T. E., PRIETO, R. G., & ARANTES, V. A. (Org.). (2006). Inclusão
CAVALCANTI, A. V. (2014). O papel do Gestor escolar no processo de
inclusão. ColloquiumHumanarum,11 (Especial), p. 1014-1021. escolar: contos e
contrapontos. São Paulo: Summus.
40
práticas na área das necessidades educativas especiais. Salamanca: Unesco,
1994.
PEREIRA, I. B. (2008). Verbete Interdisciplinaridade. In: Pereira, I.B., & Lima, J.C.F.
Dicionário da educação profissional em saúde. 2 ed. Rev. Ampl. Rio de Janeiro:
EPSJV. (pp. 263-268).
41
REIS, J. S. Lutas, vivências e afetos: perspectivas da família para a pessoa
público-alvo da Educação Especial. 2020.
42
SILVA, C. R.; MORAES, A. I. D.; OLIVEIRA, A. A. S. Gestão democrática, educação
inclusiva e formação de professores: encontro de possibilidades? In:
CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE FORMAÇÃO DE EDUCADORES, 11.;
CONGRESSO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, 1., 2011
43