Você está na página 1de 39

Unidade II

Unidade II
5 ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

5.1 Educação profissional no Brasil: contexto histórico

Figura 5

Procurando fazer um resgate histórico da educação profissional no Brasil, este texto se pautou
nas informações e dados descritos no parecer CNE/CBE nº 16/99, que trata das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a educação profissional de nível técnico, e no documento intitulado Centenário da Rede
Federal de Educação Profissional e Tecnológica, do Ministério da Educação.

O processo educacional da formação profissional, em sua trajetória, foi destinado aos desfavorecidos
socialmente, visto que seu objetivo primórdio era formar operários com pouca qualificação, isto até a
década de 1970.

Já na década de 1980 surgiram novas formas de organização e de gestão que modificaram


estruturalmente o mundo do trabalho com o desenvolvimento de tecnologias complexas vinculadas à
produção e à prestação de serviços.

Em consequência, passou a ser exigida uma sólida base de educação


geral para todos os trabalhadores; educação profissional básica aos não
qualificados; qualificação profissional de técnicos; e educação continuada
para atualização, aperfeiçoamento, especialização e requalificação de
trabalhadores (BRASIL, 1999a).
36
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Diante da perspectiva apresentada, compreende-se a necessidade do atendimento a novas áreas,


bem como a de ampliar a qualidade da educação profissional – visto a exigência de trabalhadores com
mais qualificação para o exercício profissional em empresas. Em nossos tempos, a educação profissional
é um meio para que jovens tenham acesso ao mundo científico.

Nessa trajetória histórica, o Parecer CNE/CBE nº 16/99 noticia que o primeiro esforço para que
houvesse a profissionalização tem sua origem em 1809, com a criação do Colégio das Fábricas por D.
João VI. Já no ano de 1816 propõe-se a criação de uma escola que tinha como objetivo a articulação do
ensino das ciências e do desenho para ofícios mecânicos, a denominada Escola de Belas Artes.

Entre 1840 e 1856 foram criadas dez Casas de Educandos e Artífices em capitais de província, sendo a
primeira em Belém do Pará, a fim de viabilizar o atendimento a menores abandonados, prioritariamente.

Ainda nessa perspectiva histórica, na segunda metade do século XIX, mais especificamente em
1861, é organizado o Instituto Comercial do Rio de Janeiro, que formava pessoas principalmente para
preenchimento de cargos públicos em Secretarias de Estado.

No decorrer do tempo, muitas escolas técnicas foram instituídas:

• 1861 – ocorreu a organização do Instituto Comercial do Rio de Janeiro.


• 1931 – foi criado o Conselho Nacional de Educação e também foi efetivada uma reforma
educacional, conhecida pelo nome do Ministro Francisco Campos, que prevaleceu até 1942 –
ano em que começou a ser aprovado o conjunto das chamadas Leis Orgânicas do Ensino, mais
conhecidas como Reforma Capanema, conforme visto no Parecer CNE/CBE nº 16/99.
• 1934 – com a Constituição desse ano, um novo formato para a educação nacional foi traçado
pelo plano nacional de educação.
• 1937 – Somente na Constituição de 1937 foi tratada a questão do ensino técnico profissional,
conforme disposto em seu artigo 129, lido a seguir:

O ensino pré-vocacional e profissional destinado às classes menos


favorecidas é, em matéria de educação, o primeiro dever do Estado. Cumpre-
lhe dar execução a esse dever, fundando institutos de ensino profissional e
subsidiando os de iniciativa dos estados, dos municípios e dos indivíduos ou
associações particulares e profissionais.

É dever das indústrias e dos sindicatos econômicos criar, na esfera de


sua especialidade, escolas de aprendizes destinadas aos filhos de seus
operários ou de seus associados. A lei regulará o cumprimento desse
dever e os poderes que caberão ao Estado sobre essas escolas, bem
como os auxílios, facilidades e subsídios a lhes serem concedidos pelo
poder público (BRASIL, 1937).

37
Unidade II

• 1941 – A partir de 1941, mudanças ocorreram no processo educacional, o ensino profissional


passou a contar com exames de admissão, bem como foi considerado também de nível médio.

Conforme descrito no Parecer CNE/CEB nº 16/99 (BRASIL, 1999a, p. 7), “a partir de 1942 são baixadas,
por Decretos-Lei, as conhecidas Leis Orgânicas da Educação Nacional”:

• 1942 – Leis Orgânicas do Ensino Secundário (Decreto-Lei nº 4.244/42) e do Ensino Industrial


(Decreto-Lei nº 4.073/42).
• 1943 – Lei Orgânica do Ensino Comercial (Decreto-Lei nº 6.141/43).
• 1946 – Leis Orgânicas do Ensino Primário (Decreto-Lei nº 8.529/46), do Ensino Normal (Decreto-
Lei nº 8.530/46) e do Ensino Agrícola (Decreto-Lei nº 9.613/46).

Nesse período histórico, foram instituídos o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e
o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial); além disso, as chamadas escolas de aprendizes
artífices transformaram-se em escolas técnicas federais.

• 1971 – Em 1971, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 5.692), é instituída e
vem trazendo novidades para a educação profissional, visto que generaliza a profissionalização no
segundo grau, nomenclatura dada ao Ensino Médio. De acordo com Manfredi (2002, p. 105), essa
Lei instituiu “a profissionalização universal e compulsória para o ensino secundário”. Com a Lei
5.692/71, ocorre um novo avanço para a educação profissional, visto que tal legislação generaliza
a profissionalização no segundo grau, como se denominava o Ensino Médio na vigência da
então Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Com a profissionalização obrigatória, há a
ampliação significativa do número de vagas e matrículas nas escolas técnicas federais, bem como
a diversificação para implantação de novos cursos técnicos.
• 1978 – De acordo com o documento Centenário da Rede Federal de Educação Profissional e
Tecnológica, do Ministério da Educação, em 1978, com a Lei nº 6.545, três Escolas Técnicas Federais
(Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro) são transformadas em Centros Federais de Educação
Tecnológica – CEFETs.
• 1996 – Com a instituição da Lei 9.394 neste ano, alterações ocorreram na educação nacional, e o
Ensino Médio passa a ser considerado como etapa final da educação básica.

Saiba mais
Vale a pena ler o texto Uma análise dos antecedentes históricos e
legais do ensino obrigatório no país e de sua ampliação para nove anos,
de Marcelo Luís Ronsoni, disponível em <http://www.histedbr.fae.
unicamp.br/acer_histedbr/seminario/seminario8/_files/yWNahLb.doc>.
Nesse texto você poderá aprofundar seu conhecimento sobre as questões
históricas do ensino no Brasil.
38
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

5.2 Educação profissional e a LDB 9.394/96

Em seus primórdios, a educação profissional possuía um caráter assistencialista; entretanto, a


partir de 1996, com a instituição da Lei 9.394, um capítulo específico passou a cuidar da educação
profissional. Esse período educacional começou a ser tratado separado da educação básica, e o
Capítulo III do Título V da Lei 9.394 – Dos níveis e das modalidades de educação e ensino – trata
da educação profissional e tecnológica. No novo enfoque, é estabelecida a educação profissional
e tecnológica em seu artigo 39; já no artigo 40, está prescrito que a educação profissional deve
ser articulada com o ensino regular, e a questão do reconhecimento e certificação está prevista
no artigo 41. Com a inserção desses capítulos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
novas legislações passam a tratar da educação profissional para atender às previsões legais – o
que ocorre por meio de Diretrizes Curriculares, Pareceres e também por Decretos para instituir
programas específicos de educação profissional.

Com a necessidade de vagas, criou-se pelo Decreto 2.208/97 o Programa de Expansão da Educação
Profissional – Proep. Nesse Decreto também é estabelecida a organização do currículo para a educação
profissional de nível técnico independente ou articulada com o Ensino Médio, de tal modo que o alunado
teria uma formação técnica e a formação da educação básica como um todo. Para tanto, conforme visto
no artigo 2º do Decreto 2.208/97:

[...] a educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino


regular ou em modalidades que contemplem estratégias da educação
continuada, podendo ser realizada em escolas de ensino regular, em
instituições especializadas ou nos ambientes de trabalho e abrangerá os três
níveis: básico, técnico e tecnológico (BRASIL, 1997).

De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da educação profissional de nível técnico


(BRASIL, 2000):

• o ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências em nosso cotidiano;

• os currículos dos cursos de educação profissional devem atender às demandas do mundo


globalizado e do trabalho;

• a educação profissional, na perspectiva de um novo paradigma de interesse social, deve capacitar


o jovem para exercer sua real cidadania como sujeito ativo, social e histórico.

No ano de 2006 foi realizada uma Conferência de Educação Profissional e Tecnológica. Essa foi a
primeira conferência que o Ministério da Educação realizou em toda sua história, e o evento contou
com a participação de 2.761 participantes. Veja a seguir dados do censo escolar desse mesmo ano a
respeito das matrículas no Ensino Médio e na educação profissional técnica de nível médio no Brasil por
dependência administrativa:

39
Unidade II

Quadro 3

Ensino Médio (EJA) Educação


Experiência Ensino Médio Ensino Médio Profissional
administrativa (regular) Presencial Semi-presencial (total) Técnica de Ensino
Médio
Brasil 8.906.820 1.345.165 405.497 10.657.482 744.690
Federal 67.650 814 - 68.464 79.878
Estadual 7.584.391 1.172.870 371.398 9.128.659 233.710
Municipal 186.045 45.754 15.558 247.357 23.074
Privada 1.068.734 125.727 18.541 1.213.002 408.028

Fonte: elaborado a partir de INEP/Censo escolar 2006.

Observação

A partir de 2007, com a nova fase do Plano de Expansão da Rede Federal


de Educação Profissional e Tecnológica, foram estabelecidos novos cursos,
de acordo com as demandas local e regional – o que culminou, em 2008,
na instituição do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, cujo objetivo é
divulgar e regular a oferta de cursos técnicos no país.

Também não se pode deixar de lado as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação
profissional de nível técnico, instituída pela Resolução CEB nº 4, de 8 de dezembro de 1999, que
diz em seu artigo 6º o que se entende por competência profissional. Assim, segundo tal Resolução,
competência profissional é a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores,
conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades
requeridas pela natureza do trabalho.

Lembrete

As competências requeridas pela educação profissional, considerada a


natureza do trabalho, são as:

• competências básicas, constituídas no Ensino Fundamental e Médio;

• competências profissionais gerais, comuns aos técnicos de cada área;

• competências profissionais específicas de cada qualificação ou


habilitação.

40
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

5.3 Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio: uma nova


organização por eixos tecnológicos

Figura 6

Diante da trajetória histórica da educação profissional, o Ministério da Educação delibera em 2006,


por meio do Parecer CNE/CES nº 277/2006, o novo formato para organização da educação profissional
técnica de nível médio formado por eixos tecnológicos. Em 2008, institui o Catálogo Nacional de Cursos
Técnicos de Nível Médio pela Resolução do CNE/CEB nº 3, de 09 de julho de 2008, que estabelece em
seu artigo 3º que:

[...] os cursos constantes do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de


Nível Médio serão organizados por eixos tecnológicos definidores de um
projeto pedagógico que contemple as trajetórias dos itinerários formativos
e estabeleça exigências profissionais que direcionem a ação educativa das
instituições e dos sistemas de ensino na oferta da educação profissional
técnica (BRASIL, 2008).

Agregando ao todo 185 possibilidades, o catálogo apresenta 12 eixos estabelecidos para agrupar os
cursos:

• Ambiente, Saúde e Segurança;


• Apoio Educacional;
• Controle e Processos Industriais;
• Gestão e Negócios;
• Hospitalidade e Lazer;
• Informação e Comunicação;
41
Unidade II

• Infraestrutura;
• Militar;
• Produção Alimentícia;
• Produção Cultural e Design;
• Produção Industrial;
• Recursos Naturais.

5.4 Serviços de apoio escolar: educação profissional técnica de nível médio


na área educacional

Sabendo-se que o trabalho educacional realizado na escola não se limita ao professor, pois é
estabelecido no processo relacional entre todos os segmentos de trabalhadores da educação, as Diretrizes
Curriculares para a área educacional são estabelecidas por meio do Parecer CNE/CEB nº 16/2005.

Os profissionais não docentes constituem-se em “um segmento


historicamente esquecido e não contemplado pelas políticas oficiais” e que
o “o novo contexto social fez da escola um espaço de exercício de múltiplos
papéis, o que requer a presença de vários profissionais da educação. Esta
realidade coloca em cena os funcionários de escola” (BRASIL, 2005a).

Assim, nas instituições de ensino da educação básica são encontrados profissionais não docentes
que carecem de formação profissional adequada nas variadas funções. Outro aspecto relevante a se
considerar, nesse contexto, é que grande parte desses funcionários não passaram por processos seletivos,
gerando, portanto, prejuízos em sua formação e escolarização .

Nesse sentido, justifica-se que a Secretaria de Educação Básica do MEC inclua no rol das áreas
profissionais a criação de uma nova área técnica de profissionalização: o Apoio Educacional. Essa área

[...] servirá não só para a aquisição das competências para o bom


desenvolvimento das atividades educacionais, área que requer competentes
e compromissados profissionais, mas será também um instrumento
importante para a construção da identidade social desses funcionários e
para sua valorização profissional (BRASIL, 2005a).

Portanto, ainda de acordo com o Parecer CNE/CEB nº16/2005, pode-se caracterizar a área e dizer as
competências na seguinte conformidade:

• Caracterização da área:

Compreende atividades em nível técnico, de planejamento, execução,


controle e avaliação de funções de apoio pedagógico e administrativo nas

42
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

escolas públicas e privadas de educação básica e superior, nas respectivas


modalidades. Tradicionalmente, são funções educativas que se desenvolvem
complementarmente à ação docente. Esses serviços de apoio escolar são
realizados em espaços como secretaria escolar, manutenção de infraestrutura,
cantinas, recreios, portarias, laboratórios, oficinas, instalações esportivas,
jardins, hortas e outros ambientes requeridos pelas diversas modalidades
de ensino. As funções de secretaria escolar, alimentação escolar, multimeios
didáticos e infraestrutura dão origem às habilitações profissionais mais
correntes na área (BRASIL, 2005a).

• Competências profissionais gerais do técnico da área:

— identificar o papel da escola na construção da sociedade contemporânea;


— assumir uma concepção de escola inclusiva, a partir do estudo inicial e permanente da história,
da vida social pública e privada, da legislação e do financiamento da educação escolar;
— identificar as diversas funções educativas presentes na escola;
— reconhecer e constituir identidade profissional educativa em sua ação nas escolas e em órgãos
dos sistemas de ensino;
— cooperar na elaboração, execução e avaliação da proposta pedagógica da instituição de ensino;
— formular e executar estratégias e ações no âmbito das diversas funções educativas não docentes,
em articulação com as práticas docentes, conferindo-lhes maior qualidade educativa;
— dialogar e interagir com os outros segmentos da escola no âmbito dos conselhos escolares e de
outros órgãos de gestão democrática da educação;
— coletar, organizar e analisar dados referentes à secretaria escolar, à alimentação escolar, à
operação de multimeios didáticos e à manutenção da infraestrutura material e ambiental;
— redigir projetos, relatórios e outros documentos pertinentes à vida escolar, inclusive em
formatos legais, para as diversas funções de apoio pedagógico e administrativo.

• Competências específicas de cada habilitação profissional:

Estas competências serão definidas pelas unidades de ensino, tendo como delineamento as Diretrizes
Curriculares Nacionais para os cursos técnicos de nível médio definidas pelo Conselho Nacional de
Educação, bem como as normas específicas dos sistemas de ensino. Suas estruturas serão definidas nos
planos de curso de acordo com o perfil profissional esperado.

Descreveremos a seguir o Eixo Tecnológico: Apoio Educacional, que compõe um dos cursos técnicos
de nível médio proposto pelo Catálogo Nacional1:

1 
Disponível em: <http://catalogonct.mec.gov.br/et_apoio_educacional/et_apoio_educacional.php>. Acesso em:
15 out. 2012.
43
Unidade II

5.4.1 Eixo Tecnológico: Apoio Educacional

Figura 7

O Eixo Tecnológico: Apoio Educacional compõe o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e


compreende atividades relacionadas ao planejamento, execução, controle e avaliação de funções
de apoio pedagógico e administrativo em escolas públicas, privadas e demais instituições.
Tradicionalmente, são funções que apoiam e complementam o desenvolvimento da ação educativa
intra e extraescolar.

Os serviços de apoio educacional são realizados em espaços como secretaria escolar, bibliotecas,
manutenção de infraestrutura, cantinas, recreios, portarias, laboratórios, oficinas, instalações esportivas,
almoxarifados, jardins, hortas, brinquedotecas e outros espaços requeridos pela educação formal e não
formal.

Observação

A organização curricular desses cursos contempla estudos sobre


concepção de educação, administração democrática do ensino, organização
da educação nacional, bem como ética, normas técnicas e de segurança,
redação de documentos técnicos, raciocínio lógico, além da capacidade de
trabalhar em equipes, com iniciativa, criatividade e sociabilidade.

A seguir estão descritos os seis cursos técnicos que compõem o Eixo Tecnológico: Apoio Educacional,
contidos no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do Ministério da Educação.

44
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Técnico em Alimentação Escolar (1.200 horas)2

Prepara a alimentação dos estudantes, conforme o cardápio e orientações definidas por


nutricionista. Organiza e executa os fluxos de aquisição e armazenamento de alimentos e
insumos necessários ao preparo da alimentação escolar. Organiza e controla os ambientes
de preparo e de fornecimento da alimentação aos estudantes. Organiza, controla e executa
os processos de higienização dos alimentos, de preparo e do fornecimento das refeições.
Atua como educador alimentar na escola, sob supervisão de nutricionista.

Quadro 4

Possibilidades de temas a serem Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada


abordados na formação
Alimentação escolar, educador
alimentar, cozinhas e cantinas.
Alimentação e educação. Biblioteca com acervo específico e
Nutrição. Escolas públicas e privadas, centros atualizado.
Alimentação saudável. de formação profissional, centros de Laboratório de informática com
Princípios e técnicas de assepsia capacitação de pessoal, órgãos de programas específicos.
pessoal, de materiais e de utensílios. sistemas e redes de ensino. Laboratório didático: cozinha e
Papel social da escola, relação refeitório escolar.
escola-sociedade.
Planejamento e legislação escolar.
Gestão escolar democrática.

Técnico em Biblioteconomia (800 horas)3

Atua no tratamento, recuperação e disseminação da informação em ambientes físicos


ou virtuais. Executa atividades auxiliares especializadas e administrativas relacionadas à
rotina de bibliotecas ou centros de documentação e informação, quer no atendimento ao
usuário, quer na administração do acervo ou na manutenção de banco de dados. Colabora
no controle e na conservação de documentos e equipamentos.

Quadro 5

Possibilidades de temas a serem Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada


abordados na formação
Bibliotecas e centros de documentação.
Aquisição, tombamento, catalogação e
classificação de materiais bibliográficos e Bibliotecas, centros de Biblioteca com acervo
documentais. documentação, empresas
administradoras de conteúdo Laboratório de einformática
específico atualizado.
Gerenciamento de bibliotecas. com
Manutenção e conservação preventiva do para internet. programas específicos.
acervo. Instituições públicas e privadas.
Organização de espaço físico e do acervo.
Atendimento aos usuários reais e virtuais.

2 
Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_alimentacao_escolar.php>. Acesso
em: 15 out. 2012.
3 
Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_biblioteca.php>. Acesso em: 15 out.
2012.
45
Unidade II

Técnico em Infraestrutura Escolar (1.200 horas)4

Atua na definição e execução de processos e fluxos de manutenção preventiva e


corretiva dos equipamentos escolares e sistemas hidrossanitários. Organiza, administra
e operacionaliza procedimentos de racionalização e economicidade no uso dos recursos
energéticos e hidráulicos da escola. Auxilia na gestão dos vários espaços escolares na
perspectiva de mantê-los como espaços educativos. Colabora na mediação de conflitos
com o entorno ambiental, atua na preservação e conservação do meio ambiente intra e
extraescolar.

Quadro 6

Possibilidades de temas a serem Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada


abordados na formação

Desenvolvimento social e ambiental.


Equipamentos hidráulicos e
sanitários.
Reparos prediais. Biblioteca com acervo específico e
Ecologia, preservação e conservação Escolas públicas e privadas, centros atualizado.
ambiental. de formação profissional, centros de Laboratório de informática com
Captação, distribuição e consumo de capacitação de pessoal, órgãos de programas específicos.
água. sistemas e redes de ensino. Laboratório de instalações
Papel social da escola, concepções de hidrossanitárias.
educação, relação escola–sociedade.
Planejamento, gestão e legislação
escolar.

Técnico em Multimeios Didáticos (1.200 horas)5

Promove a mediação entre recursos tecnológicos e a prática educativa escolar.


Orienta e apoia a comunidade escolar na utilização dos equipamentos tecnológicos
disponíveis. Prepara apresentações e materiais didáticos produzidos pelos educadores.
Difunde as práticas de utilização dos recursos tecnológicos (planejamento,
organização, execução e controle de utilização dos equipamentos e programas). Indica
novos recursos tecnológicos para a ampliação e atualização do acervo multimidiático.
Zela pela manutenção, controle e armazenamento dos equipamentos tecnológicos e
programas da unidade escolar.

4 
Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_infraestrutura_escolar.php>. Acesso
em: 15 out. 2012.
5 
Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_multimeios_didaticos.php>. Acesso
em: 15 out. 2012.
46
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Quadro 7

Possibilidades de temas a serem Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada


abordados na formação
Tecnologia e informação.
Aplicativos de informática.
Redes de computadores.
Internet. Escolas públicas e privadas, centros Biblioteca com acervo específico e
Comunicação e aprendizagem. de formação profissional, centros de atualizado.
Papel social da escola, concepções de capacitação de pessoal, órgãos de Laboratório de informática com
educação, relação escola–sociedade. sistemas e redes de ensino. programas específicos.
Planejamento, gestão e legislação
escolar.
Leitura e produção de textos.
Logística e gestão de materiais.

Técnico em Orientação Comunitária (800 horas)6

Auxilia e apoia a organização de grupos de interesse na comunidade, colaborando em


ações de cultura e desenvolvimento local. Atua também em diferentes temáticas (meio
ambiente, turismo, trabalho e renda, saúde, educação, esporte e lazer). Trabalha sob supervisão
de profissional de nível superior da área social, contribuindo para o desenvolvimento de
lideranças comunitárias. Participa, ainda, de campanhas educativas. Colabora na integração
da comunidade com suas escolas, articulando e promovendo ações de aproximação positiva
entre elas.

Quadro 8

Possibilidades de temas a serem Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada


abordados na formação

Políticas públicas sociais.


Psicologia social e comunitária.
Formação de lideranças.
História e diversidade de movimentos Instituições públicas, privadas e do Biblioteca com acervo específico e
sociais. terceiro setor. Conselhos tutelares, atualizado.
Educação popular. associações comunitárias, conselhos Laboratório de informática com
Economia solidária. sociais, sindicatos e cooperativas. programas específicos.
Comunicação social comunitária.
Educação para o consumo.
Desenvolvimento e sustentabilidade.

Técnico em Secretaria Escolar (1.200 horas)7

Colabora com a gestão escolar, atuando na organização de registros escolares.


Operacionaliza processos de matrícula e transferência de estudantes, de organização de

6 
Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_orientacao_comunitaria.php>. Acesso
em: 15 out. 2012.
7 
Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_secrectaria_escolar.php>. Acesso em:
15 out. 2012.
47
Unidade II

turmas e de registros do histórico escolar dos estudantes. Controla e organiza os arquivos


com registros da vida acadêmica, processos de registro de conclusão de cursos e colação de
grau. Registra em atas as sessões e atividades acadêmicas específicas.

Quadro 9

Possibilidades de temas a serem Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada


abordados na formação
Características da vida acadêmica.
Registros e controles acadêmicos.
Papel social da escola, concepções de Escolas públicas e privadas, centros Biblioteca com acervo específico e
educação, relação escola–sociedade. de formação profissional, centros de atualizado.
Planejamento, gestão e legislação capacitação de pessoal, órgãos de Laboratório de informática com
educacional. sistemas e redes de ensino. programas específicos.
Leitura e produção de textos.
Informática.
Atendimento ao público.

6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE

Figura 8

De repente, a vida começou a impor-se,


a desafiar-me com seus pontos de interrogação,
que se desmanchavam para dar lugar a outros;
eu liquidava esses outros e apareciam outros.
(Carlos Drummond de Andrade)

48
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

O Ministério da Educação, juntamente com atores sociais representativos do mundo laborativo,


elaborou um documento que orientasse e organizasse os cursos técnicos a serem oferecidos, conforme
visto a seguir:

Ao longo de 2007 e no primeiro semestre de 2008, especialistas de todo


o país, além de representantes dos sistemas de supervisão de ensino dos
estados, juntamente com representantes de outros órgãos do governo
somaram esforços ao Ministério da Educação para elaborar o Catálogo
Nacional dos Cursos Técnicos que servirá na orientação de estudantes e
instituições de ensino na oferta de cursos técnicos (BRASIL, 2008a, p. 8).

Também é necessário citar que é oferecido neste catálogo como os cursos devem ser organizados,
seguindo a seguinte conformidade:

A organização dos cursos de educação profissional e tecnológica será


realizada por eixo tecnológico, possibilitando diferentes itinerários
formativos. O eixo tecnológico por sua vez, pode ser entendido como
uma linha central de estruturação de um curso, definida por uma matriz
tecnológica. Essa estruturação orienta a definição dos componentes
essenciais e complementares do currículo, expressa a trajetória do itinerário
formativo e estabelece as exigências pedagógicas.

Em linhas gerais, o novo paradigma da educação profissional e tecnológica,


na nova configuração do trabalho e diante das mudanças tecnológicas
do nosso tempo, deve servir de alavanca para o desenvolvimento social,
econômico e cultural, na expectativa de novas possibilidades de inclusão
social, na geração de novas oportunidades de trabalho e de novas
perspectivas de boa qualidade de vida (SANTOS, 2010, pp. 62-63).

De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico


(BRASIL, 2000c), o ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências em nosso
cotidiano. Desse modo, faz-se necessária a seguinte pergunta: na elaboração curricular, quais são as
competências fundamentais para atender às demandas futuras e as da atualidade?

Novas formas de comunicação, de pensar e de aprender tornam as escolas desafiadas à implementação


de modos alternativos, diferenciados e flexibilizados, a fim de possibilitar práticas inovadoras no que
tange à educação profissional.

Segundo a Resolução CNE/CEB nº 04/99 (BRASIL, 1999c), que institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a educação profissional de nível técnico, no artigo 6º, parágrafo único, incisos I, II e III,
são estabelecidas as competências requeridas pela educação profissional, considerada a natureza do
trabalho:

• Competências técnicas: constituídas no Ensino Fundamental e Médio.


49
Unidade II

• Competências profissionais gerais: comuns aos técnicos de cada área.


• Competências profissionais específicas de cada qualificação ou habilitação.

Diante do exposto, em nosso cotidiano torna-se necessária a transformação do mundo por meio do
homem, como bem pontuou Freire (1987, p. 78):

[...] a existência humana não pode ser muda, silenciosa, tampouco pode
nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras verdadeiras, com que os homens
transformam o mundo. Existir, humanamente, é pronunciar o mundo, é
modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado
aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles como pronunciar. Não é no silêncio
que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.

Sem dúvida, a descoberta de competências a serem estabelecidas nos currículos dos cursos de
educação profissional, que atendam às necessidades, é um tema complexo, tanto por conta da sociedade
do conhecimento em que vivemos como pelo mundo globalizado que se estabeleceu.

Para tanto, é necessário partir do conhecimento da realidade de que o cidadão deverá estar preparado
para atuar atendendo às diversidades encontradas no mundo profissional, não se atendo apenas às
especificidades de uma habilitação específica e sim à abrangência das competências dispostas para cada
área do conhecimento. Para um melhor entendimento, verificaremos o significado de alguns termos e
conceitos básicos:

• Empregabilidade: segundo Cabrera (2006), a empregabilidade “é a capacidade de acumular e


manter atualizadas suas competências, seu conhecimento e sua rede de relacionamentos, de
forma a ter sempre em suas mãos o arbítrio sobre seu projeto de carreira”.
• Profissão: de acordo com Flory (et al 2004, p. 19), “é uma área em que a pessoa está capacitada a
trabalhar, [...] designa um conjunto, muitas vezes definido pessoa a pessoa, de ocupações possíveis
para aquele profissional”. Portanto, a capacitação em uma profissão pode ser obtida por meio de
estudo formal, de experiência profissional, da vivência ou por meio da troca de experiência, entre
outras.
• Carreira: conforme aponta Flory (et al 2004, p. 22), “significa o conjunto de ocupações e profissões
que você já desempenhou em sua vida, montando o corpo de experiências e responsabilidades
pelas quais já passou”, ou seja, é a soma de todas as experiências ocupacionais do profissional.
• Ocupação, cargo, função: englobam as atividades que o cidadão realiza no mundo do trabalho. “É
o conjunto de postos de trabalho substancialmente iguais quanto a sua natureza e qualificações
exigidas, [...] é um conjunto articulado de funções, tarefas e operações destinadas à obtenção de
produtos e serviços” (SERT/SP, 2003, p. 34).
• Emprego: segundo Flory (et al 2004), é o vínculo que uma pessoa tem com alguém ou com
alguma instituição, no qual essa pessoa é paga para exercer determinada função. É a condição de
estar empregado, uma função de mercado.
50
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

É preciso pensar nos verbetes emprego e trabalho. São sinônimos? Vejamos: emprego, segundo
definição de Mattos (1996, p. 201), é o “ato de contratar para um serviço, para um trabalho”; ainda
de acordo com o mesmo autor, trabalho significa “lugar em que se trabalha, obra realizada” (Mattos,
1996, p. 523). Diante do exposto, pode-se pensar que o cidadão que não tem emprego não trabalha;
entretanto, ele pode trabalhar por conta própria, sendo autônomo, prestador de serviços ou empresário,
entre outros formatos.

• Mercado: é o que se deseja pelo desejado, ou seja, conjunto de consumidores potenciais do


produto ou serviço oferecido por determinada empresa ou profissional (FLORY et al., 2004, p. 23).

• Área profissional: campo de ação ou exercício de determinada profissão que reúne ocupações e
atividades para as quais se supõe um determinado preparo (SERT/SP, 2003).

Saiba mais

Para conhecer melhor esse assunto, leia a obra Emprego não cai do
céu: como planejar sua vida para garantir empregabilidade, de FLORY (et
al 2004).

É indispensável conhecer esses conceitos antes de se escolher uma profissão, pois muitos
indivíduos os confundem e acabam desperdiçando seus talentos, habilidades e competências.
O processo de escolha de uma profissão não é fácil e demanda conhecimento das necessidades
contemporâneas do mercado de trabalho, bem como a verificação das variadas possibilidades
abertas ao cidadão.

Assim, a educação profissional, na perspectiva de um novo paradigma de interesse social, deve


capacitar o cidadão a atender a tal demanda. É assim que a pessoa se prepara para exercer sua real
cidadania como sujeito histórico, ativo e social.

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional de nível técnico estão
expostas as premissas básicas para a definição de currículos a partir de competências profissionais.
Mas o que é considerado competência profissional? À luz da legislação vigente, é a capacidade de
articulação e mobilização dos conhecimentos e habilidades adquiridos e necessários para o bom
desenvolvimento das atividades realizadas, de acordo com a natureza do trabalho.

Assim, resta ao pedagogo verificar se a prática pedagógica desenvolvida pela escola está
atendendo única e exclusivamente aos preceitos mercadológicos ou se ela também está voltada
para uma formação que seja capaz de ser, ao mesmo tempo, inclusiva e transformadora da realidade,
além de contribuidora do desenvolvimento do país – e não apenas formadora de mão de obra
qualificada.

51
Unidade II

7 DIDÁTICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL:


MÉTODOS E TÉCNICAS

Continuando a pensar na atuação do professor da educação básica e profissional, vamos


estudar um pouco os métodos e técnicas que podemos utilizar na prática para transformar nossas
aulas em momentos de construção de conhecimento para alunos e (por que não?) para o professor
também.

7.1 Pensando sobre a Didática

Quais são os procedimentos, as técnicas, as metodologias, os instrumentos e os recursos de que se


pode lançar mão na prática pedagógica? Como escolher os métodos e/ou técnicas de ensino para cada
modalidade, disciplina, aula ou conteúdo? Ou melhor, como ensinar?

Para tal, se faz necessário discutir um conceito já conhecido do aluno de Pedagogia da UNIP
Interativa, pois foi trabalhado em outras disciplinas: a Didática. Vamos retomá-lo brevemente?

Observe:

De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra didática é o feminino substantivado de didático e vem
do grego didaktikós, sendo relativa ao ensino ou à instrução.

Didática vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que significa arte ou técnica
de ensinar (técnica de dirigir e orientar a aprendizagem).

Lembrete

Didática é a parte da Pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de


ensino destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica.

A didática estuda os processos de ensino e aprendizagem. Conhecê-la é fundamental para que


possamos ir adiante nesses dois processos. De uma forma mais ampla, poderíamos dizer que ela é, como
defendia o grande educador Comenius, um método universal de ensinar tudo a todos.

E de ensinar com tal certeza, que seja impossível não conseguir bons
resultados.

E de ensinar rapidamente, [...] sem nenhum aborrecimento para os alunos


e para os professores, mas antes com sumo prazer para uns e para outros.

E de ensinar solidamente, não superficialmente e apenas com palavras,


mas encaminhando os alunos para uma verdadeira instrução, para
os bons costumes e para a piedade sincera [...] como de uma fonte viva
52
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

que produz eternos arroios que vão, de novo, reunir-se num único rio;
assim estabelecemos um método universal de fundar escolas universais
(COMENIUS, 2001, p. 3).

É função da Didática, portanto, conseguir atingir o objetivo de ensinar e promover aprendizagens


aos nossos alunos.

Diante do exposto, independentemente de o foco ser o trabalho na Educação Infantil, no Ensino


Fundamental, no Ensino Médio ou até mesmo na educação profissional, precisamos escolher técnicas e
métodos que se encaixem no planejamento do educador para serem aproveitados com boa qualidade.

São muitas as perguntas e variadas as respostas. Antes de respondê-las, porém, é necessário discutir
a questão das diferentes abordagens sobre o tema. O modo pelo qual escolhemos lidar com o ensino e
promovê-lo de modo consciente (e que leve o aluno ao sucesso em sua aprendizagem) nos faz optar
por elas.

Um planejamento efetivo e benfeito nos abre caminhos para pensar uma ação docente que dê conta
de atingir objetivos e desenvolver conteúdos por meio de metodologias e procedimentos que, quando
avaliados, apresentem resultados positivos em relação à aprendizagem.

Vale destacar alguns conceitos básicos para pensarmos em “como ensinar”. Vejamos:

• Estratégia: descrição dos meios disponíveis para que se atinja objetivos específicos, ou seja,
procedimentos e recursos didáticos a serem utilizados para alcançar os objetivos propostos
(HAYDT, 2008).

• Método: a palavra método vem do grego methodos e significa “caminho para chegar a um fim”.
A metodologia é o estudo dos métodos, mas não é só isso. Ela se refere aos fundamentos e
pressupostos filosóficos que fundamentam um estudo particular (HAYDT, 2008; PILETTI, 2004).

• Método de ensino: é o caminho escolhido pelo professor para organizar as situações ensino-
aprendizagem.

• Técnica: é a operacionalização do método (PILETTI, 2004).

• Procedimento: é o modo de realizar alguma coisa, a descrição da atividade desenvolvida pelo


professor e da atividade a ser desenvolvida pelo aluno.

Conhecer esses conceitos é fundamental para que o futuro professor prepare-se de maneira mais
adequada ao seu trabalho na sala de aula e em outros ambientes escolares e não escolares também.

Deste modo, que tal pensar sobre como tudo isso funciona na prática?

Eu o convido para essa reflexão!


53
Unidade II

8 EDUCAÇÃO BÁSICA E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: MÉTODOS E TÉCNICAS

Todo processo educacional precisa ser pensado com muita responsabilidade e criatividade.

Independente do nível, grau ou modalidade de ensino, é muito importante que o planejamento seja
feito tendo em vista todas as possibilidades de aprendizagem – de alunos e professores.

Analise o quadro a seguir, de Bordenave e Pereira (2008), sobre o que estamos falando:
Fatores que afetam a escolha de
atividades de ensino e aprendizagem

Objetos educacionais
Estrutura do assunto e
Experiência didática do tipo de aprendizagem
professor envolvido
Contribuição e limitações
ESCOLHA DE das atividades de ensino
Etapa no processo de ATIVIDADES
ensino DIDÁTICAS Tipos de alunos

Aceitação e experiências
Tempo disponível dos alunos
Facilidades físicas

Figura 9

Assim, como aponta Leal (s/d, p. 4):

[...] no planejamento, ao elaborar o projeto de ensino, o professor antevê


quais os métodos e as técnicas que poderá desenvolver com seu aluno em
sala de aula na perspectiva de promover a aprendizagem. E, juntamente com
os alunos, irão avaliando quais são os mais adequados aos diferentes saberes,
ao perfil do grupo, aos objetivos e aos alunos como sujeitos individuais.

Para escolher qual percurso seguir, o professor precisa optar por um ou mais métodos.

Quadro 10

Método/Tendências Características
• Centralizado na figura do professor.
• Os conhecimentos são transmitidos por meio da aula, numa sequência predeterminada
Tradicional e expositiva.
• Enfatiza a repetição de exercícios para memorização.
• Centrado na discussão de temas sociais e políticos.
Libertador • O professor é o coordenador das atividades.
• Há participação ativa dos alunos.

54
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

• Escolanovismo.
• Valoriza o indivíduo como ser livre, ativo e social.
Renovado • O centro da atividade escolar é o aluno, ávido por aprender.
• O mais importante é o processo de aprendizagem.
• O professor é um facilitador.
• O centro da atividade escolar é a tecnologia empregada.
• O professor é um especialista na aplicação de manuais, e sua criatividade fica
Tecnicista subordinada aos limites da técnica utilizada.
• Prática pedagógica altamente controlada e dirigida pelo professor.
• Defende que não basta discutir questões sociais da atualidade, é necessário enfatizar o
conhecimento histórico.
Crítico social
• O trabalho docente deve partir da relação direta entre a experiência do aluno e o saber
trazido de fora.

A escolha de um método é importante, mas há professores que mesclam as várias possibilidades, de


acordo com seus objetivos a cada momento em que desenvolvem sua aula e elaboram seu planejamento.

Para tanto, Piaget (apud HAYDT, 2008, pp. 146-147) classifica os métodos de ensino em:

• Métodos verbais tradicionais: fundamentados na epistemologia associacionista.


• Métodos ativos: aqueles que se desenvolveram a partir do construtivismo operacional e cognitivo,
fundados sobre os mecanismos individuais do pensamento ou sobre a vida social da criança.
• Métodos intuitivos ou audiovisuais: baseados na Gestalt.
• Ensino programado: pautado nas teorias da psicologia comportamental.

Carvalho (apud HAYDT, 2008, pp. 147-148), por sua vez, classifica os métodos de ensino do seguinte
modo:

• Métodos individualizados de ensino: aqueles que valorizam o atendimento às diferenças individuais


e fazem a adequação de conteúdo ao ritmo de aprendizagem de cada aluno (trabalho com fichas,
estudo dirigido, ensino programado, entre outros).
• Métodos socializados de ensino: valorizam a interação social, fazendo a aprendizagem efetivar-se
em grupo (trabalho em grupo, dramatização, estudo de caso, entre outros).
• Métodos sócio-individualizados: combinam as atividades individualizada e socializada
(problematização, unidades de trabalho, unidades didáticas, entre outros).

Entretanto, deve-se sempre considerar alguns pontos antes de fazer essa opção:

Averiguar a quantidade de alunos, os novos desafios impostos pela sociedade,


as condições físicas da instituição, os recursos disponíveis, as possíveis
estratégias de inovação, as expectativas do aluno, o nível intelectual do

55
Unidade II

aluno, as condições socioeconômicas do aluno, a cultura institucional, a


filosofia da instituição de ensino e todas as condições objetivas e subjetivas
em que o processo de ensino irá acontecer (LEAL, s/d, p. 8).

Diante do exposto, escolhem-se técnicas e recursos para desenvolver o trabalho pedagógico.

Sobre os recursos, cabe ressaltar que, com o surgimento e avanço da informática e da internet (e
das novas tecnologias da informação e comunicação), os recursos na área do ensino tomaram um rumo
diferente. Assim, o trabalho do professor e, consequentemente, do aluno sofreu uma reviravolta: há a
possibilidade de continuidade das atividades inclusive sem a proximidade física, ou seja, a sala de aula
não está somente dentro das paredes da escola, mas em qualquer lugar conectado à rede mundial de
computadores.

Além disso, a pesquisa pode ser feita não somente nas bibliotecas espalhadas pela cidade, nas
universidades ou nas próprias escolas. Atualmente, pesquisa-se em frente à tela do computador em
muitas bibliotecas do mundo todo.

O professor precisa levar em conta essa nova possibilidade e aproveitar esses recursos nas suas
aulas, até porque grande parte dos alunos os conhecem bem e não se inserir nesse contexto pode ser
desmotivante.

Contudo, para aproveitar as técnicas e os recursos de ensino, não se pode deixar de lado o
conhecimento sobre quem são seus alunos, quais são suas reais condições e qual é a qualidade dos
recursos disponíveis por eles e na instituição, para que haja uma organização das situações didáticas em
que seja possível utilizar estas novas tecnologias, como o data show, os slides construídos em softwares
de apresentação, hipertextos, bibliotecas virtuais, a própria internet, correio eletrônico, páginas na web,
sites diversos, vídeo e teleconferências, ambientes de socialização e compartilhamento de informações,
Twitter e uma série de outros recursos mais avançados.

Cabe ainda ressaltar que um bom planejamento docente é imprescindível e deve se basear em alguns
elementos essenciais para uma prática pedagógica rica e diversificada. Entre eles estão os objetivos que
precisam ser bem definidos para o desenvolvimento de atividades ricas e variadas, que permitirão a
utilização de técnicas, recursos e metodologias diversas.

Pesquisas educacionais bem recentes têm demonstrado que, quando um


conceito é introduzido intuitivamente, parece ser pedagogicamente mais
sábio: auxílios e materiais manipulativos podem ser usados nesse sentido.
Muitos problemas resolvidos por um processo intuitivo são motivados pela
manipulação mental de objetos físicos, devendo ser ressaltados alguns
pontos; soluções são apresentadas em diferentes níveis de sofisticação; cada
solução depende da visualização da situação física; problemas podem ser
usados para iniciar um estudo intuitivo de diferentes conceitos, estimulando
os alunos a trabalharem em níveis cada vez mais evoluídos de pensamento
(LEAL, s/d, p. 10).
56
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

A partir desta discussão, podemos pensar sobre quais técnicas utilizar para uma prática docente
mais efetiva e com resultados mais positivos.

As técnicas de ensino podem se voltar para atender individualmente ou de modo socializado; assim,
recebem a nomenclatura de ensino socializado as técnicas que prescindem do trabalho coletivo, em
grupo, e individualizada será toda técnica que permita o trabalho individual do aluno.

Veja algumas técnicas que podem ser utilizadas com alunos de vários níveis de ensino:

Quadro 11

Técnicas de ensino Tipo de ensino Características e desenvolvimento


• Pode ser desenvolvida quando da apresentação de uma nova
unidade didática, na explicação de conteúdos.
• Pode ser mesclada com outras técnicas.
• São momentos didáticos desta técnica: introdução,
Aula Expositiva Socializado desenvolvimento e síntese integradora.
Dialogada
• Alguns autores dividem-na em exposição dialogada ou provocativa
e destacam a importância das perguntas em aula.
• Com ela, é possível vivenciar habilidades didáticas de ensino,
observando o tempo da exposição.
• Um tema para estudo em grupos é proposto.
• Cada aluno recebe um número (1, 2, 3) e estuda o tema no grupo.
• Trocam-se os grupos para o painel integrado (todos os alunos com
o mesmo número formam novo grupo).
Painel integrado Socializado
• Cada aluno é responsável por apresentar aos novos colegas o que
estudou no grupo de origem.
• Todos os alunos são responsáveis por estudar o tema e apresentá-lo
ao novo grupo.
• É a análise minuciosa e objetiva de uma situação real que necessita
ser investigada.
• O professor expõe o caso a ser estudado (que pode ser um caso
Estudo de caso Socializado para cada grupo ou o mesmo caso para diversos grupos).
• O grupo analisa o caso, expondo seu ponto de vista.
• O professor retoma os pontos principais, fazendo a síntese.
• Há uma mobilização para o estudo.
Socializado ou
Estudo dirigido • Um roteiro dirigido com questões é apresentado.
individualizado
• Ao final, é feita uma apresentação e intervenção.
• Define-se um tema e seus objetivos de estudo.
• O professor propõe uma pesquisa inicial e disponibiliza links
selecionados acerca do assunto, para consulta orientada dos alunos.
Webquest Socializado • Os alunos elaboram uma página na internet, utilizando material
encontrado na própria rede.
• A culminância é a publicação na internet da página construída
pelos grupos, a qual deve conter todos os passos percorridos para a
solução do problema inicial.

57
Unidade II

• É a coleção de trabalhos e atividades produzidos pelos alunos,


adequadamente organizada, que revela, com o passar do tempo, os
diversos aspectos do crescimento e do desenvolvimento de cada um
em particular.
Portfolio Individualizado
• Permite aos professores considerarem o trabalho de forma
processual, superando a visão pontual das provas e dos testes,
integrando-o no contexto do ensino como uma atividade complexa
baseada em elementos de aprendizagem significativa e relacional.
“Ensinar, aprender, pesquisar e avaliar por meio do projeto de ação
didática centrada em problemas desenvolvidos por grupos de
alunos, orientados por professores, introduz uma dinâmica nova
na sala de aula. O projeto de ação didática desenvolve capacidades
Projeto de ação Socializado de pesquisa na medida em que incita a observar, a recorrer às
didática técnicas diversificadas – entrevista, questionário, trabalho em
grupo, exposição dialogada, observação visitas, [...] para levantar
indagações, desenvolver estratégias, descobrir, inventar” (VEIGA,
2007, p. 76).
• Seu objetivo é proporcionar o debate sobre um tema determinado.
• O grupo é dividido em dois: um grupo verbaliza enquanto o outro
somente observa e faz anotações para posterior discussão.
Grupo de Observação • Em seguida, invertem-se as posições: o grupo de verbalização passa
(GO) e Grupo de Socializado a observar e o de observação participa da discussão.
Verbalização (GV)
• O professor atua como mediador nos grupos e um aluno será o
relator.
• Ao final do tempo preestabelecido para estes dois momentos, abre-
se um grande grupo para intervenções finais.
• Seu objetivo é promover o diálogo crítico, estimulando a produção
do conhecimento de forma cooperativa.
• Visa a que os alunos trabalhem cooperativamente, sem a divisão do
Seminário Socializado trabalho em partes entre eles.
• Um cuidado necessário é que o professor participe da apresentação,
para que não haja a substituição do monólogo do professor pelo do
aluno.
• Cada grupo é formado por dois alunos que, face a face, discutem o
tema ou conversam sobre determinado assunto, que pode ser uma
Díade Socializado apresentação pessoal.
• É uma possibilidade para que os alunos mais tímidos sintam-se à
vontade para falar, já que a plateia é “pequena”.
“É a oportunidade de um grupo de pessoas poder debater, à
Lista de distância, um tema sobre o qual sejam especialistas, tenham
discussão (na Socializado realizado um estudo prévio ou queiram aprofundá-lo por meio
internet) eletrônico” (ANASTASIOU, 2006, p. 85).

Estas são apenas algumas das diversas técnicas que podem ser desenvolvidas nas salas de aula da
educação básica. Acrescente outras fazendo uma pesquisa sobre o tema e incorpore-as em sua prática
pedagógica.

Quando um professor diz que não sabe o que fazer com seus alunos, é porque certamente
mantém sempre o mesmo tipo de aula, com as mesmas características – fator que pode gerar
cansaço e desânimo em sua turma. Segue uma sugestão para uma boa aula, conforme apontado
por Lowman (2007):

58
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

1. Ajuste a matéria que você apresenta ao tempo disponível.

2. Busque formas concisas de apresentar e ilustrar o conteúdo. Expresse os conceitos da


forma mais simples possível e defina os termos técnicos quando você os usar.

3. Comece cada curso e cada aula despertando o interesse dos alunos, expressando
expectativas positivas e compartilhando os objetivos que você tem com eles.

4. Siga um esquema preparado, mas inclua material improvisado ou ilustrações.


Aparente espontaneidade mesmo que você esteja seguindo um esquema bem de
perto.

5. Quebre a monotonia das aulas variando seus métodos e técnicas de apresentação.

6. Use uma ampla gama de vozes, expressões faciais, gestos e movimentos físicos. Mas
seja você mesmo.

7. Dê, regularmente, oportunidade para que os estudantes possam respirar e fazer


perguntas. “É melhor falar pouco e fazer pequenas pausas do que continuar falando por
muito tempo” (EBLE, 1988, p. 81).

8. Termine cada aula com uma conclusão que vincule o que aconteceu no dia com o que
será abordado na aula seguinte.

9. Seja guiado por seus estudantes durante as aulas. Observe continuamente suas
emoções, reconheça-as, e modifique sua abordagem quando indicado.

10. Lembre-se, em seus relacionamentos com os estudantes, de que todos são pessoas,
em primeiro lugar, e estudantes e professor, em segundo. Lembre-se de que você, como
professor, “é tanto anfitrião quanto convidado” (EBLE, 1988, p.81).

Fonte: LOWMAN, J. Dominando as técnicas de ensino. São Paulo: Atlas, 2007.

Agora que você estudou um pouco mais sobre planejamento, técnicas e métodos de ensino, deve
sentir-se mais preparado para assumir suas funções docentes, certo?

Vamos adiante e... bom trabalho!

Resumo

Nesta segunda unidade foi possível verificar que a função central


da educação básica e da educação profissional é a de preparar o ser
humano para o exercício da cidadania e para o trabalho, propiciando ao
59
Unidade II

jovem condições de participar do mundo do trabalho como profissional


competente, conforme as disposições da LDB 9.394/96. Também buscou‑se
diferenciar método de técnicas e perceber o quão importante é saber
quais fatores podem afetar a escolha das atividades a serem propostas
aos alunos, bem como entender às variadas metodologias/tendências
para a efetividade do processo de ensino e aprendizagem. Por fim, foram
sugeridas técnicas de possível aplicação na educação básica e no ensino
profissional de nível médio, como aula expositiva dialogada e estudo de
caso, entre outras.

Ao finalizarmos o estudo desta disciplina, o que nos cabe é, como


pedagogos, pensar em contribuir para que nossa ação docente seja
sempre mais interessante, proveitosa, rica e útil aos nossos alunos e
parceiros de trabalho.

Outro tema recorrente e de fundamental importância é zelar para que


o curso de Pedagogia seja cada vez mais valorizado e que nosso papel seja
considerado como fundamental ao desenvolvimento da sociedade, já que
lidamos diretamente com a formação de cidadãos.

Exercícios

Questão 1 (Enade 2005, Questão 14). Uma teoria pedagógica é um conjunto de saberes sobre as
questões principais da Pedagogia: para que educar? O que significa ensinar e aprender? Como fazê-lo?
Uma teoria pedagógica crítica se caracteriza pela:

A) visão pessimista da escola e do papel sociocultural que ela desempenha na sociedade.

B) problematização dos pressupostos filosóficos e sociopolíticos do fazer pedagógico.

C) instrumentalização eficiente do ensinar e do aprender.

D) rejeição aos métodos didáticos que simplificam a capacidade de alunos e de professores.

E) aceitação de diferentes propostas sobre o significado do ensinar e do aprender.

Resposta correta: alternativa B.

Análise das alternativas

A) Alternativa incorreta.

60
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Justificativa: a reflexão de cunho filosófico e sociopolítico jamais pode ser simplesmente identificada
com uma visão pessimista da escola; ao contrário, é uma poderosa aliada na solução de problemas e
como fundamentação de propostas inovadoras.

B) Alternativa correta.

Justificativa: ensinar e aprender, numa perspectiva pedagógica crítica, significa se utilizar de um


conjunto de saberes ancorados em pressupostos filosóficos e sociopolíticos, que levem à reflexão sobre
o pensar e o fazer pedagógico.

C) Alternativa incorreta.

Justificativa: em uma perspectiva pedagógica crítica, é impossível instrumentalizar o ensino e a


aprendizagem, já que estes dependem de reflexão ancorada num conjunto de saberes que não estão
diretamente ligados às técnicas e às metodologias.

D) Alternativa incorreta.

Justificativa: os métodos didáticos são resultados da combinação entre a aplicação e uma proposta
teórica, o que gera a ação dos sujeitos. Nesse sentido, trarão contribuições para a ampliação da
capacidade dos alunos e dos professores.

E) Alternativa incorreta.

Justificativa: a adoção de uma perspectiva pedagógica pressupõe o abandono de outras.

Questão 2 (Enade 2008, Questão 22). Há uma discussão do “ser” professor que envolve a diferenciação entre
a pedagogia do professor e a pedagogia do mestre. A função do professor é ensinar a todos a mesma coisa e a
do mestre, anunciar, a cada um, uma verdade particular, uma resposta singular e uma realização. Nesse sentido,
o mestre é o condutor do discípulo até si mesmo, um agente de seu processo de individuação. O discípulo confia
no mestre para que o instrua e o conduza enquanto ele não for capaz de se conduzir sozinho, entendendo que a
condição de discípulo é provisória. Assim, a experiência do mestre, adquirida através da prática e da sagacidade,
é, na verdade, a capacidade de discernimento dos espíritos que, ao pressentir as possibilidades de cada um,
propõe-lhes fins ao seu alcance, assim como os meios de alcançá-los, através da utilização das suas capacidades.

As idéias do texto afirmam:

I - a confiança do discípulo na figura do mestre;

II - a busca de padrões nos processos de individuação;

III - o entendimento das limitações e possibilidades de mestres e discípulos;

IV - a percepção do mestre como condutor às verdades.


61
Unidade II

De acordo com o texto, é(são) correta(s) apenas a(s) ideia(s):

A) II.

B) IV.

C) I e II.

D) I e III.

E) I, II e III.

Resolução desta questão na plataforma.

62
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES

Figura 1

IND-EDU-071120-3.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/189444>. Acesso


em: 10 dez. 2012.

Figura 2

CHILDGROUP_002.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/131950>. Acesso


em: 10 dez. 2012.

Figura 3

112651388623.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/84048>. Acesso em:


10 dez. 2012.

Figura 4

SCHOOL_HOUSE.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/164652>. Acesso


em: 10 dez. 2012.

Figura 5

GRADUATION_1813.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/122530>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

Figura 6

STUDENTS_SCIENCE1.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/95991>.


Acesso em: 10 dez. 2012.

Figura 7

_DSC2006-01.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/695738>. Acesso em:


10 dez. 2012.

Figura 8

DSC04776_-1.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/162026>. Acesso em:


10 dez. 2012.

Figura 9

BORDENAVE, J.D.; PEREIRA, A.M. Estratégias de ensino-aprendizagem. Petrópolis, RJ, Vozes, 2008.
63
REFERÊNCIAS

Textuais

ABRAMOVICH, F. (Org.). Meu professor inesquecível: ensinamentos e aprendizados contados por alguns
de nossos melhores escritores. São Paulo: Gente, 2002.

ANASTASIOU, L. G. Docência na educação superior. In: RISTOFF, D.; SAVEGNANI, P. (Org.). Docência na
educação superior. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira,
2006.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.

BERGER FILHO, R. L. Educação profissional no Brasil: novos rumos. In: Revista Iberoamericana de
Educação, n. 20, mai./ago. 1999.

BOCK, S. D. Orientação profissional: abordagem sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2002.

BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 2008.

BRASIL. Conselho Federal de Educação. Parecer nº 349/72, de 6 de abril de 1972. Disponível em:
<http://lise.edunet.sp.gov.br/paglei/notas/parcfe349_72.htm>. Acesso em: 11 out. 2012.

______. Conselho Nacional de Educação. Parecer nº 3/2006, de 11 de abril de 2006. 2006a. Disponível
em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp003_06.pdf>. Acesso em: 11 out. 2012.

______. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 1, de 15 de maio de 2006. 2006b. Disponível


em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf>. Acesso em: 11 out. 2012.

______. Constituição (1937). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/


constituiçao37.htm>. Acesso em: 10 jul. 2012.

______. Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/


ccivil_03/decreto/D2208.htm>. Acesso em: 10 out. 2012.

______. Decreto-Lei nº 4.048, de 22 de janeiro de 1942. Disponível em: <http://www81.dataprev.gov.


br/sislex/paginas/24/1942/4048.htm>. Acesso em: 10 out. 2012.

______. Decreto-Lei nº 7.566, de 15 de setembro de 2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov.


br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7566.htm>. Acesso em: 10 out. 2012.

______. Lei nº 5.692/71, de 11 de agosto de 1971. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/


ccivil_03/Leis/L5692.htm>. Acesso em: 10 out. 2012.

64
______. Lei nº 7.044/82, de 18 de outubro de 1982. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/
legislacao/128264/lei-7044-82>. Acesso em: 10 out. 2012.

______. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/


ccivil_03/LEIS/l9394.htm>. Acesso em: 10 out. 2012.

______. Lei nº 10.172/2001, de 9 de janeiro de 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/


ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>. Acesso em: 10 out. 2012.

______. Lei nº 12.014/2009, de 6 de agosto de 2009. 2009a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.


br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12014.htm>. Acesso em: 10 out. 2012.

______. Ministério da Educação. Centenário da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.


2009b. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/centenario/historico_educacao_
profissional.pdf>. Acesso em: 10 out. 2012.

______. Ministério da Educação. O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas.


2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/livro/index.htm>. Acesso em: 10 out. 2012.

______. Ministério da Educação. Pacto pela valorização da educação profissional e tecnológica: por
uma profissionalização sustentável. s/d. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/
Pacto.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.

______. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. 2000a.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares


Nacionais – terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ttransversais.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.

______. Ministério da Educação. Referencial curricular nacional para a educação infantil: estratégias
e orientações para a educação de crianças com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/SEF,
2000b. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/eduinf_esp_ref.pdf>. Acesso em: 14
fev. 2010.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Referenciais


Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico. Brasília: MEC, 2000c.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Catálogo Nacional


dos Cursos Técnicos. Brasília: MEC, 2008a. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/
pdf3/catalogo_tecnicos.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.

______. Parecer CNE nº 16/99, aprovado em 5 de outubro de 1999. 1999a. Disponível em: <http://
www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/diretrizes_p0563-0596_c.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.
65
______. Parecer CNE/CEB nº 11/2008, aprovado em 12 de junho de 2008. 2008b. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/pceb011_08.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.

______. Parecer CNE/CEB n° 16/2005, aprovado em 3 de agosto de 2005. 2005a. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pceb016_05.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.

______. Parecer CNE/CES nº 277/2006, aprovado em 7 de dezembro de 2006. 2006c. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/pces277_06.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.

______. Resolução CNE/CEB n° 02/99, de 19 de abril de 1999. 1999b. Disponível em: <http://portal.
mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb02_99.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.

______. Resolução CNE/CEB nº 03/2008, de 9 de julho de 2008. 2008c. Disponível em: <http://portal.
mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/rceb003_08.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.

______. Resolução CNE/CEB n° 04/99, de 5 de outubro de 1999. 1999c. Disponível em: <http://portal.
mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/RCNE_CEB04_99.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.

______. Resolução CNE/CEB n° 04/2005, de 27 de outubro de 2005. 2005b. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb04_05.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2010.

CABRERA, L. C. O que é empregabilidade e para que serve? In: M&M on-line, nº 1209. São Paulo: Meio
& Mensagem, 2006. Disponível em: <http://grupomm.mmonline.com.br/noticias!noticiasOpiniao.
mm?idArtigo=127>. Acesso em: 15 out. 2012.

COMENIUS, J. A. Didática Magna: tratado da arte universal de ensinar tudo a todos. Tradução Joaquim
Ferreira Gomes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.

CURY, C. R. J. A Educação básica no Brasil. In: Revista Educação e Sociedade. Campinas, v. 23, n. 80,
set. 2002, p. 168-200. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
73302002008000010&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 17 out. 2012.

DONATO, A. F. Algumas considerações sobre tendências pedagógicas e educação e saúde. In: Boletim
do Instituto de Saúde. 2009, nº 48, p. 5-14. Disponível em: <http://www.isaude.sp.gov.br/smartsitephp/
media/isaude/file/BIS48%20Final.pdf>. Acesso em: 15 out. 2012.

FLORY, H. et al. Emprego não cai do céu: como planejar sua vida para garantir empregabilidade. São
Paulo: Arte e Ciência, 2004.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1987.

______. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2002.


66
GOVERNO DE SÃO PAULO. Contribuições para a construção de itinerários formativos. Programa
Aprendendo a aprender, da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho – Sert, 2002.

GRINSPUN, M.; ZIPPIN, P. S. (Org.). Educação tecnológica: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 1990.

HAYDT, R. C. C. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 2008.

KUENZER, A. Z.; RODRIGUES, M. As diretrizes curriculares para o curso de Pedagogia: uma expressão
da epistemologia da prática. In: SILVA, A. M. et al. (Org.). Novas subjetividades, currículo e questões
pedagógicas na perspectiva da inclusão social. Recife: Bagaço, 2006.

LEAL, R. B. Planejamento de ensino: peculiaridades significativas. In: Revista Iberoamericana de


Educación. p. 1-6. s/d. Disponível em: <http://www.rieoei.org/deloslectores/1106Barros.pdf>. Acesso
em: 10 jun. 2010.

LIBÂNEO, J. C. Diretrizes Curriculares da Pedagogia: imprecisões teóricas e concepção estreita da


formação profissional de educadores. In: Revista Educação e Sociedade. v. 27, n. 96, 2006.

______. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1999.

LOWMAN, J. Dominando as técnicas de ensino. São Paulo: Atlas, 2007.

LUCCHIARI, D. H. P. S. (Org.). Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo: Summus, 1993.

MACHADO, I. A. Os gêneros e o corpo do acabamento estético. In: BRAIT, B. (Org.). Bakhtin, dialogismos
e construção do sentido. São Paulo: UNICAMP, 1997.

MANFREDI, S. M. Educação profissional no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002.

MATTOS, G. Dicionário júnior da língua portuguesa. São Paulo: FTD, 1996.

MENEZES, E. T.; SANTOS, T. H. Dicionário interativo da educação brasileira – EducaBrasil. São Paulo: Midiamix,
2002. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp>. Acesso em: 27 mar. 2011.

PILETTI, C. Didática Geral. São Paulo: Ática, 2004.

PIMENTA, S. G.; GONÇALVES, C. Revendo o ensino de 2º grau: propondo a formação de professores.


São Paulo: Cortez, 1992.

PORTO, O. Orientação educacional: teoria, prática e ação. Rio de Janeiro: Wak, 2009.

RONSONI, M. L. Uma análise dos antecedentes históricos e legais do ensino obrigatório no país e de
sua ampliação para nove anos. Disponível em: <http://www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/
seminario/seminario8/_files/yWNahLb.doc>. Acesso em: 10 out. 2012.
67
SANTOS, J. A. A trajetória da educação profissional. In: Lopes, E. M. T. et al. (Org.). 500 anos de
educação no Brasil. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

SEIWERT, L. Se tiver pressa, ande devagar. São Paulo: Fudamento Educacional, 2004.

SOARES, S. T.; BETTEGA, M. O. P. Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia no Brasil:
da elaboração à efetivação. Disponível em: <http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/
pdf/451_169.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2010.

SZYMANSKI, H. A relação família/escola: desafios e perspectivas. Brasília: Liber Livro, 2007.

TANURI, L. M. História da formação de professores. In: Revista Brasileira de Educação. n. 14, p. 64, Mai/
Jun/Jul/Ago 2000.

VEIGA, I. P. A. (Org.). Técnicas de ensino: por que não? Campinas: Papirus, 2007.

WITTACZIK, L. S. Educação profissional no Brasil: histórico. In: E-Tech : atualidades


tecnológicas para competitividade industrial. Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 77-86, 1º sem. 2008.
Disponível em: <http://revista.ctai.senai.br/index.php/edicao01/article/download/26/21>.
Acesso em: 16 out. 2012.

Sites

<http://catalogonct.mec.gov.br/et_apoio_educacional/et_apoio_educacional.php>.

<http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_alimentacao_escolar.php>.

<http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_biblioteca.php>.

<http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_infraestrutura_escolar.php>.

<http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_multimeios_didaticos.php>.

<http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_orientacao_comunitaria.php>.

Exercícios

Unidade I – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2005: Pedagogia. Questão
9. Disponível em: < http://download.inep.gov.br/download/enade/2005/provas/PEDAGOGIA.pdf>.
Acesso em: 10 set. 2013.

Unidade I – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2005: Pedagogia. Questão
68
17. Disponível em: < http://download.inep.gov.br/download/enade/2005/provas/PEDAGOGIA.pdf>.
Acesso em: 10 set. 2013.

Unidade II – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2005: Pedagogia. Questão
14. Disponível em: < http://download.inep.gov.br/download/enade/2005/provas/PEDAGOGIA.pdf>.
Acesso em: 10 set. 2013.

Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO


TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2008: Pedagogia. Questão
22. Disponível em: < http://download.inep.gov.br/download/Enade2008_RNP/PEDAGOGIA.pdf>.
Acesso em: 10 set. 2013.

69
70
71
72
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

Você também pode gostar